Flamenco, das origens à fusão por Karina Leiro



Flamenco, das origens à fusão
Karina Leiro, Recife -PE, Brasil
Sobre a coluna:
O Flamenco é um dos pilares do tribal, sendo, ele mesmo, uma manifestação multicultural e híbrida desde as suas origens, tendo, portanto, desde os seus primórdios, características atribuídas às manifestações artístico-culturais da contemporaneidade. Percebo que o tribal fusion está para as danças ditas “étnicas” (Flamenco, dança do ventre, dança indiana) assim como a dança contemporânea está para as modalidades das quais se utiliza como base (ballet clássico, moderno, jazz, etc). Ou seja, utilizando-se das movimentações dessas danças, vai desconstruindo e criando sua própria linguagem, linguagem essa, que, embora contenha elementos das danças tradicionais ou das modalidades com técnicas mais cristalizadas, já não é mais literalmente aquilo nem uma simples mistura das danças que tomou como base, mas algo que se transformou, hibridizou, fundiu e que está em constante deslizamento, sem se fechar enquanto técnica pronta e acabada.

Nesta coluna pretendo contribuir trazendo informaçoes sobre a dança flamenca tradicional, suas origens, história, estilos musicais, as modificações que a mesma vem sofrendo ao longo do tempo e abordar a questão da fusão, trazendo um pouco da minha experiência como bailarina e coreógrafa, primeiro (e ainda hoje) com o flamenco tradicional e depois com as possibilidades que o estudo do tribal me abriu de dialogar e fundir com outras linguagens.

Sobre a autora:


Karina Leiro - Foi aluna e posteriormente bailarina e professora da EDACE, Escola de Dança Arte e Cultura Espanhola e integrante do Mar Esmeralda Cia de Dança (ambos no centro Espanhol de Salvador, Bahia), desde 1990 até o ano de 2006 quando foi convidada para dançar fora do Brasil. Foi bailarina de flamenco no Palácio de Almanzor em Fátima, Portugal. Foi bailarina do grupo Hijas del Flamenco em Lisboa, tendo participado de vários eventos e espetáculos entre os quais o "Mescla – Da Origem a Fusão" no café teatro EDSAE em Lisboa. Integrou também o grupo El Camino do guitarrista Xavier LLonch com quem se apresentou em vários espetáculos, entre eles a mostra de dança do Festival do Sudoeste em Portugal (2007). Estudou dança flamenca na Flamenco Ados, escola de Isabel Bayón e Ángel Atienza em Sevilha. Foi bailarina convidada da turnê de lançamento do CD Mediterraneo Profumo Latino do tenor italiano Giovanni D'Amore e paricipou do Fusion Dances, grupo de fusão de salsa, flamenco e dança do ventre. Foi professora da Escola 1001 Danças no Ateneu comercial de Lisboa tendo ministrado workshops e aulas diversas, inclusive no Andanças, Festival Nacional de Dança em São Pedro do Sul, Portugal. Em 2008, já de volta ao Brasil, em parceria com o guitarrista Eduardo Bertussi, fundou o grupo Aires em Salvador, Bahia, tendo participado com o mesmo e também como solista em diversos eventos e espetáculos. Foi professora de flamenco no curso de extensão da Universidade Federal da Bahia em 2008 e 2009.  

Em 2009 iniciou o estudo da Fusão Tribal com Bela Saffe na casa Kairós em Salvador, tendo estudado também com Kilma Farias e Ale Carvalho, além de ter feito workshops com diversos profissionais de tribal entre eles Sharon Kihara, Carolena Nericcio, Kami Liddle, Lady Fred, Jill Parker, Ariellah, Morgana e Rachel Brice, além vários profissionais do Brasil. Atualmente reside em Recife, foi bailarina de tribal do ATF - Aquarius Tribal Fusion. Atualmente é bailarina, professora e coreógrafa de flamenco do Instituto Cervantes Recife, professora de dança flamenca do Ballet Gonzalez, proprietária do Studio Karina Leiro, ministrando aulas e promovendo cursos de flamenco com profissionais nacionais e internacionais. É diretora e bailarina de tribal fusion da Cia Lunay Pernambuco, sob a direção geral de Kilma Farias. É diretora da Cia Karina Leiro de dança Flamenca. Atua como bailarina e ministra workshops de flamenco tradicional e fusão em várias cidades do Brasil e do exterior. É também bailarina e coreógrafa da Cia DSA (Dancers South America) em São Paulo, dirigida por Adriana Bele Fusco.
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Entrevista:

