[Retalhos de uma História] Souheir Zaki

por Ju Najlah



"Ouça a música com o coração e traduza seus sentimentos com o corpo.”


Souheir Zaki nasceu em Mansoura, onde viveu com sua família até os nove anos de idade, depois mudaram-se para a cidade mediterrânea de Alexandria. Souheir apaixonou-se pela música e pela dança desde bem cedo. Com 11 anos já chamava a atenção dançando nas festas de aniversário e casamentos de amigos e familiares.

Uma das mais famosas dançarinas dos anos 60 e 70, Souheir Zaki começou a aparecer em gravações dançando algumas músicas de baixa qualidade. Contrária a qualidade das músicas gravadas, sua meticulosa forma de ouvi-las e expressa-las tornou-se famosa e ela ganhou o respeito de todos os membros da orquestra que a acompanhava.

Em determinada ocasião Anwar Sadat, presidente do Egito, a nomeou “a Om Kolthoum da dança”, e disse a ela “assim como ela canta com a própria voz, você canta com seu corpo.” Nos anos 60 Souheir recebeu o reconhecimento com honrarias e medalhas do xá do Irã, do presidente da Tunísia e de Gamal Abdel Nasser. Assim como Tahia Carioca e Samia Gamal – suas maiores fontes de inspiração – ela se tornou uma bailarina legendária em seu próprio meio. Quando criança, diz Souheir, “eu costumava ir direto da escola para o cinema, para assistir Tahia Carioca e Sâmia Gamal na grande tela. Eu até mesmo cortei meu cabelo e arrumei para ficar parecida com Fairuz", ela diz, referindo-se a uma estrela mirim do cinema egípcio. 



O desejo de Souheir Zaki para dançar em público superou a desaprovação do seu pai. No entanto parece que era parte do seu destino; seu pai morreu quando ela ainda era muito jovem e sua mãe se casou novamente. Foi seu padrasto quem realmente lançou e gerenciou sua carreira, arranjando sua orquestra e tornando-se, mais tarde, seu empresário.

Souheir começou dançando nos nightclubs gregos de Alexandria. Depois mudou-se para o Cairo, onde se manteve, circulando entre casamentos e apresentações em nightclubs, que começavam a noite e se estendiam pela madrugada.

"Minha maior rival era a Nagwa Fouad. Nós tivemos uma competição feroz. Se as duas estivessem contratadas para uma mesma festa numa noite, nós corríamos para mandar nossas orquestras e roupas na frente, vendo quem chegava antes ao local". Enquanto Nagwa Fouad, adorava flashes e grandes montagens para sua performance, num estilo bem ocidental, Souheir era exatamente o oposto. Raqia Hassan, reconhecida mundialmente como uma grande coreógrafa e mestra da dança, se manifesta a respeito de Souheir: "Souheir Zaki resume a dança natural. Seu apelo está em sua simplicidade: ela traduziu a música de forma precisa e natural, sem excessos ou exibicionismo. Seus passos têm resistido aos anos, e são ensinados até hoje. Ela sempre foi autêntica apresentando-se e fingir nunca fez parte do seu estilo. Do mesmo jeito que a vê hoje, ao vivo, calma, tranquila para conversar e educada, ela sempre foi assim em cena".

A imagem clichê da dançarina oriental, quente e sedutora, muda um pouco de figura com ela. Isso talvez porque ela emergiu deste mundo controverso da dança com sua reputação mais ou menos intacta. Ela se orgulha em dizer que dançou nos casamentos de cada uma das filhas de ambos Anwar el Sadat e Gamal Abdel Nasser: que ela era constantemente escolhida para entreter as autoridades em visita ao país, desde o ministro de defesa da Rússia até o presidente Nixon e Henry Kissinger, e que, quando ela se tornou a primeira bailarina que ousou interpretar as reverenciadas canções de Oum Khalthoum num placo de nightclub, ela teve uma benção para o fato.



No final dos anos 80 o cenário da dança começou a mudar, e Zaki, vendo as coisas como iam se desenrolando, começou a pensar em se retirar elegantemente. Naquele tempo profundas mudanças tomavam forma dentro da visão que a sociedade tinha sobre a dança.

