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[Passo a Passo] Treinando FCBD® Style no Isolamento

 por Natália Espinosa

Feliz Ano Novo a todos! 

2021 chegou, mas a vacina ainda não é uma realidade para nós, brasileiros. Para quem dança e ama a improvisação coordenada em grupo, especialmente quem está respeitando o isolamento e distanciamento social (obrigada!), são mais alguns meses de ansiedade e certa tristeza na espera pelo retorno das aulas e apresentações, afinal, não existe ATS®/FCBD® Style sem um grupo. No entanto, isso não significa que devamos parar de estudar, de forma alguma! Podemos e devemos continuar trabalhando nossa dança para que ela esteja afiada quando formos dançar novamente.  

Mas como estudar sem o grupo, sem as dinâmicas, sem as trocas de liderança? Tentar uma improvisação coordenada por videochamada não está fora de questão, mas pode ser muito difícil e diminuir a diversão da prática. Por isso, hoje elenquei algumas formas que considero interessantes e de sucesso para quem estuda sozinho. Uma curiosidade: muitas dessas coisas eu mesma fiz em 2010/2011/2012, quando não tinha absolutamente ninguém pra dançar comigo em Campinas e eu não queria deixar de estudar, pois tinha muita dificuldade e não podia me dar o luxo de praticar somente nas aulas. Ou seja, independente de isolamento, são técnicas que podem ajudar qualquer estudante em qualquer momento da vida! Vamos lá?


Algumas dicas de estudo, com sugestões de nível.


📍 Para nível básico:


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O mais óbvio: coloque uma música tranquila e se filme dançando e tocando. Observe como está a execução de passos e transições. Filmar é melhor do que olhar no espelho, porque o ideal é que você não se interrompa e não se acostume a ver o que está fazendo enquanto dança.

-  Demarque no chão a sua caixa de dança (pode ser com fita crepe ou com algo que delimite os cantos da caixa) e, ao treinar, busque se posicionar e executar os passos da forma mais correta em relação à caixa. Trabalhe em manter o ângulo de performance, em não perder as direções durante a execução dos movimentos, acertar as laterais e diagonais, etc.

- Estude snujs. Não somente bater os snujs, mas tocar, de fato. Faça uma playlist com músicas que considera fáceis, mais ou menos e desafiadoras, e treine. Faça o experimento de tocar essas músicas sem dançar. Outro estudo: dance e toque com metrônomo, sem a ansiedade das variações de uma música. Isso pode ajudar você a sincronizar seus passos e seu toque.

- Desafie-se a dançar o lento cada vez mais lento. Ative o modo slow motion em sua mente. É muito comum, quando somos iniciantes ou básicos, sentirmos ansiedade ao pegar a liderança no lento, e acabamos “correndo” na movimentação sem perceber. Não esqueça de se filmar, nem sempre o que percebemos no corpo corresponde ao que o público vê quando dançamos, especialmente quando estamos começando.


📍 Para nível intermediário:


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  Todas as dicas anteriores;

-  Treino de roda, dá pra fazer? SIM, e é muito importante. É até benéfico estudar a precisão do deslocamento e dos movimentos em roda sem outras pessoas, porque diminui a ansiedade e o foco fica na sua técnica. Demarque o centro da roda com algum objeto e busque se mover em torno dele mantendo sempre a mesma distância, mantendo o ângulo de performance. Estude a precisão do shimmy, cuidado para não se deslocar “caindo e subindo”, treine outros passos que você não tem o costume de fazer em roda.

- Treine o seu toque militar e o up2 down3. É, isso mesmo. Esse movimento não é muito treinado em geral, e acaba criando um pânico quando aparece. O final do toque militar também é difícil de acertar, então é importante treinar com foco em separar os snujs depois que eles se tocam nesse momento.

- Comece a treinar sua leitura musical com o mesmo afinco que treina os passos. É muito importante que a gente estude com a ideia de que ATS®/FCBD® Style é uma dança, e que cada um de nós tem a oportunidade de trazer nossa própria visão artística para a performance. É isso o que diferencia as apresentações empolgantes das monótonas! Ao dançar, cante a música com seu corpo!

- Comece também a trabalhar com estudos de caso: assista vídeos e estude dinâmicas a partir deles. Estude também as transições, as escolhas no que diz respeito à musicalidade. Assistir vídeos como pesquisa é uma forma excelente de estudar. Dance com o vídeo, faça anotações a respeito.

- Estude o trabalho de pés na movimentação e deslocamento – roda, fade, etc. Tente manter os pés mais juntos do que separados, cuidado para não esticar os joelhos, observe onde está jogando o peso.



📍 Para nível avançado:


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 Todas as anteriores;

-  Treine spins. Filme-se fazendo spins. Treine spotting, treine não “pular” enquanto faz spins.

