[Danças & Andanças] A intensa experiência do “The 8 Elements Approach to Bellydance, a Rachel Brice's Dance Program” – Parte 1

por Mimi Coelho

Neste mês em que celebro mais um ano de vida agraciada por tantas experiências maravilhosas, tenho a grande oportunidade de escrever sobre o programa que mudou minha relação com a “Dança” completamente. Tal afirmação pode até parecer um exagero diante da minha longa caminhada no universo da dança (comecei aos cinco anos com as minhas sagradas aulas de Ballet Clássico), entretanto, é com entusiasmo que inicio este relato enfatizando que o programa “The 8 Elements” de Rachel Brice foi uma vivência pessoal transformadora.


Fase 1: A Ignição

Sabe aquela velha frase que muitos reproduzem por aí, “Nada acontece por acaso”? Atrevo-me a dizer que os caminhos da vida são sinuosos por um propósito maior e ainda bem que são, pois agora compreendo que nossos papéis ou nossas contribuições a serem realizados nela não podem ser negados ou ignorados facilmente em definitivo. E qual o motivo de eu estar falando sobre isso? Como muitos que já me conhecem há algum tempo sabem, sempre tive uma conexão grande com a dança e com a arte desde muito pequena, o meu grande sonho era ser bailarina profissional em uma companhia de dança no exterior. No entanto, considerando os padrões nutridos por grande parte do meio da dança e especialmente pelos métodos pedagógicos utilizados no Brasil, os quais ainda vigoram hoje na maioria das escolas, cresci lutando contra as ideias de que meu corpo não era ideal para a dança, de que faltava talento para o estilo Ballet e de que dificilmente eu conseguiria avançar em uma carreira profissional. A velha frase reproduzida por inúmeros professores de dança em muitas academias “Você quer a dança, mas será que a dança te quer?”, retumbava em minha mente e era, então, registrada no meu corpo (e mais tarde eu ia entender sobre isso...). Tais condições me impulsionaram a trabalhar sempre um plano B para o meu futuro (tinha medo de não conseguir condições financeiras mínimas à sobrevivência, o que também é um paradigma sócio-cultural – “não se pode viver só de arte”). Acho que isso representa uma realidade compartilhada por muitos dos colegas de nossa área.

Todas estas pressões e valores exercidos em mim e por mim absorvidos resultaram em um curso de graduação em Artes Cênicas (na época não existia Dança na UFMG e, como dança é uma arte performática, escolhi aquele relacionado dentro da área de Artes) e, simultaneamente, um curso de graduação em Economia (achei que poderia me manter financeiramente assim). Entretanto, nunca deixei a dança e dancei muito na época da faculdade, não conseguia diminuir ou eliminá-la em favor de maior dedicação aos estudos. (Juro que toda esta história vai chegar ao ponto do artigo, este “background” vai facilitar o entendimento de como Rachel Brice e o The 8 elements transformaram minha forma de pensar, dançar, praticar e me ver a mim mesma. Só mais um pouquinho de calma e vocês entenderão).

[1] Para maiores detalhes sobre o programa, descrição das fases que o compõe, lista dos praticantes e professores e datas dos próximos cursos ver o site http://www.rachelbrice.com/about8elements/

Um pouquinho da dança como bailarina solista da Sesiminas Cia de Dança - Acervo Pessoal
Anos se passaram, e eu comecei a fazer outros estilos de dança pelo medo de ter que parar de dançar (pois a velha história de que a vida de bailarina é breve me assustava demais e já era um valor que eu carregava). Fiz então cursos e mais cursos dos seguintes estilos: dança do ventre, danças folclóricas e populares brasileiras, dança de salão, dança contemporânea, jazz, moderno, sapateado. Mas eu ainda não conseguia me encontrar nestas outras formas, a minha paixão pelo ballet era imensa e eu não me dedicava do mesmo modo aos outros estilos, por outro lado também não alcançava um possível “trampolim” para uma vida profissional mais segura. O final dessa história foi um mestrado e um doutorado em economia, na esperança de um trabalho que sustentasse meu amor pela arte. É claro que não deu certo!