[Resenhando-PR] Workshop com Sara Félix 2014 - Araucária - PR

Afrodite - Festival Cultural - O Sagrado Feminino - 2014 - Araucária - PR

O Som e Arte Através do Sagrado Feminino
Festival onde as mulheres tem espaço exclusivo para apresentar sua arte.


"Afrodite - Festival Cultural é um festival de música eletrônica de 3 dias que celebra o Dia Internacional das Mulheres. Portanto, as mulheres comandam o som na pista... mostrando toda sua arte feminina. 


Neste festival tive o prazer de receber o convite para uma apresentação na abertura da pista. 
Tive o privilégio também de compartilhar este momento com minha parceirinha Mellissa, minha cachorrinha pela qual roubou meu lugar nas fotos!! (Fotos - AQUI)



Sua filosofia agrega toda a cultura feminina das formas mais simples e maravilhosas, através do Sagrado Feminino. 

Por fim, no dia seguinte (2º dia) na parte da manhã, nesta linda chácara num galpão velho e rústico... acontece o meu workshop ministrado num período de 2 horas, com muitas meninas curiosas e com sede de aprender. Todas compenetradíssimas na aula. Foi um prazer imenso dividir saberes num lugar tão harmonioso e inspirador. Além de ganhar alunas nova para as aulas regulares aprendi o quão importante um ambiente energizado faz a diferença. 


Não vi as horas passarem... dentro daquele galpão o aprendizado ficou muito mais interessante. Um ambiente fora do padrão da sala de aula."




Comentário  por Sara Félix

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"A experiência do Workshop de dança Tribal Fusion da Sara Félix no festival foi única, pois sempre me interessei pela dança e não poderia ter deixado passar essa oportunidade.


Na verdade não trata-se só de uma dança. Pois senti e percebi que os movimentos exigem uma sensibilidade feminina muito grande, por causa da força e dos movimentos leves que a dança trás. 


No primeiro momento é um pouco confuso você controlar todos os movimentos com uma tal leveza, mas aos poucos sentindo a música (que são ótimas) e as frequências do corpo torna-se uma, algo que favorece esse lado sensível que só a mulher carrega.  



Com certeza participando deste workshop posso dizer que indicaria para todas as mulheres pois além de proporcionar muita personalidade nesse lado feminino, trás uma coordenação excepcional corporal.

Além da Sara Félix mostrar e nos ensinar alguns movimentos básicos do Tribal também frisou um pouco da história que sem dúvida traz muitos estilos influentes dentro de um só meio."


Resenha por  Paola Perotto*




*Paolo Perotto além de participar do workshop, foi umas da DJs do evento!


 Todas as fotos do workshop vocês podem ver aqui no álbum da fotógrafa: Sonara Satya







Resenhando - Região Sul
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Coodenação Carine Würch

Índia Em - Dia por Raphael Lopes



Índia Em - Dia
Raphael Lopes, São Paulo-SP, Brasil

Sobre a Seção:

Eu pensei no nome Índia Em - Dia, que é uma forma de abranger a Índia como um todo e não unicamente a dança clássica. A proposta da coluna será convidar o leitor a desmistificar a Índia, conhecendo suas expressões artísticas, espirituais e folclóricas. A coluna apontará para todo o subcontinente indiano, explorando as diversas variações regionais, com tips sobre cinema, festivais de dança, mitologia, entrevistas, artigos e críticas sobre toda a produção que use a Índia como "inspiração". Existe um grande mito a respeito sobre as raízes indianas do Tribal, a coluna também prezará apontar as verdades e ilusões a respeito disso.


