por Caíque Melo
Olá!
Sou o Caíque Melo e estamos retomando com a Coluna “Diálogos” no Blog Coletivo Tribal neste novo ano. Sejam todas bem-vindas!
Este ano em finalização do mestrado em Dança (UFBA/PPGDança) aproximarei a pesquisa com o intuito de dialogar com as discussões que ocorrerão no blog.
Caíque Melo. | Fonte: arquivo pessoal Foto: Ian Morais/House of Tremme |
Ao
longo da pesquisa do mestrado fui identificando a minha “movência” –
aproximação das expressões “movimento” e “experiência”. Tenho entendido cada
vez mais que apesar das danças estruturarem determinadas técnicas e estéticas
diante dos seus ambientes culturais, a “Fusion Bellydance” passa por
inúmeras transformações. Isso acontece diante do fenômeno cultural que nossa
sociedade global está passando que é o da “hiperculturalidade” (HAN, 2019). Não
adentrarei profundamente na teoria, mas de modo simplório, a expressão condiz
com o intenso contato com diversas culturas, modos de ser, de existir e de
viver no mundo globalizado (ainda mais com o avanço das tecnologias de
comunicação).
Agora peço que você pense
um pouco: quantas danças você já não viu nas redes sociais e se interessou
em fazer ou mesmo aprendeu uma sequência (os famosos challenges/desafios)?
O nosso ofício agora incorpora múltiplos conhecimentos e especialidades. Se antes nos considerávamos profissionais da Dança, agora agregamos conhecimentos de diversas outras áreas como marketing, design gráfico, videografia, fotografia, gestão e tantas outras. Mudamos pela necessidade atual de expor a arte em completude e em todos seus detalhes. (Coletivo Tribal: [Danças & Andanças] Reflexões e Divagações de uma Dançarina)
Apesar dos aspectos estéticos tão hipnotizantes chamarem nossa
atenção para a Fusion Bellydance, a relação como ela foi/está sendo
criada e difundida diz muito sobre nossa sociedade contemporânea (ou
pós-contemporânea para alguns) e em como atuamos nela. Ou seja, a Dança Tribal
é um reflexo da nossa sociedade globalizada.
O que a Mimi
Coelho indica na citação sobre a nossa atuação profissional que não é mais
apenas ser dançarina, mas envolve um conglomerado de outras atividades
profissionais que por vezes não temos formação ou capacitação para tal,
tangencia a precarização do trabalho artístico. Apesar disso, ainda assim
produzimos e difundimos uma constituinte de dança que está integralmente
associada com a contemporaneidade.
Pause a
leitura, escute e mova seu corpo com essa música:
Stream MonxXxTRÁXxX -
Malayka SN e Felipe Mimoso de Malayka SN
A fim de
perceber as movências que constituem o nosso corpo, agora, deixo um pequeno
exercício que pode ser feito ao longo dos próximos meses e adoraria que
compartilhasse conosco posteriormente, seja em uma publicação ou story
no seu instagram (mencione @coletivotribal
e @caiquemelofusion). Se
preferir mandar por mensagem privada, fique a vontade.
Exercício 1:
1. Desenhe linhas (retas ou curvas) que podem se cruzar ou não, mas, que identifique quais as danças que você já experimentou.
Exercício 2:
2. Em tópicos, indique quais danças que você já viu mas que você não estuda, ou que você gosta de assistir, ou que tenha interesse em fazer.
Com esses dois exercícios, demos início para perceber sua movência!
Essa movência que é única e que certamente corrobora pra que sua dança de fusões seja autêntica.
Abaixo deixo imagens ilustrativas do meu exercício:
Exercício “minha movência”. Fonte: arquivo pessoal |
Compartilhe e pratique! Dance e Mova seu Mundo!
Até a próxima!
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