Aqui eu chego ao ponto em que meu caminho começa a se direcionar ao encontro de Rachel Brice. Durante o doutorado em economia tive a oportunidade de realizar parte de minha pesquisa na Califórnia (EUA) e, na época em que eu estava me preparando para este período no estado berço do Tribal, fui introduzida ao trabalho dessa profissional com maior profundidade pela minha querida professora de Dança do Ventre, Mariana Bracarense (ela plantou a sementinha da curiosidade em mim e me despertou a vontade de ver de perto este novo estilo de dança). E foi o que eu fiz! No meio de uma pesquisa de campo sobre Exclusão Financeira, encontrei uma maneira de ver Rachel Brice de perto em um evento em Hollywood (na Zulu Lounge). Não consegui fazer um curso, mas pude presenciar ao vivo a energia dela ao dançar e fui tocada de tal forma que decidi ali mesmo diante daquela apresentação: Preciso aprender este estilo! Preciso me expressar através dele! Aquilo foi a primeira ignição para a vivência The 8 Elements e o que causou também o surgimento de uma “fã-estudante” (e olha que sempre achei que nunca faria aquelas ações típicas de fãs: pedir foto, autógrafo... Sempre achei tudo isso um belo de um exagero. E olhem eu ali  -vejam as fotos e vídeo abaixo-, fazendo exatamente o que nunca pensei que faria! Nossa!) Incentivada (quase que empurrada, pois sou tímida) por minha amiga Mariana Gabos (MA) que tinha me acompanhado naquela noite, pedi singelamente ao gigante segurança à porta do camarim para falar com Rachel Brice. E para a minha surpresa, ela veio me conhecer (“a fã brasileira”), com um sorriso estampado no rosto e uma atitude tão aberta e acolhedora que me deixou simplesmente abobada, completamente sem fala. Sim, um ser humano gentil, humilde e que adora pessoas! Ela logo percebeu que eu estava nervosa e conversou comigo para me deixar mais relaxada, tirou foto, assinou meu bloquinho de viagens, se apresentou para a MA e mudou minha percepção de como um profissional de dança com certa fama deve proceder (claro que a postura totalmente contrária ao que já tinha observado na maioria dos eventos nacionais de dança, não querendo parecer injusta, mas pontuando uma realidade que deve ser repensada por todos). 

Show no Zulu Lounge em Hollywood, 17 de Junho de 2011 - Acervo Pessoal 






Após o episódio de ignição marcante, devido às turbulências e às inconstâncias típicas da vida, passaram-se quase dois anos até eu realmente concretizar minha primeira viagem à Portland, para cursar a fase 1 do The 8 Elements.

Recordo-me do dia em que fiz a minha primeira inscrição vividamente. Após clicar o último passo para garantir a minha vaga, a sensação foi de que uma intensa experiência começava, como uma pequena primeira vitória rumo ao desconhecido caminho do saber: o coração disparado e cheio de expectativas pelo que ainda viria. Encorajo a todos que quiserem tentar uma vaga a persistirem e a “ficarem de olho” na virada dos segundos do relógio para a hora em que as inscrições se iniciam. As vagas são muito disputadas e acabam em uma respiração, mais precisamente em frações de segundos. Pode-se dizer que é o primeiro desafio dessa linda jornada, a vaga para o Initiation, phase I.

Neste momento abro um pequeno parêntese aqui (juro que vai valer a pena e que está relacionado ao assunto), citando meu amigo e partner querido por alguns anos na dança, Humberto Texeira[1], que em sua série de vídeos “The Grateful Artist” demonstra a importância de se agradecer àquelas pessoas que aparecem em nossas vidas, exercendo um impacto profundo e positivo na maneira como pensamos e na forma como nos vemos a nós mesmos. Um ensinamento também repassado e praticado por Rachel durante as quatro fases de seu programa, ou seja, o reconhecimento de seus mestres, daqueles que exerceram e exercem influência sobre nossa evolução enquanto artistas e pessoas (em suas palavras “it is important to honor your masters”).

"One looks back with appreciation to the brilliant teachers, but with gratitude to those who touched our human feelings. The curriculum is so much necessary raw material, but warmth is the vital element for the growing plant and for the soul of the child."[2]

-Carl Jung


Deve-se, assim, destacar a unicidade destes mestres que iluminam os caminhos dos alunos (conforme a individualidade de cada aprendiz, é claro), que influenciam positivamente a vida dessas pessoas através de seus ensinamentos, sem a preocupação de filtrar as informações a fim de evitar uma possível competição no mercado ou uma ameaça profissional (já que trabalhamos, praticamos e realizamos atividades na mesma área), que transcendem o ego e que focam nas contribuições do tipo “life changing” aos seus pupilos. Rachel Brice é uma professora assim, que se doa aos seus alunos e que se propõe a instigar, a tirar “tudo” dos mesmos (“pull everything out of your students”).

O motivo, então, de eu abrir este espaço para o agradecimento é por entender, agora, a importância da minha professora Rachel Brice para meu momento de transição. Acho que de tempos em tempos todos nós passamos por períodos (que não necessariamente são curtos em duração) como este que eu ainda estou atravessando, em que a vida nos “coloca em xeque-mate[3]” e só há uma opção a se recorrer: realizar aquelas grandes decisões que definem seu caminho de forma a resultar em sua “contribuição para o mundo”. Dessas decisões, surgem suas ações evolutivas que configurarão a transformação na sua maneira de pensar e de se ver a si mesmo. O seu foco muda, a sua dedicação aumenta, os seus limites são questionados e por você forçados e ampliados. Tal mudança significa a sua nova caminhada rumo ao conhecimento e à especialização, preparando-lhe para sua vez de difundir conhecimentos e ajudar o próximo (como uma corrente do bem). Seria mesmo um despertar, um retirar de venda dos seus olhos, ampliando seu horizonte e alterando suas ações, que refletirão positivamente em outros. Para ilustrar isso, cito uma frase de Ralph Nader que Rachel Brice nos “prega” desde o princípio e até o fim:

I start the premise that the function of the leadership is to produce more leaders and not more follower.” [4]
- Ralph Nade

Não posso afirmar que foi fácil tomar a decisão de ir à Portland fazer aulas com esta profissional de destaque. Para mim que sou uma introvertida natural, além de perfeccionista ao extremo, participar de um programa como o The 8 Elements sem nunca ter feito propriamente alguma formação prévia no estilo Tribal Fusion Bellydance  era ousado demais e, portanto, assustador. Isto sem contar a minha condição de não proficiente em inglês, o que configura de certa forma como uma atitude “cara de pau” (pois é um dos pré-requisitos), talvez uma das únicas que já fiz em toda minha vida. O fator de ignição, entretanto, foi mais forte e a vontade de aprender era gigante.

A experiência pela qual o programa te conduz é completamente diferente de tudo que se possa imaginar a princípio, quero dizer de um ponto de vista externo. Já de início notei uma grande diferença diante do que se vê no ramo da dança normalmente (em especial no Brasil), no que se refere ao comprometimento do aluno com o curso, com a rotina diária de aula (e aqui há uma semelhança com a cultura do Ballet Clássico). Há a introdução de um novo hábito do estudante de dança: chegar ao estúdio 30 minutos antes do início da aula com os fins de troca de roupas, de socialização e de autoconcentração para a aula. Isso é colocado como responsabilidade do aluno, que pode ou não optar por seguir este novo hábito.

As regras que são passadas e assinadas em acordo por todos participantes podem parecer um tanto incômodas e autoritárias demais para alguns. Entretanto, enfatizo que o aprendizado sobre a responsabilidade e a assunção das consequências de suas decisões, assim como sobre a disciplina e o foco é um dos muitos pontos altos desse programa. Rachel Brice e toda equipe 8 Elements projetaram a melhor forma para garantir que a experiência de cada participante seja vivenciada em completude, mesmo que seja necessário ensinar sobre regras e atuar segundo elas frente às ações dos próprios alunos que as contrariam. Literalmente é saber que os alunos pagaram uma quantia considerável em dinheiro para estar ali e por isso não permitem que os mesmos “desperdicem” seu próprio investimento monetário. Mais adiante, com o decorrer das fases, os estudantes entendem que estes são também aprendizados consistentes a se abraçar, enquanto profissional da dança. Sim, é difícil vencer como em outras carreiras, mas é possível se houver organização e foco.

Não é a toa que a fase 1 se chama Initiation (Iniciação). Nela há a introdução de todos os 8 Elementos a serem estudados e como serão abordados: Técnica, Musicalidade, Vocabulário, Improvisação, Coreografia/Composição, Prática, Adornos, Performance. Apesar de saber que há participantes de diversos níveis, desde aqueles que possuem um ano de dança (pré-requisito) até os mais experientes dançarinos, Rachel Brice nos pede para assumirmos uma cabeça de um completo iniciante a fim de que nossas mentes sejam libertas de qualquer “pré-conceito” e ou “pré-julgamento”, permitindo-nos uma experiência completa e com apreço pelo fortalecimento dos fundamentos. Nós adotamos o espírito e a postura de quem está principiando o caminho da dança e ela “faz de conta” que todos nunca dançaram antes, começando tudo do zero. Dessa forma, aqueles que experimentam esse “começar de um processo”, podem decidir se retornarão para o seu cultivo e, então, para o seu ponto clímax, seguido do estudo sobre o “transmitir de conhecimentos”. Dentre alguns fortes motivos de se realizar tal fase introdutória, pelas palavras próprias de quem idealizou e concebeu este programa, destaca-se o fato de que “O 8 elements não é um programa para todos os profissionais que buscam este estilo de dança, Tribal Fusion Bellydance”. E tal afirmação não é uma forma de descriminação ou arrogância, mas retrata fielmente a singularidade da metodologia e do conteúdo do mesmo, que não se limita somente à técnica, ao como se faz isso ou aquilo. O programa te conduz de forma intensa à descoberta de seu próprio artista e de sua própria voz. Citando a página http://www.rachelbrice.com/about8elements/ :

Os participantes deste intensivo sairão com uma caixa de ferramentas cheia de métodos e conceitos para melhorar técnica, estimular criatividade, e começar a criar danças eficazes e dinâmicas, sejam improvisadas ou coreografadas, solo ou com outros dançarinos.” (8 Elements team, tradução por Mimi Coelho)[1]

Nesta fase 1, os alunos são expostos de maneira ainda tímida às diversas e contraditórias emoções que compõe a construção de um artista. Introduzem-se novos padrões que brigam com alguns paradigmas antigos sobre habilidades e sucesso. Esclarece-se que há a existência de predisposições naturais de algumas pessoas para determinadas técnicas, mas que talento se constrói através do que pode ser chamado por “prática profunda”. É um turbilhão de primeiras informações sobre um vasto universo, o início da experimentação do “ampliar de seus próprios limites”, a quebra de velhos valores que permeam a nossa arte e por isso pode ser doloroso e ao mesmo tempo gratificante. Pra mim foi assim, o início de um grande aprendizado, de um processo de transformação. Chorei, desacreditei, acreditei novamente, enlouqueci e me doei.

