[Resenhando-RS] Little Bits III

 por Anath Nagendra

Olá, galera!

Estamos prestes a terminar o segundo ano de pandemia, com a aparente estabilidade, já começamos a ver eventos presenciais voltando a acontecer em alguns lugares. Mas a pandemia ainda não acabou e 2022 promete ser um ano intenso.

Aqui no RS seguimos em ritmo lento, aos poucos vamos nos aventurando na volta aos palcos, mas os shows seguem, em sua maioria, em suas versões online.

Hoje lhes trago a Mostra Online de Tribal Fusion do Espaço Karine Neves: "Dançando (Re)Existimos", apresentando trabalhos desenvolvidos à distância durante tempos de quarentena. Segue um trecho da descrição:

"Não é só sobre ATIVIDADE FÍSICA, mas sobre autocuidado.

Não é só sobre AULAS, mas sobre trocas e fortalecimento mútuo.

Não é só sobre TELAS, mas sobre janelas abertas para a autodescoberta.

Não é só sobre DANÇA, mas sobre a arte de resistir, especialmente em tempos difíceis.

Dançando (re)existimos!" 



Além disso, rolou duo de Tribal Fusion na 24ª Feira do Livro de Cruz Alta, postado pela Letícia Barasuol em seu Instagram:

E para finalizar os Little Bits III, uma pequena vídeo-aula da Bruna Gomes, sobre leitura musical! Há outros vídeos curtos com dicas técnicas no canal da escola Al-Málgama. ;)

Desejo a todos, todas e todes um ótimo final de ano! E sigam com os cuidados sanitários na hora de se reunir com os entes queridos. ;)

Ano que vem voltamos e, com sorte, com muitos eventos presenciais!

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Resenhando-RS


Anath Nagendra (Esteio-RS) é bailarina, professora, coreógrafa e pesquisadora de Danças Árabes, Raja Yoga e, em especial, Tribal Fusion e suas vertentes. Hibridiza sua arte e percepção com grandes doses de psicologia, espiritualidade e ocultismo. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Fusion Brasil] Dança Afro como Dança Moderna Brasileira

por Kilma Farias


Nossas danças populares brasileiras me são percebidas como herança do processo de colonização. E, em se tratando das danças afro-brasileiras, as poéticas e estéticas trazem influências das referências dos bailarinos que trouxeram a Dança para as artes do espetáculo, palcos e teatros de revista.


Dessa forma, compreendo nossa dança afro-brasileira como uma dança Moderna Brasileira. Vamos lá!


Temos a compreensão de que um corpo que dança pode assumir diversas funções. Dançar em caráter social, dançar como ritual, dançar como entretenimento para uma plateia, dançar no palco enquanto obra de arte, dançar para protestar, dançar para celebrar, etc. Em síntese temos duas funções básicas da dança: danças de caráter social, danças para palco.


As danças populares serviam ao caráter social e, em 1851 a italiana Maria Baderna leva pela primeira vez uma dança popular ao palco do Teatro Santa Isabel em Recife-PE, fazendo o trânsito de caráter social para palco da dança lundu. O lundu chocou a sociedade da época que a considerou uma dança lasciva, dando origem ao termo “baderna” como sinônimo de escândalo.


Bem mais tarde, a russa Maria Olenewa (1927) ajuda a fundar a Escola Municipal de Bailado do Rio de Janeiro, participando ainda da criação da Escola do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Atos de fundamental importância para a dança enquanto área específica de arte e conhecimento.


Observem a influência europeia na construção da nossa dança brasileira. Quando essa influência não acontece de forma direta, acontece de forma indireta como veremos logo mais com outras referências.


O fato é que foi durante o Modernismo que as danças populares e afro-brasileiras ganharam evidência e incentivo para pesquisas.


Eros Volúsia

A primeira bailarina a dançar descalça no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, influenciada pela bailarina da dança Moderna Americana, Isadora Duncan, foi Eros Volúsia (1940). Eros também foi a primeira bailarina a sambar em sapatilha de ponta, sendo, na minha visão, a primeira a fusionar danças brasileiras com o balé em um palco de tamanho porte como o teatro Municipal do RJ.


Carmen Miranda

Talvez você nunca tenha ouvido falar em Eros Volúsia, mas em Carmen Miranda com certeza já ouviu. Era na Eros que a portuguesa Carmen se inspirava com seus barangandãs e badulaques. 


Eros teve suas pesquisas financiadas pelo Serviço Nacional de Teatro, que fazia parte do movimento modernista, assim, Eros desenvolve uma espécie de balé brasileiro, o Bailado Nacional.