- Mapeie dinâmicas avançadas num papel, desenhando mesmo. Desenhe o “shell game”, por exemplo. Desenhe o ASWAT em dupla. Use setas. Depois, tente fazer os deslocamentos apenas andando. Ajuda muito entender as direções sem depender de outras pessoas.

- Trabalhe na limpeza de suas senhas. Estude para ser um bom líder. Suas senhas estão precisas, estão visíveis? Filme-se dando senhas.

-  Você faz trabalho de chão (floorwork) com frequência? Maravilha, então você sabe que é importante alongar e fortalecer. Busque uma rotina de exercícios e alongamento para ajudar no seu floorwork e estude floorwork de forma constante, porém não extrema. Isso te ajudará a levar uma movimentação mais bonita e fluida para o palco, sem se machucar.

- Pense fora da caixa com snujs. Ta-ca-tá, a essa altura, é tranquilo pra você. Por que não marcar um baladi quando dançar baladi? Por que não marcar um saidi quando for dançar, por exemplo, Luxor Baladna? Por que não marcar texturas diferentes? Por que não trazer os snujs pro lento? Seja ousado!

- Você não é um robô: cada pessoa traz alguma coisa, um detalhe, um jeito de fazer determinado movimento, um detalhe no posicionamento das mãos, algo de único. Qual é o seu sabor único, você reconhece? Observe seus vídeos de apresentação ou treino! É bom reconhecer aquele toque especial que somente nós trazemos para a apresentação.


📍 Estudo teórico para todos os níveis:

- Teoria não é somente cronologia. Coloque no papel as seguintes perguntas: 

. O que é o ATS®/FCBD® Style? 

Por que ele existe? 

Qual é a diferença entre ATS®/FCBD® Style, dança do ventre e tribal fusion (ou outro nome que você prefira)? 

Por que eu gosto desse estilo de dança?


-  Entenda o ATS®/FCBD® Style a partir do figurino. 

Por que existe um dress code?

De onde vem cada elemento? 

De que forma a estética se liga à filosofia do estilo? 

Que mudanças já ocorreram?

Estude apropriação cultural. Não dá mais pra só dançar e ignorar os aspectos sociais e políticos envolvidos. Tatuagens faciais, bindi, algumas jóias que usamos... qual é o limite? Como fazer de forma respeitosa?

- Vá atrás da tradução das letras das suas músicas favoritas para dançar ATS®/FCBD® Style. Entenda de onde vieram, seu contexto.

- Quem é você nessa dança? Que músicas gosta de dançar? Você prefere clássico, moderno, dialetos? Gosta de elementos cênicos (props)? Por quê? Quais são seus tecidos e cores favoritos? Como você arruma sua cabeça? Entenda o que você ama, catalogue (em caderno, no computador, no Pinterest) sua estética favorita, acessórios, esquema de cores. Isso te ajudará na hora de montar seus figurinos, escolher onde investir seu dinheiro.

Eu poderia falar mais dez coisas para cada tópico, mas acho que, para começar, essas dicas já são o suficiente. Gostaram? Por favor, digam o que acharam e se já testaram alguns tópicos. Também vou adorar saber as dicas de estudo de vocês! 


Até a próxima!


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Passo a Passo

Natália Espinosa (Campinas-SP) é dançarina e professora de Estilo Tribal de Dança do Ventre e ATS®.Tornou-se Sister Studio FCBD® em 2013 e está cursando o programa The 8 Elements™ de Rachel Brice. Natália orienta o Amora ATS ® e participa do TiNTí, grupo profissional de ATS® composto por sua professora Mariana Quadros e por Anna Pereira. Sua grande paixão é ensinar e seu palco é a sala de aula. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Entrando na Roda] ATS® ou FCBD® Style? Uma experiência pessoal.

 por Natália Espinosa

Quando foi anunciada a mudança de nome do nosso estilo de improvisação coordenada, muitas pessoas (eu, inclusive) foram contra. É realmente muito complicado para nós, que estamos tentando viver do estilo, sustentar uma cena ainda muito recente, mostrar para nossas alunas e colegas novas o quanto vale a pena mergulhar nessa forma de dança, viver ao sabor das decisões da comunidade estadunidense, que funciona sob outras dinâmicas. Por ser uma dança vinda dos EUA, nossa comunidade brasileira, respeitosa, humilde e ainda insegura, sente que é preciso acatar tudo o que vem de lá, questionando apenas timidamente.

A verdade é que muitas de nós não recebemos essa notícia como algo positivo, seja por razões de mercado, seja por razões mais íntimas. De minha parte, eu me manifestei contrária à mudança por entender que o nome “tribal” é muito importante para entendermos as origens de nossa dança e o que estamos fazendo. A resposta de Carolena foi: “se a mudança ainda não funciona no seu contexto, você pode continuar usando o nome ATS e fazer a mudança no seu tempo”. Dessa forma, assim como algumas colegas, eu insisti no nome ATS. Mas uma conversa com minha professora Mariana Quadros me fez repensar esse nome por outra luz.

