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Retorno, Mudanças e 10 anos?!

 por Aerith

Olá pessoal!

Como vocês estão?

Pelo título do post, vocês já podem presumir que vem novidade pela frente, não é mesmo? =)

Primeiramente, peço desculpas pelo hiato que ficamos. Realmente tive que me afastar do blog por problemas da vida e, naquele momento, foi necessário me focar no que era prioridade para mim.

Através de idas e vindas, nesse período de quarentena organizei a mente para retomar com o blog. Graças ao apoio de todos os colunistas que me deram forças para essa volta (especialmente, Hölle, Mimi e Monni), eles me ajudaram em um processo de esclarecimento e brainstorm. Isso tudo me deu motivação para ativar o blog.

Desde 2017, já vinha conversando com os colunistas sobre a minha vontade de mudar o nome. Contudo, não encontrava um e acabava deixando isso de lado. O tempo passou e tudo mudou. No levantamento de ideias que minhas queridas amigas e colunistas do blog me proporcionaram, pude tirar algumas inseguranças e refletir melhor o que o blog significava para mim. A principal característica que sempre me veio em mente e, na minha opinião representa melhor o estilo Tribal, é o conceito de união, cooperação e coletividade. A ideia de estarmos em grupo, em 'tribo', sempre me abraçou e isso me traz um sentimento muito forte de pertencimento. Eu não estou sozinha, você não está sozinho, há 'algo' que nos une, uma paixão muito louca que, independente de como a chamam, representa a minha essência, o meu ser, e por isso, preciso dançá-la. Na minha opinião, isso é uma das grandes diferenças dessa dança, que está em constante movimento,mudanças e evolução...Ela é uma dança irreverente, não é mesmo? E dialoga com as necessidade humanas no mundo globalizado atual.

Então, o blog, hoje, pra mim, se resume aos colunistas. Cada qual com a sua coluna, seu espaço, suas peculiaridades, seu estilo e jeito de ser. E juntos, somos essa "pintura em movimento"*.  Quando somamos nossos conhecimentos, estamos querendo dialogar com vocês, manter essa comunicação aberta, somos mais do que passos, mas cabeças em movimento.

Para essa volta do blog, eu queria muito um nome que melhor nos representasse, pois, esse não é apenas o trabalho da Aerith, mas de várias mãos em prol da nossa comunidade de dança 'Tribal' (desculpa, vou continuar chamando carinhosamente por esse termo, até que se faça coerente o uso de outro), por isso, não fazia mais sentido continuar sob o meu nome. A partir de agora somos o Coletivo Tribal, um blog voltado para esse estilo de dança do ventre, suas fusões, experimentações e afins.

Em função da mudança do nome, todos os posts anteriores "não existem" mais, ou seja, os links não existem mais, pois o nome "aerith tribal fusion" foi substituído por "coletivo tribal". Por isso, peço compreensão e paciência de vocês para eu ir organizando o blog, afinal, temos mais de 1000 publicações, o que significa que será um processo trabalhoso de colocar cada novo link vinculado ao seu respectivo material. hehehe

Nesse retorno do blog, teremos muitas novidades! Novos colunistas estarão se unindo nessa missão de trazer estudos, reflexões e compartilhar muita informação bacana com vocês!

Eu sei que muita gente vai perguntar sobre o Destaques Tribais e estou trabalhando para trazer tudo que ficou pendente disso para vocês.

Durante esse período de processamento, a Monni Ferreira me perguntou quanto tempo o blog tinha...e eu fazendo as contas, não tinha parado pra pensar que chegamos em 10 anos de existência! Um blog que começou muito tímido, despretensioso, inspirado nos textos e discussões do Multiply e do Orkut e nos blogs "Divagações Tribais e Afins", da Mariana Quadros (SP) e "ATS e ITS", da Aline Muhana (RJ). De "Panda no Sekai", um blog com tom mais pessoal, mudei o nome em menos de um ano para o "Aerith Tribal Fusion", pois percebi que meu amor pela dança ofuscava todos os outros assuntos que eu gostava e acabava só falando de Tribal. hahaha De lá para cá, o blog foi crescendo, tomando corpo, ganhando um formato próprio. Em 2012, foi quando decidi criar categorias mais específicas e foi quando nasceu o Destaques Tribais, com o intuito de divulgar, conhecer e homenagear os trabalhos, seus artistas e a comunidade de dança. Contudo, o ano de  2014 foi um marco determinante para entender o que o blog é hoje, pois foi quando convidei bailarinos de diferentes localidades do país (e até do exterior) para me ajudar nessa missão de fomentar o conhecimento, mas com propriedade nos assuntos, pois cada colunista é um representante daquele saber e cada qual, sejam colunistas que já aqui passaram, atuais ou futuros, contribuíram com a construção dessa cena, deixando sua marca eternizada no transmitir desse conhecimento, que não se estagnou, mas fluiu e continuou seu percurso, através da dança.

Gratidão pela confiança e apoio de todos! Esperamos que curtam ainda mais essa nova fase que estamos prestes a escrever...


