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[Resenhando-PR] Mostra Paraná Julho e Agosto 2021

por Esther Haddasa

O Mostra Paraná desta rodada mostra mais novidades do Instagram:

O Underworld Fusion Dance Co trouxe a temática Rock & Metal nos posts do mês de Julho com muitas curiosidades e performances:

Destaque para “O diabo é o Pai do Rock?”, texto da Keila Fernandes.


| Clique aqui para acessar o Post na íntegra! |


E o vídeo comemorativo com participação de todas as integrantes ao som da banda Ghost , com a música "Cirice". 


Agosto a temática foi toda enfocada no Cinema e tem muitos posts interessantes relacionando a sétima arte à dança:



| Clique aqui para acessar o Post na íntegra! |




O UWFD Co. Também apresentou em agosto uma série com cada integrante explicando quando e como conheceram o Dark Fusion. 


Bety Damballah disponibilizou gratuitamente o curso CHAMADO que ela descreveu como: “Uma abordagem Terapêutica na dança Urbana Tribal que criei na minha formação em terapia. ”

Nesse curso, ela se propôs a trabalhar emoções que não gostamos de lidar.





Em parceria com Triana, as lives estão disponíveis em seu Instagram :


E para finalizar, Breno Braga disponibilizou um trabalho de fusão maravilhoso: 

Seguimos sem eventos presenciais, vacinação acontecendo e muita criatividade nas mídias para manter o Tribal em Mostra no Paraná. 


Inté!

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Resenhando-PR


Esther Haddasa (Londrina-PR) é mineira de Conselheiro Lafaiete, graduada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, membro fundadora da cia Caravana Lua do Oriente, formada em danças árabes pelo método da Escola Rhamza Alli – Londrina ,PR.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando-PR] Mostra Paraná Junho 2021

por Esther Haddasa


O Mostra Paraná traz novidades do cenário Tribal Fusion Paraná, em especial o Dark Fusion, nesta edição.

Em 29/04, dia internacional da dança, o Instagram do Asgard Tribal lançou um teaser cheio de suspense, revelando-se na live do dia 01/05 que o Asgard Tribal se tornou o Underworld Fusion Dance.

A idealizadora Aerith em conjunto com suas co-diretoras Keila Fernandes e Rossana Mirabal explica os motivos da alteração, a escolha do nome e as aspirações desta nova etapa. Também aproveitam para apresentar a nova integrante do grupo: Esther Haddasa.



A live é descontraída e despretensiosa, mostrando que as Darkzeras têm senso de humor além de profissionalismo.

| Teaser | Live |


Em 15 de maio o Underworld Fusion Dance tem sua primeira Live oficiais pós mudança de nome! Nessa Live, Aerith e Keila falam sobre as simbologias da identidade visual e conceito do grupo.


Novamente a Live segue leve, com conteúdo coeso e muito rico.


| Link da live |


A última novidade envolvendo o Underworld Fusion dance é o curso de Dark Fusion 100% online desenvolvido e ofertado por Aerith, que até o momento de publicação desta edição, ainda está no período de inscrição e com vagas disponíveis. 




Outro destaque é Bety Damballah, que no dia 29/05 fez a Live Workshop : A Plenitude é uma Mentira- Matéria Escura: Expressando as emoções através da Dança urbana Tribal. 



| Link da Live |



Mesmo que ainda soframos com as ações que nos mantém nesta quarentena, longe dos palcos longe de nós, o Tribal no Paraná resiste.

Obrigado pela dedicação e iniciativa destas artistas.


Inté!

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Resenhando-PR


Esther Haddasa (Londrina-PR) é mineira de Conselheiro Lafaiete, graduada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, membro fundadora da cia Caravana Lua do Oriente, formada em danças árabes pelo método da Escola Rhamza Alli – Londrina ,PR.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando-PR] Mostra Paraná: Entrevista Aerith sobre o Coletivo Tribal

por Esther Haddasa

Para a Coluna desta rodada, trago um evento que falou sobre o próprio Coletivo Tribal.

Na semana dedicada ao Tribal Fusion no Instagram do Éden Estúdio de Danças, nossa anfitriã e idealizadora do Blog Aerith Tribal Fusion, cedeu uma entrevista incrível que hoje ficará registrada em seu próprio lar!

