[Feminino Tribal] Dance, sleep, eat, do yoga and repeat!

por Alana Reis



Vamos lá! Acordar (de bom humor), preparar café, cuidar das gatas, dos filhos/as, das plantas, da mãe, da vó, dar uma força pra esposa, pro marido. Entender a logística do dia, quem fica com carro, quem pega ônibus, quem vai de bike, quem vai buscar as crianças, quem vai ao médico, preparar aula, chegar ao trabalho, passar cartão, reunião com chefes, escrever o artigo, correr pra lá e pra cá. Ufa, deu a hora do almoço. “Hound two” da correria diária! Respira que à noite ainda tem ensaio!

Quem se identifica com essa rotina levanta a mão e dá um ‘curtir’! É assim que vivo e ouço as amigas desabafarem sobre seus corres diários. Não é mole não, vida de bailarina de tribal também é intensa e, muitas de nós têm outras profissões para dar conta além da dança e além das tarefas corriqueiras. Com essa demanda acabamos nos esquecendo de cuidar da gente, do nosso corpo e mente pra dar conta desse caos delícia que é a vida (porque a gente reclama, mas ama!).

É por isso que hoje o Feminino Tribal vai falar da importância valiosa do Yoga/Sintonia em nossas vidas. E juro, não é frescura, é realidade. O Yoga traz benefícios pra mente, como nossa sistah Nayane Teixeira escreveu muito bem aqui no Blog (http://aerithtribalfusion.blogspot.com.br/2016/07/vida-com-yoga-meditacao.html) e também para nosso corpo aguentar firme e forte essa correria e as demandas da dança.


O Yoga é uma atividade milenar no oriente (sábios orientais que sempre estiveram milhares de anos luz à nossa frente. – máximo respeito <3). Surgido na Índia com intuito de integrar mente e corpo através de posturas e meditação. Considerando que nosso corpo é nosso templo em vida, nada mais justo do que cuidar dele para nosso bem estar e para dar conta das nossas exigências físicas enquanto bailarinas.

Pode reparar, nossas principais referências tribais praticam yoga como estilo de vida, Rachel Brice, Zoe Jakes, Mira Betz, April Rose, Heather Stants, Sharon Kihara, entre tantas outras. Por quê? Porque yoga é vida e consciência corporal. Para o que fazemos na dança, os tantos isolamentos, ondulações, layers e trabalhos com equilíbrio, o yoga é tipo palavra mágica para garantia de sucesso na execução!

Com ele ganhamos alongamento muscular, fortalecimento, aprendemos a trabalhar nossa respiração plena, para dar conta de dançar uma coreografia atrás da outra sem fadigar. Acostumamos nosso corpo com uma postura correta, distribuindo o peso e não sobrecarregando lombar e nem articulações, melhoramos nossos cambrés, aplicando o músculo certo para sua sustentação, enfim, uma infinidade de benefícios.

Costumamos chamar, na escola que pratico e ensino yoga, de sintonia, porque é isso: entrar em sintonia conosco, com nosso corpo, que é nosso templo, e com nossa mente. Assim o dia-a-dia fica mais prazeroso, a correria fica mais saudável, porque aprendemos a respeitar nossos limites e ganhamos gás para chegar a noite e ensaiarmos mais três horas de coreografias frenéticas e terminarmos com bom humor e amor! 


[Organizando a Tribo] Planejando...Confraternizações!

por Melissa Souza

Zaman Tribal | Foto por Ana Harff


As confraternizações são eventos internos que tem como objetivo reunir pessoas com interesses em comum numa relação mais intimista, criando oportunidades, principalmente, de desenvolver amizades. A seguir, fiz uma lista com as dúvidas mais frequentes de quem deseja organizar este tipo de evento!

Quem pode organizar?

Na maioria dos casos, são organizadas por escolas para aproximar professores e alunos; por companhias, em favor de uma comemoração ou algo do tipo; e por professores, para marcar a transição de um período ou avaliar o desempenho dos alunos. Mas nada impede que sejam organizadas pelos próprios alunos!

Confraternização só acontece em sala de aula?

Existem os que preferem seguir a tradição, todavia muitos organizadores estão inovando e marcando encontros ao ar livre, numa casa cultural, em restaurantes e bares, entre outras possibilidades.

Posso convidar todo mundo?

Por se tratar de um evento mais intimista, o ideal é que fique somente entre os alunos/professores e amigos/familiares mais próximos dos participantes, mas a lista de convidados pode variar de acordo com o objetivo do seu evento.

O que pode ser apresentado na mostra de dança?