* "pintura em movimento":  Termo utilizado por Carolena Nericcio. Acesse a entrevista no blog da Rebeca Piñeiro para entender melhor o conceito: https://rebecapineiro.com/2017/01/09/entrevista-com-carolena-nericcio/


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Editora

Aerith (Curitiba-PR) ( pronuncia-se 'Aéris' e não Aeriti ❤) é carioca, blogueira desde 2010, idealizadora e produtora do Underworld Fusion Fest e dos Encontros Folks PR, e diretora do Asgard Tribal Co. Adora o universo da dança tribal, principalmente as fusões mais undergrounds. Atualmente, reside em Curitiba-PR, em que está desenvolvendo novos projetos e parcerias envolvendo o estilo 'Tribal'. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Em Movimento] Para refletir...

por Melinda James


Quem faz aula de dança deveria refletir sobre este assunto. Não sou a primeira nem a última abordar, mas quem sabe juntos podemos iniciar um saudável debate. 

Para refletir...

Nestes últimos 2 anos fecharam umas 6 escolas conhecidas no Rio de Janeiro, digo somente sobre as de Dança do Ventre, o que nos mata de dor no coração e preocupação, pois o fechamento das escolas significa que o meio está minguando. É ruim pra quem fecha, é ruim pra quem fica, é ruim pra quem faz evento, para quem vende produtos relacionados, mas é ruim, principalmente, para os alunos.

O aluno precisa saber e entender que fazendo aula ou não a escola abre e paga as contas normalmente.

O aluno pode pensar que o problema não é dele, mas também é, pois no momento que as escolas especializadas em dança fecham, ele só poderá dançar em academias, onde o ritmo é muito diferente e o pensamento é totalmente comercial, geralmente voltado para o público leigo e iniciante.

Se torna difícil o crescimento artístico em locais com ritmo de academia, pois, no momento que os níveis começam a se separar, as turmas diminuem, o que não torna a atividade rentável para uma academia e o aluno terá que sobreviver em aulas mistas sempre voltadas para as pessoas que iniciam.

Você tem um professor, você gosta dele, respeita o trabalho dele, mas sempre que tem feriados você tenta pagar aula proporcional? Mesmo sabendo que a escola paga sempre integral seus custos? 

Reclama pra pagar a mensalidade inteira quando falta? 

Tenta negociar aulas que você faltou, mas o professor estava lá te esperando?

Seu professor pode não se sentir respeitado e, muito menos, querido. Ele administra e tenta esconder o quanto isso o magoa. Magoa realmente e principalmente os professores que montam a aula e estão sempre pensando em como fazer o aluno crescer.

Muitas vezes, ao trancar a mensalidade, outras colegas de dança também acabam trancando e, ao ver que seu tempo separado para aquela turma foi dispensado, o professor ou mesmo a escola busca outra atividade para colocar no lugar. E quando você resolve voltar, o horário não existe mais. O que o aluno faz? Reclama, se sente colocado de lado, substituído, uma visão unilateral muito comum em nossa área.

Dezembro tem festa de fim de ano e todo ano tem alguma aluna que reclama de pagar a mensalidade, alegando que estava “somente” ensaiando. O ensaio cansa triplamente o professor e ocupa o mesmo espaço físico da escola. Estar atento a limpeza dos movimentos, a ajudar o aluno, a fazer o grupo entrar na mesma energia, cobrar presença das alunas que faltam, e muitas vezes agendar muitos ensaios extras sem remuneração é um cansaço enorme. E no fim, o aluno alega que estava somente ensaiando?

Também existe uma eterna insatisfação por causa das taxas. No Rio as taxas são incrivelmente baratas e as locações dos teatros incrivelmente caras. Há uns anos atrás fazer shows era mais fácil, hoje em dia é um esforço enorme, um trabalho de amor e união entre as partes envolvidas. As escolas e os professores mal conseguem pagar os custos com a receita que totaliza Taxas + Ingresso. Se cada aluno vendesse 20 ingressos não precisaria existir taxa de ensaio, mas os que mais reclamam, não vendem, não divulgam, e eu fico pensando como é esta conta, imaginária? Como pagamos atores para costura, cenário, professores, equipe de apoio, lanche, teatro, luz, programas e divulgações?

Eu me sinto confortável em dissertar sobre isso por amar demais o que eu faço. Jamais trabalhei por dinheiro e nunca na vida um aluno para mim representou valores. Porém, gostaria que as alunas de dança do nosso meio pensassem no trabalho de sua escola e de seu professor, e quem sabe em 2018 possam refletir e mudar o padrão de algumas atitudes.

Reciclando o repertório na dança tribal

por Aerith Asgard

Olá pessoal!

Já faz um tempinho que não posto por aqui, não é mesmo? =)



Hoje trago um assunto para refletirmos um pouco sobre a cena tribal brasileira. Não quero criar confusões e sim levantar um questionamento como crítica construtiva.

Esse não é o primeiro post que falo algo sobre os eventos brasileiros(leia o outro post , clicando aqui!). Sobre a falta de reciclagem dos shows de galas. Não desmereço nenhum trabalho; considero todos profissionais e merecedores de estarem no gala mostrando sua arte. Porém, a realidade é que estamos tendo, todo ano, as mesmas pessoas dançando. Muda o nome do evento, mas não muda a cara, pois o conteúdo é o mesmo. Isso vem acontecendo com mais frequência de uns 4 anos para cá.  Acho que só tem dois ou três eventos que realmente variam o repertório, renovando as energias. Eu acho um pouco cansativo e saturado para um show, pois cai na mesmice, tornando-se previsível. Eu gosto de ver novidades, novos rostos, novos ares, novas propostas =D Acho isso saudável e enriquecedor para um espetáculo!