Chinita Ullman

Nessa mesma época, Mário de Andrade desenvolvia a Missão de Pesquisas Folclóricas no Norte e Nordeste brasileiro, registrando o que ele chamava de Danças Dramáticas. Dessa pesquisa, surge o espetáculo de dança Quadros Amazônicos com direção musical de Villa Lobos. Na direção coreográfica, Chinita Ullman.


Mary Wigman

Chinita era natural de Porto Alegre, e, distante do Norte e Nordeste, se via na missão de retratar figuras folclóricas como a Iara, Saci, Curupira, Boitatá, Mula sem Cabeça, etc. Pra completar, Chinita tinha sido aluna de Mary Wigman na Alemanha. Mary Wigman, por sua vez, foi discípula de Rudolf Laban, pioneiro da Dança Expressionista Alemã, Dança Teatro, e sistematizador do Método Laban de estudo do movimento.


Isso me leva a refletir que produzimos uma identidade de cultura popular idealizada, que forja uma dança moderna brasileira com traços da dança expressionista alemã.


E a nossa dança afro-brasileira?


Mercedes Baptista

Uma aluna negra de Eros Volúsia consegue o feito de ser a primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ela é Mercedes Baptista (1950) e cria o balé de pé no chão.

Katherine Dunham

As influências de Mercedes vêm do candomblé e da Dança Afro Moderna Americana, pois ela foi aluna de Katherine Dunham quando fez residência nos Estados Unidos.


O termo Danças Afro-brasileiras vem com o aluno de Mercedes, Walter Ribeiro (1956) onde ele organiza movimentos por grupos; saltos, giros, deslocamentos, etc. Na minha compreensão ainda um trabalho de Mercedes Baptista, embora já em desdobramentos.


Hoje quando vemos um balé arfo como o corpo de baile de Daniela Mercury, por exemplo, podemos ter a certeza de que ali tem Mercedes Baptista, mas também Eros Volúsia, Chinita Ullmann, Maria Olenewa, Maria Baderna e tantas outras Marias que ousaram traduzir, fusionar, idealizar, recriar, badernar.


Hoje, no Fusion Brasil, quando fusionamos o Afro, honramos todas essas pessoas com seus saberes, corpos e ideologias, sabendo que nossa brasilidade foi construída através dessas pessoas e que nós somos mais um a colaborar com todo esse amálgama na construção de uma Dança Afro Moderna Brasileira.

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Fusion Brasil - Identidade no Corpo

Kilma Farias (João Pessoa-PB) é bailarina, professora, coreógrafa, produtora e pesquisadora na área da dança. É formada em Licenciatura em Dança e Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba. Mestra em Ciências das Religiões pela UFPB, desenvolveu dissertação voltada para a relação entre presença cênica e espiritualidade na Dança Tribal.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Dançando Narrativas] Memento Mori: a potência artística da mortalidade.

 por Keila Fernandes

Novembro é o mês no qual guardamos o feriado de finados. Apesar de ser um feriado de tradição cristã no nosso país, datas como essa existem desde a antiguidade estão presentes em calendários de diversas culturas do mundo inteiro.


A morte sempre intrigou os seres humanos, e as dúvidas sobre o que acontecia depois do corpo morrer é uma das explicações para a origem dos primeiros enterramentos.

Diferente dos outros hominídeos, Sapiens e Neandertais compartilhavam o costume de enterrar seus mortos. Essa preocupação com os corpos, segundo os estudiosos, indica a compreensão do processo de morte, bem como as primeiras reflexões sobre o que poderia vir depois.

Encontramos nas narrativas mitológicas de diversas culturas histórias sobre a morte, o além, os submundos e as divindades que guiam e julgam as almas. Além de datas comemorativas e relatos de festivais para celebrar e recordar aqueles que já haviam partido.

Imagem de Joe Velasques, em Pixabay

A morte sempre foi parte da vida. Muitas culturas ainda a enxergam como algo natural, só mais uma etapa do movimento cíclico da natureza de constante morte e renascimento.

Em um cenário tão caótico e sombrio como o que temos vivido desde o início da pandemia, a ideia da morte se faz presente com maior intensidade no nosso dia a dia. Não que antes da pandemia não fizesse parte do cotidiano de milhões de pessoas pelo mundo. Mas esse cenário furou muitas bolhas e nos colocou cara a cara com a nossa mortalidade, com a nossa finitude e fragilidade da vida.