Em 2001, Raqia Hassan, quando a convidou para dançar e dar aulas depois de anos no Festival de Dança Oriental no Cairo, pessoalmente ficou impressionada pelo impacto que a presença de Souheir Zaki causou nas reservas das aulas. "Até que os formulários chegassem em grande número, eu não tinha idéia do quanto Souhair Zaki era amada por pessoas de diversos lugares do mundo. Quase todas as alunas inscritas para o festival se inscreveram para a aula a ser dada por ela".

Nada retira sua aura de glamour. Souheir Zaki traduz o verdadeiro espírito da dança oriental egípcia, sintetiza a natural dança baladi. É uma bailarina doce e elegante. Apresenta perfeito equilíbrio entre técnica e expressão. Sua musicalidade e precisão impressionam, traduzindo a música com perfeição.

"Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança". Souheir Zaki.


Fontes:

Soheir Zaki, disponível em http://www.belly-dance.org/sohair-zaki.html


Soheir Zaki, one of the egypts' dance icons of the 1980's, disponível em http://www.belly-dance.org/soheir-zaki.html

MAHAILA, Brysa. Souhar Zaki. Revista Shimmie, ano 2, nº 10, página 18.


>

Folclore em Foco por Nadja El Balady


 Folclore em Foco

Nadja El Balady, Rio de Janeiro - RJ Brasil

Sobre a Coluna:

Nesta coluna abordaremos a respeito do folclore raíz e povos locais.


Sobre a Autora:


Nadja é professora licenciada em Dança e se dedica desde 1998 a estudar danças orientais. Professora de Dança do Ventre tradicional e estilo tribal (American Tribal Style® e Tribal Fusion), ministrou workshops e participou de shows na Europa e em todo o Brasil. Estuda o Estilo Tribal desde 2005 e é uma das pioneiras da Fusão Tribal Brasileira.

Nadja é credenciada pelo grupo FatChance BellyDance® como Sister Studio, tendo feito a formação de ATS® em São Francisco, Califórnia em 2012.

Organizou por 4 anos, no Rio de Janeiro, o primeiro festival exclusivo de Dança Tribal do Brasil: “Tribes Brasil”.

Professora do Congresso Sul Americano de Tribal, Convenção Carioca de Dança Tribal e Fusões e é diretora do grupo Loko Kamel Tribal Dance e do Oriental Studio de Dança no Rio de Janeiro.

Em sua formação, vale destacar a experiência de 20 anos em danças populares brasileiras, dança contemporânea, e especializações no estilo tribal como a imersão completa com Rachel Brice no Shaman’s Fest em 2014, bem como outros grandes nomes do Tribal Fusion como Ariellah, Lady Fred, Zoe Jakes e Sharon Kihara.








Entrevista

Clique na imagem acima para acessar a entrevista.


Artigos
Clique no título do menu acima para ser redirecionado ao artigo desejado. Boa leitura!

[Estilo Tribal de Ser] Estilo Boho

por Annamaria Marques



Saudações pessoal!

Hoje trago um pouco sobre o estilo Bohemian, também conhecido como Boho, Boho Chique, Hippie chique.

Conforto e atitude é o que define esse estilo. 

Segundo a blogueira Isabella Marimon, o estilo surgiu lá em 2003 na Inglaterra, principalmente por causa de festivais como o Glastonbury. No seu auge em 2004-5, foi associado particularmente com a atriz Sienna Miller e a top Kate Moss, no Reino Unido, e as atrizes Mary-Kate e Ashley Olsen, nos Estados Unidos. Esta foi uma tendência que parecia estar em declínio no início de 2009, mas ressurge constantemente em festivais de música, como o Coachella e Lollapalooza, nos Estados Unidos.


Ele consiste na mistura eclética, livre, com ar de hippie, étnico, boêmio, folk, punk, vintage. O look é sempre único e personalizado, sua característica essencial é ser despojado propositalmente.

O estilo boêmio surgiu nos anos de 1920, mas só na década de 1970 que teve seu auge e tomou o formato que conhecemos hoje. Inicialmente era inspirado em peças de vestuário orientais, ciganas e indianas.

Escolhi trazer um pouco sobre o estilo para vocês por ter visto nele uma forma bonita de aproveitarmos nossos acessórios tribais no dia-a-dia!

Seguem algumas imagens de looks com destaque para joalheria sendo usada para compor acessórios e detalhes dos visuais!

Quem gostar e quiser ver mais, entra para o grupo Daily Tribal no facebook. Venho montando um acervo de tudo o que vejo que poderia ser usado no quotidiano, na dança e várias inspirações!