Enfim.

Eu acho que os eventos deveriam abrir mais suas portas. Para quê existem as mostras? Apenas para lucrar? Ou para divulgar os trabalhos realizados naquela região ou em  todo país(dependendo da proporção do evento)? Usemos as mostras como um caça-talentos! Como uma oportunidade para tais bailarino/as mostrarem todo seu potencial e o quão são  "capacitados" para participarem do Gala em uma próxima edição. Promova novas estrelas! Como é recompensador a um  produtor de eventos ter participado da divulgação daquele(a) bailarino(a), colaborando para que mais pessoas o conheça e também apreciem sua dança!Com certeza tal artista nunca se esquecerá de tal apoio. =)

Vejo em eventos internacionais que as mostras são realmente um mostruário e que seus produtores, mesmo não assistindo na hora, tem acesso as gravações de vídeos  e possuem o feedback do público sobre os bailarinos que se destacaram neste tipo de show. Muitos bailarinos,  após terem dançados no open stage/showcase do evento , são convidados para o show principal, tornando-se conhecidos no universo tribal.


Acho que seria bacana essa relação, em que a mostra seria uma oportunidade para o Gala, como uma extensão, dando idéia de continuidade e não de segregação. Os produtores devem atentar-se aos anseios de seu público. Não digo como uma voz  única. Eu estou aqui dizendo o que venho ouvindo de muita gente chateada ou insatisfeita. Muita gente que já falou que não vai mais dançar na mostra porque não vale a pena =(  E muita gente que é super talentoso(a) e merecia estar lá também abrilhantando o espetáculo. Consequentemente, o lucro também cai, pois tais pessoas buscarão por novas possibilidades.

OBS: Esse texto não se refere apenas à solistas, mas a grupos também.



Alguns exemplos de mostras de dança servindo como porta de entrada para artistas:




Bex (UK):


Alexis Southall (UK):




Bela Saffe (BRA):


Asharah (USA):



Eventos, concursos, workshops e afins

Olá pessoal!


Estamos entrando oficialmente na época dos eventos de tribal no Brasil. Então até o final do ano é correria para preparar figurino, coreografia, workshop e a organização dos eventos em si.

Este é um tema que já está rondando minha mente um certo tempo e decidi colocar na minha "penseira" hoje.



CONCURSOS: BANCA TRIBAL VS VENTRE



Começando pelos concursos que, geralmente não são realizados em eventos exclusivos de dança tribal, mas em eventos de Dança do Ventre e anexos.  Gostaria de deixar claro que nunca participei de um concurso e vou falar o que já li, ouvi e o que eu vejo como observadora à distância. Muito do questionamento dos concursos para tribal fusion é a banca dos mesmos. A maioria das bancas para concurso deste estilo são majoritariamente de bailarino(a)s do ventre. Um ou outro de tribal!? Como assim? Como dar veracidade em uma avaliação de um estilo específico de dança se não há representantes do mesmo? Não estou dizendo que os bailarinos de dança do ventre não tenham capacidade de avaliar.  Algumas coisas eles podem sim, como limpeza dos movimentos, execução correta dos mesmos,postura e elegância,etc. Mas eles não devem ser a maioria. O estilo tribal tem muitas peculiaridades de passos, figurinos e sua história refletida nestes. Além disso, só quem está envolvido com a dança e sua cena conhece o desenvolvimento que ela tem ao longo dos anos, sua evolução como dança e seus novos arquétipos explorados. Infelizmente,os bailarinos de outras modalidades geralmente não conhecem a dança ou tem uma visão retrógrada da mesma, isto é, uma visão antiga do que já fora o tribal fusion, como aquele apresentado entre 2003 a 2009 por Rachel Brice e o The Indigo. Mas esse tribal morreu?Não existe mais?? Não, ainda pode-se dançar o estilo "tradicional" do tribal fusion, que é mais ligado ao ATS® em sua forma e expressão. Mas não pode-se anular o fato do estilo estar em constantes modificações, aspiradas pelas novas vibes das bailarinas internacionais. A dança hoje está com um figurino muito mais clean e próximo da dança do ventre do que do tribal fusion de outrora. E quem vai  ter o termômetro para avaliar se o figurino está dentro das fusões alicerçadas pelo tribal casado com passos característicos é uma bailarina do estilo! Outros podem descontar isso por não terem conhecimentos de tais detalhes e nem obrigação  para isso!Não é a especialidade dele, certo? É como colocar um médico para fazer uma cirurgia em um animal. O médico não é apto para isso? Não tem conhecimento e capacidade para tal feito? Até certo ponto sim. Ele vai entender algumas coisas e vai até poder atuar em algumas situações, mas coisas especificas do animal, detalhes da fisiologia de cada espécie, como determinado fármaco atuará em seu organismo,etc, somente um veterinário é apto para saber como conduzir a mesma com precisão. Assim é a dualidade ventre vs tribal nos concursos. Não estamos tirando o mérito profissional de bailarinos do ventre, mas sim clamando por atenção a um concurso de um estilo muito peculiar. Se quer que seu concurso seja levado a sério, trate-o com seriedade, dê veracidade às avaliações com profissionais do ramo e capacitados para tal feito. Caso contrário, é melhor que não exista o concurso, pois ele não será prova nenhuma, nem parâmetro para a bailarina e nem  dará credibilidade para o evento neste quesito.


