[Entrando na Roda] FCBD®: Novos rumos

por Natália Espinosa


De alguns anos para cá, tudo sob o nome FatChanceBellyDance® tem passado por algumas mudanças. Da própria trupe ao estúdio e o formato de aulas, tudo borbulha com novidades!

Este post traz algumas atualizações sobre a nossa querida nave-mãe.

Já faz algum tempo que o FatChanceBellyDance® deixou de ser somente o nome de uma trupe – o melhor, A trupe – de ATS® e do estúdio de Carolena Nericcio. Dos cholis e camisetas a um dos primeiros sonhos de consumo de muitas dançarinas de AT®S Brasileiras, os lindos e enormes snujs com a inscrição FatChanceBellyDance nas bordas, o caráter de marca do FCBD® vem se fortalecendo cada vez mais. Neste ano tivemos a mudança do estúdio e do site fcbd.com: tanto o endereço físico quanto o virtual não abrigam mais apenas o estúdio de dança, agora estão presentes também o Bessie Design Studio e a loja da Nakarali, os três negócios reunidos sob o nome Studio San Francisco.

Choli Dress


A marca Bessie (assim nomeada para homenagear a mãe da Carolena Nericcio-Bohlman, Bessie Nericcio)  compreende criações de Kathleen Crowley em colaboração com Carolena. A ideia é produzir roupas elegantes, bonitas e simples com um apelo especial para dançarinas – boa parte dessas crianções pode até ser usada nos palcos, como o maravilhoso Choli Dress, os xales de assuit e o headwrap, aquele paninho de cabeça que dá para trançar.  O FCBD® subiu no palco do Tribal Fest 14 usando Bessie skirts, aquelas saias em formato sereia com botões que possuem mil e uma formas de usar. Além de vender roupas, o Bessie Design Studio oferece oficinas de costura onde é possível aprender a fazer o básico do nosso dresscode: cholis, saias, calças gênio... Uma atividade super gostosa que incentiva as pessoas a fazerem seus próprios figurinos.

A loja da Nakarali, parceria de Colleena Shakti e Carolena, conta com acessórios em prata e latão vindas da Índia e regiões próximas. Algumas peças são verdadeiras relíquias, antiguidades que chegam a custar mais de mil dólares. Existem itens mais em conta na loja, mas a maioria é realmente questão de economizar por um bom tempo.

Nakarali
O estúdio do FCBD® continua oferecendo as aulas, vendendo seus produtos (DVDs, snujs, camisas, garrafas de água etc). Porém a verdadeira mudança ocorreu no time de instrutoras e nas dançarinas!

Recentemente, Wendy Allen anunciou sua saída do FCBD®. Ela informou que continuará dançando ATS® e dando aulas, porém não mais sob o nome FCBD®. Isso marca o fim de uma era para a trupe, pois Wendy fez parte dela por mais de 10 anos e passou por muitas fases de sua evolução.

Kristine Adams finalmente retornou de sua viagem ao redor do mundo e voltou a dançar regularmente com o FCBD®. Da “velha guarda” temos ainda Anita Lalwani, Sandi Ball e Marsha Poulin.

Wendy Allen
As novidades vêm com Jesse Stanbridge, Janet Taylor, Michiyo Salisbury, Juhay Ahn e Yuka Sakata. Jesse, Janet, Michiyo e Yuka fazem parte da Tessera Tribal, uma trupe do Estúdio FCBD® que desenvolve um trabalho impressionante. Inovadoras, sem perder a estética e natureza improvisacional do ATS®, suas performances são dinâmicas e apresentam sempre variações interessantes ao que estamos acostumados a ver.


Essa lufada de ar fresco que acompanha as demais mudanças no FCBD® veio em excelente hora: com o ATS® Homecoming, o Tribal Pura, o programa de educação continuada para Sister Studios e o crescimento do ATS® ao redor do mundo, mais e mais pessoas estão buscando sua expressão única e pessoal dentro deste estilo de dança. O surgimento de novas professoras com ideias diferentes e, ao mesmo tempo fiéis ao estilo, ajuda o ATS® a crescer de forma robusta, sem se diluir.