Fontes:


[Ritmos do Coração] Ritmos Árabes - Repertório Lento do ATS®

por Fairuza


Olá, tribo. 

Na minha última postagem, falei sobre alguns dos principais ritmos árabes utilizados no repertório rápido do ATS® ou tribal fusion. Nesta, falarei sobre os lentos.


 Ritmos Árabes - Repertório Lento do ATS®:
. Hatcha | .Samai | .Shaftatele | .Whada Wo Noz | .Entre outros


Em uma interpretação "dança do ventre" cada um tem sua aplicação específica. Por exemplo, samai é um ritmo utilizado para dançar "Mowashahat", uma dança idealizada   por Mahmoud Reda, na década de 70, que faz uma mescla de dança oriental com balet.


Samai




Shaftatele



Hatcha


Whada Wo Noz




Aliás, ele é uma das principais fontes de estudo, ainda vivo, e responsável por levar o folclore e  rotina árabe para os palcos.

Já no ATS® , estes são ritmos perfeitos para dançar o repertório lento / lento dramático. São ritmos chamados de "hipnóticos", que permitem uma fluidez do lento.

No Tribal Fusion, estes mesmos ritmos ficam perfeitos para uma dança mais "serpenteada"  e com uma possibilidade de isolamentos e breaks.

Vale acrescentar que também são utilizados para o trabalho de Floor Work e Sword (Espada).


É isso aí tribo. Beijos e até a próxima.


[Venenum Saltationes] Mater Tenebrarum – In Pueritia Vertigo

por Hölle Carogne



“Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança, pensava como criança; quando cheguei a ser adulta, desisti das coisas próprias de criança. (?) Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecida...” 
Adaptação de Coríntios 13


Símbolo: A boneca; o chocalho da criança.
Significado do título: Mater Tenebrarum – In Puritia Vertigo (Nossa Senhora das Trevas – Em Vertigens da Infância).
Abordagem da coreografia: Síndrome de Peter Pan.


Pintura de Yuri Seima

Mater Tenebrarum  é uma representação arquetípica. A vi uma vez, presa no espelho. Era uma mulher muito velha e albina. Cabelos brancos, pele branca, olhos brancos, cílios brancos, sobrancelhas e vestes brancas. Ela tinha feridas de osso nos braços e cutículas podres. As feridas não sangravam mais, como se ela não tivesse sangue... Através dos buracos existentes na carne, estavam os ossos, como se a emergir do próprio corpo...

Alguém com muito conhecimento, mas ao mesmo tempo, muita confusão e falta de controle emocional. Ela representa em mim a insânia, a loucura, o vazio do inconsciente.

Alguém que não soube usar todo o seu conhecimento e enlouqueceu. Ela trabalha em mim todas essas questões mais psicológicas ligadas à transtornos e distúrbios.

Mater Tenebrarum foi como a chamei, pois uma vez estava lendo o livro “Paraísos Artificiais” do Charles Baudelaire e tinha uma parte onde ele falava de 3 musas, sendo uma delas a Mater Tenebrarum... A descrição dele sobre a Mater Tenebrarum lembrou muito as características do meu arquétipo... Então decidi que este seria o seu nome.


Aqui o trecho do livro: "Mas a terceira irmã, que é também a mais jovem!... Psiu! Falemos dela bem baixinho. Seu domínio não é grande: se o fosse, nenhum ser sobreviveria; mas sobre seu reino o poder que exerce é absoluto... Apesar do triplo véu de crepe que envolve sua cabeça, por mais erguida que a traga, pode-se ver debaixo a luz selvagem que escapa de seus olhos, luz de desespero sempre flamejante. Nas manhãs e nas noites, ao meio-dia como à meia-noite, à hora do fluxo como à hora do refluxo. Ela desafia Deus. É também a mãe das demências e a conselheira dos suicídios... A Madona caminha com um passo irregular, rápido ou lento, mas sempre com uma graça trágica. Nossa Senhora dos Suspiros desliza timidamente e com precaução. Mas a mais jovem das irmãs move-se com movimentos imprevistos: salta; tem os pulos do tigre. Não carrega consigo uma chave, pois, embora visite raramente os homens, quando lhe é permitido aproximar-se de uma porta, toma-a de assalto e a arromba. E o seu nome é Mater Tenebrarum. Nossa Senhora das Trevas."