O nome American Tribal Style foi criado pela dançarina Morocco e descrevia essa nova forma de fazer dança do ventre que estava surgindo nos EUA. Antes do formato de Carolena se estabelecer e vir a ser a primeira forma de dança oficialmente chamada de Tribal, grupos que foram influenciados pelo Bal Anat de Jamila Salimpour se descreviam como “tribal”, “California tribal” ou “American tribal”. Não havia ainda a característica altiva e os braços fortes emprestados do flamenco ou a presença da influência das danças indianas no corpo das dançarinas, mas a estética dos figurinos e da disposição e desenhos de palco eram distintas do “cabaret belly dance”.

Ao final dos anos 80 e no início dos anos 90, as trupes de ex-alunas de Carolena e de pessoas influenciadas pelo FCBD também chamavam seu estilo de ATS, embora o formato de improvisação específico de cada grupo pudesse diferir do formato do FCBD. Como exemplos, podemos citar o BlackSheep Bellydance (antigo United We Dance) de Kajira Djoumahna e o Gypsy Caravan, de Paulette Rees-Denis. Foi apenas mais tarde, por volta dos anos 2000, que Carolena passou a expressar com mais intensidade seu desejo de que o nome ATS se referisse apenas ao seu formato, o que se consolidou com o registro do nome, e todas as trupes que dançavam um formato diferente do FCBD precisaram encontrar outro termo para definir seus trabalhos. O termo que acabou sendo abraçado pela comunidade foi ITS.


Levando esses pontos em consideração, tirando o protagonismo da polêmica em torno do nome “tribal”, realmente faz mais sentido nomear o formato do FCBD como “estilo FCBD®”. Porque é isso o que o formato é, e é esse estilo que é o mais disseminado no Brasil. Quase não conhecemos quem faça improvisação coordenada em grupo fora dos moldes do FCBD aqui em nosso país.

Entendo que o estilo feito pelo FCBD é parte do ATS, mas que nem todo ATS seria esse estilo, historicamente. Por isso resolvi adotar a mudança, embora ainda use a palavra “tribal” para definir a estilização de dança do ventre que pratico.

E você, aderiu à mudança ou não? Compartilhe suas ideias com a comunidade, é muito importante estabelecermos uma comunicação eficiente para que a cena brasileira cresça!

Beijinhos e até mês que vem!

 

*foi minha escolha não usar o ® em todas as vezes que os nomes ATS e FCBD apareceram.


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Entrando na Roda

Natália Espinosa (Campinas-SP) é dançarina e professora de Estilo Tribal de Dança do Ventre e ATS®.Tornou-se Sister Studio FCBD® em 2013 e está cursando o programa The 8 Elements™ de Rachel Brice. Natália orienta o Amora ATS ® e participa do TiNTí, grupo profissional de ATS® composto por sua professora Mariana Quadros e por Anna Pereira. Sua grande paixão é ensinar e seu palco é a sala de aula.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Entrando na Roda] Senhas fantásticas e onde habitam

por Natália Espinosa
Foto por Carrie Meyer – The Dancers Eye – Grupo das Brasileiras no ATS® Homecoming 2017. Na foto: Kelsey Suedmeyer, Rebeca Piñeiro, Mariana Esther e Ana Asch.

É muito comum uma aluna nova com alguma ideia do que é o ATS® chegar em minha aula cheia de questionamentos sobre as senhas/chaves/sinais (ou “cues”, em inglês) do ATS®, me perguntando quais são, se tem que decorar, dizendo que quer aprender todas.

Sempre acho curiosa essa ansiedade em relação a algo que deveria vir para ajudar, facilitar e tranquilizar. Cheguei à conclusão de que muita gente não entende bem para que servem as senhas e a que ponto devemos nos preocupar em conhece-las. Por isso dedico este artigo a destrinchar seu uso e não-uso e também informar quais são as principais, para ajudar!

O ATS® é uma dança de IMPROVISAÇÃO COORDENADA EM GRUPO. Isso significa: mais de uma pessoa dançando de improviso de uma forma harmônica, executando movimentos quase sempre iguais. Ainda não existe um mecanismo com eficácia comprovada para leitura de mentes, então só existem duas formas de saber o que a/o líder vai fazer: prestando atenção na angulação do seu corpo e observando suas costas, braços e cabeças para ver se ela/e dá algum sinal de que executará determinado movimento (esse sinal é a senha, a cue). Giros complexos e movimentos rápidos que não são contínuos precisam desse indicativo, em geral. Mas não são todos os movimentos que possuem uma senha específica, e isso dá nó na cabeça do aluno. Que professora/professor nunca recebeu um olhar confuso ao responder que a senha do movimento é entrar nele? 

Chegamos a um dos principais pontos a serem abordados aqui:
MOVIMENTOS CONTÍNUOS NÃO PRECISAM DE SENHA.