As exigências ficam por conta do organizador, pode-se fazer algo livre, ou delimitar um tema para estimular a criatividade dos participantes. Esta é uma grande oportunidade do aluno desenvolver sua própria coreografia e ter suas primeiras experiências com customização de traje, entre outros aspectos, sendo muito útil para trabalhar a desibinição antes de dançarem num evento aberto ao público.

Pago ou Gratuito?

Quando o evento é dentro da escola e tem convidados de fora, é comum que se cobre um valor simbólico, ideal para cobrir os gastos e arrecadar algo para a escola. Mas há também a ideia de se fazer um evento beneficente para contribuir diretamente com alguma instituição local.

Tem que ter comida?

Conforme a duração do evento, um coffe breack talvez seja necessário. Se o evento é gratuito, cada aluno pode trazer um prato ou uma bebida. Quando é cobrado, os comes e bebes podem ser encomendados. Caso o encontro seja ao ar livre, você pode fazer um piquenique! E nada mais criativo que usar um espaço gourmet, uma pizzaria, um restaurante ou um barzinho, assim os gastos com comida ficam inteiramente por conta dos convidados.

Devo contratar fotografia e filmagem?

Todos querem registrar este momento! E, apesar da quantidade de câmeras de celulares em ação, é sempre bom pensar na contratação de um fotógrafo profissional se você quiser fotos de qualidade. Solicite a contribuição dos alunos, pois dividindo o valor não pesará no bolso de ninguém. Se forem gravar as apresentações e publicá-las na web, é bom que todos estejam cientes.

Qual o melhor momento para organizar uma confraternização?

Meses como julho, dezembro e janeiro são os preferidos das escolas, para encerrarem um período antes dos alunos saírem de férias, afinal, as confraternizações são eventos próprios para marcar transições. Há também quem utilize datas comemorativas para organizar eventos simbólicos, como o aniversário da escola, ou datas oportunas para fazer eventos temáticos, como por exemplo, as estações do ano.

Que nome eu dou para meu evento?

É comum que o evento leve o nome da escola, ou que tenha algo a ver com o local, se for feito num espaço alternativo, como “Hafla da Escola Tal”, “Noite Tal”, “Tribal no Local”. Quando a festa tem uma data específica, pode ter nomes como “Sarau de Inverno/Outono/etc” ou “Especial de Final de Ano/Dia de/etc”. E se a comemoração for fora de época, você pode pensar num tema para o evento e então, criar um título a partir deste tema, como “Taverna”, “Tarot” e etc.

Inspire-se!


Inspiração é diferente de cópia. Você pode se basear em produções das quais gosta para produzir seu evento, mas nunca faça tudo igual, afinal, seu evento precisa desenvolver a própria identidade!


[Resenhando-SP] Deusas que Dançam

por Amanda Bergamasco

No dia 28 de julho aconteceu o Festival “Deusas que Dançam – Folclore do Mundo” no teatro Polytheama em Jundiaí –SP.


Tenho o prazer de participar há alguns anos do espetáculo Deusas que Dançam, organizado pela talentosa e super profissional Sara Yacov, e a cada ano, a cada proposta, o desafio e compromisso de apresentar o melhor do ritmo e cultura deixa mais claro o amor que temos pela arte da Dança.

Organizadora do evento Sara Yacov e Eliana Braga



Neste ano, com a temática Folclores do Mundo, nós artistas e o público, pudemos viajar por diversos países, épocas e histórias, que, em cada detalhe, nos prendia àquele momento para que vivêssemos por alguns minutos o que cada um daqueles povos tem como rotina, crença, diversão e sagrado. Estudamos, pesquisamos e ensaiamos infinitas vezes para conseguir compartilhar com o público aquele momento único, para muitos, de ter contato com essas riquíssimas culturas.



Melhor Idade – Projeto Revitalidade




Tambores de Inkice por Kleber Moura




Coreografia Celta



Coreografia Havaiana por Nani Kalani, na foto Amanda Bergamasco





Gawazi por Yasmin Mellyk




OTribal Fusion foi representado pela turma de Juliana Santos



Tango – Melhor Idade por Eliana Brega




Italiana – Melhor Idade por Sara Yacov






Odissi por Andrea Albergaria



Sapateado pelo Grupo Sabatum


Coreografia Cigana por ZangaraLadies
Carimbo – Melhor Idade


ATS®  por Juliana Santos










Awana, por Nani Kalani
E a cada fim de música, a cada coreografia apresentada, os aplausos e ovações só confirmavam que todo o suor dos meses de preparação, a correria dos bastidores e cada segundo no palco valeram a pena. E que a mensagem de união, esperança, igualdade e paz entre povos e indivíduos estavam sendo passada integralmente e recebida pelos olhos atentos e corações abertos. Tenho certeza que para participantes e espectadores foi uma noite única que será levada nas memórias as sensações e emoções de uma multiculturalidade sem igual.