Foram dias intensos e a experiência tribalística em terras estrangeiras estava cada vez mais real e transformadora. Os vínculos aos poucos iam se formando, as identidades culturais se entrelaçando e o rito de mulheres unidas em prol de uma mudança de concepção artística passo a passo ia se fortalecendo. Éramos mulheres fragmentadas e cheias de dúvidas que assim como as estações iam se descobrindo e florescendo. A expectativa nessa altura do campeonato era que ao final de tudo literalmente desabrochássemos. Liberássemos os medos, os julgamentos, as angústias de um mundo cênico que muitas vezes pode ser tão cruel e apenas existíssemos na dança como seres de poder e vontade que éramos e somos. Não havia espaço para timidez, receios ou inconstâncias. Pagamos por um aprendizado como nunca se viu igual no mundo e deveríamos corresponder da forma correta: com dedicação e envolvimento.

O universo das mulheres que dançam com Rachel Brice, naquele setembro de 2013, estava formando a sua própria órbita. Uma nova turma, várias novas personalidades, um mesmo objetivo. Transcender. A ignição havia sido dada. A chama interna de cada uma de nós estava flamejante e sendo alimentada diariamente por doses nada homeopáticas de conhecimento. Compreendemos ali o que estava por vir e como deveríamos nos comportar como bailarinas na próxima fase que se iniciaria em breve. Uma entrega “meia-boca” não tinha espaço naquela sala. Ou você era uma lagarta em busca da ascensão por inteiro, ou você desistia do sonho e retornava apática ao seu casulo. Para mim não havia questionamentos: já sentia nas costas o peso das ainda minúsculas asas. Só me faltava voar. Deixei Portland com aquela sensação de quem acabou de degustar a última gota do seu sorvete favorito. Mas, o carrinho passaria de novo, em alguns meses.



[1] Existe uma entrevista maravilhosa e super recente realizada por LaDibi, em que Rachel Brice  descreve o programa e algumas de suas próprias impressões. Vale a pena conferir, tempo 16’35” do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=j2h9aEbFgPM.


The 8 Elements Initiation, Phase 1 -Acervo Pessoal





[1] Humberto Teixeira é bailarino, coreógrafo e professor de dança, hoje residente em New Jersey .  Seus projetos em vídeo podem ser visualizados em https://www.instagram.com/humbertoloopmaster/ e são uma fonte preciosa de vários ensinamentos, muitos deles praticados e repassados por Rachel Brice em seu programa. Um fato curioso a se ressaltar é que apesar de conhecer o Humberto há anos, somente após cursar o The 8 Elements -  e assimilar novas formas de pensar a dança, de agir como aluna,  professora de dança, bailarina e ser humano -  visualizei seus vídeos que tratam de questões que estudei em Portland. Fantástica coincidência e afirmação de tudo que acumulei em meu processo de transformação.

[2] “Um olha para trás com apreço aos professores brilhantes, mas com gratidão àqueles que tocaram os nossos sentimentos humanos. O currículo é tanto matéria-prima necessária, mas o calor é o elemento vital para o crescimento da planta e para a alma da criança.” (tradução por Mimi Coelho).

[3] No sentido figurado, xeque mate indica o momento em que alguém está em uma situação constrangedora, quando recebe um ultimato e deve tomar uma decisão para seguir um caminho ou perder alguma coisa (dicionário etimológico). 

[4] “Eu começo com a premissa de que a função da liderança é produzir mais líderes e não mais seguidores” – Ralph Nader (tradução por Mimi Coelho)


[Retalhos de uma História] Naima Akef

por Ju Najlah

Algumas informações disponíveis a respeito da vida de Naima Akef são muito controversas. Em função disso não farei considerações a respeito das datas de nascimento e falecimento e possíveis idades. Abordarei aqui somente temas comuns e de valia para o estudo da dança.

Nasceu em Tanta, no Egito. Sua família era circense e possuía o Circo Akef. Eles viajavam muito fazendo turnês especialmente na Rússia. Por conta disso Naima começou sua carreira muito cedo. Se envolvia em todos os tipos de profissões, jogos acrobáticos e arte circense e se tornou a estrela mais talentosa do circo. Seu pai percebeu seus dons, incentivou e reconheceu seus talentos.