Esta popularização e demanda pelo ATS® impulsionou a transformação do FCBD® em um negócio de grandes proporções e em uma marca, de fato. Porém, quem entra no estúdio ou vai aos eventos, ainda sente aquela atmosfera aconchegante de um negócio pequeno e local, onde tudo é muito acessível.

Nossa nave-mãe soube ir em frente sem desviar de sua rota. Sorte nossa que podemos colher os frutos dessa mudança bem-vinda. 

Bessie Skirts




[Organizando a Tribo] Tribal na Mídia

por Melissa Souza

Pode-se dizer que a Dança Tribal é, de certa forma, destinada ao público alternativo, pois ao mesmo tempo em que faz uma conexão com nossas raízes antropológicas, traz elementos contemporâneos no estilo, na expressão, na forma de pensar a dança.

Sua propagação se deu à evolução da comunicação digital e, sendo o Brasil apontado como um dos países que sedia o maior número de internautas e consumidores digitais do mundo, não poderia ficar para trás. Então, já é de se esperar que a produção de conteúdo de qualidade seja expansivo por aqui, afinal, a Dança Tribal não para de se transformar e temos que estar sempre nos atualizando.

Hoje resolvi trazer um pouco da presença do Tribal na mídia para aqueles que gostariam de apreender mais sobre suas fontes. Todavia, por que não ser um conteudista também?

Blogs

O blog (abreviação de weblog) é uma das ferramentas de comunicação mais populares da internet. Trata-se de ferramentas que possibilitam a publicação de textos na internet sem necessitar de muitos recursos, como domínio técnico, conhecimento em programação ou software. Atualmente, as plataformas mais comuns para criar seu blog gratuitamente é o Bloguer, Wordpress ou Wix.


Para Ler

·   Pilares do Tribal por Maria Badulaques 
http://pilaresdotribal.blogspot.com.br/

·   Tribalices por Natália Espinosa
http://tribalices.blogspot.com.br/

·  Nossa Tribo & Nossa Dança por Carine Wurch
http://nossatribo-fusoes.blogspot.com.br/

·  Divagações Tribais e Afins por Mariana Quadros
http://www.marianaquadrostribal.com/

Vlogs

Vlog (abreviatura de videolog = vídeo + blog) é um tipo de blog cujo conteúdo predominante são os vídeos, ou seja, ao invés de escrever, o "vlogueiro" grava um vídeo falando sobre o assunto. Atualmente, a plataforma mais utilizada para publicação de vídeos é o YouTube.

Para Assistir

  • ·         Divagações Tribais & Afins #1 Improv Solo no TF por Mariana Quadros




  • ·         Tribalices #4 – Feminino, feminismo, tribal? por Natália Espinosa


Podcasts

Podcast é um programa de rádio distribuído gratuitamente pela internet em formato MP3. Existem dois podcasts específicos para dança oriental que gosto muito de acompanhar, o primeiro é o Salade Dança e o segundo é o Tribal Cast Brasil, produzido por Mariáh Voltaire e Aerith Asgard.

Para Ouvir


“Tribal: você realmente conhece esta dança?”  por Sala de Dança Podcasts com participação de Rebeca Piñeirohttp://www.saladedanca.com.br/podcast-40-tribal-voce-realmente-conhece-esta-dança




“Saudosismo na Dança Tribal”  por Tribal Cast Brasil com participação de Mariana Quadros.
http://tribalcast.blogspot.com.br/2014/07/tribal-cast-03-saudosismo-na-danca.html



 

Fanpages


Fanpage ou simplesmente página é um recurso do Facebook direcionado para a representação de organizações, marcas, produtos, associações ou autônomos. Além disso, assim como os instablogs, cada vez mais vemos pages com um conteúdo diversificado que você não encontra em outras plataformas.

