[Fórum Tribal] Fórum Brasileiro de Dança Tribal e Fusões - 2ª edição



Sábado, 30 de outubro e 06 de novembro de 2021 das 15h às 17h

Tema Geral: O que pensamos sobre o mundo virtual que se abriu nos últimos 2 anos?

Nos últimos 2 anos, a vida online se tornou nossa única possibilidade de encontro e prática da dança. Fomos forçadas a reinventar nossa relação com a tecnologia e com o mundo virtual. Pensando nisso, propomos discutir como isso afeta e acreditamos que afetará o futuro da cena Tribal/Fusão? Quais são os pontos positivos e negativos que vocês encontram dessa relação com a tecnologia e o mundo virtual? O que precisamos pensar para o processo de retorno para os encontros presenciais?


Equipe de Organização


Inscrições: Caíque Melo (BA)

Divulgação: Karine Neves (RS)

Documentação: Melissa Souza (SP)

Cronograma e produção geral: Thaisa Martins (RJ)


GT1

Mediadora: Annamaria Marques (MG)

Chat: Camila Saraiva (BA/PB)

Bakchup: Pan Lira (PA)


GT2

Mediadora: Ana Clara (AL)

Chat: Raquel Ottoni (MG)

Backup: Aline Muhana (RJ/SP)


Sábado, 30 de Outubro de 2021

Integrantes da mesa mediadora: Annamaria Marques (MG), Camila Saraiva (BA/PB) e Pan Lira (PA)


Tema: Dança e Redes Sociais: Contribuições e Problemas


  • Autoimagem, padrões e distorções no virtual;

  • Representação, representatividade e identidade no virtual;

  • Tiktorização da dança e implicações para o processo de ensino-aprendizagem;

  • @ profissional da dança multifunção e as novas demandas das redes sociais;

  • Dificuldades de exposição e relação entre público e privado;

  • Os parâmetros de sucesso das redes sociais.


Discussão da reunião

O Fórum teve início com 28 participantes, contando com a equipe de produção, profissionais e estudantes da dança, bem como simpatizantes interessados nos tópicos apresentados. Seguida as apresentações do GT, passaram os slides com os tópicos do dia, destacando que foram organizados de acordo com as sugestões enviadas pelo público. Importante destacar que o número de participantes representa menos da metade dos inscritos, sendo que o limite de inscrições era 100. Houve uma concentração maior de pessoas do sudeste em comparação ao pessoal do norte e centro-oeste. Também tivemos inscrições de estrangeiros e brasileiras vivendo no exterior.

O primeiro a falar foi um participante bastante ativo na discussão, ele abriu e fechou as perguntas do fórum, trazendo suas inquietações acerca da nomenclatura, representação do corpo e auto imagem, demonstrando bastante afinidade e interesse pela dança do ventre estilo tribal. Após o evento, dialogamos sobre a necessidade de nos prepararmos melhor para receber toda a diversidade de público e nos comprometermos com a proposta de fazer do evento um espaço inclusivo.

A próxima a falar relatou que por receio de ministrar aulas online optou por se ausentar do ofício e priorizou estudar durante esse período de pandemia. Percebo que a nossa relação com o espaço virtual x fisicalidade é o que mais tem nos afetado e esse assunto se perdura ao longo de todo o encontro. O participante seguinte trouxe importantes contribuições enquanto profissional da dança. Em sua fala, ressaltou a dificuldade de transportar o ensino e a prática da dança para o virtual e a consequente condensação do conteúdo, considerando as limitações especialmente de tempo nos variados formatos de publicação para retenção da atenção do público nas redes sociais.