A morte é um tema espinhoso e tabu na nossa cultura. Vemos como algo ruim, a ser temido, e por isso é um assunto  pouco discutido em espaços públicos, e até mesmo dentro dos lares (salvo em ocasiões nas quais famílias perdem ou estão prestes a perder entes queridos). Assim, não estamos preparados para aceitar a fatalidade da vida: as pessoas a quem amamos e nós, todos vamos morrer um dia.

Lembrando que, durante esse período, muitas pessoas foram tiradas de nós muito cedo. Milhares de pessoas tiveram sua jornada encurtada por irresponsabilidade, falta de empatia e incompetência para lidar com um cenário pandêmico. E quando falo nesse texto sobre compreendermos e falarmos sobre a morte, não estou dizendo que essas mortes evitáveis devem ser banalizadas e normalizadas. Por isso, mais do que nunca, devemos lembrar dessas vidas ceifadas de maneira tão repentina.

O Dark Fusion é um espaço no qual sentimentos incômodos são expressados por meio da nossa visão artística. A dança pode ser um espaço seguro no qual é possível encarar as dores e dúvidas geradas pela perda ou pelo medo da perda.

Morte: O Sentido da Vida, de Neil Gaiman

Em 2017, o Underworld Fusion Fest teve a Morte como tema, trazendo para os palcos a visão de diferentes artistas sobre o assunto.

A Morte foi abordada a partir da perspectiva mitológica, psicológica, filosófica, religiosa, cultural e ocultista. No palco ela foi celebrada como esse momento obscuro, cheio de incertezas e tristezas, mas inevitável e com o qual devemos sempre conversar.

Expressar nossas tristeza, raiva, desespero e aceitação por meio da dança é legítimo, e pode nos ajudar a lidar com momentos difíceis.

Convido então vocês a assistirem as apresentações, todas disponíveis no youtube.

Link: 3ª Edição do Underworld Fusion Fest | 21 & 22 de Outubro de 2017


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Dançando Narrativas


Keila Fernandes (Curitiba-PR) é escritora, professora de história e  historiadora, especialista na área de Religiões e Religiosidades e História Antiga e Medieval. É aluna da bailarina e professora Aerith Asgard e co-diretora do Asgard Tribal Co. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando-ES] 4ª Edição do Encontro Capixaba de Dança do Ventre

por Lua Rubra Tribal

O Encontro Capixaba de Dança do Ventre já faz parte do calendário dos maiores eventos de dança do ventre em solo capixada. A edição de 2021, ocorrida entre os dias 15 e 16 de agosto, foi a primeira no formato online e não deixou a desejar em qualidade para as edições presenciais.

No dia 15/08/2021 o Encontro Capixaba realizou oficinas de temas variados, desde movimentos básicos da dança do ventre até construções avançadas de quadril, de modo a trazer conteúdo para todos os níveis de experiência que os alunos pudessem ter com a dança. As oficinas, ministradas pelas professoras e organizadoras do evento Aleh Fassarella, Janine Muzzi, Kristiny Concha e Nathalia Antunes, ocorreram na plataforma Zoom.


No dia 16/08/2021 foi a vez do Show de Gala, também no formato on-line, exibido no YouTube.


O espetáculo contou com performances das organizadoras do evento, Aleh Fassarella, Janine Muzzi, Kristiny Concha e Nathalia Antunes, todas do Espírito Santo.

Estiveram presentes também os Grupos Nathalia Antunes e Stroc Kids, com coreografias da professora capixaba Nathalia Antunes, e os bailarinos capixabas Tania Mara, Lina Zahiraz, Dayane Santos e Edu Gomes

A dança do ventre estilo tribal também teve lugar no espetáculo através das performances da bailaria Sílvia Pantoja, do Rio de Janeiro, e do Grupo Lua Rubra Tribal, do Espírito Santo.

O show de gala está disponível no YouTube, no canal do Encontro Capixaba de Dança do Ventre. Vale a pena assistir e conhecer o movimento da dança do ventre no Espírito Santo.