Anos depois, certamente influenciada pelas palavras cortantes do Baudelaire, eu escrevi “Das Três Madonas”, onde falo um pouco sobre 3 das minhas principais sombras (Hölle Carogne, a bruxa tecelã; Babalon, a prostituta sagrada e Mater Tenebrarum, a louca).

 Sobre a Mater, escrevi:

“A terceira irmã, com cabelos negros e vestes em frangalhos, é a mais misteriosa. Traz a cabeça sempre baixa, em direção ao chão. A estatura e a aparência do corpo denunciam a fragilidade e a pouca idade da menina. – Vejam só: É apenas uma criança! No lugar dos olhos, uma luz flamejante e desesperadora revela ares de solidão, de esquecimento, de demência encarnada. Você não ousaria fitá-la nos olhos. Ela jamais permitiria. Se ela resolvesse erguer um pouco a cabeça em sua direção, você não suportaria tamanha tortura. Suas feições são inconstantes e intensas, como a própria loucura personificada. Por vezes, chora ou pronuncia palavras incompreensíveis; por outras, grita e geme. Murmura, cheia de agonia. Seus passos são irregulares: às vezes anda rápido, às vezes engatinha. Em alguns momentos pula e até mesmo anda em círculos. Vive a contorcer-se de dor. Não enxerga nada através do vazio que se apodera dos seus olhos. Guia-se apenas pela audição ou pelo faro. Está sempre perdida, à procura das irmãs. Vive à espreita. É ela quem assume as glândulas e as garras; e apenas rouba, suga, escraviza. Ela não tem nada para emprestar. Não possui dom algum. Quando ela reina, transforma tudo em ruínas, deixa carcaças pelo chão e um cheiro ácido de sangue pelo ar. Ela é o vazio; a insânia.” 

Sobre reflexo


“No espelho 

da natureza

todos tem 

o espanto 

do que eles 
próprios são

Por isso é que 
os fantasmas 

- por mais que 
eles assombrem 
crianças e adultos

Tem sempre 
os olhos claros...”

(Cris de Souza)



A coreografia “In Pueritia Vertigo” foi a segunda a ser idealizada, mas a primeira a ser concretizada. Ela fala sobre o fator psicológico da Síndrome de Peter Pan... A dificuldade de aceitar a vida adulta... A ligação imensa com a infância!

“Quando eu era criança, eu não gostava de outras crianças. Comecei a frequentar a escola, e tinha crises quando dava o barulho da sineta do recreio. Eu via pela janela todas aquelas crianças saindo muito rápido e correndo. Me dava um pavor tão grande, que eu começava a chorar.

Quando eu era criança, eu colecionava bichos mortos. Insetos, na maioria das vezes. Uma vez achei um fóssil de lagartixa e guardei em um pote de filme fotográfico. Eu olhava para ela todos os dias e eu vi ela se esfarelar e sumir por completo. 

Quando eu era criança, eu era gaga. Mas isso melhorou com o tempo, e quando estava na terceira série ganhei 3º lugar em um concurso de oratória. Meu assunto: Borboletas Caligo (Aquelas semelhantes às corujas).

Quando eu era criança, meu sonho era ter um dicionário. 

Quando eu era criança, eu tinha crises de choro, do nada. Eu não lembro das crises. Mas conta minha mãe que ao perguntar o motivo, eu dizia que não queria crescer. 

Não havia nada de bom na minha infância. Eu fui uma criança solitária e cheia de problemas. Mas eu realmente não queria ter crescido. Eu tenho saudades de algo desta época, e eu não sei o que é.

Quando cresci, sempre tive a sensação de não estar preparada, de não saber tomar certas decisões... Eu ainda me sinto infantil em muitas coisas. E isso me prejudica. Às vezes eu finjo ser criança, ou fico imaginando...


Durante a coreografia, eu tentei acessar várias das minhas memórias corporais de criança, como a contração do intestino e a contração dos dedos dos pés... A minha fixação pelas minhas mãos... E pela minha boca...

A boneca entra na coreografia como o símbolo da infância, o chocalho da criança...

No final, eu canto uma parte da música que significa “uma última vez”, junto o espírito da boneca (ou esse apego à infância) e deixo ir... No vídeo não dá para ver muito bem, mas eu jogo para o ar, fazendo movimentos de pássaro com as mãos...

Escolhi a música "Vermisster Traum" do Goethes Erben antes de saber o que ela significava, até que um dia, a banda postou um vídeo desta música, onde o vocalista segurava uma boneca. Fui ler a tradução da letra e: “Ela pega a boneca - chocalho da criança... Um grito está faltando - olhos cegos!”