Antes de ser conhecido por Coletivo Tribal, o "Blog da Aerith" já tinha alcançado o status de maior blog sobre tribal fusion da América Latina, reunindo para a crescente comunidade e curiosos desta dança material de pesquisa seguro, entrevistas e links de apresentações. Hoje conta com 28 profissionais que se revezam na produção de conteúdo como artigos e resenhas. 


 1- Como surgiu essa iniciativa de catalogar a cena tribal fusion ? 

O blog surgiu em 2010 de maneira despretensiosa e informal, inspirado pelas discussões das comunidades do Orkut e Tribe.net, dos blogs da Aline Muhana (RJ) e Mariana Quadros (SP) e alguns Multiply da época.

Acho que foi só em 2012 que eu comecei a ter uma visão mais centrada do blog e menos de hobby.  Eu observava um universo amplo das bellydancers no mundo virtual e o Tribal tinha pouca coisa. Eu queria conhecer mais as pessoas que faziam a nossa cena crescer, conhecer suas trajetórias, suas histórias, suas motivações para seguir esse caminho da dança,  suas perspectivas sobre o que era essa dança, o que acontecia em cada canto do país, pois parecia tudo tão distante! Eu queria que a gente se aproximasse de alguma forma. 

Nessa época, eu decidi criar a série de "entrevistas", pois percebi que tinha poucas entrevistas de tribalistas nacionais e latino-americanas disponíveis na internet. Logo depois, veio o "Destaques  Tribais", que foi resultado de 3  ideias: 


  • Eu já tinha uma seção pequena no blog com esse nome, em que eu a trazia um vídeo  de alguém, cuja performance eu tinha gostado muito para compartilhar no blog;

  •  Eu também já fazia o "Retrospectiva Tribal", que era um post de final de ano, através de uma retrospectiva dos principais acontecimentos que eu tinha acesso.

  • E a última foi inspirada numa enquete que tinha no blog Amar El Binaz. Eu decidi unir isso tudo para criar o "Destaques Tribais, cujo intuito principal sempre foi de divulgar e conhecer essa dança.

    Por isso, a ideia da enquete era que o público indicasse os trabalhos do ano, pois como a cena cresce muito rapidamente, eu não tinha ciência de tudo que acontecia; além disso, seria muito injusto esses trabalhos não aparecerem por falta de conhecimento da existência deles. A segunda motivação da enquete era homenagear, de forma singela,  os artistas que faziam nossa comunidade se movimentar com o apoio do público. O objetivo nunca foi competição, e sim divulgação, criar espaço e fomentar a cena.

    À medida que o blog crescia, outras categorias foram criadas por necessidades que me eram apresentadas pelo público do blog. Então, criei seções para divulgar as aulas e eventos também com esse intuito do blog ser uma plataforma para dar suporte à nossa comunidade que se desenvolvia pelo Brasil à fora.

 

2 - Como foi registrar o Tribal Fusion acontecendo no Brasil?


Muita coisa mudou em 10 anos. A cena mudou e eu mudei nesse processo também. hahaha Mas é muito saudosista rever o que aconteceu na época que eu comecei na dança (e logo depois com o blog) e acompanhar esse crescimento de perto.




Cada grupo procurava ganhar espaço e respeito em suas cidades/estados como forma de dança e arte.  Eu vejo que esse início não foi nada fácil, ainda mais para as cidades que estavam longes do eixo Rio-São Paulo.




3 - Quando e como você entendeu que o Blog extrapolou o registro pessoal e ganhou uma dimensão documental ?
 

Muito antes de conhecer o Tribal, eu já tinha blog e fotolog. Então, sempre gostei de escrever e compartilhar minha ideias, sentimentos e impressões ( e antes da internet ser algo comum na nossa vida, sempre gostei de escrever e trocar cartas com meus amigos). 

Em 2010, inspirada por vários blogs de Tribal e dança do ventre da época, decidi criar um para falar sobre o Tribal, mas também sobre outras coisas que eu gostava naquele momento. "Panda-chan" era meu apelido naquela época e eu utilizava esse nickname no Orkut, então decidi chamar o blog de Panda no Sekai ( "O mundo de Panda", em japonês).  

Um ano depois, acabei percebendo que o meu amor pelo Tribal ofuscava todos os outros assuntos e decidi focar nisso: em ser um blog  voltado para a cena Tribal brasileira. Então, a partir daí troquei o nome para "Aerith Tribal Fusion", que passou a ser o nome artístico que eu decidi utilizar.

