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[Resenhando-AL] Tribal na Universidade

 por Ana Clara Oliveira

 

Para inaugurar na coluna resolvi construir uma resenha descritiva acerca da Fusão Tribal ou estilo Tribal de Dança do Ventre no estado de Alagoas, contando os fatos principais do surgimento da nossa dança na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Então, convido você para conhecer Alagoas para além do paraíso das águas. Convoco para perceber sensivelmente o modo de organização da cena Tribal Fusion a partir do ano 2015 até 2018. Desde já, desejo uma boa aventura.

Em 2015, criei um projeto de extensão universitária intitulado por “Poética da Dança Tribal”, na cidade de Maceió. Tal projeto gratuito e de natureza experimental, surgiu  após a oficina que ministrei de Dança do Ventre no UniversiDança - Semana Acadêmica do Curso de Licenciatura em Dança, da Universidade Federal de Alagoas. Como docente efetiva na referida universidade, vislumbrei a possibilidade de construir um projeto inteiramente destinado para o ensino-aprendizagem da Dança Tribal. Notei que existia um enorme interesse por parte dos estudantes, seja pela necessidade de aprender novas técnicas para o mercado profissional, seja pelo encantamento pelos figurinos, maquiagens e acessórios. Alguns talvez nem soubessem o que era de fato o Tribal, afinal não existia aulas do estilo em Alagoas. O único movimento tribal de dança em todo o estado foi um workshop de ATS ministrado tempos atrás pela querida Rebeca Piñero, sob organização da professora de Dança do Ventre, a querida Dilma Tarub. Imaginem só o entusiasmo! Ouvia frequentemente frases como: “chegou o Tribal em Alagoas”; “finalmente, vou dançar tribal”; “será que vamos aprender aquele passo de dança do YouTube?”; “como serão as aulas, serão para sempre não é?”...

De fato, foi um momento efervescente para a cultura de Alagoas, inclusive para pessoas de outras danças que não estavam acostumadas com toda a estética da nossa arte. Durante o ano de 2015, recebi um pouco mais de 20 estudantes entre graduação e técnico de dança, ambos os cursos da UFAL. Além desse número, acolhi a comunidade em geral uma vez que é papel da extensão universitária o diálogo afetuoso e o compromisso com o ambiente não acadêmico. Nesse primeiro ano, três módulos foram desenvolvidos: bases BellyDance (senti uma necessidade de iniciar por onde fiz a primeira aproximação com Tribal), Tribal Fusion (bastante focalizado nos meus estudos com a querida dançarina/professora/pesquisadora Joline Andrade – BA) e por fim, tópicos especiais para os estudos no Tribal Brasil (ênfase maior no que a turma trazia como repertórios da cultura popular, pois entendi que Alagoas é um estado repleto de manifestações culturais, sendo o Coco Alagoano dançado pelos estudantes da rede pública de ensino, por exemplo). Ao final do ano, a turma apresentou na Sala Preta (Espaço Cultural UFAL para convidados (docentes do curso e alguns familiares).

Em 2016, resolvi cadastrar o projeto através da minha lotação na Escola Técnica de Artes/Instituto de Ciências Humanas e Artes da UFAL. Com a procura, abrir mais uma turma. O projeto passou a ter duas turmas de 20 pessoas em cada uma delas. Com mais organização da minha docência e maturidade dos envolvidos, fui inserindo gradualmente textos acadêmicos do universo da Dança do Ventre e Tribal. Como o projeto era gratuito, decidi criar estratégias para a boa relação professora-aluno, principalmente, porque pretendia continuar a desenvolver um trabalho sólido e vivo dentro de Alagoas. Discussões de temas, frequência das aulas, diários de bordo, relatório individual, palestras ou oficinas com convidados locais a respeito de assuntos “complementares” como educação somática, maquiagem, representatividade do corpo negro nas artes e por aí vai, foram abordados no projeto. Ao final do ano, organizei o I Encontro de Dança Tribal ETA/UFAL que estreou com a Mostra Artística no Teatro Jofre Soares / SESC, Maceió. O evento de três dias consecutivos, contou com a presença da querida Mestra Kilma Farias, dançarina/professora/pesquisadora, que nos forneceu com a oficina de Tribal Fusion e Tribal Brasil e, do querido professor doutor da Universidade Federal da Paraíba, Guilherme Schulze, que ministrou a oficina de videodança para o Tribal. Além disso, tivemos uma mesa-redonda com tais profissionais e com a doutoranda em antropologia Juliana Barreto, também aluna do projeto. Em conformidade com o papel da extensão na UFAL, todo o evento também foi gratuito. Imaginem só!