Movimentos como um giro ou caminhada com o taxeem, com o bodywave, arm undulations ou chest circle não precisam ser sinalizados. É possível perceber, através da observação da/o líder com a visão periférica, que o corpo está mudando de angulação. Essa seria a sinalização. Outro exemplo é o Torso Twist: apenas de adotar a postura característica do movimento é possível entender que ele será executado. Sua postura inicial é uma senha em si. Movimentos rápidos com essa característica são: egyptian, pivot bump, shimmy, arabic hip twist, sunanda, box step, single e double bump, arabic shimmy with arms (o giro tem uma senha, mas antes do giro é só entrar na postura), double back, reach and sit, resham-ka.  Você pode pensar que existe a senha e que a senha é assumir a postura do movimento entre o contratempo entre um compasso e outro e a contagem de 1 do compasso. Mas não há uma mão, um movimento de braço ou uma cabeça que vá indicar uma mudança – se você pensar, MUITOS movimentos no ATS® não têm senha! 

Alguns movimentos possuem senha de cabeça, que consiste em olhar para um lado ou para o outro na contagem de 1. Essa senha precisa ser bem evidente pra quem segue. Movimentos que possuem senha de cabeça: triple egyptian (direita), egyptian sevillana (esquerda), arabic hip twist flourish, alabama twister, double back ½ turn. Você pode pensar que o turkish ½ turn e o arabic hip twist ½ turn possuem cabeça porque olhamos para o lado pretendido 1 tempo antes de virarmos o corpo, mas isso se mantém durante todo o tempo que executamos o movimento então eu, particularmente, não considero uma senha.
Senhas de braço são muito comuns. Pode ser levando os dois braços do plano alto pro médio (mantendo, como no arabic 1-2-3, ou descendo e subindo, como no arabic with double turn, corkscrew turn e Strong arm variação 3), levando o braço direito do plano alto para o médio com uma flexão leve de punho e descida (propellor turn, zipper petal, medusa ATS®) ou do plano alto para médio com retorno (water pot), levando o braço esquerdo do plano alto para o plano médio e voltando (Strong Arm variação 2). Existem também as senhas de erguer os braços, como no TSWAT, turkish shimmy ¼ turn, roundhouse.

Algumas senhas eu defino como mudança de ângulo de corpo. Penso nisso para quase todos os outros passos, os que a senha é “entrar no movimento”, mas algumas são bem importantes: no egyptian temos a famosa senha do ½ turn, na qual você lateraliza levemente sua angulação nas contagens de 1 e de 3, e o full turn no qual você repete a senha já estando no ½ turn; o pré-giro do ASWAT, a antiga senha do Egyptian sevillana antes de existir a senha da cabeça... essas são senhas dentro do movimento para uma abordagem progressiva de execução. Justamente por isso o segundo e último ponto que quero destacar é:

ATENÇÃO TOTAL À/AO LÍDER UTILIZANDO SUA VISÃO PERIFÉRICA, SEMPRE!!

Entrar no movimento é a senha mais comum, então é importante que estejamos cientes de como o corpo de nossa/o líder está se movendo e que, se formos líderes, precisamos ser claros mais nessas entradas de movimento do que em senhas fáceis, como as de braço e mão. Precisamos fazer aquela diagonalização do box step, não entrar num chico depois de um pivot bump pra não confundir, saborear a etapa de preparação de cada passo complexo com giro no lento pra dar tempo de todo mundo pescar o que será feito a seguir.

O ATS® é principalmente sobre conexão e atenção. As senhas estão aí para facilitar, mas é necessário praticar esse olhar compartilhado entre o público e o corpo de quem lidera. Essa é a forma mais fácil de executar uma dança limpa, natural e fluida!



[Entrando na Roda] O fim do ATS® Homecoming e a criação do ATS® Reunion

por Natália Espinosa



O ano de passado foi financeiramente difícil para muita gente, e para a nave-mãe do ATS® não foi diferente. Foi o ano em que foi anunciado o fim do ATS® Homecoming.

Sim, isso mesmo. 2017 foi o último ano de ATS® Homecoming.

Mas calma! Não se desespere. Primeiro, vamos entender o que era o ATS® Homecoming e, principalmente, o motivo deste nome.