O blog começou a ficar sério em 2012, quando eu criei categorias para conhecermos melhor a cena, entender o que se passava em cada canto desse Brasil, como nossa comunidade se desenvolvia. 

Eu percebi que tinham muitos assuntos para dialogar e compartilhar com a comunidade e que muitos deles eu não tinha propriedade e/ou conhecimento para falar. Então decidi convidar pessoas que eu já acompanhava o trabalho pelas redes sociais e sabia que elas iam desenvolver com amor, carinho e profissionalismo. A partir de 2014, eu abri o blog para colunistas e cada um trabalhava com um tema específico. Nessa mesma época também surgiram colunistas para representar suas localidades através das resenhas de eventos, proporcionando essa ponte, essa aproximação do que estava sendo realizado na cena Tribal de suas cidades.

Em 2017, eu percebi que o blog precisava de um novo nome que representasse o que ele tinha se tornado, pois eu sentia (e sabia) que não era mais o "blog da Aerith" e sim uma força de expressão da nossa cena brasileira, principalmente. Foi apenas em 2020, por conta da quarentena,  que passei por um processo de reflexão, esclarecimento e  coerência em todas as áreas do meu trabalho e o blog foi um deles. Nesse tempo, minhas amigas e colunistas do blog me mostraram a importância de voltar com esse projeto e chegamos em um nome que agora parece óbvio, mas não foi assim quando estive procurando. hehehe Então, desde agosto de 2020, passamos a nos chamar "Coletivo Tribal" (clique aqui para lr sobre a mudança do nome)

 


4- Como você vê o amadurecimento da cena tribal e toda esta produção de artigos e resenhas que endossam o conteúdo do Blog?

Eu acho fascinante e empolgante!  

Quando eu entrei no Tribal o conhecimento era muito escasso e de difícil acesso. Não existiam versões em pdf para download dos artigos, livros e revistas como temos hoje. Então, as pessoas precisavam encomendar ou ir até os EUA para adquirir o seu exemplar do Tribal Bible, por exemplo. Quem não tinha condições financeiras para isso, ficava caçando conhecimento nas redes sociais da época , como comunidades brasileiras de Tribal no Orkut, nas comunidades sobre essa dança na plataforma estrangeira Tribe.net, no Multiply e Myspace para entender um pouco sobre a dança. Existiam alguns poucos blogs dos EUA que traziam conhecimentos e reflexões sobre a cena, como o blog  Bellydance Palladin da bailarina Asharah (que hoje utiliza seu nome original, Abigail Keyes), além dos blogs brasileiros estarem começando a fazer esse movimento em prol de compartilhar conhecimentos, impressões, reflexões, etc, como o "Divagações Tribais e afins" da Mariana Quadros (SP), o "ATS/ITS" da Aline Muhana (RJ), outros blogs que vieram posteriormente e que ajudaram a fomentar a pesquisa foram: "Tribal Mind" da Ana Harff ( brasileira que era da Shaman Tribal e se mudou para a Argentina), "Nossa Tribo & Nossa Dança" da Carine Würch (RS), "Tribalices" da Natália Espinosa (SP) , "Tribal Archive" da Melissa Souza (SP) , "Pilares do Tribal" da Maria Badulaques (SP), entre outros.

Eu amo ler, estudar e pesquisar. Ter os colunistas do blog nesse movimento em prol da comunidade brasileira de compartilhar seus saberes, facilitar o acesso, estimular o estudo teórico, pra mim,  é cativante. Fazemos esse trabalho com muito carinho para ajudar a nossa comunidade a ter uma base, estimulando a curiosidade, vontade de estudar e  buscar por mais conhecimentos! 

Sinto que esse amadurecimento bateu na porta da consciência com dois fatores que nos obrigou a dar atenção à necessidade do estudo teórico. Vou deixar para desenvolver na próxima questão.

 


5 - Quais suas perspectivas e avaliação da comunidade Tribal nacional?

Pegando o raciocínio da questão anterior, minha perspectiva como pesquisadora e observadora da nossa cena é que, apesar de haver pessoas interessadas em criar espaços para compartilhar conhecimentos, sejam eles de formas informais (blogs, podcasts, vídeos, etc) ou formais, através do desenvolvimentos de artigos do âmbito acadêmico e ações em universidades, tudo isso ainda era muito devagar e isolado no contexto do estado/região em que aquele "divulgador" se encontrava.