Chegou a cantar e dançar, por algum tempo, no famoso Cabaret de Badia Masabni. Seu talento como cantora e dançarina logo fizeram dela uma das maiores e principais estrelas de lá, mas não permaneceu por muito tempo.

Em 1957, foi nomeada melhor dançarina de folclore do Youth Festival, realizado em Moscou. No Teatro Bolshoi, havia uma foto em sua homenagem.



Naima foi descoberta primeiro pelo diretor Abbas Fawzy que lhe apresentou seu irmão Hessein Fawzy. Ele percebeu o talento dela e lhe deu papel principal pela primeira vez em que Naima aparecia em um filme. Fawzy dirigiu mais de 15 filmes para Naima Akef. O diretor não pôde resistir a seus charmes e a relação de trabalho tornou-se uma relação amorosa. Os dois casaram-se. Naima continuou a florescer e logo se tornou a mais famosa atriz do cinema egípcio. Na’ema Fawzi ingressou em um dos primeiros grupos folclóricos profissionais no país, Lail Ya ayn Group, e contribui muito para o seu sucesso.


Ela foi muito bem sucedida como atriz, era consciente do seu peso, sua forma física, não poupava esforços nos ensaio. Dotada de grande técnica e estilo, suas coreografias encantaram o cinema egípcio com sua arte de canto, atuação e dança. Atuou em aproximadamente 30 filmes. Sua expressiva dança, teve origem nas atuações acrobáticas sobre cavalos. Frequentemente criava suas coreografias mas ficou muito famosa por ser disciplinada e obediente aos seus treinadores.

Seu maior filme talvez tenha sido YaTamr Henna (também o nome de uma música popular), dirigido por seu marido, no qual desempenhou o papel de uma jovem dançarina ghawazee. Dançou também um sapateado em Ya Halawaat Al Hob (1952). Seu primeiro filme em cores foi Amir El Dahaa (1964).



Após ter se separado de Hessein, ela se casou com seu contador e com ele teve um filho que começou mais tarde a trabalhar com música.

Sua graciosa performance nunca era vulgar. Naima cantou, dançou e atuou em diversos filmes, principalmente filmes em preto e branco. A grande Nagwa Fouad denominou Naima Akef sua grande fonte de inspiração. Nagwa usualmente dizia:  “Naima se movimenta como mágica”.



A dança de Naima Akef explora oitos seguidos de giros ou redondos grandes, chutinhos, arabesques, pernas altas, cambres trabalho de braços, expressão e grande utilização de espaços com marcações simples porém bonitas de quadril. Sua musicalidade e interpretação dramática são imortais.

Naima faleceu acometida por um câncer. Alguns datam de 23 de abril de 1966, outros de 1996.



Fontes:

[Venenum Saltationes] Desvendando: Ghiaccio

por Hölle Carogne



Nesta edição do “Desvendando”, a bailarina gaúcha Luiza Marcon revela o que há por trás da coreografia "Ghiaccio" e o que a inspirou a trabalhar neste enredo.

Eu tive o imenso prazer de prestigiar esta apresentação ao vivo e confesso que me emocionei muito!

Preparem os lencinhos, queridos leitores, porque esta apresentação vem recheada de emoção, sentimento, expressão e dramaticidade!

Espero que gostem!
           
 Obs.: Confesso que estava com saudades do Desvendando! E vocês?



Venenum Saltationes: Quando e como surgiu a vontade de criar Ghiaccio?

Luiza Marcon: A vontade de criar algo para essa música surgiu na primeira vez que escutei Akva, que é a música de abertura do disco Sorni Nai, da banda russa Kauan, quando este foi lançado em outubro de 2015. Ela me arrebatou desde as primeiras notas, quando eu ainda sequer sabia sobre o que se tratava, e quando soube, essa vontade só cresceu. Descobrir que Sorni Nai era um álbum conceitual, que exigiu muita pesquisa e envolvimento emocional da banda, me fez querer desenvolver algo especial, a altura do trabalho impecável dos músicos. Desde então, vim compilando ideias e esperei pelo momento certo de levá-la ao palco. 



Venenum Saltationes: Do que se trata este trabalho? Qual o assunto abordado?

Luiza Marcon: Ghiaccio é uma alusão ao Incidente do Passo Dyatlov, um caso até hoje não solucionado, ocorrido em 1959, quando 9 montanhistas russos perderam a vida de forma misteriosa e trágica, nos Montes Urais. O incidente já foi tema de diversos livros, filmes e documentários, onde as hipóteses vão de forças naturais até mesmo ataques alienígenas ou de criaturas selvagens. Assim como Sorni Nai, Ghiaccio é a história de uma jornada apenas de ida.



Venenum Saltationes: Existe alguma linguagem oculta por trás de Ghiaccio?