O ATS® foi criado e desenvolvido em San Francisco, California. Trata-se de uma cidade com uma borbulhante vida cultural e nichos alternativos, onde várias tribos se sentem à vontade e onde há relativa aceitação à diversidade - um contexto bem condizente com a comunidade do ATS®. O também extinto FCBD® Studio se localizava em SanFran. Por todos esses motivos, a cidade foi eleita o cenário ideal para uma conferência internacional anual de ATS® e o nome, ATS® Homecoming (traduzido como Retorno ao lar, Volta pra casa, um conceito bem solidificado entre os americanos) parece ter surgido naturalmente.
Nos anos de 2015, 2016 e 2017, este evento foi uma oportunidade para dançarinos de ATS® do mundo inteiro conhecerem o berço do ATS®, entrarem em contato com Carolena e o FCBD®, confraternizarem, estudarem e reciclarem seus conhecimentos e vivenciar o estilo de vida ATS®. O ATS® Homecoming foi uma experiência maravilhosa para todos os que tiveram a oportunidade de vivenciá-lo. Eu estive lá nas edições de 2015 e 2016, e posso dizer que foi um bálsamo para minha relação com minha dança e com a comunidade tribal.


Em novembro de 2016, no entanto, foi publicado um pequeno texto na página do evento, traduzido aqui em sua maioria por mim:

“É com tristeza que anunciamos que 2017 será nosso ultimo ano em San Francisco realizando o ATS®® Homecoming.  Nós gostamos muito de celebrar o American Tribal Style® em seu berço.  Porém, após muito deliberar, Carolena e Terri decidiram que é simplesmente caro demais fazer uma conferência em San Francisco.

Nós realmente amamos a comunidade e a oportunidade de celebrar anualmente com todos vocês. Então, de 18 a 21 de janeiro de 2018, nós trazemos a você o ATS®® Reunion (n.t.:Reunião).  O tema do primeiro ano é “Home is Where the Heart Is” (n.t.:“O Lar é Onde Está o Coração”) porque, indepentente de onde nos reunamos, o Lar é onde encontramos uns aos outros. O ATS®® Reunion ocorrerá no KCI Expo Center no Kansas, Missouri.  Nós teremos o KCI Expo Center só para nós e seu hotel com mais espaço para participantes, expositores e festas!

O fim de semana ainda oferecerá excelentes professores, expositores maravilhosos, shows incríveis e uma comunidade fantástica. Apenas será chamado por um nome diferente e ocorrerá em um local diferente.


Ou seja, o evento ainda ocorre! Só não faz mais sentido chama-lo de retorno ao lar porque o lar, San Francisco, não sediará o evento todo ano – o que não significa que em algum momento ele não poderá ser a sede do ATS® Reunion. É claro que ir a San Fran fazia parte da graça do Homecoming para quem vem de fora, mas com os preços mais baixos como atrativo e com a promessa de manutenção da qualidade do evento, ainda podemos desfrutar de uma conferência anual digna da comunidade do ATS®, sempre devotada e ávida por conhecimento.

As inscrições para o ATS® Reunion já estão abertas e podem ser feitas na página oficial do evento: http://atsreunion.com/

Vejo vocês lá!

| Fotos do ATS® Homecoming 2017, por The Dancer’s Eye: http://www.thedancerseye.com/


[ Entrando na Roda] Apropriação cultural e o ATS®

por Natália Espinosa

Este artigo foi escrito em sua totalidade por Natália Espinosa e de forma alguma reflete as opiniões de Aerith Asgard e Aline Muhana.

Maria Fomina, da Ucrânia, utilizando traje de ATS® com diversos elementos étnicos.

Um assunto que tem estado muito em voga ultimamente (ainda bem) é a questão da apropriação cultural. O que seria apropriação cultural? Basicamente, trata-se de uma cultura privilegiada utilizar elementos de culturas de povos oprimidos sem imprimir a eles o devido significado e sem sofrer as represálias e preconceitos sofridos por quem é oprimido. Alguns exemplos bem conhecidos do tribal seriam o uso de dreads e turbantes tranquilamente por pessoas brancas como acessórios de moda, sendo que quando os mesmos são utilizados por pessoas negras levam a uma interpretação pejorativa.


Quando consideramos o dress code do ATS® e até mesmo do tribal fusion e da dança do ventre praticada no Bal Anat, é inevitável nos depararmos com essa questão. Turbante, choli, jóias étnicas, bindis, harquus (aquelas tatuagens faciais que fazemos com delineador ou lápis de olho, muitas vezes sem nem conhecer o significado daqueles símbolos) e até mesmo os dreads são parte de nosso dia-a-dia e a grande maioria das bailarinas, tanto aqui quanto no exterior, são brancas ou lidas como brancas na sociedade em que estão inseridas, ou seja, são pessoas que não sofrem preconceitos devido à percepção do que seria sua “raça”. Nos EUA, onde essas fronteiras são bem delimitadas, essa questão tem sido bastante abordada pelas dançarinas de Tribal Fusion. Kami Liddle puxou essa discussão em seu facebook no ano passado, e muita gente (inclusive eu) participou do debate. Algumas bailarinas escolheram não utilizar mais alguns elementos étnicos em seu vestuário e houve até quem escolhesse não dizer mais que faz dança tribal por crer que essa nomenclatura seria desrespeitosa aos nativos norte-americanos, coisa com a qual eu, Natália Espinosa, discordo completamente. Mas vamos voltar ao ATS®.