Em 2017, o projeto cresceu ainda mais no que tange ao aspecto ensino-aprendizagem. Focalizei nos conteúdos dos módulos Tribal Fusion e Tribal Brasileiro, com a inclusão das tarefas improvisacionais como estratégia de refinamento dos repertórios de movimento e como lugar do devir pessoal e coletivo. As duas turmas estavam completamente disponíveis para as investigações, independente dos níveis individuais. Busquei organizar uma divisão mínima de níveis entre os dois horários apresentados, mas imediatamente notei que funcionava melhor deixar que cada estudante escolhesse o horário que lhe cabia confortavelmente. Por exemplo: eu tinha aluno que entrou em 2017, mas fazia aula na turma que estava desde 2015 e isso não era um problema, era um desafio. No entanto, a maioria conseguia acessar e permanecer na turma mais compatível ao seu tempo na Dança Tribal. Percebi que ter um aluno apreensivo com um horário, não valeria a pena. Portanto, era mais harmonioso que este estivesse onde o seu aprendizado pudesse fluir, mesmo que mais devagar em relação aos demais. Foi um ano surpreendente, pois produzimos (não cabia mais o verbo “produzi”) o II Encontro de Dança Tribal da ETA/UFAL com a participação das queridas convidadas: Joline Andrade (BA) – Tribal Fusion, Kilma Farias (PB) – Tribal Brasil e as professoras da UFAL – Kamilla Mesquita – Ghawazee e Joana Wildhagen – Dança Clássica Indiana. Foram três dias de evento com palestras, oficinas e mostra artística, sendo esta última, apresentada na Bienal Internacional do Livro, no Teatro Gustavo Leite, Maceió. Tivemos 65 inscritos no evento de vários estados brasileiros.


Em 2018, buscamos aprimorar os conteúdos programáticos do ano anterior e refinamos o projeto a fim de desenvolver o III Encontro de Dança Tribal ETA/UFAL. Consideramos que no referido ano, deveria existir uma delimitação das ações do projeto, uma “identidade”. Percebi que o foco principal era garantir uma boa troca de conhecimentos no âmbito do Tribal, reconfigurando a mostra artística com o peso que ela deveria ter naquele momento. Abro um parêntese para dizer que considero relevante a culminância dos processos artísticos na universidade, no entanto o desejo de contribuir no ensino-aprendizagem (oficinas e palestras) era grande, posto que temos um número alto de excelentes festivais de dança espalhados no Brasil. Para tanto, foram convidadas três mulheres pesquisadoras e queridas com interesses similares aos meus: Professora Doutora Márcia Mignac da Universidade Federal da Bahia – Processos Criativos e de Improvisação na Dança do Ventre, Professora Mestra Carla Roanita (BA) – Tribal Fusion e Professora Mestra Camila Saraiva (BA) – Processos Criativos e de Improvisação na Dança do Ventre. A mesa de abertura foi composta pelas convidadas palestrantes e pela Pro-Reitora de Extensão da UFAL, Professora Doutora Joelma Albuquerque, pela Vice-Diretora da Escola Técnica de Artes Professora Pollyanna Isbelo e Professora Mestra Noemi Loureiro. Foram três dias de muito diálogo, reflexão durante as oficinas e engajamento na mostra artística que somou em equilíbrio no evento.

Termino esta matéria agradecendo aos alunos do projeto de extensão “Poética da Dança Tribal” e a todos os profissionais que auxiliaram na construção da trajetória inicial do Tribal em Alagoas. Hoje, temos uma história a contar. Que venham novas e muitas outras! Vida longa ao Tribal!





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Resenhando-AL


Ana Clara Oliveira (Maceió-AL) é dançarina e pesquisadora do estilo Tribal de Dança do Ventre. Professora de Dança na Escola Técnica de Artes (UFAL). Doutoranda em Artes (UFMG) onde pesquisa a formação no Tribal. Mestrado em Dança (UFBA). Diretora da Zambak Cia de Dança Tribal ... Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Resenhando-RS] Conexões - 2019 & 2020

 por Anath Nagendra

Saudações gauchescas, galera! 