Luiza Marcon: Não diria oculta, mas muito sentimental. É uma história sem final feliz, logo, além de se tratar de um enredo triste, que lida com emoções profundas (sofrimento, desespero e a própria morte), houve também um diálogo com um período pessoal conturbado, de perdas, mudanças e incertezas. O momento ajudou a moldar a dança, assim como a dança permitiu que algumas sensações se libertassem. A magia, neste caso, foi transformar algo trágico em arte e fazer das próprias dificuldades, um combustível para a expressão e a criação. 



Venenum Saltationes: Com quem Ghiaccio tenta se comunicar? E o que ela quer dizer?

Luiza Marcon: Creio que essa coreografia conversa com quem busca algo além de movimentos belos e técnica na dança (coisas que ainda não domino, por ser iniciante), mas também feeling, entrega e um "porquê" de ser, como quem busca um livro para conhecer uma história. Também com quem vê beleza nas coisas que a maioria das pessoas costuma evitar. A tristeza e a morte são condições humanas, naturais, e ainda assim são um tabu. Negamos nossa humanidade ao rejeitar essas sensações consideradas ruins.
Assim como os vitorianos viam sua relação com a morte com beleza, honrando a memória de seus falecidos com carinho, Ghiaccio foi uma forma de contar um fato trágico através da graciosidade da dança. 



Venenum Saltationes: Comente sobre os processos de criação de Ghiaccio.


Luiza Marcon: O motor maior para essa coreografia foi o encantamento pela música e as sensações que ela me causava. Boa parte dela foi surgindo naturalmente, instintivamente, ao testar improvisos. Porém, seguindo o objetivo de narrar um fato, percebi que ela deveria seguir um certo roteiro. E baseada em pesquisas sobre o assunto, dividi a dança em 3 momentos: a busca, o encontro e a destruição pelo desconhecido. Me inspirei em fotografias e relatos sobre o incidente para os movimentos, procurei usar cores que remetem ao gelo e ao frio e aludir às sensações daquelas pessoas, perdidas em um lugar fascinante e assustador. Tudo ali tem uma razão e um significado.



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Danças & Andanças por Mimi Coelho (MG)



Danças & Andanças

Carla Mimi Coelho, Portland, Oregon (EUA) <-> 
Belo Horizonte-MG, Brasil

Sobre a Coluna:

Em breve



Carla Mimi Coelho iniciou seus estudos aos 5 anos de idade no Ballet Cristina Helena e cresceu sob os ensinamentos de Cristina Helena, Pablo Moret, Ofelia Gonzalez e Graça Sales. Ingressou na Companhia de Dança Sesiminas aos 13 anos de idade, onde participou de diversas apresentações e aos 15 anos começou a atuar como solista e solista principal. Dentre as muitas atuações dividiu o palco com grandes nomes da dança, dentre eles Ana Botafogo, Cecília Kerche, Carlinhos de Jesus, Fernando Bujones e muitos outros. Aos 16 anos, passou um curto período em Cuba, estudando e se apresentando também como solista. Durante esta época de sua carreira, Carla foi premiada em múlltiplas competições, incluindo no Festival De Dança de Joinville, o maior festival de dança do Brasil.

Carla também possui experiência com contemporâneo, dança moderna, jazz, dança de salão e dança do ventre, dentre outros. Formou-se em Artes Cênicas pela UFMG. Em adição à sua carreira de bailarina e atriz, Carla possui uma ampla experiência em outras áreas da dança, atuando como professora no Sul da Itália, EUA e Brasil, além de ter trabalhado como coreógrafa e ensaiadora de múltiplos alunos e grupos de dança. Uma das suas maiores paixões é ajudar seus estudantes a alcançarem seus objetivos e a evoluírem em suas carreiras.

Uma das maiores realizações de Carla na dança foi a fundação e a direção artística da Companhia SESC de Dança em Belo Horizonte, uma companhia que inicialmente tinha a ousada proposta de versatilidade de estilos.

Quanto à sua experiência como Tribal Fusion Bellydancer e Contemporary Fusion Bellydancer, após incentivo de sua professora Mariana Bacarense no Studio Brigite Bacha, Carla  iniciou sua jornada ingressando no programa 8 Elements of Bellydance de Rachel Brice (de 2013, Fase Initiation, até 2016, fase Transmission – Teacher Training). Ela foi a primeira brasileira a se formar como professora do Datura Style™ e atualmente é a única no país com esta formação.

Ela participou de múltiplos programas e workshops como estudante de dança, os mais recentes são: Dancecraft Format de Zoe Jakes (certificada nas duas fases Key Of Diamonds e Key of Spades, em 2017), Tribal Fusion Intensive with Mardi Love (Jamballah NW, em agosto de 2017), Annual Odissi Dance Intensive Workshop com Colleena Shakti em Berkeley (2017 e em Portland 2018), Carolena Nericcios ATS® General Skills (clássico e moderno) e Teacher Training (em 2018), Ashley Lopez Integrated Dance (parte 1, em 2018, parte 2 em 2019, atualmente em fase de teste para certificação como professora).