O nome American Tribal Style, Estilo Tribal Americano, já está registrado e até agora não há nenhum tipo de esforço no sentido de alterar o nome. As praticantes do estilo nos EUA, brancas ou não, não parecem se engajar muito nessa discussão – pelo menos não na internet. Talvez seja por causa se alguns fatores que eu gostaria de enumerar aqui:

  1. O dress code do ATS® não representa nenhum povo específico – como mistura elementos de diversas culturas, não constitui uma fantasia, um estereótipo de nada. A imagem que associam ao nosso dress code é apenas, talvez, a de uma dançarina de ATS® 😊
  2. Embora Jamila Salimpour, Masha Archer e Carolena Nericcio-Bohlman sejam brancas, o ATS não é uma dança das maiorias privilegiadas. É uma dança inclusiva, realizada por mulheres e, mais recentemente, também por homens de diversas etnias e na qual a tolerância e aceitação são estimuladas. A própria história do ATS® está ligada à necessidade de uma dança do ventre que abraçasse as mulheres fora do padrão.
  3. Nenhum dos elementos do dress code é utilizado levianamente. A ideia de Masha Archer, ao definir o figurino que viria se tornar o dress code do ATS®, era devolver a dança às mulheres, destacar o ventre sem erotizar a bailarina e proporcionar um ar régio e confiante. Masha buscou re-significar elementos étnicos, sem esvaziá-los de importância ou apagar sua relevância em sua cultura original.


A própria dança do ventre poderia ser considerada apropriação cultural, se vista por esse prisma. O que é realizado no ocidente com esse nome é, na verdade, uma amálgama de diversas danças com propósitos e significados diversos, muitas vezes desconhecidos das dançarinas ocidentais. Deveríamos então parar de dançar dança do ventre ou tribal?

Minha opinião é a de que não podemos limitar a arte e sua evolução. Com o acesso à internet e a globalização, isso se tornou, arrisco dizer, impossível. Em relação ao ATS® e tribal fusion, temos que ter em mente que são danças ocidentais com influências étnicas, e não são originalmente de nenhuma cultura de minoridades. Utilizamos seus elementos, mas a maior parte de nós o faz com respeito e busca estudar de onde vem, sua história, seu significado. Por isso o estudo teórico se faz tão importante, para que não haja um esvaziamento de culturas tão ricas e para que nosso contato com esses povos através de tais elementos aumente o respeito e colabore para, de alguma forma, diminuir a opressão e o preconceito que sofrem.

Outras leituras relacionadas:



[Passo a Passo] Estudando o estilo de Jamila Salimpour

por Natália Espinosa


Olá, nerds do tribal!

É com muita alegria que retomo minhas atividades como colunista mensal aqui no blog. Para iniciarmos o ano, trago um assunto que me fascina e que com certeza fascina você também: a maravilhosa JamilaSalimpour. Não vou me concentrar no estudo teórico de tudo o que envolve Jamila, vamos focar aqui em estudar sua forma única de fazer dança do ventre. Existem formas diferentes de fazer isso e incluirei algumas delas, mas não todas.

A primeira coisa que precisamos manter em mente é que, embora a estética do Bal Anat já fosse bem parecida com o que conhecemos hoje por Tribal, a postura e movimentação de Jamila vinha toda da dança do ventre (cabaret bellydance), especialmente dos filmes com dançarinas da Golden Era, que ela assistia muito. Vale como pesquisa assistir no youtube vídeos de algumas dessas dançarinas, como Badia Masabni e suas pupilas Tahia Carioca e Samia Gamal.






Se for para estudar o estilo de Jamila sem imprimir a ele nada de “tribal”, podemos pensar em algo mais fluido, numa postura menos altiva e em uma forma diferente de abordar a técnica desde o princípio, menos muscular, menos “quebrada”.  Outra coisa interessante para o estudo de Jamila é o uso de snujs. Ela é uma pessoa muito musical e tocar snujs fazia parte de sua dança. É claro que você pode executar os passos sem os snujs por opção, mas para uma experiência mais completa eu sugiro que você inclua este instrumento na sua prática.

Partindo daí, existem duas formas principais de conduzir seu estudo: você poderá se ater ao estilo de Jamila na época do Bal Anat ou estudar o Formato Jamila Salimpour que sofreu grande influência e modificações de sua filha Suhaila. Caso você se interesse por esta última opção, não recomendo nenhuma outra fonte de estudo à distância que não as aulas online da Salimpour School ou aulas por Skype com professora certificada pelo programa, caso seja possível. As aulas da Salimpour School não são baratas, mas eu recomendo. Estive no estúdio de Suhaila no ano passado para conhecer e me apaixonei por seu formato e sua forma de dar aulas. Minha experiência pessoal diz: quem puder pagar (não é meu caso ainda :’( ), não deixe de estudar com Suhaila!! Deixo o link para as aulas online do formato de Jamila:


Estudar o estilo de Jamila pré-Suhaila conta com uma facilidade imensa: os vídeos de John Compton e do Hahbi’Ru. A qualidade dos vídeos do Bal Anat de Jamila no youtube não é sempre a melhor, mas John Compton buscou até o fim trazer aquele sabor do Bal Anat original a todos nós com seu grupo Hahbi’Ru, e a opinião de quem conheceu o Bal Anat é que o grupo de John Compton é o único que pode se comparar ao que Jamila fazia nos anos 70. Deixarei aqui duas playlists de vídeos para inspiração e estudo, uma criada por mim e outra que encontrei no youtube.





