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[Resenhando-SP] Tribal Beach Pocket Show

Por Dayeah Khalil

O primeiro evento voltado para comunidade tribal na baixada santista, o Tribal Beach Festival, aconteceu dia 05 de junho de 2016 no Al Salam Estúdio de Danças que acabou encerrando suas atividades no ano seguinte com a abertura de um novo espaço, o Empório Al Salam de Danças Árabes, restaurante árabe nos finais de semana e escola de dança num outro período.

Retomando o evento Tribal Beach, mas em 2018 um novo formato. Adaptado para o novo espaço, acontece uma vez por mês e em menor proporção, com o limite de 20 apresentações por evento, no período da noite e saboreando a saborosa comida típica árabe.

Foto de Daura Menezes

Esta primeira edição do Pocket Show que aconteceu no dia 21 de janeiro deste ano, começou com o Guedra Blessing (cantado e dançado), seguido  de mostras de solos e grupos, assim como a dança circular, o integral dance (ITS), o ATS® Sisterhood, Skirt Moment e roda de derbake.



Apresentações:



Devido ao sucesso do evento, a segunda edição para fevereiro já está marcada para o dia  18 de fevereiro. 



Para ficar por dentro das novidades, é só acompanhar pelas redes sociais: 




[Resenhando SP] Lançamento do DVD Marcelo Justino

por Eneide Checchinato
Marcelo autografando 
No último dia 13 de maio, a cidade de Jundiaí foi palco de um acontecimento de vital importância para o desenvolvimento e a divulgação do Tribal Fusion no Brasil, com o lançamento do primeiro DVD didático do multi-performático Marcelo Justino. Permitam-me elaborar aqui não uma resenha, mas uma homenagem a este grande Mestre.

Marcelo com D. Marina , sua mãe
A arte é, por força de sua natureza, libertária e o artista é um ser que transmuta o cotidiano em algo anárquico, poético e simbólico e Marcelo construiu sua carreira em cima deste tripé. Quando achamos que não haverá novas surpresas, lá vem ele, com seu jeitão calado, tirando um novo coelho da cartola. Esse é Marcelo Justino, o bailarino, o ator, o performático, o coreógrafo, o figurinista, o diretor...

Marcelo com D. Dita , uma das primeiras alunas de Marcelo :
Ao lançar seu primeiro DVD didático este grande artista nos brinda com um pouquinho de toda bagagem adquirida e construída ao longo de mais de vinte anos de carreira. Lá está o cuidado com o objeto sagrado do artista, o corpo, a preciosidade em apresentar cada movimento acompanhado de uma explicação técnica e a genialidade do coreógrafo que se recusa a fazer o trivial.

Marcelo com a aluna Eneide
E como se trata de Marcelo Justino, o lançamento deste trabalho não poderia ter sido de outra maneira que não de uma forma anticonvencional. É senso comum que o artista ao lançar o trabalho faça um evento com apresentação, um espetáculo, mas Marcelo resolveu nos oferecer uma confraternização, ou, em suas palavras “uma reunião com amigos, uma celebração com pessoas importantes na minha vida”. E foi neste clima leve, festivo, que mais de duzentas pessoas compareceram para brindar duplamente com o anfitrião o lançamento do DVD e seu aniversario.

Marcelo com a amiga Irene 
Logo na entrada os integrantes da Cia Marcelo Justino, da qual orgulhosamente faço parte, recepcionavam os convidados vestidos com figurinos de sua criação que também faziam parte da decoração da festa, pois espalhados pelo salão encontrávamos manequins vestidos com seus personagens mais marcantes, ou seja, também foi uma oportunidade de ver de perto uma mini exposição do seu vasto acervo. Ainda na entrada, um louge com uma vitrola retrô em pleno funcionamento, relembrando o início de sua carreira na cidade de Lupércio, tocava LPs e fitas cassete dos anos 80. O simbolismo estava presente em cada momento, na entrada os Lps, o inicio da trajetória e no outro extremo do salão os dvds retratando o momento atual. A passagem do tempo interligando os extremos era feita pelos manequins dispostos em linha reta ao longo do salão.

 Eu a Tatiana Mossin também integrante da  Cia Marcelo Justino
E como toda boa festa, sim, tinha muitos “comes e bebes” elaborados por sua irmã, a cheff gastronômica Silvana Justino. O bolo, lindíssimo, em andares e decorado com fotos de trabalho do anfitrião, elaborado pela outra irmã, a designer de confeitaria Juliana Justino, também responsável pelas lindas lembrancinhas artesanalmente confeccionadas em biscuit em referência a coreografia “O Índio”. Como se vê, talento não falta nesta família! A mesa de doces finos, com mais de vinte opções, enchia os olhos e ficará na memoria de nossos paladares.

O bolo decorado com registros de seu trabalho
Houve ainda a sessão de autógrafos, quando se formou uma grande fila para as fotos, demonstrando o enorme carinho dos convidados de várias partes do Brasil para com nosso grande mestre.

Momento de descontração

E a turma que compareceu não deixou de festejar a data com boas energias para o tradicional “parabéns a você”, sem o assopro de velinhas!