Sobre o Autor:


Raphael Lopes
, iniciou seus estudos em dança no litoral em 1999. A partir de 2005 ingressou na dança Odissi por meio de seu interesse na cultura e espiritualidade indiana. Estudou então com Andrea Prior e Silvana Duarte. Em 2011 foi convidado para uma imersão na dança Odissi pelo Guru Bichitrananda Swain, em Bhubaneswar - Orissa na escola Rudraksha Foundation. Teve como professores, além do próprio BichiSir, Lingaraj Pradhan e Rashmi Ranjan. Foi um aprofundamento acima de tudo cultural, e uma oportunidade para conhecer o berço e as grandes personalidades da dança Odissi.

Em 2012 foi convidado para conduzir uma oficina de dança para iniciantes no SESC São Caetano, e desde então tem palestrado e levado à dança aos cenários dos Festivais e Encontros nacionais defendendo seu caráter sagrado, e conscientizando as novas gerações a buscar um aprofundamento tradicional evitando a macula à essa refinada e sofisticada forma de arte.




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Guilherme Schulze




Sobre o Autor:

Guilherme Schulze é professor adjunto da Universidade Federal da Paraíba onde coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Corpo Cênico (NEPCênico). Atua na área de dança, videodança e teatro, com ênfase em processos de criação coreográfica, análise do movimento, interfaces com as novas tecnologias e pesquisa em videodança. É graduado em Música pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB, Especialista em Coreografia pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e Doutor em Estudos da Dança pela Universidade de Surrey - Inglaterra. É membro da Cia Lunay Cia. onde atua como diretor coreográfico e bailarino.






Ficha da Publicação:
Título: Axial: um reflexão sobre a coreografia no Tribal Brasil
Autor:  Guilherme Schulze
Ano de publicação: 2014
 Instituição Educacional: UFPB
 Área de Atuação: 
Dança, coreografia, análise da dança e videodança
Cidade: João Pessoa
Estado: Paraíba

Resumo:



A partir da atualização da tradicional dança do ventre para um formato chamado de American Tribal Style (ATS) e posterior inclusão de elementos extraídos de danças tão diversas como o flamenco, popping, breakdance e kathak dando forma ao gênero Tribal Fusion, a dançarina Kilma Farias, diretora da Lunay de João Pessoa, criou o Tribal Brasil. Este artigo apresenta uma reflexão focalizada nos aspectos relacionados ao processo coreográfico do Espetáculo Axial. Nele, estão incluídos diversos elementos de manifestações dançadas brasileiras como o jongo, carimbó, coco, cacuriá e o maracatu. Esta reflexão aborda ainda alguns aspectos estético-coreográficos do trabalho de nomes significativos do Tribal Fusion como Rachel Brice, Jill Parker e Unmata para serem relacionados com Axial.


Papo Gipsy por Adriana Chayéra


Papo Gipsy
Adriana Chayéra, Lauro de Freitas- BA, Brasil

Sobre a Seção:

Nesta sessão irei abordar temas relacionados ao universo cigano: cultura, dança, curiosidades e muito mais!!

Sobre a Autora:

Começou os seus estudos árabe em 2001 com aulas de dança do ventre, mas logo migrou para a Dança Cigana. Durante o seu período de aprendizado teve aulas de Kung fu e de Flamenco  os quais serviram de base para desenvolver o seu trabalho com a dança. Participou de workshops com dançarinas nacionais e internacionais como Bela Saffe, Nuria Leiva, Yara Castro, Mohamed el Sayed, Patricia Passo , Saphyra Wilson, entre outros. Atualmente vem desenvolvendo seu trabalho como bailarina , coreógrafa e professora de Danças Ciganas, ministrando aulas de dança desde 2009,  desempenhando trabalhos paralelos e cursando Psicologia.

[Resenhando-BA] Dramofone III

Dramofone III
Mostra de Dança Tribal e outras hibridações...
Por Gilmara Cruz

Organizado pela bailarina Joline Andrade, a III edição do Dramofone foi realizado na cidade de Salvador/Bahia/Brasil no dia 18-19 de janeiro de 2014. A abertura do evento aconteceu no Espaço Xisto Bahia e os workshops na Escola Contemporânea de Dança.