Para quem assina o Datura Online, em algumas aulas é possível aprender algo do estilo de Jamila.

Nessas aulas da Zoe Jakes, temos combos inspirados em Jamila, Compton e Katarina Burda, que foi membro do Bal Anat e professora da Zoe.


Nessa aula da Rachel temos o Compton Shuffle (inspirado pelo John Compton) e padrões de snujs do formato de Jamila.

Espero que esse material seja o suficiente para que você inicie seus estudos! Jamila tinha uma forma muito gostosa e verdadeira de dançar e todos nós podemos nos beneficiar de estudar algo com tanta relevância histórica, não é verdade?

No mês que vem abordarei o estudo de snujs em casa, em parte como complemento para este tema.

Mil beijinhos e até lá!

[Entrando na Roda] FCBD®: Novos rumos

por Natália Espinosa


De alguns anos para cá, tudo sob o nome FatChanceBellyDance® tem passado por algumas mudanças. Da própria trupe ao estúdio e o formato de aulas, tudo borbulha com novidades!

Este post traz algumas atualizações sobre a nossa querida nave-mãe.

Já faz algum tempo que o FatChanceBellyDance® deixou de ser somente o nome de uma trupe – o melhor, A trupe – de ATS® e do estúdio de Carolena Nericcio. Dos cholis e camisetas a um dos primeiros sonhos de consumo de muitas dançarinas de AT®S Brasileiras, os lindos e enormes snujs com a inscrição FatChanceBellyDance nas bordas, o caráter de marca do FCBD® vem se fortalecendo cada vez mais. Neste ano tivemos a mudança do estúdio e do site fcbd.com: tanto o endereço físico quanto o virtual não abrigam mais apenas o estúdio de dança, agora estão presentes também o Bessie Design Studio e a loja da Nakarali, os três negócios reunidos sob o nome Studio San Francisco.

Choli Dress


A marca Bessie (assim nomeada para homenagear a mãe da Carolena Nericcio-Bohlman, Bessie Nericcio)  compreende criações de Kathleen Crowley em colaboração com Carolena. A ideia é produzir roupas elegantes, bonitas e simples com um apelo especial para dançarinas – boa parte dessas crianções pode até ser usada nos palcos, como o maravilhoso Choli Dress, os xales de assuit e o headwrap, aquele paninho de cabeça que dá para trançar.  O FCBD® subiu no palco do Tribal Fest 14 usando Bessie skirts, aquelas saias em formato sereia com botões que possuem mil e uma formas de usar. Além de vender roupas, o Bessie Design Studio oferece oficinas de costura onde é possível aprender a fazer o básico do nosso dresscode: cholis, saias, calças gênio... Uma atividade super gostosa que incentiva as pessoas a fazerem seus próprios figurinos.

A loja da Nakarali, parceria de Colleena Shakti e Carolena, conta com acessórios em prata e latão vindas da Índia e regiões próximas. Algumas peças são verdadeiras relíquias, antiguidades que chegam a custar mais de mil dólares. Existem itens mais em conta na loja, mas a maioria é realmente questão de economizar por um bom tempo.

Nakarali
O estúdio do FCBD® continua oferecendo as aulas, vendendo seus produtos (DVDs, snujs, camisas, garrafas de água etc). Porém a verdadeira mudança ocorreu no time de instrutoras e nas dançarinas!

Recentemente, Wendy Allen anunciou sua saída do FCBD®. Ela informou que continuará dançando ATS® e dando aulas, porém não mais sob o nome FCBD®. Isso marca o fim de uma era para a trupe, pois Wendy fez parte dela por mais de 10 anos e passou por muitas fases de sua evolução.

Kristine Adams finalmente retornou de sua viagem ao redor do mundo e voltou a dançar regularmente com o FCBD®. Da “velha guarda” temos ainda Anita Lalwani, Sandi Ball e Marsha Poulin.

Wendy Allen
As novidades vêm com Jesse Stanbridge, Janet Taylor, Michiyo Salisbury, Juhay Ahn e Yuka Sakata. Jesse, Janet, Michiyo e Yuka fazem parte da Tessera Tribal, uma trupe do Estúdio FCBD® que desenvolve um trabalho impressionante. Inovadoras, sem perder a estética e natureza improvisacional do ATS®, suas performances são dinâmicas e apresentam sempre variações interessantes ao que estamos acostumados a ver.