Por conta do hiato que o blog teve em 2019 e da pandemia que ainda assola 2020, minhas primeiras matérias serão focadas em resumir um pouco do que rolou nestes dois anos. E aproveitando que estou pegando o canudo da querida Karine Neves aqui na coluna, resolvi abrir os trabalhos justamente com os eventos dela! Vamos lá! ;)

Em dezembro de 2019 rolou a mostra Conexões, idealizada pelo Espaço de Danças Karine Neves, e em 2020 houve a segunda edição, desta vez on-line e não-restrita ao Rio Grande do Sul! Tive o imenso prazer de ser convidada a participar de ambos, com meu grupo em 2019 e como solista em 2020. Nos dois casos, Karine demonstrou maestria na organização e direção, além da presença e atenção às convidadas e alunas.

Do espetáculo presencial, pude assistir quase todas as performances, da coxia ou da plateia. Teve solos, teve grupos, teve performances políticas, dark fusion, tribal brasil, ritualístico... ou seja, um pouquinho de todas as faces que as fusões podem nos oferecer!

Já a versão on-line, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, não deixou a desejar. Expandindo a mostra para além do RS, tivemos a presença de vários artistas de peso do país, ainda que houvesse uma ênfase aos artistas do Sul - como Aline Pires, também colunista daqui do blog, com o Resenhando-SC, que inclusive mencionou o Conexões em seu último post!

Abaixo segue uma mini-entrevista* com Karine, pois creio ser interessante sabermos mais sobre o background dos eventos, principalmente nestes tempos de adaptação ao universo on-line. ;)

[RESENHANDO-RS] Como foi a experiência de produzir o Conexões em 2019, e qual a diferença para a edição on-line de 2020 (fora o óbvio)?

[KARINE NEVES] Conexões, em 2019, foi o primeiro show da escola, então tinha que ser muito especial. E foi, em cada detalhe! Acho que todo mundo tem noção do quanto é difícil fazer uma produção independente, e sabe que acabamos assumindo múltiplos papéis pra fazer tudo acontecer. Eu não tinha experiência com produção, mas tive o privilégio de contar com pessoas muito talentosas ajudando e apoiando o evento. Por exemplo, todos os bailarinos participantes receberam mimos produzidos pela aluna Larissa, da Tríplice Store e Danieli, da Miss D, que providenciaram um sorteio de brindes. Tivemos Nando Espinosa na arte gráfica, na fotografia e co-produção, Luhcas Registros Audiovisuais na cobertura do evento, Jayro Dance no backstage, Michele Bastos na recepção. Só gente boa! 

[KN] A ideia para este ano de 2020 era ampliar este projeto, realizando uma edição do Conexões que unisse todas as professoras de tribal da cidade e arredores, incluindo show e workshops, a exemplo do que já acontece em outras regiões. Como sabem, a pandemia adiou este plano. Decidi, então, realizar a segunda edição na forma de Show Online. E foi incrível! Tivemos o primeiro show reunindo profissionais do tribal da nossa região, contando também com a participação de convidados especialíssimos de outros estados (Kilma Farias, Marcelo Justino, Rose Monteiro e Aline Pires), levando a arte pra dentro da casa das pessoas, num momento tão delicado, em que ela mais do que nunca se fez necessária. 

Legenda: a edição on-line contou também com uma breve apresentação de cada bailarina antes da respectiva performance. ;)

 

[KN] Essa foi uma experiência totalmente diferente da anterior, mas muito gratificante também! O Nando Espinosa Fotografia mais uma vez arrasou na edição, e a estreia aconteceu sem problemas. E, por mais que já tivéssemos assistido todo o vídeo, o friozinho na barriga foi semelhante ao de uma apresentação no teatro. Além disso, foi muito legal estarmos todos comentando em tempo real as apresentações e apreciando o talento dos colegas! Tivemos uma boa contribuição do público com a nossa Vakinha virtual, que foi dividida entre os artistas. O que me chateou foi que, apesar de todos os cuidados e testes com músicas, infelizmente, passado aproximadamente um mês, o vídeo [do espetáculo inteiro] foi bloqueado pelo YouTube pelos direitos autorais. 

 

[RESENHANDO-RS] O que te motivou a se aventurar na produção de eventos?