Em seguida, outra participante compartilhou suas dores e aprendizados enquanto professora de dança, com a pequena vantagem de ter uma familiar publicitária e que trabalha com marketing digital para orientá-la. As redes sociais é mesmo um espaço democrático? Não posso deixar de refletir sobre isso, especialmente ao ouvir o desabafo e as angústias das participantes, tal como foi colocado no chat: “triste para quem não sabe fazer essas produções, mas é um mega artista”, e “nós alimentamos as plataformas deles em troca de nada”. A participante versou ainda sobre a divisão de classes, limitações tecnológicas, de recursos e a falta de acessibilidade. “Penso que o instagram é um homem hetero branco”, afirmou, sintetizando que o algoritmo não é pensado para todos os públicos. Somos escravizados pelas redes? Por que? É realmente necessário essa presença e constância online? Para quem? Demorou, mas a dificuldade de delegar e valorizar os profissionais de mídia veio à tona na discussão.

O próximo a falar colocou que “artistas de vídeo e artistas de palco tem necessidades diferentes”. No chat, articularam: “penso que ninguém é obrigado a estar no Instagram ou qualquer outra rede, mas a atualidade nos permite estar nesses lugares e expandir. Vejo muito mais como algo benéfico, basta cada pessoa usar da forma que achar melhor”. O participante seguiu ressaltando as divergências do espaço online, mas trouxe também as contribuições que as redes sociais trouxe para a comunidade, pensando em custos com deslocamentos e tudo mais.

Em seguida, trouxeram mais uma provocação através do chat: “qual será nossa postura agora com o retorno? Continuaremos investindo em produções de rede ou voltaremos a pensar nos palcos?”. Falaram também sobre autopolítica na usabilidade das redes sociais - da necessidade de pensarmos em como usamos a plataforma e quem seguimos. A seguinte a falar trouxe também colaborações valiosas, destacando que optou por “não se cobrar tanto no virtual”, ao que concordaram no chat: “dançar também é partilhar, o virtual tira isso um pouco”.

Um dos participantes tornou a falar questionando a profissionalização na dança e essa nossa tendência à rebeldia, na necessidade de corrompermos o sistema. No chat, surgiu questionamentos do tipo “sou do físico ou do virtual? E o hibridismo?”. Citaram o documentário “O Dilema das Redes” disponível na Netflix. “Não nos ensinaram a trabalhar com dança”, disseram, “romantizamos muito”, e sintetizaram: “alimentamos uma competição que não é necessária”.

Então outra participante assumiu a fala e expôs suas dificuldades em conciliar maternidade, dança e as demandas que surgiram com a pandemia, falou da necessidade de nos fazermos ouvir em outros espaços e fechou comentando sobre estar sempre se questionando, necessitando de uma validação que não existe, a tão conhecida síndrome de impostora que em algum momento precisamos lidar nessa trajetória.

No chat disseram: “sinto que o nosso meio do tribal explora a criação de vídeo de forma muito limitada”, e mais para frente tornaram a falar da criação audiovisual como um campo de conhecimento que merece ser valorizado. Uma matéria disponível no blog Coletivo Tribal especificamente sobre gravação, foco e expressividade: “A dança na tela – Transportando o Espectador para o filme de dança pelo Efeito de Presença” foi sugerida. Então, a participante seguinte tornou a falar sobre marketing digital, publicidade e todo o mundo virtual que existe para além das redes sociais, como o Google Business, a importância da criação de um site.

Uma das participantes tornou a falar de aceitação, autocrítica e autoimagem e então comentaram sobre o tribal, para além da liberdade do movimento, ser também sobre liberdade do corpo e da imagem. Eis que ressaltam “em números, o padrão fit vigora”. A participante seguinte falou sobre engajamento, sua visibilidade e alcance nas mídias enquanto criadora de conteúdo. E então outro participante tornou a pontuar sobre “o preço a se pagar ao almejar querer ser ou estar entre as grandes”, a necessidade de foco, disciplina e também, terapia. No chat, salientaram: “estamos sim construindo algo grande aqui, isso é construir história”. A próxima a falar ressaltou os acessos que a crise nos possibilitou ao nos forçar a olhar para o virtual, como por exemplo a necessidade da construção de um portfólio online.