Destaca como apresentações muito importantes fora do Brasil: Tribalfest 15 (em 2015) na California;  Culmination Showcase no teatro Bodyvox, organizado por Rachel Brice em 2015; Lost in Perceptions com Allegro Dance Company em 2018; Jamballah NW com o trio “Shape of water” em 2018, Beats Antique Show em Portland em 2019, temporada 2018-19 do PDX Contemporary Ballet com o espetáculo “White Dress”;”Procession” com Allegro Dance Company em 2019; “Despicable” dance film de Ashley Lopez em 2019.

Atualmente, faz parte de 3 companhias de dança em Portland, nos EUA: a companhia de fusão experimental de dança do ventre, Variat Dance Collective; a companhia de dança e música ao vivo, inspirada nas danças egípcias, turcas e balcânicas, Baksana Ensemble; a companhia de Ballet contemporâneo, PDX Contemporary Ballet.

Xique-Xique Fusion from Carla Michelle Coelho (Mimi) on Vimeo.


Artigos 

  •  A intensa experiência do “The 8 Elements Approach to Bellydance, a Rachel Brice's Dance Program” – Parte 1  por Mimi Coelho

  •  A intensa experiência do “The 8 Elements Approach to Bellydance, a Rachel Brice's Dance Program” – Parte 2 por Mimi Coelho

  • A intensa experiência do “The 8 Elements Approach to Bellydance, a Rachel Brice's Dance Program” – Parte 3  por Mimi Coelho

  • A intensa experiência do “The 8 Elements Approach to Bellydance, a Rachel Brice's Dance Program” – Parte 4 por Mimi Coelho

  • Dancecraft: O Formato Zoe Jakes de Dança por Mimi Coelho 

  • DaturaCon: O acampamento de verão para professores do Datura Style™ por Mimi Coelho

  • JamBallah NW 2017 por Mimi Coelho  
  • A dança na tela – Transportando o Espectador para o filme de dança pelo Efeito de Presença  por Mimi Coelho 
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    [Resenhando-SC] Sarau 1 ano Lara Colli no Cazu

    por Aline Pires




    Olá povo! 

    Este mês falarei um pouco do que rolou no 1º Sarau organizado por Lara Colli aqui em Florianópolis. Lara é professora e bailarina de Tribal Fusion natural de Ubá, Minas Gerais, e se estabeleceu em Floripa há alguns anos. Ela dá aulas de tribal fusion e dança do ventre na Cazu Studio de Dança e Música, e dançou junto de suas alunas e convidados na noite de sábado dia 24 de Setembro, em seu sarau de comemoração de 1 ano atuando como professora na Cazu.


    O sarau era exclusivo para os convidados das alunas e da Lara, e pessoal da Cazu. Como abertura do evento teve a coreografia Sereias, que contou com belos figurinos de Rosana Sabino e coroas feitas por Dhyngetal, completando o visual das bailarinas, alunas de Lara Colli. Foram utilizadas músicas modernas que transportaram os espectadores para um mundo surreal e submarino. Um dos pontos de destaque da coreografia foi uma roda feita durante a transição entre as músicas, na qual as bailarinas unidas movimentavam seus braços de forma de onda e utilizavam mudanças de nível (level changes) alternadamente. Lara é uma coreógrafa criativa e tem um senso estético apurado, afinal muitos anos de experiência em diferentes modalidades de dança lhe renderam repertório e preparo corporal excelentes. Lara está sempre tentando ampliar os horizontes do tribal na cidade, e seu entusiasmo pela dança tribal unido com bastante ‘pé no chão’ e profissionalismo fez com que eu me identificasse com sua personalidade logo assim que a conheci.

    Assista abaixo o vídeo da coreografia Sereias :)







    Em seguida, suas alunas apresentaram solos variados; Dani (Daniela Angeli) fez uma homenagem a Oxum, com uma coreografia cheia de beleza, retratando muito bem este orixá e utilizando alguns movimentos de chão. Karol Domingues, também aluna de Lara e membro do Grupo Valkyrjas, apresentou um improviso de Dark Fusion com a música "The devil beneath my feet", de Marilyn Manson, dando destaque para as camadas (layers) compostas de shimmie com movimentos de tronco, e também para o floorwork de variações feitas com o famoso berber walk. Gabriela, também aluna de Lara, apresentou um solo de derbak, e as alunas de dança do ventre se apresentaram em grupo em uma coreografia com véus.






    Entre os convidados do sarau haviam: Leonardo Reis com hip hop, André com samba, e eu e minhas alunas com tribal fusion representando meu estudio, La Lune Noire. Apresentei um improviso com a música Colony Collapse, e também dancei com minhas alunas a coreografia Epigeias (ninfas da terra) que montei utilizando a música Veil Of Tears, de Beats Antique. Leonardo Reis, professor de danças urbanas da cazu, apresentou com sua parceira Laira uma fusão de danças de salão, na qual foram muito elogiados pela criatividade, pela harmonia e a sintonia entre eles que foram visíveis na fusão.