Mas sinto que 2020 foi um marco nesse sentido, pois foi um ano que veio como uma lanterna no meio do escuro, direcionando o caminho e mostrando que estávamos perdidos, cada qual no seu canto e que, agora, mais do que nunca, precisávamos nos unir de alguma forma. Dois fatores impactaram drasticamente nossa comunidade de forma difícil de lidar e que pela indignação, se tornaram em várias ações positivas. 

O primeiro, em janeiro de 2020, quando Carolena Nericcio (EUA) decidiu retirar o termo "Tribal" do nome dessa dança. Isso gerou todo um conflito interno em cada indivíduo que se identificava com o nome 'Tribal' ; e externo pelas discussões mundiais acerca do assunto pelo modo em que isso foi anunciado e "resolvido", sem se preocupar com as consequências para o resto do mundo.

Alguns meses depois (final de março de 2020), o mundo todo entrou em quarentena por conta da pandemia do Covid-19. Todos fomos obrigados a migrar seus trabalhos, estudos, práticas de lazer, ou seja, boa parte da nossa vida social para o universo virtual, às pressas, sem adaptações, de forma abrupta. Portanto, a quarentena fez com que buscássemos esse SABER, que está sendo a forma de manter nossa mente saudável frente a tantas calamidades acontecendo. 

O lado positivo disso tudo foi que o modo online permitiu com que nos aproximássemos quanto comunidade. Acho que esses fatores proporcionaram uma fase de maior introspecção da nossa cena que começou a se voltar mais para si, quanto cena brasileira  e a se indagar mais intensamente quais são os nossos problemas e necessidades sociais, econômicos e mercadológicos? Como solucionar essas questões?  

Além disso, houve a necessidade de estudar e pesquisar;  concomitantemente, cresceu a vontade de divulgar, instruir, esclarecer, desmitificar, politizar, enfim, criaram-se várias ações nesse ano turbulento para que as pessoas compreendessem melhor vários aspectos importantes da nossa dança que estavam em colapso. Vários grupos se mobilizaram em se reunir, discutir e buscar possíveis caminhos para os problemas apresentados.  Cada um com seu enfoque, seja ele histórico, social, mercadológico, etc. Dessa maneira, surgiram o Hunna Coletivo, Simpósio Praksis, Coletivo Guia, Fórum Tribal, Coletivo Drusa, entre outros.  

Acredito que esse movimento nacional, em busca de conhecimento para aproximar os membros de cada localidade desse país continental e fortalecer a cena, é importante. Eu espero que esse ambiente online que criamos como ferramenta de comunicação, estudo, pesquisa, fomentando rodas de conversas, eventos, palestras, etc continue a existir mesmo após a pandemia. Esse lugar que criamos não é mais opcional, ele é necessário! Espero que essa força  e determinação brasileira continue ainda mais enraizados e o olhar para as questões e necessidades do nosso povo e da nossa cultura não se percam. Não é tempo de retrocesso (apesar de estarmos em confinamento e nos sentirmos dessa forma por causas das incertezas que nosso país enfrenta)! Nunca se produziu tanto de forma conjunta como agora! Portanto, é tempo de continuarmos esse movimento, em prol de uma comunidade mais forte, unida e saudável para quando voltarmos ao presencial, o primeiro passo seja cheio de sentidos. 

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 Aerith também é idealizadora e diretora do festival Underworld FusionFest, carioca, hoje residindo e dando suas aulas em Curitiba.

Teve sua iniciação na dança em 2008 com a professora Kristinne Folly.

Para concluir fica a afirmação: Vida Longa ao Coletivo.

 Esse espaço de construção e fundamentação para nossas danças.

Aerith, em nome de todas que fazem parte desse projeto incrível posso dizer:

Obrigado! Continue!


| Montagem das imagens por Paula Marumo para Éden Estúdio de Dança.

Inté!

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Resenhando-PR


Esther Haddasa (Londrina-PR) é mineira de Conselheiro Lafaiete, graduada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, membro fundadora da cia Caravana Lua do Oriente, formada em danças árabes pelo método da Escola Rhamza Alli – Londrina ,PR.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

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