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Resenhando-ES


Lua Rubra Tribal (Vila Velha-ES) é formado por Sahira Zomerod, KarMir, Aline Yuki e Bruna Benes; foi criado no ano de 2018, seguindo as lunações para formar uma liderança circular. Cada uma representa uma lua: nova, crescente, cheia e minguante, respectivamente. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>


[Resenhando-PA] FestDunya 2021 – De um Sonho ao Festival – Primeiro Festival de Danças Arabes Orientais de Ananindeua

 por Pan Lira

Entre os dias 29 e 31 ocorreu o primeiro FestDunya, organizado (e sonhado) e realizado por Coral Farias, Garbiela Shearazade e Lunna Suad, no municipio de Ananideua, na região Metropolitana de Belém, a sua idealização seria para integrar diversas modalidades de danças orientais – Danças Ciganas, Dança Indiana, Dança do Ventre e Estilo Tribal. Ananindeua é o local que reside diversas bailarinas e profissionais das danças orientais de nossa região, que geralmente precisam se deslocar aos eventos realizados em Belém, ainda que haja uma proximidade e um deslocamento de tempo de 1 hora de um centro para o outro, as organizadoras por serem de Ananindeua optaram por realizar o FestDunya no conjunto da Cidade Nova, que fica em um bairro de Ananindeua.   

O festival foi maturado, seu projeto inicial seria para o dia 30 de setembro de 2020, porém devido o estouro da pandemia, houve a necessidade do adiamento para o ano de 2021. Ainda assim, dia 07 de fevereiro deste ano, Coral realizou uma live em no perfil do Instagram do FestDunya que contou com diversas modalidades do universo das danças orientais, com Jessie Ra’idah marcando presença com Tribal Fusion, Ananda Govinda com dança indiana e eu, Pan Lira, com uma fusão em Dança Cigana.

As datas de realização das modalidades do evento foram escolhidas em outubro, como do como disse Coral para mim “Outubro - Samhain - fechamento de ciclos. Entao essa seria a data do Festival 29, 30 e 31”. Acontecendo de uma forma hibrida com workshops on-line de dança do ventre com profissionais de fora do Estado do Pará e tendo no dia 30 de outubro, seu evento presencial com show de gala, mostra de danças árabes orientais e fusões com bailarinas amadoras e profissionais da Região Metropolitana de Belém e concurso de dança do ventre. Não apenas o evento foi um sonho realizado para as organizadoras, mas foi uma realização para a dançarina de Tribal Fusion, Dayane Macedo, em sua primeira apresentação em solo de Tribal Fusion.

“Quando decidi criar uma performance de Tribal Fusion, gostaria que ela trouxesse uma teatralidade e emoção, escolhi performar uma música que sempre quis criar algo para ela, porém, por ser do nível básico eu não sabia muito bem como faria, a música escolhida era: El tango de Roxane do filme Moulin Rouge. Estava com essa ideia na cabeça a mais ou menos um mês antes de surgir a oportunidade de apresentar-me no FestDunya, onde, uma das organizadoras do evento perguntou se eu não gostaria de me apresentar. Vi nesse evento o momento de apresentar o Tribal e a criação desta performance, pois, aqui em nosso estado o Tribal Fusion não é muito conhecido, e apesar de ser praticante também de outros estilos de danças orientais eu escolhi apresentar o Tribal, para ser prestigiado e mais divulgado aqui em nosso Estado. Fui até a minha professora de danças orientais Pan Lira, e pedi sua orientação, no qual a mesma me deu total apoio e ajuda na limpeza de meus movimentos, foi um mês de criação e ensaios até a finalização e apresentação no meu primeiro festival. No início me senti muito insegura pois nunca havia criado algo para apresentar, mas com a ajuda da minha professora tudo foi se acertando e eu fui me acalmando, quando vi e dancei a performance pronta me senti muito realizada na minha arte, principalmente depois da apresentação, no qual recebi muitos elogios e reconhecimento de pessoas que até então nem conhecia, e pra mim isso é muito gratificante ser do nível básico e ter conseguido criar algo que tocou pessoas, com isso, pretendo seguir em frente na minha arte e aperfeiçoa-la cada vez mais.”  

Assim encerro minha resenha deste mês, com o coração alegre, falando para semearmos sonhos e deixá-los florescer e dançar.

Até a próxima.  

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Resenhando-PA

Pan Lira, natural de (Belém-PA) , professora, pesquisadora e dançarina  Tribal Fusion, Danças Ciganas e Dança Oriental, apaixonada por fusões, e desenvolve pesquisa em danças regionais nortistas e das danças afro-religiosas das Yabás, desenvolvendo sua própria de fusão com danças Paraenses chamado "Dança Etnica de Fusão Amazônida". Graduanda em Licenciatura em Dança pela UFPA, ensina as modalidades étnicas que estuda desde 2014. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando-AL] Tribal na 10ª Universidança UFAL

por Ana Clara Oliveira

Divulgação da 10ª Universidança UFAL
(Fonte: @universidancaufal)



A matéria apresenta a participação do estilo Tribal de Dança do Ventre ou Fusão Tribal (carinhosamente Tribal) no evento 10ª Universidança – Semana Acadêmica do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Alagoas, nos dias 02 a 09 de agosto de 2020. Na tripla função de artista-professora-pesquisadora, desenvolvi as seguintes ações no evento: comunicação oral; oficina e apresentação artística. 