Neste trabalho não existe exatamente um enredo, uma história. Existe todo o conceito, que infelizmente poucas pessoas irão compreender, e que é difícil de “desenhar”. Trata-se de algo muito pessoal. De uma vivência. De um sentimento e de uma dor que somente eu conheço.








[Em Movimento] Para refletir...

por Melinda James


Quem faz aula de dança deveria refletir sobre este assunto. Não sou a primeira nem a última abordar, mas quem sabe juntos podemos iniciar um saudável debate. 

Para refletir...

Nestes últimos 2 anos fecharam umas 6 escolas conhecidas no Rio de Janeiro, digo somente sobre as de Dança do Ventre, o que nos mata de dor no coração e preocupação, pois o fechamento das escolas significa que o meio está minguando. É ruim pra quem fecha, é ruim pra quem fica, é ruim pra quem faz evento, para quem vende produtos relacionados, mas é ruim, principalmente, para os alunos.

O aluno precisa saber e entender que fazendo aula ou não a escola abre e paga as contas normalmente.

O aluno pode pensar que o problema não é dele, mas também é, pois no momento que as escolas especializadas em dança fecham, ele só poderá dançar em academias, onde o ritmo é muito diferente e o pensamento é totalmente comercial, geralmente voltado para o público leigo e iniciante.

Se torna difícil o crescimento artístico em locais com ritmo de academia, pois, no momento que os níveis começam a se separar, as turmas diminuem, o que não torna a atividade rentável para uma academia e o aluno terá que sobreviver em aulas mistas sempre voltadas para as pessoas que iniciam.

Você tem um professor, você gosta dele, respeita o trabalho dele, mas sempre que tem feriados você tenta pagar aula proporcional? Mesmo sabendo que a escola paga sempre integral seus custos? 

Reclama pra pagar a mensalidade inteira quando falta? 

Tenta negociar aulas que você faltou, mas o professor estava lá te esperando?

Seu professor pode não se sentir respeitado e, muito menos, querido. Ele administra e tenta esconder o quanto isso o magoa. Magoa realmente e principalmente os professores que montam a aula e estão sempre pensando em como fazer o aluno crescer.

Muitas vezes, ao trancar a mensalidade, outras colegas de dança também acabam trancando e, ao ver que seu tempo separado para aquela turma foi dispensado, o professor ou mesmo a escola busca outra atividade para colocar no lugar. E quando você resolve voltar, o horário não existe mais. O que o aluno faz? Reclama, se sente colocado de lado, substituído, uma visão unilateral muito comum em nossa área.

Dezembro tem festa de fim de ano e todo ano tem alguma aluna que reclama de pagar a mensalidade, alegando que estava “somente” ensaiando. O ensaio cansa triplamente o professor e ocupa o mesmo espaço físico da escola. Estar atento a limpeza dos movimentos, a ajudar o aluno, a fazer o grupo entrar na mesma energia, cobrar presença das alunas que faltam, e muitas vezes agendar muitos ensaios extras sem remuneração é um cansaço enorme. E no fim, o aluno alega que estava somente ensaiando?

Também existe uma eterna insatisfação por causa das taxas. No Rio as taxas são incrivelmente baratas e as locações dos teatros incrivelmente caras. Há uns anos atrás fazer shows era mais fácil, hoje em dia é um esforço enorme, um trabalho de amor e união entre as partes envolvidas. As escolas e os professores mal conseguem pagar os custos com a receita que totaliza Taxas + Ingresso. Se cada aluno vendesse 20 ingressos não precisaria existir taxa de ensaio, mas os que mais reclamam, não vendem, não divulgam, e eu fico pensando como é esta conta, imaginária? Como pagamos atores para costura, cenário, professores, equipe de apoio, lanche, teatro, luz, programas e divulgações?

Eu me sinto confortável em dissertar sobre isso por amar demais o que eu faço. Jamais trabalhei por dinheiro e nunca na vida um aluno para mim representou valores. Porém, gostaria que as alunas de dança do nosso meio pensassem no trabalho de sua escola e de seu professor, e quem sabe em 2018 possam refletir e mudar o padrão de algumas atitudes.

Etapa 2: Votação - Destaques Tribais 2017

por Aerith Asgard



Olá pessoal!