(ATS®  pela professora Juliana Santos, a derbakista Nanda Rodrigues e os bailarinos Quin Roki e Marcia Pina)




Fotografia pela MACRO Fotografia

[Resenhando-SC] Medieval SC 2016

por Aline Pires









Hail, bravos guerreiros(as) e donzelas!

A Medieval SC, festa que já se tornou tradição na ilha, teve sua 5ª edição nos dias 30 e 31 de Julho em um lugar especial da ilha chamado Camping do Rei, localizado no bairro Canasvieiras em Florianópolis. Várias atrações fizeram do evento um momento mágico, contribuindo ainda mais para o clima medieval aflorar durante estes dois dias de festa. Para participar, todos precisam estar preferencialmente caracterizados de acordo com as vestimentas do período que corresponde entre os séculos V e XV aproximadamente, mantendo assim a temática da festa e fazendo com que todos realmente se sintam em um ambiente medieval. As edições da festa vêm acontecendo desde 2012, sendo sempre um sucesso entre os medievalistas, historiadores, e interessados na idade média em geral.


Agora um pouco sobre a festa..




Lutas Medievais

Pesquisadores de artes marciais trazem para o evento demonstrações de técnicas de luta com espadas, vestindo armaduras feitas com placas de metal e também a cota de malha (feita com elos de metal), além de demonstrações de tiros ao alvo com arcos, que poderia ser experienciado pelos participantes da festa. Este é o grupo SCAM - Sistema de Combate com Armas Medievais, que tem o objetivo de estudar os cavaleiros medievais e guerreiros de épocas passadas recriando técnicas e equipamentos, e tendo como base de operações a UFSC, atraindo praticantes de todas as idades. Outro grupo semelhante a fazer demonstrações foi o Sala de Armas Desterro, que estuda as técnicas de artes marciais historicas européias (HEMA - Historical European Martial Arts) através de manuais escritos na idade média por esgrimistas especializados como Johannes Liechtenauer, por exemplo, e traz para o publico a réplica das técnicas com precisão e bastante acuracidade histórica. Já pratiquei esgrima medieval com este grupo e posso dizer que o estudo da esgrima auxilia muito no uso da espada na dança oriental, principalmente pelo fato de aprender quais movimentos fariam sentido ou não em um contexto de luta, o que faz com que você a utilize de forma correta também na dança do ventre. Enfim, vale a pena procurar saber! Infelizmente não há fotos deste grupo ainda, mas você pode encontrar informações em facebook.com/saladearmasdesterro.







Estandes





Em cada ponto da festa haviam estandes. Um deles era da Sociedade Histórica Destherrense (Nossa Senhora do Desterro era o antigo nome de Florianopolis), que atua na cidade como referência na prática do living history - reconstrução do passado através de experiências que estimulem os sentidos humanos. A SHD promove eventos culturais, palestras em escolas, passeios e piqueniques para entusiastas da recriação histórica e para aqueles que querem reviver o passado.


Vendedores de itens medievais aproveitaram para expor seus produtos. As comidas da época são sempre servidas na Medieval, não deixando passar as bebidas tradicionais como o hidromel e o vinho, as quais os participantes da festa muitas vezes procuram tomar em chifres (na foto) ou canecas. Escritores da cena medieval também aproveitaram para vender seus livros, dando destaque para a escritora Tatiane Grellmann, que vendeu bastante na festa, autora de A Princessa de Ferro e o Senhor dos Espelhos.




Música

A musica ficou por conta das bandas Jornada Ancestral, Eldhrimnir, Gaiteiros de Lume e Thunder Kelt, que fizeram as pessoas dançarem muuuito, e o grupo de dança celta que falarei a seguir fez uma grande roda, se esbaldando com seu estilo de dança no gramado. O estilo tocado por estas bandas passa por Música Tradicional Galaica, Musica Folk, Musica Celta, até Folk Metal. Confira o vídeo da banda Jornada Ancestral, de Curitiba, abaixo das fotos.