WORKSHOPS INTERNACIONAIS: POUCA FLEXIBIDADE



Outro ponto que gostaria de abordar é o encarecimento do estilo. Gastamos MUITO (financeiramente) para fazermos uma aula semanal, e não tiro esse quesito, porque, afinal, os professores da dança tem que pagar suas contas e se sustentarem com isso. O preço é justo. Gastamos MUITO com um figurino. E o argumento é o mesmo que as aulas. Gastamos MUITO com coisas secundárias, como maquiagem, unha, cabelo,etc.   Você pode até dar uma amenizada...conseguir umas coisas de brechós, dar uma customizada em alguns acessórios,fazer os seus,etc. Mas mesmo assim você vai continuar gastando em algum outro ponto. Gastamos MUITO com workshops dentro e fora do país.E aqui está um ponto que gostaria de comentar.

Sabemos o quanto alunos e professores gastam para se manterem dentro do estilo da dança.  Os workshops das bailarinas nacionais o preço é "justo" e muitas vezes pagam o básico, como transporte . Pois muitas vezes há permuta entre mão-de-obra da bailarina e evento. Acaba sendo "conveniente" para ambos. Mas e os workshops internacionais com aqueles preços exorbitantes? Você sonha em fazer aula com x bailarinas que ama , sua consciência volta do céu e desce para a realidade brutal. Como pagar? O problema do preço é o fato da maioria dos eventos de tribal adorarem fazer um pacote estático de todas as bailarinas. Por quê???

  1. "Mas parcelamos em  2 anos!" Sim, é uma alternativa e não uma solução. E ninguém gosta de ficar pagando um workshop por quase dois anos e ficar preso a isso...não é saudável. Mas na falta de opções é a que muitos tomam para poder " fazer parte" do evento.
  2. "Porque pode pender mais para uma do que para outra". Sim, concordo! Mas aí está a busca por patrocínio que servem para abater isso no orçamento. A falta de patrocínios nos eventos de tribal superfaturam os orçamentos e quem paga (literalmente) são àqueles que vão fazer as aulas. Sim, eu sei o quanto é complicado e díficil conseguir patrocínio em um país onde a arte não é valorizada como deveria ser. Eu já fiz um evento de tribal em minha cidade e sei o quanto é difícil conseguir patrocínio para transporte, alimentação, hospedagem e o cachê das bailarinas, fora pagar o aluguel do local do evento,entre outros por menores, sem precisar pagar do próprio bolso. Ninguém quer patrocinar nada hoje em dia e há  falta apoio da prefeitura da cidade. Sim, eu sei disso tudo. Mas por que então não unir o útil ao agradável? Não quer perder dinheiro e tem que colocar as despesas no valor dos workshops, porque na sua cidade é difícil de se conseguir patrocínio?

  •   Se o seu evento já é famoso no país, não vai faltar vaga para ninguém, com certeza todos os workshops serão preenchidos, pois há bailarinas de todos os níveis(iniciante, intermediário, avançado e profissionais) querendo participar do mesmo.Então, seria muito legal se não houvesse pacotão de todos os workshops, deixando livre para que todos façam workshops por bailarinas internacionais que lhe interessa e, desta forma, a pessoa economiza dinheiro, ainda pode estar participando do seu evento dançando nas mostras e atualizando seus estudos, mantendo contato com a mesma, e divulgando o seu evento. Até porque, com esse lance de pacote, sempre tem um ou outro workshop que a pessoa paga mas não faz porque  ou está cansada ou não dá tempo, já que os horários de alguns workshops se sobrepõem aos das apresentações amadoras e do show principal. E sinto que isso acaba segregando uma parcela de amantes da dança que gostaria de participar do evento, mas que não pode, pois o preço deles  saem caro para as mesmas. E se é caro para você que organiza, é também para àqueles que pagam, pois gastam, além do workshop e coisas em comum para a apresentação, trasnporte do seu estado para o estado do evento( que tanto de avião quanto de ônibus sai caro), transporte interno(ônibus ou táxi ou gasolina rs), alimentação, hospedagem e, muitas vezes, ainda tem que pagar por filmagem e fotografia (outro ponto a comentar logo abaixo).Outra alternativa é fazer pacotes menores ou ter as duas opções: pacote com todos os workshop e workshop por bailarina. É complicado, mas é algo a se pensar. Se nos eventos de dança do ventre você pode optar por quais workshops fazer, então nos de tribal não é uma coisa impossível também. 
  •  Agora, se o seu evento não tem repercussão nacional, então acho justo fazer o pacote, porque senão, quem paga o pato é o organizador do mesmo.