Então a pauta se voltou sobre o cenário internacional como um parâmetro de sucesso e a necessidade de olharmos à nossa volta, para os nossos, em ocupar primeiro o nosso próprio território, às redondezas, e como o virtual tende a nos empurrar para o internacional, ainda mais considerando que a produção de mídia no Brasil ainda é um tanto escassa. Por fim, tornaram a falar sobre aproveitar a crise e os questionamentos atuais ao estilo para divulgar e incentivar o que produzimos em solo nacional. A participante encerrou sua fala com uma citação poética do filme biográfico de Pina Baush (2011): “as situações, é claro que te deixam absolutamente sem palavras, tudo o que você pode fazer é insinuar, as palavras não podem fazer mais nada do que apenas evocar as coisas, é aí que vem a dança.”

Outra participante aproveitou para falar sobre como se sentiu enganada com a publicidade de alguns cursos online, mas em contrapartida se deparou com bons cursos oferecidos por profissionais como Lukas Oliver e seu programa Power Shimmy, assim como Gilmara Cruz e a introdução ao Dark Fusion, defendendo o oferecimento de aulas gratuitas como uma “amostra de didática”.

O evento passou do horário e encerrou às 17h20. Antes do participante citado inicialmente trazer sua fala com suas reflexões sobre toda a discussão, uma outra participante falou sobre a demanda de mídias não ser uma necessidade isolada do campo da dança, da importância de se atualizar e seguir as tendências ainda que tenha dificuldades ao longo do processo, e também da integração das artes do corpo e performance como uma linguagem artística híbrida, “as coisas estão mudando”. Disse ainda que chegou a ouvir que “teatro na internet é cinema de má qualidade”, típico argumento de pessoas que apresentam certa relutância em se atualizar e seguir as tendências. A mudança do Facebook para Meta também foi colocada. E concluiu relatando que recebeu um convite inesperado da própria Zoe Jakes no privado para fazer uma aula online, repetindo a velha e conhecida frase “quem não é visto, não é lembrado”.



Sábado, 06 de Novembro de 2021

Integrantes da mesa mediadora: Aline Muhana (RJ/SP), Ana Clara (AL) e Raquel Ottoni (MG)


Tema: Dinamismo do Ensino-Aprendizagem em transição do online para o presencial


  • Relações entre transmissão de conhecimento, conexão professor-aluno e qualidade de conteúdo na era digital

  • Existe liberdade de posicionamento político dentro das relações de ensino e aprendizagem?

  • Como as leis de fomento à arte impactaram o ensino de dança tribal on-line no Brasil? Você teve acesso a essas aulas? Qual foi a sua experiência?

  • A possibilidade do contato virtual com praticantes de outros países possibilitou o estreitamento de relações entre a comunidade brasileira e demais comunidades latino-americanas? Como foi o seu contato?

  • O reconhecimento das várias vertentes da dança tribal está sendo abordado e estimulado durante o ensino? Quais conteúdos importam na sua aula? Como proporcionar uma educação emancipatória para o estudante, valorizando sua individualidade e processo artístico?


Discussão da reunião

O evento teve início com 20 participantes, seguido 5 min de tolerância de atraso, o GT se apresentou e em seguida fizeram a apresentação do tema e os tópicos em slides, reforçando a necessidade de se ater a cada tópico dentro do tempo sugerido para que a discussão conseguisse abranger todos os temas.

A primeira participante a falar relacionou o tema com a discussão anterior, alegando o grande foco da cena tribal na transmissão de conteúdo e ensino. Ela falou sobre o grande boom do início da pandemia e distanciamento social, de acordar de madrugada e dançar com pessoas de todo o mundo. Lamentou a inauguração de seu espaço físico em meio a este período e comparou a experiência do online com a experiência superficial de aprendizagem nos workshops estilo masterclass, onde não se tem um aprofundamento do conteúdo.

O próximo participante relatou sua experiência com as fitas de vídeo, DVD, e como o digital sempre intermediou sua relação com a dança. Novamente, falou sobre os custos e investimentos em tecnologia para conseguir dar uma boa aula online. “Ela precisa de alguma forma ser uma experiência para os alunos, para se conectarem, preparar seu espaço, estar totalmente equipado, prestar atenção ao contraste da roupa.”.

