por Caíque Melo
Olá!
Enfim, o primeiro diálogo da coluna! YAS!
A coluna “Diálogos” pretende mediar uma conversa a partir de textos já publicados no blog. Ótima leitura pra você!
Ao iniciar uma leitura mais articular dos artigos no blog, fui observando a condução que cada artista propôs em sua escrita. É muito interessante também observar a diversidade de conteúdos que o blog Coletivo Tribal reúne, alcançando outros contextos que não só sobre a Dança, mas também, diante de tudo o que está próximo dela para a apresentação cênica.
Por
isso, ao ter contato com essa diversidade de escritas e de conteúdo, pareço
conhecer um pouco dos contextos apresentados pelas autoras, seus interesses com
a Dança Tribal e suas próprias movências, seja pela escrita, pelo movimento ou
pelas filosofias de vidas.
Sinto que especialmente
aqui no Brasil, a Dança Tribal encontrou uma certa autonomia criativa na
proposição das fusões, como apresentam recentemente as artistasescritoras:
Ana Clara [1) Coletivo Tribal:
[Resenhando-AL] Cia Lunay (PB): Uma Inspiração para a Cena Tribal Alagoana]
Camila Saraiva [1) Coletivo Tribal:
[Resenhando-BA] Ousadia, Jogo de Cintura e Pé no Chão: Festival Bailares em
Feira de Santana; 2) Coletivo Tribal:
[Resenhando-BA] Festival Tribal Spin: Tecendo uma Teia em Arabesco]
Esther Haddasa [1) Coletivo Tribal:
[Resenhando-PR] Mostra Paraná Julho e Agosto 2021]
Kilma Farias [1) Coletivo Tribal:
[Tribal Brasil] Brasil, do Tribal ao Fusion; 2) Coletivo Tribal:
[Fusion Brasil] Conheça o universo do Fusion Brasil e saiba como fazer parte; 3) Coletivo Tribal:
[Fusion Brasil] Corpo e memória no Fusion Brasil],
Pan Lira [1) Coletivo Tribal: [Resenhando-PA] Memorial “Irupé-Régia”, um Tribal de identidade amazônida para o Tribalcore]
Shaman Tribal Co. (Brasil) |
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/danca-para-a-alma/275877
O campo fértil em que as danças populares brasileiras são criadas aparentam saber dançar com as hibridações culturais aqui formatadas, transformando não só as artes, mas também o contexto de cada uma. Essa transformação eu tenho pensado a partir da teoria corpomídia (KATZ & GREINER, 2005, 2010) em que o corpo é mídia do seu tempo e que a mídia a qual o corpo mídia aponta diz respeito ao processo ininterrupto do corpo na captura de informações.
Observando as diversidades de propostas criativas a partir da Dança Tribal relacionada a teoria corpomídia, o que oportuna essa gama de fusões são justamente os contextos que cada artistadançarinacoreógrafa, a partir também das suas próprias subjetividades, irão apresentar nas produções de danças de fusões.
A dança Fusion Brasil é um exemplo para nossa comunidade brasileira, em que é possível pensar a proposição artística quando pretende-se misturar danças orientais e brasileiras, sendo muito singular aqui, visto o contexto em que nossos corpos estão ininterruptamente capturando as informações locais.
Vídeo: Trupe Mandhala – Volante Tribal
Ana Clara escreve sobre seu processo
de criação em [Coletivo Tribal: [Resenhando-AL] 1, 2, 3... GRAVANDO!
Um Solo na Caravana Tribal Nordeste!]:
“A
coreografia possui como base algumas das técnicas que utilizo e as minhas
desordens experienciadas na vida diária. [...] Assim, o solo apresenta uma
dança de si contaminada pelas informações do meio e, certamente, se constitui
como mais uma ferramenta artística para o acendimento do meu ser na conjuntura
contemporânea”.
Observo
que ela mesma percebe a captura que é experenciada em sua vida, que não segue
uma linearidade em que comumente adotamos para os nossos estudos como um modo
didático de aprender e ensinar. O vídeo da coreografia pode ser visto na página
da publicação.
Me fez com isso pensar que a coreografia pode ser pensada
como uma organização do corpomídia, a partir da linguagem e métodos da Dança.
Não é à
toa que temos tantos nomes. Conhecemos nossos trajetos antepassados, para a
construção dessa Dança Fusão no presente e esses diálogos refletirão no nosso
futuro.
Para encerrar, prefiro deixar uma pergunta e se quiser deixar
sua resposta nos comentários, será ótimo dialogar!
Quem são
as pessoas que fizeram você vir buscar o universo da Dança Tribal Fusion? Como
aconteceu?
Comigo,
foi com uma professora de Dança do Ventre, a Gal Novais (de Vitória da
Conquista, Bahia) que me apresentou Joline Andrade (Salvador, Bahia). Fizemos
uma coreografia para apresentar no show que Joline promoveu na cidade e de lá
até agora, muitas outras pessoas corparam minhas danças.
Caíque Melo | Foto por Ian Morais (House of Tremme)
Fonte: arquivo pessoal
Agradeço a sua atenção e participação nessa captura reflexiva.
Dance e Mova seu Mundo!
Até breve =*
Diálogos