[KN] Quanto à iniciativa de fazer um evento, foi algo que aconteceu naturalmente. O nosso espaço de danças vinha crescendo, e quando me dei conta, estava com um grupo lindo de alunas, desenvolvendo trabalhos consistentes, com personalidade. Um grupo de pessoas bastante diferentes, mas ao mesmo tempo com afinidades ideológicas, políticas, filosóficas. Senti a necessidade de reunir em um evento todos os trabalhos que vínhamos construindo. Ao mesmo tempo, decidi convidar alguns colegas especiais para abrilhantar mais ainda o nosso espetáculo. Há muito tempo tenho o sonho de ver a nossa cena da dança mais unida. Acredito que há espaço para todos, e que nos fortalecemos quando nos unimos. Desde que despertei para isso, tenho me esforçado pra contribuir, de alguma forma, para a criação da realidade que eu desejo.

 

[RESENHANDO-RS] Com a pandemia ainda sem uma perspectiva clara de controle, quais são os planos pra 2021?

[KN] Infelizmente, fica mais difícil fazer planos. Mas a intenção de realizar um evento maior, promovendo o tribal na nossa região, permanece. Enquanto isso estou aproveitando para estudar produção cultural e me qualificando melhor pra poder reunir presencialmente toda essa galera linda em breve, em grande estilo!

 

* A entrevista foi levemente editada para fins de clareza e compressão.

Segue mais alguns vídeos de ambos os eventos para vocês curtirem uma amostra! ;)


Até a próxima!


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Resenhando-RS



Anath Nagendra (Esteio-RS)
 é bailarina, professora, coreógrafa e pesquisadora de Danças Árabes, Raja Yoga e, em especial, Tribal Fusion e suas vertentes. Hibridiza sua arte e percepção com grandes doses de psicologia, espiritualidade e ocultismo. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

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Resenhando-RS por Anath Nagendra

 Coordenação Região Sul - Núcleo RS:

Anath Nagendra
é bailarina, professora, coreógrafa e pesquisadora de Danças Árabes, Raja Yoga e, em especial, Tribal Fusion e suas vertentes. Hibridiza sua arte e percepção com grandes doses de psicologia, espiritualidade e ocultismo. Saiba mais em anath.com.br

















Colunistas convidadas anteriores:


Carine Würch - Moon Mother, Focalizadora de Danças Circulares Meditativas e Círculos Femininos, Professora de Hatha Yoga e de Dança Tribal & Fusões.

Iniciou seus estudos Dança Tribal em 2010, aos 31 anos, com Daiane Ribeiro. Teve oportunidade de fazer vários workshops de diferentes linhas dentro do Tribal: Bruna Gomes (RS), Fernanda Zahira Razi (RS), Joline Andrade (BA), Karina Leiro (PE), Krishna Sharana Devi Dasi (RS), Rebeca Piñeiro (SP) e Paula Braz (SP). E no ATS com Kristine Adams (EUA), Lilian Kawatoko (SP) e Gabriela Miranda (RS).  

Blogueira, artesã, pesquisadora do Tribal. 

"Quando conhecemos as raízes, criamos asas." (CW)

Blogs
Nossa Tribo & Nossa Dança 
http://nossatribo-fusoes.blogspot.com.br/



Karine Neves é médica veterinária formada pela UFRGS em 2007 e, desde 2008, dedica-se à profissão em sua clínica em Porto Alegre/RS. Mas o amor aos animais divide espaço em seu coração com a dança, que chegou bem antes que a veterinária na sua vida, aos 6 anos de idade, quando iniciou sua formação em ballet clássico. Em 2006 começou a estudar dança do ventre com Egnes Gawasy. Mas foi em 2008 que seus olhos brilharam ao conhecer a dança tribal, seguindo os passos da mestra Daiane Ribeiro e posteriormente Karina Iman. Em 2010 fez o 1º Curso Extensivo de Dança Tribal com o Grupo Masala, composto por Fernanda Zahira Razi, Daiane Ribeiro Bruna Gomes. Em 2011 começou a dar aulas de dança do ventre/fusão no Studio Al-Málgama, onde também fazia aulas regulares com Daiane Ribeiro e Bruna Gomes, e onde permaneceu como aluna e professora até 2013. Nesse ano inaugurou o próprio espaço de danças, onde até o momento ministra aulas de dança do ventre e Tribal. Karine apresenta um forte estilo ritualístico, e por ser filha e neta de bailarinas de dança cigana, também deixa transparecer essa influência em seus trabalhos. Sua grande paixão atualmente é o Tribal Brasil, o qual pesquisa a fundo desde 2014, e do qual é precursora na região Sul. Em 2015 foi convidada a palestrar sobre o tema no 1º Encontro VentrePoa. Para agregar e ajudar a construir uma dança com consistência, Karine também fez aulas de dança indiana, zambra, flamenco, sapateado, yoga, pilates e dança moderna.