Em seguida, outro participante compartilhou sua visão especialmente sobre a cena local, comparando ao exterior, em como se adaptaram com mais facilidade lá fora, “detenção de poder, capital, pras norte-americanas é mais facilitado”, incitando questionamentos: que tipo de conteúdo estamos produzindo? Tutoriais?

No chat relacionaram oportunidades vs seleção das aulas. A carta aberta de Donna Mejia sobre o Transcultural foi citada, “o estilo já veio com essa coisa da troca, entre países e profissionais do mundo”. Citaram também a Datura Online e as possibilidades do virtual enquanto facilitador para a comunicação, o diálogo e as conexões.

Então a participante seguinte criticou o uso da câmera fechada, falou sobre tentar se aproximar de uma experiência presencial, de oferecer a aula ao vivo e ficar desconfortável com a disponibilização da gravação, de como intimida os participantes inclusive a compartilhar abertamente, de presenciar caso de violência doméstica e de ter alunos estilo "voyeur", que só está lá para assistir. Citaram ainda os 4 pilares da educação segundo a Unesco: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

“Esses contratempos cotidianos é muito mais potencializado quando se tem filhos”, disseram. Então uma participante foi convidada a falar do cenário norte-americano considerando que é onde mora e trabalha atualmente. “Elas também tiveram suas dificuldades”, Raquel Brice, por exemplo, optou por não oferecer seu programa de imersão para novas participantes online. Em contrapartida, Mardi Love, que normalmente não é tão ativa nas mídias sociais, lançou um programa de aulas online Isolations in Isolation que teve alta adesão. A participante também optou por não ministrar aulas online com um filho em casa, com receio que as alunas pudessem se incomodar, contradizendo a ideia de espaço organizado que outro participante havia colocado. A falta de rede de apoio, conflito com os horários de escola foram outros assuntos debatidos.

Passaram então para o tópico seguinte, organizando o tempo para que todos os assuntos fossem discutidos. Um dos participantes tornou a falar, relatando que optou por aulas gravadas para evitar interferências e ruídos externos como vizinhos e animais de estimação. Falou então da vantagem de usar espaços virtuais próprios para aulas online ao invés das redes sociais, e disse ainda sobre se auto-gerenciar, empreender e administrar a dança como um negócio. No chat, as conversas seguiram fluindo: “quando no presencial, ficamos dependentes de espaços e apoio para também ter uma qualidade que gostamos de proporcionar aos nossos alunos”, “confesso que a aula gravada me ajuda, em outras danças, na autonomia, pois faço no meu tempo e ofereço até mais gás”. O participante falou também da responsabilidade de entregar conteúdo, mas que o aluno também precisa ter um compromisso para estudar de casa. Finalizou abordando o tópico seguinte, sobre liberdade de posicionamento político.

Outra participante tornou a falar de desigualdade social, acessibilidade, que tudo é política, relacionamento, diálogo. De saber as necessidades e dificuldades dos alunos. “Tá difícil, impossível viver no Brasil e falar de política”. Ética também é política, não falar mal de outras professoras, alunas, respeitar a diferença de corpos: “conteúdos conceituais, procedimentos, atitudinais, considerando a experiência da educação em dança para além da transmissão de conhecimento”.

Falaram também sobre a crítica em cima de corpos masculinos, “homem tem que dançar diferente”. O participante criticou também a isentabilidade política e a responsabilidade que o professor carrega ao emitir um posicionamento em aula. “Eu penso que o corpo já é político, se uma mulher gorda, por exemplo, já está ali e fala que não se sente confortável com seu corpo, ela mesma já está se posicionando diante de toda a sociedade que impõem padrões. Penso que é impossível não associar. Não é toda mulher que vem fazer aula comigo. Por que não me posicionar politicamente então?”. Uma das participantes chocou e emocionou ao relatar sua experiência como aluna num ambiente machista, com um professor assumidamente nazista e facista, relacionando com a dança, em exigir seus direitos. “A questão é que há uma grande confusão sobre o que é liberdade de posicionamento/expressão com descriminação e ignorância”, disseram no chat.