Essa lufada de ar fresco que acompanha as demais mudanças no FCBD® veio em excelente hora: com o ATS® Homecoming, o Tribal Pura, o programa de educação continuada para Sister Studios e o crescimento do ATS® ao redor do mundo, mais e mais pessoas estão buscando sua expressão única e pessoal dentro deste estilo de dança. O surgimento de novas professoras com ideias diferentes e, ao mesmo tempo fiéis ao estilo, ajuda o ATS® a crescer de forma robusta, sem se diluir.

Esta popularização e demanda pelo ATS® impulsionou a transformação do FCBD® em um negócio de grandes proporções e em uma marca, de fato. Porém, quem entra no estúdio ou vai aos eventos, ainda sente aquela atmosfera aconchegante de um negócio pequeno e local, onde tudo é muito acessível.

Nossa nave-mãe soube ir em frente sem desviar de sua rota. Sorte nossa que podemos colher os frutos dessa mudança bem-vinda. 

Bessie Skirts




[Passo a Passo] Vídeos de Esclarecimento do FCBD®

por Natália Espinosa



Estudantes e professores de ATS®, vocês vão concordar comigo quando eu digo que não é raro encontrar pequenas discrepâncias entre os ensinamentos de Sister e Brother Studios a respeito da execução dos passos, especialmente dos detalhes – e se todos foram formados pela Mama C, por que isso acontece?

Embora tenha um formato bem definido (e até registrado), o ATS® ainda é uma forma de dança em evolução e construção.O estilo ainda é uma criança! Dessa forma, é nosso dever enquanto educadores e disseminadores desta arte buscarmos sempre o que há de mais atualizado, não nos agarrando ao que aprendemos, sabendo que só temos a ganhar sendo desapegados da noção de que já sabemos tudo. Não sabemos, não!

"-Ai, Natália, mas aí complica! Eu não tenho dinheiro pra fazer curso lá fora ou mesmo aqui todo ano! Como eu faço para acompanhar essas mudanças e resolver discrepâncias?"
Calma, pois eu lhes apresento os VÍDEOS DE ESCLARECIMENTO DO FCBD®!!!!

Isso mesmo! No seu computador, no youtube, sem nenhuma taxa adicional. É só estudar!

Vou falar de um por um, para ficar mais fácil ainda. Vamos lá?

1- Esclarecimento das finalizações do Propeller turn, Reverse turn e Medusa.
O primeiro vídeo que apareceu foi esse da Wendy demonstrando os passos:


Porém, muita gente não conseguiu entender bem a diferença entre a finalização do Propeller e do Reverse.

Então apareceu essa lindeza aqui (com a minha música lenta favorita, a propósito):


Daí, observamos que:

  • No propeller turn, o braço direito junta com o esquerdo na posição média ao subir, abrindo como quem puxa um arco pela frente até a postura alta;
  • No reverse turn, o braço direito sobe desenhando uma linha reta pela frente até a postura alta;
  • No medusa (ATS®), a finalização é bem parecida com a do propeller, só que um pouco mais aberta, mais ampla.

2- Isolamentos com Kae


Bem, esse não é exatamente um esclarecimento, mas eu gostei de ver alguns isolamentos lentos, não muito comuns: ribcage rotation com braços subindo e altos; headslides com caminhada;  arm undulations sem o taxeem; e finalização do reverse turn com caminhada.

3- Esclarecimento sobre o Single Bump Half Turn



Bem, basicamente: no half turn, o pé direito viaja pra dentro e pra fora, e não para frente e para trás como quando o movimento é feito parado e, aparentemente, no giro contínuo.
O giro acontece no pé direito, que é onde fica o peso.

4- Esclarecimento sobre o Barrel Turn


Neste vídeo, a Carolena fala da importância do trajeto dos braços e do que a sua cabeça faz durante o giro, pra onde você olha. Ela também fala da importância de fazer formas bem visíveis, como o círculo do início e a linha reta ao liberar o braço esquerdo, quando você estiver de costas.

Ela diz para treinarmos tocando os dedos na postura alta ao começar o giro para garantir essa forma circular. Vemos algumas dançarinas tocando os dedos também quando viram de costas.

Por enquanto é isso que está disponível, mas mais vídeos serão feitos com as dúvidas mais comuns. É só ficar ligado! E outra coisa. não é vergonha, deslealdade com seu professor ou demérito nenhum aprender com outros professores e colegas, ainda mais se eles tiveram acesso a informação mais atualizada por meio de cursos, viagens, etc. Precisamos nos fortalecer como comunidade e caminhar juntos, certo? Só não esqueçam do nosso telhado, do nosso escudo protetor: o respeito!

E vamos estudar!

Beijão e até o próximo mês!

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