por Raphael Lopes
Bom dia leitores,
Estamos começando oficialmente nosso 2016 agora após as folias de Carnaval... Não há mais desculpas para protelar ensaios, disciplinas, e projetos!!!
Tive um 2015 turbulento, principalmente no que tange a minha atividade enquanto professor de dança. Me desliguei do circuito de escolas, mantendo foco em poucas alunas particulares, que foram também minguando pouco a pouco. Confesso que cogitei a ideia em parar de dançar. Sim.Parar de dançar, e não apenas de lecionar!
Num mundo onde temos poucas oportunidades, quase nenhuma remuneração e reconhecimento, a falta de alunos e de diálogo com os mesmos pode ser a punhalada final para um professor que vive sua arte e ofício unicamente por amor!
Com a situação delicada da perda do meu pai, também artista, muitas reflexões me vieram à baila. Ainda estou elaborando esse luto, e essa nova perspectiva para vivenciar o legado que trago no sangue, a herança apaixonada pelo palco.
O que posso adiantar é que optei então em focar o ano em cumprir com toda a agenda de workshops já previamente solicitados; comparecer à apresentações que porventura possam me convidar; e continuar escrevendo essa coluna no blog com um espaçamento um pouco maior entre as postagens.
Meu projeto de artigos para esse ano vai contemplar então o meu estudo paralelo sobre ocultismo e espiritualidade, só que aliados à dança.
- O uso de adornos como formas de proteção energética, além de um estudo das origens místicas da parafernália que as sacerdotisas dançarinas antigas nos legaram na forma de figurinos e acessórios.
- Estudar as alterações de consciência que sofremos em cena e como usar isso como uma forma de expandir nossa própria percepção do corpo e de nossa alma.
- Estudar o impacto psicossomático de cores e sons sobre nossa constituição.
- Como abrir e fechar receptores de energia...
Quero compartilhar um pouco do que estudei, testei e vi resultados ao longo de mais uma de década de carreira.
Então preparem um caderninho de notas, uma xícara de chá, e um delicioso incenso para acompanhar os próximos papos.
Ahhhhh,e por falar em chás... Você sabia que é um costume na Índia o professor servir um chá para seus alunos após as aulas?
É uma boa forma de confraternizar, trocar impressões e aprofundar o entendimento do que foi praticado em sala. Ao mesmo tempo, o chá aquece e nutre o corpo fatigado, levando nutrientes necessários para reposição da energia demandada com a prática.
Você professora, experimente preparar uma garrafa térmica com chá verde, erva-doce, cardamomo e um pau de canela. Você irá levar um delicioso aroma para seu estúdio ou sala de aula, fornecendo um termogênico relaxante, que atuará também prevenindo as famigeradas dores musculares e crises com acúmulo de ácido lático.
O bacana também é perceber o quanto isso cria um espaço maior de retorno da sua consciência dançante para o seu eu ordinário, o que se perde quase sempre num mundo moderno onde temos horários contado para sair da aula e correr de volta para o mundo "concreto".
Detalhes como esse não apenas trazem magia para o nosso dia a dia, como podem transformar muito a relação do professor com o aluno, trazendo sacralidade para essa delicada relação tão necessária para o nosso aprendizado e progresso.
Até a próxima,
Namaskar.