A participante seguinte recomendou uma dissertação sobre as questões feministas no ATS, “Estilo tribal americano de dança do ventre: algumas questões e princípios estéticos, técnicos e composicionais”, por Maria Beatriz Ferreira Vasconcelos. “Acho que a política/ética ainda pega as questões que tanta gente quer fugir e que abrangem também a apropriação cultural, movimento decolonial, preconceitos”; “quando entrei no Tribal, entrei porque falaram que faria uma dança da contracultura, desde então, penso no que político nessa dança?” Vivo a pensar…”, disseram no chat.

Outro participante recomendou o filme Maringuella. “O que sua Dança convoca nos tempos de agora? Minha orientadora sempre faz essa pergunta”. Não conhecer também é político. “Acho importante lembrar que opinião não substitui estudo, falar de política baseado em post de Instagram é bem complicado”; “Porque dar aula numa universidade é diferente de dar aula numa escola de Ballet, num studio de Yoga ou numa periferia” foram algumas das falas trazidas no chat.

Já no tópico seguinte, o próximo a falar incentivou o uso de editais públicos, “é quantitativo, precisamos mostrar nossa arte”. Então uma participante falou sobre sua experiência falha com os processos burocráticos de editais, prazos e custos, enquanto outra participante relatou que falaria o dia todo sobre leis de fomento ao tribal, leis de incentivo, e citou Helena Katz, “edital é paliativo”, falou ainda sobre apropriar-se de mecanismos existentes, do “canibalismo” na dança, de como o capital gira entre as mesmas pessoas, numa pequena bolha, como construir um público, fluir com o estilo, e concluiu: “nem todo mundo precisa aprender a dançar para apreciar a dançar”.

“Professor lida com um tipo de conhecimento, edital lida com outro, o do produtor cultural”, colocaram. Citaram também a Caravana Tribal Nordeste 2021 como um evento descentralizado que fez uso de edital público. A participante seguinte falou sobre o privilégio de gostar de ler e estudar, o que a ajuda a entender os editais. “Ser artista não é só aula e festival”, disseram. “Precisamos de uma dose de autoestima porque já ouvi artistas e professoras maravilhosas com medo de mandar projeto”. É possível viver de edital? “As normas técnicas são para excluir mesmo.”

Outra participante pontuou: “o edital precisa ter uma contrapartida potente, isso para também pela acessibilidade no interior de formação de plateia, libras, audiodescrição.” O próximo participante falou sobre o tempo e a pressão de esperar os prazos dos editais. “É trabalhoso e é frustrante quando não é aprovado. Mas ainda assim demonstra para os órgãos de fomento que é preciso ter mais verba.” E então, concluíram: “Os editais abrangem aulas, oficinas, vivências, criação de espetáculo, videodança, documentário, pesquisa, livro, manutenção de espaços e coletivos, ações, congressos, festivais…”; “Ninguém é obrigado a se inscrever nos editais, só acho que a gente tem que entender que essa possibilidade existe”.

O chat teve um grande engajamento com conversas paralelas. Às 16h17, no meio do evento, chegamos a 25 participantes. A próxima a falar e criticou a falta de organização e profissionalismo na cena tribal quando comparada à “tradicional” dança do ventre. Falaram também sobre a dificuldade de inclusão no estilo. “O que é uma das minhas críticas no meu tcc: a linguagem excessivamente rebuscada, prejudicando a população interessada. As pessoas quando acesso não compreendem, dando brecha para outros que compreendam melhor”.

Já caminhando para o final, o GT citou os últimos tópicos de discussão, então a participante seguinte versou sobre sua experiência com praticantes de outros países, especialmente na América Latina, e o contato com a língua espanhol. “Essas redes online pode ser um evento calendarizado visto também o custo ser menor e nos proporcionar essa rede.”