FILMAGEM/FOTOGRAFIA: PROIBIÇÃO

Outro ponto a discutir é a proibição de filmagem e fotografia nos eventos. Isso você vê em eventos de tribal E dança do ventre. E eu acho muito inconveniente querer impor. Primeiro, porque sempre tem alguém que burla isso e consegue tirar foto e filmar , já que não há fiscalização muitas vezes. Segundo, quem quer filmagem e fotografia profissional vai querer ou não, independente se proibir! Geralmente as bailarinas profissionais optam por esse tipo de serviço, já que a qualidade da captura das imagens de ambos instrumentos, bem como som e edição dão um efeito muito melhores que amadores. A câmera amadora quer, APENAS, registrar àquele momento e o evento ainda ganha divulgação gratuita com eles, pois geralmente são os primeiros a serem colocados na internet  devido a praticidade e, portanto, seu evento será comentado mais rapidamente tendo uma maior  repercussão por ainda estar na "adrenalina" do momento; ainda é algo recente. Depois que passa meses e só então o(s) vídeo(s) e/ou foto(s) são divulgados, ninguém mais está na euforia de procurar pelos mesmos nas redes socias e Youtube, o que acaba caindo no esquecimento. É mais benefício para a bailarina mostrar sua coreografia, seu trabalho realizado, do que para o evento em si, na minha opinião.

Uma outra opção, caso o organizador queira incluir esses serviços, faça como os grande eventos internacionais: crie um canal do evento e coloque todos os vídeos. Lá estarão concentrados todas as apresentações de todas as edições. Assim fica também mais fácil de buscar pelos mesmos. E se possível, faça isso com o mais breve possível de tempo. Acho que só o Tribal Fest CA consegue colocar os vídeos das apresentações durante a semana...não vi outro que faça algo tão extraordinário assim. Portanto, acho que um mês é suficiente para os vídeos serem divulgados, pois geralmente é o prazo máximo que os profissionais de filmagem oferecem. Mais tempo que isso, cai no esquecimento e na monotonia.

RECICLAGEM DO REPERTÓRIO DE PROFISSIONAIS: NOVAS OPORTINIDADES E VALORIZAÇÃO DAS RIQUEZAS NACIONAIS


O último ponto que quero abordar é a falta de novos profissionais nos eventos específicos para Tribal. Não necessariamente novos no sentido de "atuais",mas também aqueles que não estão muito em evidência, o que não significa que não sejam competentes, pelo contrário, conheço muitos que são de uma técnica e dança de cair o queixo! Não estou desmerecendo ninguém. As bailarinas profissionais já conhecidas devem sempre estar lá, pois é garantido para o organizador uma boa repercussão ; e elas merecem também estar lá pela sua capacidade e profissionalismo. Mas sinto muitas vezes que outras bailarinas com muito talento e potencial poderiam ser chamadas e conhecidas pelo público! Muitas vezes vejo bailarinas internacionais que nunca ninguém ouviu falar participando e as nacionais, cadê? Sinto também que rola algo como: "Só te chamo se você vier no meu evento uma primeira vez". E acho isso muito estranho.  Por que não chamar uma bailarina pelo seu talento, mas que não é famosa(ainda)? Eu conheço tantas bailarinas com um potencial enorme, mas não são famosas porque "não foram descobertas" pela falta de apoio dos eventos do estilo. Isso é uma coisa a se refletir. Acho que os eventos devem se abrir mais, e não se fechar. Somos uma tribos ainda em construção e temos uma vasta riqueza em bailarinas impressionante que eu não vejo em muitos países ( em questão de técnica mesmo)! Temos que nos unir mais, chamar mais bailarinas para que elas sejam conhecidas, dar oportunidade para as novas mostrarem seu trabalho e não fechar a porta. Além disso, as bailarinas serão muito gratas pela oportunidade que o evento deu a elas e sempre lembrarão disso com muito carinho. E com certeza seu evento será muito bem falado por elas =)


Até mais ;)

OBS: Deixando claro que não estou me referindo a nenhum evento em particular! É apenas uma crítica, que espero que seja encarada como construtiva para os organizadores de eventos.

Por uma causa nobre

*** Apenas uma reflexão. Não tem a ver com dança***

Hoje me deparei  pensando no meu filho e na sociedade atual. Tento sempre buscar dentro de mim uma causa humana, tentar ver o todo, ser imparcial e ver uma causa particular transposta ou comparada com outras causas particulares, com o intuito de tentar ver o que elas têm em comum; o que as levam  a agir dessa forma. E noto que  todas têm a mesma "programação", " a mesma linha de raciocínio"; se tirarmos aquela "causa" que está a frente, aquela estátua engessada, uma figura antroporformizada de uma causa ( direitos dos homossexuais, mulheres,crianças,idosos,miseráveis,etc), que nos impede de enxergar o verdadeiro sentido de todas as causas, que convergem em uma única voz  de socorro.