Se você é bailarino, professor, coreógrafo, produtor de eventos, fotógrafo, artesão, blogueiro e etc, criar uma página para propagar o trabalho que desenvolve no meio da dança e da mídia pode ser uma boa ideia. A fanpage possibilita a utilização dos aplicativos já oferecidos pelo Facebook, como a galeria de fotos e vídeos, notas e criação de enquetes – e também permite a criação de aplicativos próprios, além das ferramentas de publicação e monitoramento das postagens.

Para Acompanhar

·   Nossa Tribo & Nossa Dança
 https://www.facebook.com/nossatribo.nossadanca

·   Estudos e Práticas sobre Tribal Fusion Belly Dance 
https://www.facebook.com/geptribalfusionbellydance

·   Almas Tribaleras
https://www.facebook.com/AlmasTribaleras

·   Tribal Archive 
https://www.facebook.com/tribalarchive

Zines


Zines (abreviação de fanzine = fanatic magazine) são publicações independentes produzidas pelos próprios artistas em pequenas quantidades, geralmente de forma artesanal, e tem como objetivo aproximar o público da arte. Existem desde os anos 60, mas com a chegada da internet ganhou um novo sentido.

A tribaldancer Mariana Quadros recentemente deu início a produção de artigos artesanais voltados para as tribalescas e esta linha inclui os zines Coração Tribal Vale a pena conferir!


[Estilo Tribal de Ser] Khomeissa (Hamsa ou Mão de Fátima)

por Annamaria Marques


Olá pessoal! 

Estamos de volta com mais um informativo sobre a joalheria tribal.

Quem nunca se perguntou o que são e de onde vem todos aqueles enfeites e se neles há algum simbolismo?

Como nesta sessão estamos desvendando os segredos do figurino de Tribal, este adereço não poderia faltar:






Notaram o colar da Carolena Nericcio-Bolman e da Kristine Adams?

Este símbolo é uma Khomeissa, ele é uma variação Tuareg da Hamsá.

A hamsá (árabe: خمسة, chamsa – literalmente “cinco”, referindo-se aos cinco dedos da mão) é um objeto com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado não só como um amuleto contra o mau olhado, mas também para afastar as energias negativas e trazer felicidade, sorte e fertilidade.

Também conhecido como “mão de Deus”, “chamsá”, “mão de Fátima” ou “mão de Hameshh”, o Hamsá é considerado um amuleto contra o mau-olhado para os adeptos do judaísmo e do islamismo.

A “mão de Hamsá” é caracterizada por representar o desenho de uma mão direita simétrica (dedos com as mesmas proporções), e com um olho ou outros símbolos no meio da palma da mão, como estrelas de Davi, peixes ou pombos.




Estes símbolos ajudam a fortalecer a ideia de proteção da mão de Hamsá, que pode ter inúmeras representações.Por  exemplo, quando representado com os dedos juntos, o amuleto serve para trazer boa sorte; caso esteja com os dedos separados, significa que deve ser usado para afastar as energias negativas, de acordo com a tradição popular.

O hamsá está presente em várias doutrinas orientais, como o judaísmo, no islã e no budismo, possuindo as suas especificações próprias de acordo com cada religião. No budismo, por exemplo, o hamsá é conhecido por Abhaya Mundra e é utilizado para afastar a sensação de medo.



Atualmente, a símbolo hamsá está presente em todo o mundo, seja em estampas de roupas, pingentes ou tatuagens. As pessoas que decidem tatuar uma “mão de Hamsá”, normalmente, buscam pelo significado simbólico que o amuleto carrega, além da beleza estética. 

Entre outras interpretações atribuídas à "mão de Hamsá" está o poder da fertilidade ("mão de Fátima") e da proteção contra o medo.