Atualmente é integrante da 1ª turma do Curso de Formação em Tribal Brasil, por Kilma Farias (PB), criadora do estilo.

Para Karine a dança tribal é acima de tudo uma forma de autoconhecimento, de sentir-se conectada, seja com a sua “tribo”, seja com a natureza, com o que chamar de Deus ou consigo mesma.


Artigos
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[Resenhando-PR] Paraná Mostra Online de 2020

 por Esther Haddasa

Para estrear essa coluna resolvi fazer uma resenha diferente, não sobre um evento, mas sobre o Mix de Lives e atividades que envolveram o Tribal Fusion do Paraná nesse conturbado momento restritivo a palcos e aglomerações.

Criatividade não faltou e o engajamento para manter viva a cena  trouxe a oportunidade de Mostrar, e amostrar, muitos trabalhos, debates e performances no que ficou registrado como o grande fenômeno das mídias, ainda no mês de maio, comecinho da quarentena oficial, com a até então ferramenta menos utilizada do Instagram a : LIVE, estendendo sua exponencial busca também para o Youtube.

Organizei esses eventos do Instagram em duas categorias:

  •  Mostras – Lives Completas que irei abordar nessa edição.
  •  Amostras – Coreografias ou trechos de coreografias, estudos, e falas postados no Feed ou IGTV – Aguardem!

A Primeira Mostra, Live Show, que assisti (até porque participei como representante do Tribal Fusion com a coreografia "Queima minha pele" do Bacu Exu do Blues) foi no dia 09/05/2020 pelo Instagram da bailarina e idealizadora do Festival Arabic, Dayane Leme - Londrina, PR com o título: Amigas Belly Dance. Desenvolta, a anfitriã apresentava cada convidada que após dançar lia os comentários e interagia com quem estivesse nas mensagens.

A Live contou com a presença da bailarina Hayal, residente na França, descrevendo brevemente a situação da pandemia no país daquele momento. Outra representante do Tribal Fusion que esteve na Live foi Janaina Nicolau de Maringá-PR, que naquela ocasião apresentou um solo de Dança do ventre estilo cabaré.

No dia 22/08, Dayane Leme, trouxe novamente o Tribal Fusion para suas Lives, tendo como representantes e fazendo sua estréia como solistas as bailarinas Flávia Araújo com um Tribal Fusion Tango e Miriam Borges com um Tribal Brasil, ao som de Johnny Hooker.

 

Infelizmente estas Lives não estão mais disponíveis, o que as tornaram eventos únicos. 

Ana Paula Fávaro, de Curitiba-PR, entre Julho e Setembro, organizou semanalmente sob os títulos Live Cultural e Live Show, apresentações que eram divididas entre três momentos

- Entrevista da convidada- onde ela contava um pouco de sua trajetória;

-  Apresetação de Dança;

-  Finalizava com uma pequena explicação sobre o estilo com dicas de passos .


Os destaques do Tribal foram:


 Mariana Tachibana (27/07):

| Link para assistir a apresentação |

 

Myma Fávaro e a estreante Andressa Falkovski (21/08):

| Link para assistir as apresentações |

 

 Yasmin Zayn (25/08):


O Solo Rock bellyfusion com espada da Yasmin:

| Link para assistir a apresentação |

No dia 28/08, Ana Paula Medeiros, deslumbrante e versátil, fez uma dupla apresentação começando com "Tombei" de Carol Conka e fechando com "Moongate" de Samel.

| Link para assistir a apresentação |

 A anfitriã Ana Paula Fávaro apresentou-se no dia 02/09.

| Link para assistir a apresentação |

 

Para finalizar, Aerith Asgard promoveu Lives entrevistas.