 
Cheguei uns minutos depois da hora marcada e o evento tinha começado pontualmente às 20 h. Já entrei super chateada, pois tinha perdido a primeira apresentação, a da Sundari (Croácia)!!!! Mas tudo bem, ela iria se apresentar novamente... Então lá vai a segunda apresentação, Joline! Como sempre linda e com muita técnica, apresentando o The Dark Balance. Após a Joline, foi a vez da Rafaella Chaves que deu um show com sua apresentação. A quarta apresentação foi do Jefferson Ramos (Áustria) que também deu um belo show. Em seguida foi vez da dupla Priscila Sodré e Lilian Freitas que apresentaram o Double Fly, que é um duo de dança do estilo, cheio de sincronias, muito interessante! A sexta apresentação foi da Marcele Correia que mostrou como seu corpo contorna uma melodia, muito bom! Após isso apareceu mais um duo entre Adriana Guimaraes e Deane Garcia que juntas esbanjaram muita beleza com sua dança e algumas vezes usando leques. A oitava apresentação foi da Cia. Joline Andrade, turma iniciante que também deram um show. Em seguida A Diana Magnavita que fez uma bela apresentação e após foi a vez da Samile Dias, que com seus movimentos lentos sempre arrasa!!!


Joline Andrade


Sundari (Croácia)

Rafaella Chaves

Jefferson Ramos (Áustria)

 Priscila Sodré e Lilian Freitas

 Marcele Correia

Adriana Guimaraes e Deane Garcia

Cia. Joline Andrade

 Diana Magnavita

 Samile Dias

A décima primeira apresentação foi da dupla Yasmim Tawil e Iasmim Salume que com seus caracteres ritualístico nos trouxe uma atmosfera mágica. Logo depois foi a vez do Marcelo Justino que arrasou com seu Tribal Brasil, misturando elementos do Fusion com características de dança regional. A 13° foi a Ariana Aquino que deu um belo show. Então foi a vez da Trupe Mandhala, apresentando uma mescla entre o Fusion e a Capoeira, bastante inovador! A 15° foi a vez da dupla Demian Reis e Priscila Sodré, nosssaaa essa foi bem animada, engraçada, cheia de humor, dança e arte!!!Me diverti a beça! A décima sexta foi a Tatiana Mello que também mostrou técnica e beleza. Em seguida foi a Isadora Moraes que trouxe uma atmosfera bem introspectiva para o palco. E após foi a Sundari, que veio de longe para dividir conosco um pouco do sentimento Tribal! Para finalizar a Cia. Joline Andrade fez uma belíssima apresentação.

Yasmim Tawil e Yasmim Salume

 Marcelo Justino

 Ariana Aquino


 Trupe Mandhala



Demian Reis e Priscila Sodré

Tatiana Mello

Isadora Moraes

Sundari

Cia. Joline Andrade

O evento foi arrepiante!! Me emocionei diversas vezes, confundido entre o choro, o riso, a alegria...rsrs
O espetáculo DRAMOFONE leva a uma imersão em universos exóticos e híbridos, através da dança e música étnica e contemporânea, permeando por uma estética antique/retrô”. (Joline Andrade)




Então corre pra casa que no outro dia tem mais Tribal Fusion: Workshop com a Sundari!!!


Nossa, muitas expectativas para aprender coisas novas com a Sundari. De início fizemos alongamento e aquecimento.



Na aula trabalhamos força, movimentos isolados, movimentos juntos, deslocamentos e etc., numa aula bem dinâmica. O que não me agradou muito foi o fato de não entender muito bem o que a Sundari falava, senti falta de uma tradutor mais presente.

A parte teórica foi a que achei mais inovadora, a Sundari nos ensinou os 7 princípios: Forma, Sentimentos, Gestos/movimentos, Deslocamentos, Dinâmica e Uso do espaço e dentro desta perspectiva nos passou uma atividade onde nós interpretamos sentimentos através das letras que compõem a escrita da nomenclatura de cada sentimento. Uma atividade inovadora, me fez repensar muitos movimentos e a intenção em fazê-los. A Sundari também nos indicou a leitura dos livros: Dance Imagery e Conditioning Dance do autor Eric Franklin.

Foram quase 5 horas de aula, um domingo intenso, cheio de dança, cheio de novidades, aprendizagens, novos contatos, proporcionando novos entendimentos e reflexões! Aguardo o Dramofone IV!!!



Resenhando - Região Nordeste
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Coodenação Gilmara Cruz

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