O hamsá berbere (Khomeissa) é feito na maioria das vezes em metal, mas pode ser encontrado em outros materiais e é uma versão estilizada da Mão de Fátima/Míriam, desenhado em formato geométrico e podendo conter inscrições de bom augúrio na escrita típica deste povo:






Esther Demoneah (RO) - Resenhando

Coordenação Região Norte:


Esther Demoneah,  maranhense nascida em  São Luis. Mora desde muito pequena em Porto Velho no Estado de Rondônia. Esther foi apresentada ao mundo da dança ainda criança. Começou a tocar piano dos 6 aos 15 anos; além de ser integrante de uma banda de Black Metal. Estudou balé clássico, Jazz, sapateado e encantou-se com a dança do ventre na adolescência, porém, sabia que esta ainda não era a sua grande paixão e  algo lhe faltava.

Por causa de problemas familiares, Esther se viu obrigada a guardar na gaveta o sonho de dançar, mas, as coisas foram mudando . Começou a fazer aulas de Zouk, Bolero e Bachata,  mas, apesar de amar estes três estilos tão distintos, ainda sentia que faltava alguma coisa. E foi durante um workshop de Tribal Fusion que descobriu que esta seria sua grande paixão. Apesar de já ter assistido e lido bastante sobre este estilo, não existem professores do estilo em sua cidade. Depois de participar do workshop de Tribal Fusion ministrado pela bailarina Janis Goldbard, começou a estudar mais a fundo tudo o que podia sobre o assunto e a cada estudo, a cada ensaio pode perceber o quanto o Tribal Fusion completava-lhe tratando de estilo musical e  dança.

Em Porto Velho, há carência de profissionais que trabalham exclusivamente com Tribal Fusion. Por conta disso, Esther disponibilizou-se para dar aulas e, desta forma, ela acredita que poderá ensinar e aprender mais, além de ajudar a divulgar o estilo e contribuir para o crescimento do Tribal Fusion na Região Norte, conhecendo novas adeptas que também estejam dispostas a espalhar essa semente, crescendo como bailarinas e como futuras professoras.

Seu grande sonho é que haja união entre as bailarinas de todas as vertentes, de todos os estilos e de todas as academias e que haja muitos grupos de Tribalistas dispostas a compartilhar  o amor por esta arte e colocar nossa região no mapa  como uma região com bons profissionais que se destacam em seus trabalhos.


Vida com Yoga


Vida com Yoga

Sobre a Coluna:


Textos, informações, curiosidades e novidades sobre Yoga.

Yoga é uma Ciência, Arte e Filosofia que busca a integração dos três planos da existência humana (físico, mental e espiritual) entre si e com o Universo, e tem como objetivo a plenitude do ser.



Colunistas convidadas anteriores:


Alana Reis (RN):


Alana Reis, 28 anos, é paulistana, bailarina clássica por formação. Instrutora de Yoga reconhecida pela Liga Internacional de Pakua e professora de Tribal Fusion desde 2013 dos estúdios da Companhia Shaman Tribal em São Paulo e Natal, desde 2014. Além do ballet clássico, se aventurou pelo Jazz e sapateado ainda jovem, aos 12 anos. 
Aos 14 anos conheceu a dança do ventre, em Teresina/PI e a partir daí se dedicou ao estudo da dança árabe e participou de diversos workshops com Ju Marconatto, Samya Jú, Lulu Sabongi, Esmeralda, entre outras bailarinas.

Em meados de 2005 conheceu as danças populares brasileiras, através da Unesp – Rio Claro/SP, onde fez parte do grupo “Oro Ari”, se apresentando em diversos eventos em todo Estado.

Junto às danças populares, continuou seus estudos na dança do ventre e em 2010 conheceu o Tribal Fusion e se tornou aluna regular de Paula Braz – Shaman Tribal Co.. Apaixonada pelo estilo começou a fazer aulas e workshops com bailarinas nacionais e internacionais, como Cibelle Souza (com quem atualmente é aluna regular), Kilma Farias, Karina Leiro, Gabriela Miranda, Mariana Quadros, Rebeca Piñeiro, Guigo Alves,Rachel Brice, Samantha Emanuel, Tjarda Von Straten, Heather Stants, Ariellah, April Rose, Lady Fred, entre outras.