O dvd está a venda na loja virtual da Revista Shimmie através do site http://www.lojashimmie.com.br/dvdtribalmarcelo.html

Integrantes da Cia Marcelo Justino 

 




[Resenhando SP] “The monster from within”

 por Chris Duarte | Coordenação: Irene Patelli 
Imagem de divulgação.
            O que você espera da arte...?
O senso comum deseja somente o que é belo e contente, mas a arte não se limita aos gostos. A arte acompanha o universo, representa o impalpável e as contradições humanas. Tem sempre o ímpeto de revelar o que habita em cada um de nós, sejam sentimentos bons ou ruins, nossa luz e nossas trevas, sem se importar se serão aceitos ou não.
O Sono/Sonho da Razão Produz Monstros”, 1799 por Francisco de Goya.
Quando recebi o convite da professora de Tribal Fusion, Irene Patelli, relutei em participar, afinal nunca tive contato próximo com o Dark Fusion, no entanto era o que exatamente precisava viver naquele momento.

Com o objetivo de nos inspirar na criação de personagens para coreografias de Dark Fusion, Alondra Machuca em seu workshop nos convidou a refletir sobre uma perspectiva inusitada dos monstros mais famosos como vampiros, lobisomens, fantasmas e bruxas, e descobrir o quanto de cada um deles habita em nós.

Gravura alemã do século XVIII ilustrando um homem tomando a forma de lobo.
Os monstros nos fazem refletir sobre o medo que temos deles, mas existe um outro viés não pensado onde cada personagem é formado por uma sinergia de sentimentos tais como a ira, o medo, a tristeza, o erotismo e a felicidade. Ao exemplo do lobisomem, podemos recordar a aversão do homem em se tornar lobo e seu terrível medo de expor sua ira, alegoria do instinto animal presente em todos nós.

Com Alondra cada personagem foi minuciosamente representado através do estudo da mímica facial, respiração e expressão corporal. Em todos os momentos foram destacados o cuidado e a responsabilidade com nossas emoções para não evocar traumas ou lembranças pesarosas.

Com a compreensão das possibilidades de representações, cada participante escolheu um monstro de sua afinidade e foram formados grupos de bruxas, lobisomens e um solitário fantasma para desenvolver os aspectos fisionômicos e a sinergia dos sentimentos que compõe estes personagens.

Southern Gothic Witches
Após as interpretações em grupo, contemplamos algumas apresentações de Alondra conversando sobre suas influências e referências para elaboração de coreografias e figurinos.
O workshop foi de experiências intensas e acrescentou a cada participante os conhecimentos que precisavam ser assimilados e vividos naquele momento. Particularmente, tive a oportunidade de compreender o quanto de humano existe em cada monstro e reconhecer o quanto deles em mim habita.


      Além das possibilidades dentro da dança, senti ao término daquele domingo um convite para encarar meus medos com leveza, reconhecendo a dificuldade de lidar com determinadas emoções e usá-las como inspiração para produzir o que reconheço como arte. Aceitar as incoerências das atitudes versus pensamentos e asilar as tristezas que sinto é um acordo de paz entre ser humano e ser monstro, afinal já dizia  Mario Quintana, “a felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas”.

“Dia cinza com detalhe vermelho”, 2011 por Chris Duarte









Leonina com ascendente em peixes, Maria Christiane, mais conhecida como Chris Duarte, é natural de São Paulo. Arte-Educadora de formação, atualmente se aventura na Estética por influência das pessoas que conheceu na dança. Organizadora e idealizadora do Sarau em Casa, trabalhou em museus e casas históricas – onde teve seu primeiro contato com o Tribal Fusion e ATS.

Resenhando-SP por Irene Rachel Patelli

Coordenação Região Sudeste - Núcleo São Paulo:


I
rene Patelli
DRT 0046181/SP, técnica em dança formada pela Etec de Artes/SP, coreógrafa, bailarina/dançarina, performer, professora de tribal fusion, dark fusion e ATS. Formação em yôga, pesquisadora de ghawazee e zaar. Membro da organização dos eventos "Encontro TribalNic Fusion" e "Tribus Fair", coordenadora e diretora por seis anos do projeto social Maeve Bellydance. Colunista do blog Aerith Tribal Fusion, escreveu matérias para a revista especializada em tribal "Tribalizando". Estudou com Lilian Kawatoko (SP), Mariana Maia (SP), Fairuza Bannout (SP), Lady Fred (USA), Saba Khandroma (ARG), Ariellah (USA), Alondra Machuca (CHL), Mariana Quadros (SP), Long Naja (ARG), Luisana (ARG), Fabiana Villas Boas (Grupo Corpo - SP), Valéria Reis (Grupo Raça) e Patrícia Aockio e Luiz Anastácio (Cia Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira) entre outros grandes nomes da dança e artes do corpo. Marketóloga formada pela FMU. Atualmente diretora e coreógrafa da companhia Ptah Dance Group e integrante dos grupos Sisterhood Project e cia de dança profissional Cerberus Coven Dance.




 

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