    Para encerrar o Sarau, Lara dançou um solo de Tribal Fusion, que deve ter sido o momento mais aguardado. Seus movimentos sinuosos tem uma característica marcante, e para mim são seu maior forte na dança. Infelizmente não temos vídeo deste solo.. :/


    Entre os comes e bebes, haviam quitutes árabes, pães, pastas e sucos, e estavam lindamente dispostos em uma mesa bem decorada. O salão também contou com uma decoração bem pensada, e estava um clima super agradável. Gostaria de dar meus cumprimentos à Lara pelo seu sarau e agradecer imensamente o convite para dançar nele com minhas alunas. Espero que venham outros nos anos seguintes, ajudando assim a difundir o tribal fusion na comunidade da trindade e região, onde ainda é pouco conhecido. Parabéns, Lara e alunas!

    Organizadora: Lara Colli



    Responsável pelo som: Pedro Lavinas
    Participantes do sarau:
    - Bailarinas alunas de Tribal Fusion Lara Colli: Karol Domingues, Gabriela Ferreira, Daniela Angeli
    - Bailarinas alunas de dança do ventre Lara Colli: Ailce Frelich, Daniela Angeli, Gabriela Ferreira, Karolina Domingues, Kiarha Kwitko, Laira Silveira, Leila Andrésia, Josi, Juliene Wagner, Natasha Kárin Popov e Vanessa Lauxen.
    - Bailarinas alunas de Tribal Fusion Aline Pires - Estudio La Lune Noire: Aline Bulkan, Tamiris Madeira, Tatiana Suckau Mendez
    - Bailarinos convidados: Leonardo Reis, Aline Pires, André.
    Local: Cazu Studio de Dança e Música.
    Apoio: Ed Charles e Eliza Scolaro (cazu). 






    [Resenhando-SP] 1º Encontro de Dança Tribal em Louveira

    por Natane Circe

    No dia 3 de setembro aconteceu na cidade de Louveira-SP o seu primeiro encontro de ATS® e Tribal Fusion, organizado por Dalila Galchin. O encontro inovou na localização, a Estação Ferroviária de Louveira, o local trouxe uma sensação de nostalgia o que combinou bem com a temática Tribal em um ambiente urbano.



    De acordo com a organizadora, o evento que teve como foco o ATS®, teve como objetivo reunir bailarinas em um ambiente simples e confortável para passarem uma tarde agradável e apresentarem seus trabalhos de uma forma divertida e descompromissada. 

    Foram reunidas bailarinas das cidades de Jundiaí, Indaituba, Várzea Paulista, Campinas e Jaguariúna. 


    Fernanda Silva, Dalila Galchin, Renata Witzel e Raquel Aguinelo





    Grupo Mandacaru Tribal e a derbakista Nanda Rodrigues



    Tribal Fusion por Nanda Nayad


    Juliana Santos e Nanda Rodrigues)


    Confira alguns vídeos das performances:









    [Resenhando-RS] Sirena Remake

    por Karine Neves

    No dia 28/9/16 aconteceu no Teatro Renascença, em Porto Alegre, o espetáculo SIRENA Remake, apresentado pelo grupo Al-Málgama, através do projeto Quartas na Dança, uma iniciativa do Centro Municipal de Dança, da Secretaria da Cultura da cidade.



    "Idealizado a partir de arquétipos e figuras mitológicas das divindades aquáticas, as sereias, inspira-se no conto A Pequena Sereia, do escritor e poeta dinamarquês Christian Andersen. Dirigido por Bruna Gomes, Sirena traz a história de um domador de circo que afirma ter acalentado durante toda a vida o sonho de cuidar de sereias; certa vez ao pescá-las, colocou-as em seu freak show (show de aberrações) juntamente com outras atrações."
    Além do usual Tribal Fusion, base de trabalho do Al-Málgama, o grupo levou ao palco uma boa dose de teatro e circo. Envolvendo o espectador em uma atmosfera bizarra, Sirena ainda traz questionamentos sobre a violência contra a mulher e a exploração do exótico, do inusitado.

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira


    Ao longo do espetáculo houve vários momentos de interação com o público, desde a recepção no saguão pelo domador e sua simpática assistente.

    Nas semanas que antecederam o espetáculo, o grupo lançou em uma rede social um concurso de "talentos inúteis do corpo ", no qual interessados deveriam enviar vídeos apresentando algum dom bizarro que possuíssem a fim de concorrerem a um par de ingressos. Durante o show o vencedor foi chamado ao palco para demonstrar sua habilidade. 

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira

    Sirena transcorreu praticamente sem interrupções entre as coreografias, num fluxo muito bem planejado de entrada e saída de cena do elenco, de forma que conseguiu manter a plateia presa ao enredo durante os seus 50 minutos de duração, oscilando entre humor, drama e mistério.

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira

    Foto por Dani Oliveira


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