A primeira aconteceu em 11/05 com Hölle Carogne (RS) onde abordaram e tiraram dúvidas sobre o Dark Fusion de forma muito leve e objetiva.

Essa Live ainda tem trechos disponíveis nos Stories da Aerith:

| Link para acessar |

 A outra Live aconteceu em 14/07 com o tema: "Desenvolvimento de Personagens na Dança", com Keila Fernandes. As anfitriãs deliciaram os participantes com uma retórica / debate assertivos e embasados sobre consistência de pesquisa / referências e performances no Tribal Fusion , seguem links das duas partes:

| Parte 1 | Parte 2 |


Adaptar conteúdo prático e teórico em eventos virtuais foi e está sendo uma alternativa corajosa ante todo o desânimo que poderia se instalar, afinal, esses eventos demandam energia, trabalho e dedicação tanto quanto os presenciais, e a garantia de uma audiência mínima, assim como eventos presenciais, não existem. Mesmo não tendo despesas percebidas (como alugueis , cachês , deslocamentos, etc)  não quer dizer que esses eventos virtuais não custem caro só porque são gratuitos, já que eles são a gentileza disponibilizada de todo o investimento  de anos de estudo, experiência e tempo entregues a nós, pelo único propósito da manutenção e motivação à dança.

Portanto, concluo com o pedido: Assistam as Lives !

Inté!

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Resenhando-PR


Esther Haddasa (Londrina-PR) é mineira de Conselheiro Lafaiete, graduada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, membro fundadora da cia Caravana Lua do Oriente, formada em danças árabes pelo método da Escola Rhamza Alli – Londrina ,PR.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Resenhando-SP] Dark Fusion Brazil Online - 1ª Edição

 por Irene Rachel Pattelli



No dia 31 de agosto estreou o programa voltado ao estilo, Dark Fusion Brazil Online no canal do youtube do Studio Online - Gilmara Cruz. Estava muito interessante, curti a dinâmica de ter apresentações e explanações intercaladas, o tamanho do programa ficou bem agradável, nem  demais nem de menos, me senti animada para o próximo.


O programa contou com as apresentações das bailarinas:


Rhada Naschpitz (RJ)


Shabbanna Dark (DF)


Honora Haeresis (CE)

Gilmara Cruz (SP)

Idealizadora e organizadora do evento


Akzara Martini (Venezuela)

Entrevista sobre Dark Fusion

Kambrah Gil (México)

Entrevista sobre Dark Fusion


Ariellah (EUA)

Entrevista com a criadora do estilo

O programa pode ser visto na íntegra nas versões português e inglês:


Versão em português:


Versão em inglês:


O depoimento da Shabbanna sobre o “Piercing Wings” foi muito bom, com informações super relevantes sobre o preparo para a performance e cuidados.


Para os amantes do estilo (seja profissional, curioso, aluno, etc) o programa é um prato cheio e espero que traga mais força à cena dark fusion que anda bem murcha em São Paulo/SP, mesmo antes da quarentena o estilo já não estava tão forte. Já em Curitiba/PR e Rio de Janeiro/RJ vemos mais eventos ligados ao mesmo.


Esperamos que após a quarentena possamos ter eventos voltados para o dark fusion em SP com bastante público e participantes.


Minha esperança é que pós pandemia o mundo da dança volte borbulhante com muitos eventos presenciais. Enquanto isso seguimos protegidos a espera da vacina.


Beijinhos virtuais e até a próxima matéria!!!


#vemlogovacina


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Resenhando-SP



Irene Rachel Patelli (São Paulo-SP) é técnica em dança formada pela Etec de Artes/SP, coreógrafa, bailarina/dançarina, performer, professora de tribal fusion, dark fusion e ATS. Formação em yôga, pesquisadora de ghawazee e zaar. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Resenhando-RJ] 3ª Convenção Carioca de Dança Tribal e Fusões (2019)

por Fran Lelis


Pensa num evento gostoso de participar, com um clima acolhedor, muito bem organizado, com ótimos profissionais ministrando workshops, apresentações plurais cheias de técnica e criatividade... Pensou? Então, esse evento é a Convenção Carioca de Dança Tribal e Fusões que acontece no Rio de Janeiro, desde 2017. Caminhando para sua quarta edição (que será online), a Convenção já se tornou uma referência na nossa região para praticantes de ATS/FCBD Style®, Tribal Fusion e outras fusões. Eu participei de todas as edições e a cada ano fico mais apaixonada por esse evento.