Divulgação da 10ª Universidança UFAL
(Fonte: @universidancaufal)


Antes de discorrer sobre as minhas atividades, considero importante localizar brevemente a Universidança em 2020 para vocês: “criada em 2009, a Semana Acadêmica do Curso de Licenciatura em Dança – Universidança, é um evento anual de extensão para apresentar, divulgar e promover o Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Alagoas” (UNIVERSIDANÇA, online). Na 10ª edição, devido a pandemia do COVID-19 e de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o evento ocorreu de modo online através das plataformas virtuais e com inscrições pelo sistema UFAL SIGAA. 

Diante disso, o momento mais esperado. Afinal, nós atuamos no Tribal. E sabemos o quanto é importante ocupar todos os espaços com muita resistência, crítica e criatividade, inclusive na universidade pública (na coluna “Formação” posso desenvolver melhor esse aspecto). Como de costume, marco a presença do Tribal na Universidança. Para a edição 2020, desenvolvi a comunicação oral de 15 minutos intitulada “O Pós-colonial e o Decolonial no estilo Tribal de Dança do Ventre”, seguida de um debate onde os participantes inscritos no evento levantaram perguntas, provocações críticas e considerações relevantes. Abaixo, a divulgação:

Divulgação da 10ª Universidança UFAL
(Fonte: @universidancaufal)

Ofertei a oficina “Fundamentos do Tribal Fusion na formação do Artista da Dança”. Nela, atuantes do Tribal participaram na condição de estudante. Contudo, a atividade foi aberta ao público em geral, então é sempre uma grande responsabilidade ensinar nossa dança para pessoas que não necessariamente possuem um repertório de Tribal ou Dança do Ventre. Em razão disso, escolhi o tema dos fundamentos com o intuito de introduzir princípios das práticas, técnicas e improvisações do Tribal. Foram dias calorosos! Segue abaixo o card da oficina.

Divulgação da 10ª Universidança UFAL
(Fonte: @universidancaufal)


A participação artística se deu na reapresentação da coreografia “Em que tempo a sua dança está?” Alguns de vocês já apreciaram, porém deixo o link diretamente do canal Universidança UFAL para os que nunca viram:

Ah! Não esqueçam de curtir e se inscrever no referido canal. 

Para maiores informações sobre o processo de criação do solo, sugiro a matéria que elaborei no [Resenhando-AL] 1, 2, 3... Gravando! Um solo na Caravana Tribal Nordeste! É só clicar aqui: https://coletivotribal.blogspot.com/2021/04/resenhando-al-1-2-3-gravando-um-solo-na.html


Bem, com uma programação vasta, inteiramente gratuita e rica, a 10ª Universidança contou com oficinas, apresentações artísticas e comunicações orais de participantes das diferentes localidades brasileiras. De antemão, não vou conseguir mencionar todos os participantes e convidados, mas com ternura afirmo que os seus trabalhos foram fundamentais para a promoção da Dança como campo de conhecimento. Cito alguns nomes: Alexandre Américo, Helena Katz, Jurandir Bozo, Jessé Batista, Nanna Buarque, Mariana Camarote e Joyce Barbosa (convidadas, convidados e convidades da Universidança).

Finalizo a matéria com uma novidade: vem aí o 11ª Universidança UFAL! De 07 a 11 de fevereiro 2022. Salvem estas datas! Todas, todos e todes poderão participar. Não esqueçam: é GRATUITO. O regulamento se encontra aqui: https://linktr.ee/Universidanca .

Agradeço a equipe do Universidança UFAL, em especial, a querida colega Isabelle Rocha, coordenadora e também professora da Licenciatura em Dança UFAL. Parabéns pelo grandioso evento! “Simbora”!

Viva o Tribal!

Viva a Universidança UFAL!

Viva a universidade pública!

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Resenhando-AL


Ana Clara Oliveira (Maceió-AL) é dançarina e pesquisadora do estilo Tribal de Dança do Ventre. Professora de Dança na Escola Técnica de Artes (UFAL). Doutoranda em Artes (UFMG) onde pesquisa a formação no Tribal. Mestrado em Dança (UFBA). Diretora da Zambak Cia de Dança Tribal ... Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

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