Muitas vezes nos deparamos com estigmas de "A humanidade está perdida", " O ser humano é um bicho ruim", etc, mas profundamente me deixo levar pelas minhas reflexões e vejo que não é  bem assim. Há luz no meio da escuridão. Há esperança dentro do impossível. Sinceramente, o que vejo na História de toda a Humanidade é a presença de oportunistas. Em toda causa, seja ela religião, luta pelos direitos dos animais, mulheres, socialismo, etc,  tem seus ideais nobres. Linda na teoria. Uma teoria elaborada por homens e mulheres! E por quê elas se tornam podres ao serem colocadas em prática?? Porque a maioria dos homens são corruptos? Se fosse assim, não haveriam legiões e mais legiões movidas pela fé, pela esperança das coisas mudarem para melhor em prol de ‘apenas’ uma causa. E todo esse mutirão de pessoas não entram nas estatísticas? Temos a mania de anular as coisas boas, quando as coisas ruins nos assolam. A maioria não é ruim, mas a maioria é ingênua e , por isso, manipulável, como são as crianças, que são ingênuas,mas sempre estão do lado daqueles que dão mais atenção às suas causas. A minoria são pessoas de más índoles, oportunistas. Aproveitam a força de uma nobre causa em apenas alcançar seus egoístas objetivos. Talvez como um parasita que se hospeda em um corpo são, o qual permite dar alimento, conforto,moradia e proteção. Mas o que o parasita faz, ao meio de nossas células, é destruí-las sem que elas percebam.Provocar  discórdias, confusão...levando a ‘causa’ para um fim distorcido do original. São os oportunistas com seus lábios eloqüentes e muitas vezes ufanistas, que levam a morte em suas guerras "sem causa”, já que a causa principal é apenas uma distração, para seus interesses  egoístas e ambiciosos.

Voltando ao ponto de partida de meu texto, deparo-me apenas que a sociedade humana foi talhada em fundamentos preconceituosos, tortuosos e egoístas. Uma minoria, contudo, com voz ativa para liderar, conseguiu impor no nosso “DNA” pré-conceitos deste tipo. Não é fácil derrubar uma Roma de pensamentos que está em pé há milênios, mas vemos que sua hegemonia está sendo derrubada. Novos modos de pensar estão ganhando força , ainda de forma tímida se comparada com tudo que deve ser mudado. Mas aos poucos vemos leis, preocupações com o meio ambiente, com os animais,com o consumidor, enfim, com vários assuntos que não tinham nem "voz" para isso. Aqueles que pensavam diferentes eram "escravos" de uma sociedade "idealizada" pela minoria oportunista da nossa Humanidade.

Vejo que um pai desprezar um filho gay é muitas vezes a mesma proporção de um pai desprezar sua filha grávida, de seu filho tímido e franzino, etc, isto é, de seu filho que “não tem o ideal” para sobreviver nesta ‘selva’;  que não tem o arquétipo para perpetuar, para passar aos seus descendentes sua "herança genética". Assim,ele não é o ideal que o "mercado"  da Humanidade quer consumir, afinal, não é lucrativo, pois não move a massa. São pais que querem seus filhos como títulos e troféus, e depositam seu reflexo neles, para que estes o superem e tragam "louros", "vitórias", "conquistas" ao seu legado. Sinceramente, tudo isso é uma guerra louca. Uma guerra que nos faz sangrar em nossos sentimentos, marcadas eternamente em nosso ser. Talvez nossa sociedade se rebele por ser órfã de um pai (=sociedade) que a despreza. Só que hoje vejo tais órfãos se unindo, se articulando por suas causas nobres. Mas vejo também os oportunistas espreitando em suas sombras para  corromperem a causa novamente,como serpentes lascivas,  ardilosas se esgueirando para abocanhar sua próxima presa.


Aerith (C.S.C)

Ser tribalista é ser...

por Aerith Asgard

Bailarina: Sharon Kihara (USA)
**Esse texto foi escrito por mim, como resultado de uma indagação feito por Jaya Shakti em uma comunidade de tribal fusion,no Orkut, em maio de 2009. ***


Vamos relembrar alguns princípios  do porquê começamos  a nos embrenhar na dança tribal? =)


Ser tribalista é ter a essência tribal muito antes de conhecer o tribal, pois quem é tribalista de verdade sempre o será, não importa a época; não importa se está na moda ou se é o “boom” do momento (aliás, nós não gostamos de fakes, ou falsas tribais que só tem casca, mas não tem coração).Faça frio ou calor; faça sol ou faça chuva: estaremos no meio de todo intemperismo, sofrendo as ações da Mãe Natureza, mesmo que nossos cabelos se despenteiem e nossa maquiagem se desfaça, estaremos sempre honrando a nossa Terra, a nossa morada, a nossa família, a nossa tribo. E a união faz a força. Somos uma corrente.


Ser tribalista é ser mulher, ser guerreira amazonas, ser leoa e matriarca. É lutar pela sua prole com garras e dentes; é lutar pelos seus direitos de mulher; é mostrar para todos pra que veio e calar o mundo com o seu olhar fatal. É ser detalhista e observadora e saber a hora de dar o bote. É o rugir das entranhas do seu ventre que embalou um dia o mundo. É ser força, é ser frágil, é ser única, é ser sensível, é saber escolher as palavras, é poder sonhar e depositar toda sua esperança e fé nesse sonho e o tornar real. É não se dar por vencida! É saber admitir o erro, é saber perdoar e compartilhar.