Vamos começar a Etapa 2- Votação do Destaques Tribais!  Liilililiyeeep! \o/

Primeiramente, parabéns a todos os indicados desta sexta edição! Todos já são destaques por terem os trabalhos carinhosamente indicados pelo público. 


 Antes de participar da votação, algumas considerações gerais:


1- Leia o Regulamento Oficial: 

2- Período da Etapa 2 - Votação: 11/02 até 25/02 (até 23:59).

3- Novidades da 6ª edição do Destaques Tribal no final do Post "Resultados 2016": https://goo.gl/PSRW8s

4- Para participar da votação é preciso ter conta no GMAIL, pois será aceito apenas 1 voto por pessoa.

5- Participantes de outros países poderão participar do Destaques Tribais, desde que discriminem seu país na seção "Identificação". Há uma lista predefinida com alguns  países Sul-Americanos que já participaram de edições anteriores: ARGENTINA, CHILE, COLÔMBIA, EQUADOR, PERU, URUGUAI e VENEZUELA. Caso você não seja de um desses países, coloque o nome da sua localidade no campo "OUTROS".

6- TODAS AS CATEGORIAS SÃO OBRIGATÓRIAS. O intuito é que apenas a comunidade de dança tribal participe , minimizando a  participação de amigos, parentes e afins (que não fazem parte deste movimento artístico) e acabam alterando de forma brusca o resultado. 

7-  É importante lembrar que o blog não incentiva a competitividade. Nosso objetivo é  fazer um grande painel dos trabalhos, divulgando-os para que, desta maneira, tenhamos o conhecimento do que está sendo realizado de Norte a Sul no país ( e também na cena mundial) e, assim, nos aproximarmos mais como comunidade de dança, nos unindo como TRIBO!  A etapa da votação dá suporte aos participantes voltarem sua atenção à  cena tribal, com enfoque na brasileira. Por isso, este é o momento de pararmos e conhecermos os trabalhos de outros bailarinos e grupos espalhados pelo país,  já que, devido a extensão territorial não sabemos a respeito da nossa própria manifestação artística. O "Destaques Tribais" quebra essas fronteiras e suas distâncias, permitindo uma maior aproximação dos membros da comunidade de dança tribal brasileira e sul-americana.

8- Para  conhecer os vídeos, fotos, textos e afins indicados, acesse a série "Categorias Ilustrativas", em que organizamos todos os materiais indicados por categoria em publicações individuais no blog: https://goo.gl/qjQu62

9- Em cada categoria do formulário, há  na descrição um link específico da seção em questão que o redirecionará para a publicação da mesma no blog. No post está todo o material que você precisa para conhecer e dar seu voto consciente. Desta forma, você não precisará gastar energia se esforçando em procurar na internet cada trabalho, pois todos já estão aqui no blog para você conhecer e prestigiar os artistas que fazem parte da nossa comunidade.

10- Este ano, a nossa tradicional "Entrevista Especial de Aniversário do Blog" será presenteada ao mais votado pelo público das categorias: "Destaque Hermana Tribal 2017 (solo)" e "Destaque Revelação 2017".

11- Lembrando que teremos dois resultados divulgados: 

. "Resultado do Público" - cujo voto é realizado através deste formulário;

. "Resultado do Blog" - cujo voto é realizado pelos colunistas do blog, os quais serão identificados no post de "Resultado 2017".

12- Estaremos divulgando as "Estatísticas dos Estados Mais Engajados da Semana" nos domingos 18/02 e 25/02 para você acompanhar o envolvimento vindo da sua localidade.

13- Caso tenha alguma dúvida, sugiro assistir o vídeo sobre o "Destaques Tribais", realizado pela Natália Espinosa no "Tribalices". Está muito bem explicado: https://youtu.be/cvlKJwWU9to

14- Acompanhe o "Destaques Tribais" através das nossa redes sociais:

Confirme sua presença no "evento" do facebook para acompanhar mais informações sobre o Destaques Tribais 2017: https://www.facebook.com/events/160981807997385/

♥ Fan Page:

♥ Instagram:

♥ Grupo:


Utilize as hashtags do Destaques Tribais para acompanhar nossa tribo: #aerithtribalfusionblog #destaquestribais #destaquestribais2017 #somostodosdestaques

23/12/2017 até 28/01/2018

29/01 até 10/02/2018

11/02/ até 25/02/2018

 Resultado | Destaques Tribais 2017
Março de 2018

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...