Os workshops na dança tribal foram realizados em diversos estados do Brasil, em Festivais Internacionais, que inclusive, fez parte da organização, como por exemplo, os Shaman’s Fests de 2011, 2012, 2013 e 2014.Já se apresentou em palcos de diversos festivais e desde 2014 é integrante do corpo de baile da Companhia Shaman Tribal. Integrada e apaixonada pela dança étnica contemporânea,de onde nunca mais saiu, Alana morou em Austin/TX, em 2013 e 2014, para fazer aulas de fusão com dança indiana com a bailarina internacional, April Rose.

Desde abril de 2014 resideem Natal/RN, onde ministra aula e faz parte do corpo de baile da Companhia Shaman Tribal.



Nayane Teixeira (SP):



Prof.ª Ramaní (Nayane Teixeira Spigoti) -Yoga Teacher em Yoga Integral, certificada pela Sociedade Brasileira de Yoga Integral, no Sri Aurobindo Ashram Brasil com o Sarva Swami Mahesh Charu.  Atua  ministrando aulas  de  Yoga em espaços especializados, academias e aulas personalizadas.



O Yoga Integral (Purna Yoga) é fundamentado nas raízes dos antigos tratados, mas com uma abordagem nova e evolutiva para a humanidade.  Trabalhando a mente, o corpo energético e o corpo físico, e ir além, criando mecanismos concretos de transformação não apenas individual, mas coletiva. Está ao alcance de todos por estudar toda a potencialidade do corpo físico oferecendo práticas para todos os níveis de preparo físico. O praticante é convidado a se observar e se conhecer melhor através das práticas e levar tudo o que aprendeu na aula para seu dia a dia, pois a sua própria vida deve tornar-se uma prática de Yoga contínua, pois a vida toda é Yoga.



Artigos

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[Feminino Tribal] Juntas somos fortes, irmãs!

por Alana Reis



Foi dada a largada. Agora temos mais um espaço pra chamar de nosso e falar sobre o feminino, sororidade, irmandade, amor e força entre nós <3. De dois em dois meses abriremos nossos corações para tratar de assuntos que nos agradam - ou não – dentro desse nosso universo tribal.

Para abrir nossas conversas bimestrais, vamos debulhar sororidade: facilmente encontrada numa busca rápida do google como a união e aliança entre mulheres baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum. Pra nada ficar pra trás, vamos então destrinchar empatia, significado importante para colocar a sororidade em prática.

Não nos enganemos! Empatia é diferente de simpatia, e por mais que a linha pareça tênue entre as duas, a diferença é grande e é o que nos faz conectar com nossas irmãs. Ter empatia por alguém é criar conexão com esta pessoa, é entender a perspectiva do outro como verdade, sem julgamentos. É sentir como o outro se sente para então poder dizer “amiga, eu te entendo, obrigada por compartilhar comigo”. Esse vídeo expressa, pra mim, exatamente o que a empatia significa: 



Eu não quero com esse espaço definir certo e errado, então, deixo muito mais a minha ideia sobre o tema do que uma discussão pautada em politica e/ou ética, mesmo sabendo que a sororidade existe como um dos mais fortes pilares do feminismo, promovendo o sentimento de irmandade entre mulheres em prol da união contra as imposições sociais.

Entendo sororidade como um movimento importante para nós, mulheres, irmãs e guerreiras, que buscam seu espaço e desenvolvimento dentro de nossas relações, já que fomos, em boa parte, criadas num universo de competitividade entre nós mesmas, por isso o valor da empatia, da paciência e do não julgamento com o próximo.

Vejo no mundo tribal essa tentativa e a valorizo. Costumo, desde muito nova, dizer que juntas somos mais fortes, porque somos, porque é muito mais lógico e proveitoso pensar assim. A competição nos afasta, enquanto que a empatia nos conecta, fazer por você o que faria por mim é primordial. A ideia de te ver no palco brilhando é de sincero orgulho e amor, poder aprender com vocês, frequentar os diferentes espaços e vertentes que o tribal proporciona; conhecer novas ideias, novas perspectivas, isso me motiva, nos motiva e é assim que merecemos que seja.