Vídeo - Banda Jornada Ancestral:



Dança

As apresentações de dança sempre tiveram um destaque especial na festa, principalmente a dança tribal. Desde 2013, o Grupo Valkyrjas realiza apresentações de tribal fusion, mesclando-o às danças medievais, ou seja, criou-se uma fusão medieval. Na 4ª edição realizada em 2015, além da fusão medieval teve a estréia do ATS® na festa, também com o Grupo Valkyrjas, que surpreendeu por ser um estilo que em Florianópolis ainda não era tão conhecido. O grupo Waris, coordenado por Naiade Sharkey, fez uma participação na 3ª edição da medieval, trazendo a dança do ventre com wings e com espada. Também na 3ª edição, o grupo Bedaiah Tani de Lana Shazadi participou com apresentações de dança do ventre. Este ano, o Grupo Valkyrjas que marcou presença em 3 edições consecutivas ficou impossibilitado de participar. Neste ano grupos bem diversificados e também com bastante bagagem cultural se apresentaram na festa com várias performances que agraciaram os espectadores. Confira os grupos que marcaram presença na edição 2016:

Flores do Nilo
O grupo coordenado por Julieta Furtado trouxe o estilo de dança Andaluz, que recebe influencias do norte da africa e espanha, chamado Mowashahat. As integrantes do grupo estrearam na festa nesta edição, e você pode conferir abaixo as fotos, e o vídeo do solo de Julieta, que é bailarina e professora de tribal fusion na lagoa da conceição:




Video - Solo de Julieta Furtado dançando Lamma Bada:


Ambar Tribal Troupe
O Ambar Tribal Troupe é um grupo de ATS®, coordenado pela sister studio Cintia Vilanova, professora na escola de dança Panambi. Pela segunda vez na Medieval SC, o ATS® se fez presente e agradou a todos. Em 2015 o estilo foi apresentado por Tamiris Madeira e Aline Pires do Grupo Valkyrjas, e deixou o público entusiasmado tanto por ser um improviso quanto pela estética da dança e dos figurinos. Nesta edição de 2016 não foi diferente, o ATS® foi mais uma vez bem representado, desta vez pelo grupo Ambar Tribal Troupe, que fez uma bela apresentação e também levantou muita curiosidade, o que sempre contribui para difundir o ATS® em Florianópolis e em SC. "Eles elogiaram muito, e as pessoas perguntavam o que era, então a gente pôde também propagar mais o que é o ATS® e as influências que ele tem." - disse Julic, integrante do Ambar e proprietária do Espaço Devas. Cintia, coordenadora do grupo, relatou que os figurinos foram pensados de forma a se adequarem à festa, mantendo claro o padrão do dresscode, e as músicas também foram escolhidas de acordo com a temática medieval. Já Renata Ardah, bailarina e professora de dança tribal, disse que no domingo dia 31 o grupo Ambar foi o unico a se apresentar, e isto deu um destaque maior para o estilo. “Estamos também honradas e animadas a voltar no ano que vem com muito mais ATS®” diz Renata. As integrantes se mostraram muito felizes com esta participação, e com a identificação do publico em geral.





Grupo Arallec'h de Danças Celtas
O Grupo Arallec’h vem do Rio Grande do Sul e trouxe uma oficina de dança celta, além de dançarem durante os intervalos de apresentações enquanto a banda tocava, o que animou ainda mais a festa. Foi formada uma grande roda, como se pode ver na foto abaixo, o que trouxe a participação de quem não é dançarino também, experimentando um tipo de dança diferente. A apresentação do grupo foi animada, e foi a primeira vez que a festa medieval pôde contar com danças celtas.










Grupo Andança - Dança Cigana
O grupo Andança é um grupo de dança cigana, que oferece todo ano oficinas de dança na UFSC. O grupo se apresentou no Sábado, e as saias rodadas fizeram sucesso como sempre, com suas cores exuberantes ao se movimentarem. A dança cigana abrange várias épocas, e com certeza se encaixa na proposta da festa, pois o povo cigano recebeu influências e também influenciou muitas culturas pelo mundo.




Solos
Os solos foram com as bailarinas: Jaqueline Miranda, Renata Ardah, Raisa Segredo, Selena Fatin e Julieta Furtado.


Organização




A organizadora do evento é Amanda Haitmann, da empresa Culture World, que realiza eventos culturais. Porém não posso deixar de citar Giovanna Ferraro, que hoje mora na Irlanda, e foi a idealizadora da Medieval Floripa (antigo nome da festa) que tomou forma em 2012. A cada edição a festa toma uma proporção maior, graças ao esforço da organização e dos colaboradores, e cada vez mais atrações de outros estados estão presentes trazendo sua dança, música e produtos medievais para Santa Catarina. Parabéns à Amanda por mais uma Medieval SC de sucesso, e que venham outras edições! Com isso, encerro a resenha do mês de Agosto, e convido os que se interessam pela era medieval a ficarem atentos à Medieval SC do ano que vem, pois vale a pena. Caravanas de vários estados sempre se organizam para vir a Florianópolis para a medieval, então se você quer dançar/se apresentar, vender produtos ou apenas curtir a festa, você encontrará informações de contato e venda de ingressos na página https://www.facebook.com/medievalSC/. Abraços a todos!