Como o Blog Coletivo Tribal está retomando suas atividades e esse é o meu primeiro texto aqui (Uhull!), achei importante relembrar a edição 2019 da Convenção Carioca, que foi memorável!

Professoras que ministraram workshops

Sobre os workshops oferecidos nessa edição, tivemos como professoras: Alynah al Bastet, Nadja el Balady, Daria Lorena, Lucielle Le Fay, Natália Espinosa, Aisha Hadarah, Aline Muhana e Jessie Ra’idah (que também é a organizadora e grande anfitriã da Convenção). É muito bom ter a oportunidade de conhecer a qualidade do trabalho e o profissionalismo das professoras cariocas num só evento. São artistas incríveis que merecem ser conhecidas no Brasil todo.  

Além, é claro, da grande atração especial, Ebony Qualls! Essa diva das fusões ministrou três workshops: 1.21 Jigglewatts, dedicado aos shimmies; Layer cake onde aprendemos uma sequência avançada com foco em sobreposições; e o The Belly Dance Wildcard com combos super criativos com diferentes referências, de popping a samba!

Ebony Qualls (EUA)



Um pouquinho dos workshops da Ebony:

Sequência do workshop Layer Cake: 


Jessie ensinando Ebony a sambar na Cinelândia:

           

Ao todo, tivemos 14 horas de workshops em dois dias. No final da última aula eu não sentia mais meus braços nem minhas pernas. Mas estava com um sorriso imenso, feliz da vida. Foram dois dias intensos, com muita dança, trocas, aprendizado, risadas e abraços.

Workshop com Ebony Qualls


Workshop com Jessie Ra’idah


Workshop com Natália Espinosa

Além das aulas, a terceira edição da Convenção Carioca também contou com mostra de dança, concurso e Grand Show. Performances lindas, diversas, emocionantes. No Grand Show, além das professoras, também se apresentaram Raphaella Lua, Luã Lima, e os grupos, Resistência Bellyblack, Zaman Tribal, Raq7, Tribo do Rio, Loko Kamel Tribal Dance, Ártemis e Laboratorium Tribal.

Raphaella Lua (EUA)


Loko Kamel Tribal Dance

Ártemis
Resistência Bellyblack

Jessie Ra’idah


Aline Muhana

Ebony Qualls (EUA)

O show, de certa forma, foi além do palco e se espalhou pela coxia e pela plateia, na mistura e interação entre profissionais, alunos e público, num clima de incentivo e partilha. Essa é a característica mais bonita da Convenção Carioca, todo mundo muito feliz por estar alí, contribuindo de forma generosa para concretização do evento.

Em maio desse ano, já na pandemia, como forma de nos reunirmos mesmo que remotamente, rolou a transmissão online do Grand Show pelo Facebook e foi muito bom poder interagir pelos comentários enquanto assistíamos as apresentações, matar um pouco da saudade dos encontros que a Convenção Carioca proporciona. Ainda dá pra conferir:


Acho relevante comentar também que a Convenção Carioca de Dança Tribal e Fusões é um evento produzido por uma mulher negra, Jessie Ra’idah, e que desde a primeira edição coloca no quadro de professores, no palco do Grand Show e nos cartazes de divulgação, artistas com diferentes corpos, idades e sexualidades, e que a primeira atração internacional foi uma mulher negra. No nosso atual contexto, onde grupos subalternizados questionam padrões e denunciam a invisibilidade e a falta de oportunidades para profissionais negros e LGBTs, ter um evento como a Convenção Carioca nos dá esperança e estímulo para tornar nosso cenário de dança verdadeiramente mais inclusivo e diversos.

Quem sabe a gente se encontra nas próximas edições?

Grand ATS

OBS: Todos que se apresentaram na Convenção Carioca são convidados a participar do Grand ATS, o encerramento do evento, todo mundo dançando junto, partilhando o palco, dividindo a alegria de dançar.

Encerramento do Grand Show


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Resenhando-RJ


Fran Lelis (Volta Redonda-RJ) é professora SEEDUC RJ, especialista em História do Brasil pela UFF, mestra em História pela UFRRJ. Dançarina de Tribal Fusion com registro profissional pelo SPDRJ (DRT:56/032). Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

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