Uma das coisas mais bonitas da nossa dança é essa força que apresentamos unidas, o nome já indica tudo: somos tribo e trabalhamos em conjunto e isso sim tem significado e faz diferença. Que assim seja, que assim se mantenha; que sejamos de coração puro umas com as outras, que respeitemos as diferenças e consideremos as outras perspectivas, afinal, até moeda tem dois lados, quiçá a vida e as relações!



[Flamenco] Glossário de termos do Flamenco – Parte 1

por Karina Leiro




Como qualquer atividade humana, o flamenco tem sua linguagem própria e, atendendo a pedidos, iniciei uma pesquisa dos termos relacionados ao flamenco. Termos esses que podem parecer óbvios e naturais aos que estão inseridos nesse universo, mas que soam estranhos a quem está de fora ou iniciando na arte flamenca.

  • AFICONADO/A: Pessoa entusiasta da arte flamenca. Também se chama assim ao intérprete do flamenco (toque, canto ou dança) que não o exerce como profissional;
  • A PALO SECO: Canto interpretado sem acompanhamento de guitarra, à capela;
  • BAILAOR/A: Artista que dança flamenco;
  • CANTAOR/A: Artista que canta flamenco;
Foto de Horst Lambert
  • CANTE: Termo usado como abreviatura de cante (canto) flamenco, denomina o conjunto de composições musicais em diferentes estilos, que surgiram entre o último terço do século XVIII e a primeira metade do século XIX, pela justaposição de estilos musicais e folclóricos existentes em Andaluzia, região ao sul da Espanha onde nasceu o flamenco;
  • CANTE DE ADELANTE/CANTE DE ATRÁS: Tem a ver com a situação de protagonismo do cantaor. Se ele canta em primeiro plano com o guitarrista acompanhando, se diz que está cantando “adelante”. É um canto para ser escutado, sem dança. Por outro lado, se ele canta em segundo plano, acompanhando a dança se diz que está cantando atrás. É um canto para ser   dançado;
  • COMPÁS: Compasso. A divisão regular do tempo entre diferentes acentos e pulsos. Cada compasso se divide em períodos de igual duração chamados tempos;
  • CUADRO FLAMENCO: Um conjunto de intérpretes de baile, canto e toque flamencos;

    Foto de Lane Hans

  • DUENDE: A energia que permeia o flamenco, sua magia intrínseca. Um poder misterioso que todos sentem, mas que ninguém explica. No imaginário flamenco, o duende vai além da técnica e da inspiração. Quando um artista flamenco experimenta a chegada desse misterioso encanto, se diz que ele “tem duende” ou que canta, dança ou toca “com duende”;
  • GUITARRA: Instrumento principal do flamenco, violão flamenco;
  • JALEAR: Expressar entusiasmo ou animar/incitar aos interpretes do flamenco com palmas, falas, exclamações. Pode ser feito pelo público ou pelos próprios artistas envolvidos na cena. Algumas dessas expressões são: Ole!, Agua!, Toma!
  • PALO: Cada uma das estruturas musicais que existem no flamenco;
  • TABLAO: Palco específico para o flamenco e também o local, o espaço especializado em oferecer espetáculos de flamenco. Inspirados nos antigos Cafés Cantantes, vieram a substituí-los. Se fizeram importantes a partir dos anos 50, promovidos pelo auge do turismo;
  • TOCAOR: Guitarrista flamenco, artista que toca o violão flamenco;
  • ZAPATEAR: Realizar percussão rítmica com os pés. Se utilizam para isso as diferentes partes do pé como a “planta” (metatarso), o “golpe” (o pé inteiro), a “puntera” ou “punta” (a ponta do sapato), o “tacón” (o salto do sapato).


REFERÊNCIAS:

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