Bailarina: Mira Betz (USA)
Ser tribalista é expressar na arte de dançar aquilo que sua alma anseia, aquilo que ela geme ou grita, aquilo que ela ri ou chora. É mostrar a sua identidade; é mostrar o seu ser na dança. A dança tribal é liberdade de expressão; é o meio físico pelo qual nos tornamos imortais nas memórias da História, pois os sentimentos que exalamos é vida e a técnica que adquirirmos com anos de treinamento é aquela quem vem do âmago, pois não há perfeição se você não dançar com todo o seu ser, com toda a sua bagagem existencial, com todas as limitações que esse corpo físico te proporciona, usando e abusando dessa ferramenta para passar uma mensagem que palavras não conseguem descrever. É querer quebrar barreiras, é querer tocar os céus; é querer mostrar a beleza e a espontaneidade dessa arte.

Bailarina: Ariellah (USA)
Ser tribalista é ser você, com toda sua peculiaridade, com todos os seus erros e defeitos, mas nunca demonstrá-los, por mais fraca que se possa estar sentindo no momento. A voz do tribal soa mais forte. E na hora da dança tudo isso se esvai e embebida nos enlaces tribais, você se deixa levar pela magia e se torna poderosa, indestrutível e arrebatadora. Você se transforma no tribal. O botão que estava fechado se desabrocha. O nó que está preso na garganta se rasga nas batidas e tremidas, a mansidão de uma menina se transfigura na fúria tempestuosa de uma mulher; a languidez dos olhos infantes tornam-se chamas, fervor e ardor nos fogos do quadril. E aquilo que parece simples se torna complexo e misterioso através dos movimentos sinuosos dos braços e mãos.

Bailarina: Mardi Love (USA)

O tribal é o passado, o presente e o futuro ocupando o mesmo espaço. É a arte de “chocar” através do sublime e do exótico. É a arte do serpentear hipnótico que prende a atenção do público. É harmonia do Medievalismo, do Humanismo e Renascentismo, do Barroco, do Arcadismo, do Romântico, do Parnasiano, do Simbolismo, do Naturalismo, do Moderno e do Contemporâneo em um único ser.O antigo é transformado, remodelado, reinterpretado, reutilizado e revitalizado... Para se construir o novo... Ele é todo um ritual: a preparação do corpo, da mente, do espírito, do figurino, da coreografia para o momento da grande e especial apresentação.

Zoe Jakes and friends (USA)

Eis o tribal, uma dança híbrida, globalizada, mutante, móvel, sem tempo, sem preconceitos e em constante transformação.

Datura Tribal Co. (USA)

Sob uma óptica não tão obscura

Ariellah - criadora do dark fusion

Estamos acostumados com regras, nomenclaturas e fórmulas para as coisas.Talvez tudo isso seja um reflexo do mundo em que vivemos, onde tudo já vem da forma mais simples possível para facilitar a nossa vida. Mas nem sempre as coisas são assim, principalmente no tribal fusion, que é tão diversificado.

Hoje quero apontar o dark fusion, termo criado por Ariellah para designar seu estilo. Um estilo muito voltado ao gótico,mas não somente este. O dark fusion abrange vários estilos undergrounds, envolvendo uma maior carga expressiva, com uma dança mais teatral e uma óptica obscura. E talvez esteja ai o grande diferencial entre dark fusion e gothic fusion:saber transformar algo normal, que não é gótico, em algo obscuro; saber distorcer para uma visão mais sombria; saber transformar o sublime em uma estética mais alternativa e bizarra,não deixando de ser belo;o dark fusion  é uma poesia em forma de dança ,porém, apenas para olhos que os vêem.

Zoe Jakes - bailarina de tribal fusion
E fora do dark fusion? Não podemos enxergar características “darks”? O tribal fusion com certeza já possui uma característica bem underground e, talvez, "agressiva", com relação ao que estamos acostumados na dança. É algo que choca conceitos por seu visual forte com tantos elementos da cena alternativa, como dreads,piercings ,tatuagens e cabelos coloridos, e uma dança muitas vezes densa, sinuosa e hipnotizante. Talvez por isso muitos leigos considerem a dança gótica. Mas será que eles estão tão errados assim? A dança realmente não pode ser lida como sendo  mais obscura? Acho que sim.A expressão é mais forte,impactante,misteriosa e dramática, com maquiagem pesada e olhar mais fechado; com movimentos lentos, mas também muito ágeis , flexíveis e técnicos; possui um visual mais alternativo e livre do que a dança do ventre atual.E por isso nasceu a necessidade de expansão dessas características natas do tribal fusion. O dark fusion apenas manchou totalmente de preto a dança tribal; onde havia apenas uma pitada de alternativo foi totalmente "corrompido" pela escuridão de Ariellah e adeptas. Bailarinas de tribal fusion que não são do estilo gótico também são bem góticas mesmo não querendo ser e mesmo não sendo. Mas se você  olhar com olhos interpretando para a "cena dark",você consegue visualizar. Quantas bailarinas de dark fusion não se inspiram  na dança, ou na expresão, ou até mesmo em elementos de figurino de Zoe Jakes, por exemplo?