Natane Circe (SP) - Resenhando



Coordenação Região Sudese - Núcleo SP:

O interesse pelo Tribal Fusion foi despertado enquanto procurava a respeito sobre alguma atividade física que lhe inspirasse. Como a arte sempre fez parte de sua vida, procurou na dança um refúgio para tentar se expressar melhor. Nada pareceu ser o suficiente até que se surpreendeu em encontrar uma comunidade exótica e underground da dança em vídeos da internet. O encontro com o Tribal Fusion foi um encontro consigo mesma, e pela primeira vez achou um objetivo que lhe fizesse continuar a caminhar.

Assim começou seus estudos de dança do ventre em 2011 com a professora Rosi Cruz. Pois devido a falta de profissionais de Tribal em sua cidade se dedicou à essa milenar arte por 4 anos, ao mesmo tempo em que estudava sua paixão em casa por meio de vídeos e DVDs, além de cursos e workshops na cidade de São Paulo e região. Estudou com grandes nomes da cena Tribal e Dança do Ventre, como: Elis Pinheiro, Aziza Mor, Rosi Cruz, Nureen Thaiar, fez parte do primeiro Curso de Formação em Tribal Fusion por Joline Andrade, cursou workshops de Rachel Brice e também de Kristine Adams onde se apaixonou pelo ATS
®. Completou seu General Skills e Teacher Training em ATS®, quando Rebeca Piñeiro trouxe Carolena Nericcio-Bohlman e Magha Gavin ao Brasil em 2015.

Atualmente Natane Circe trabalha como bailarina e professora de Tribal Fusion e também atua como instrutora de Hatha Vinyasa Yoga na qual é formada desde 2013 no curso reconhecido pela Aliança do Yoga.




Artigos 


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[Resenhando-RS] Festival de Dança de Pelotas 2016 - " A dança tribal ritualística e suas simbologias"

por Daiane Ribeiro



Olá!

Nos dias 15 e 16 de julho tive a honra de participar como jurada e professora do Festival de Dança de Pelotas 2016. Foi um encontro maravilhoso, lugar fantástico e muita gente legal. A indicação deste trabalho chegou graças a Michele Trentin, uma verdadeira fada que tenho o privilégio de ter como colega e amiga. Uma das coisas sobre as quais meditei para programar a oficina de tribal foi sobre como o universo me colocaria diante de um assunto tão forte que propus como tema: "A dança tribal ritualística e suas simbologias", após tantas experiências diferentes que tive em tão pouco tempo e em nível hard, rsrs! Mas foi muito tranquilo e pude apresentar o cerne de toda a questão. 

Bom, na dança tribal este é uma tema que sempre remete ao passado. Ao mesmo tempo que temos o inicio e a propagação da dança tribal como American Tribal Style, sua verdadeira composição vem sendo colhida, fusionada e vivenciada desde que homem é homem, pois os povos mais primitivos destacam a beleza da sua força espiritual através de seus gestos em comunhão com a natureza. Aquilo que move os seres à nossa volta é a força que buscamos para expressar esta dança, para despertar a empatia com o que sentimos e o máximo de conexão através da expressão. Não importa de onde vem a inspiração, mas a sabedoria de como ela se manifesta. O contato íntimo com a energia do próprio corpo e a mente limpa e sem medos são o rito de passagem que o corpo precisa para a consciência em cada gesto. A vida nos prepara e cria as condições que nos fazem escolher nossa identidade. Na maturidade, as limitações já não tem a mesma importância e se transmutam. O corpo não mais dissimula e se esforça somente para o que realmente busca e respeita. 

Nesta oficina foi trabalhado o improviso, com símbolos simples e essenciais. Em meio à pratica houve o questionamento profundo e o contato com o próprio espaço interno. Conhecer melhor o próprio espaço e o conceito que temos dele, como nele nos colocamos e o contemplamos é fundamental. Ele nos abriga ao mesmo tempo que nos integra e quanto maior energia e consciência doamos a ele, maior é nosso estado de Presença. Quando acontece este fluxo, temos uma manifestação preciosa em nossa vida, na qual o momento é preenchido com o acolhimento que cria toda a magia. É a sinapse perfeita que toca nosso coração. Além da prática, foi essencial esse momento de introspecção onde todas puderam ouvir uma canalização e um canto tribal sagrado dos Shipibo.

 Gratidão por esta rica e iluminada experiência!




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