Apsara - grupo de Tribal Nouveau e Ritualístico
E no dark fusion tem que ser sempre no preto? Sempre “carão”? Sempre correntes, caveiras e rebites? Acho que não. Nossas bailarinas vêm mostrando que o branco/creme também é uma cor que pode ser utilizado pelas bailarinas do estilo; além de purpurina e muito brilho, basta você saber interpretar.  Sorrisos e outras expressões também são muito bem vindas, e estilos se misturam com o gótico no dark fusion, como o vintage,burlesco, cabaret,art nouveau,etc. Você apenas tem que ter olhos para esse tipo de expressão.

Além disso, somos livres para nos expressarmos. Não precisamos ser 365 dias trevudas from hell! O tribal é livre para você se expressar da forma que quiser e como quiser! Então, se você gosta de ATS , vintage, balkan,afro-brasileiro...DANCE! Não se ligue a parâmetros, ou o que a cena vai pensar! Você não vai deixar de ser o que é e gostar do que gosta se você dançar outras coisas que você também se identifica. Estamos no tribal apenas para nos expressarmos da forma que nos sentimos mais a vontade naquele momento; expressarmos o que nossos corações clamam. Porém, há bailarinas que são apenas inseridas na cena do gothic bellydance, e isso também não tem problema algum! Ela nãoé poser por ser 24h “dark”, pois ser gótico vai além de um momento e também além do visual, e sim pelos conceitos por detrás da estética;pela filosofia; pelos gostos e estilo de lidar com a vida.

Tempest - bailarina de gothic fusion bellydance, com um visual bem mais "tribal"

Não existe fórmula,não existe “kit dark fusion”  para comprar pronto. Existe sim, ter uma boa base de tribal fusion,independente do estilo(Dark, ATS, Gypsy, Fusão Brasil,Balkan,etc). Você dançará dark fusion a partir da sua essência, do seu estilo, dos seus gostos  e da sua capacidade em transformar trevas em luz ou luz em trevas em Arte.

Kilma Farias - bailarina de Tribal Brasil,
mas que também faz fusões deste com o dark fusion


Abaixo alguns vídeos para ilustrar o post acima:

Ariellah:


 Dark fusion em figurino branco e delicado, com muitas rendas, porém as botas pretas e com salto alto e fino, com a expressão forte e "agressiva" de Ariellah ajudam a contrapor o conceito de sublime, delicado,submisso e belo.

Apsara:


Grupo Apsara, dirigido por NagaSita. Apesar de estarem de branco elas adaptam bem à sua dança ritualística a uma imagem mais sombria e misteriosa, aliados a imagem da mulher em comunidade.



Sashi:



Sashi é um dos ícones de bailarinas dentro do gothic fusion. Aqui ela não está dançando o estilo,mas uma dança  tribal bem mais ligada ao ATS, com direito a música ao vivo! E só por estar dançando algo diferente do comum, ela não vai deixar de ser da cena gótica. Somos livres para nos expressarmos da forma que quisermos, a hora que quisermos e como quisermos, pois sentimos a vontade para isso naquele momento.



Kilma Farias:


Aqui temos o contrário do exemplo acima: Kilma Farias, grande ícone do estilo Tribal Brasil, dançando dark fusion! Tão leve,solta, mas marcante e expressiva, com toque de suas fusões afro-brasileiras na dança obscura. E não pode? Claro que sim! Basta você ter o olhar transformador,lembra?



Mardi Love:



Mardi Love não é uma bailarina gótica, porém, nesta apresentação a música é tão parada e misteriosa, que cria uma sensação de assombro,como se estivesse vendo um fantasma dançando ao som da neblina densa e do vento sussurrante ,como um lamento e atormentação. O figurino claro , a expressão compenetrada, aliados com movimentos sinuosos,lentos e minuciosos e a própria música, cria toda essa atmosferização.


Zoe Jakes:

Zoe é uma das bailarinas mais famosas de tribal fusion, mas sua dança inspira muitos adeptos do dark fusion. Neste vídeo a música ajuda a bailarina a criar uma expressão forte e marcante, tanto nos passos quanto no olhar. Seus movimentos são também sinuosos e inesperados. Zoe lembra uma cobra dançando que a qualquer momento pode dar o bote em sua presa hipnotizada; ou uma vampira que está "seduzindo" para fincar seus dentes em sua presa. O visual é bem pesado para um simples tribal fusion, com penas pretas, lembrando de corvo, ao redor do pescoço, sutiã vinho com vários rebites e correntes, e calça com listras em preto e cinza.

Esta música do Beats Antique dá várias idéias para a cena dark, pois ela tem um toque delicado, como uma caixinha de música,mas tem uma força densa por trás.A música também começa a dar uma acelerada, dando uma sensação de desespero, ansiedade,etc. A dança em si é menos sinuosa que acima, porém o figurino de Zoe é bem adequado ao dark fusion, com esse tecido vinho,correntes do sutiã de pedraria preta, além de algumas rendas pretas.


Rachel Brice:


 Aqui Rachel Brice está em uma apresentação bem mais performática que o costume. Representando a Morte com uma foice. Uma maquiagem de caveira, suas belas flores vermelhas corrompidas pela escuridão, assim como seu figurino.Uma figura que lembra também as Catrinas do Dia dos Mortos, do México. Tudo a ver com  o tribal, tudo a ver com a dança sinuosa e expressão mais fechada da Rachel, como a do flamenco; e tudo a ver como uma adaptação para o dark fusion.

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