A participante seguinte falou sobre dicotomias, de não precisar se prender à harmonia, e fez um carinho sobre a nossa representatividade, nosso jeito de fazer na dança, da importância de estarmos em rede, que não podemos nos inferiorizar, que estamos fazendo isso lindamente. Então falou sobre o estreitamento de relações com comunidades latinoamericanas e danças originárias, como a dança indiana e também a própria dança do ventre. “E um adendo: o tribal tem uma preocupação para o embasamento teórico que muitas vezes falta em outras danças.”, disseram no chat.

“E as fusões com as nossas danças nacionais marginalizadas? Funk, piseiro, samba. A gente fala do preconceito com dança do ventre, e até onde a gente tem preconceitos em conhecer as nossas?” indagaram. “As tendências nas redes sociais acabam por abafar as propostas de fusões brasileiras.” disseram no chat, então citaram o trabalho de Alana Reis e sua fusão com carimbó. Destacaram também as performances de Michele Coelho com músicas músicas e estéticas brasileiras no norte global.

Outra participante falou sobre o dark como vertente e os preconceitos enraizados, “o Brasil é referência em Dark há muito tempo e não sabemos disso. Falta diálogo, troca de informações, união na cena nacional.”. Então comentaram sobre a live com Rachel Brice organizada pelo Coletivo Drusa em que perguntaram a ela “o que você acha da apropriação cultural?”, ao que ela respondeu: “por mim vocês tomavam o tribal para vocês!”.

Faltando 10 min para encerrar, as pessoas começaram a deixar a sala para atender outras demandas. O GT fez sua fala final e, por fim, pediram que a equipe de produção se apresentasse também, brevemente, seguida as despedidas e agradecimentos ressaltando que no Fórum temos espaço para todos.

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[Resenhando-SC] 7º Mini Hafla do estúdio La Lune Noire

por Rafaela Barbieri

Olá, leitores do Coletivo Tribal! 


Dando continuidade ao Blog, hoje venho falar um pouco sobre o 7º Mini Hafla, evento online organizado por Aline Pires, do estúdio La Lune Noire. Reunindo apresentações de Dança Oriental e Fusion Bellydance, a mostra das alunas do estúdio ocorreu no dia 18 de dezembro, as 20:00h pelo canal de Aline no YouTube. O evento contou com a presença das bailarinas Aline Pires, Mayara Morais, Kelly Ferraz, Greici Luana, Ailce Frelich, Daniela Angeli, Yasmim Yonekura e Tatiana Mendez


“Sou estudante de educação física, bailarina, professora de dança e instrutora de musculação (em aprendizado) [...] Tenho 9 anos contínuos de prática. Comecei a dançar em 2005, parei em 2006, voltei em 2012 e depois disso decidi buscar a profissionalização. Comecei a dar aulas muito cedo, hoje em dia eu esperaria uns 10 anos como aluna e uma faculdade concluída para começar a dar aulas, mas me trouxe a experiência que tenho hoje, e a confiança que meu trabalho tem seu diferencial e seu valor aqui na cidade. Minhas alunas gostam da dança (sim, da dança! da técnica, do treino, do estudo!) E isso me realiza.

Aline Pires, 2021


Os cartazes de divulgação, que falam um pouco sobre cada bailarina que se apresentou, podem ser conferidos no perfil do Estúdio no Instagram: 

https://www.instagram.com/p/CXbprPAr8UM/ 

https://www.instagram.com/p/CWZJXviLcC-/

https://www.instagram.com/p/CXeBknjrkyo/

https://www.instagram.com/p/CVfsOPwFQRS/ 


Assim como vídeos do Mini Hafla II, de 2015, e Mini Hafla III, de 2016, o vídeo completo com todas as apresentações da edição de 2021 está disponível no perfil de Aline Pires no YouTube:



As apresentações específicas de Fusion foram as de Daniela Angeli, da dupla Aline Pires e Greici Luana, do quarteto de Aline com suas alunas, e o solo de Aline Pires, conforme os vídeos a seguir: 



Registro do dia de gravação das alunas de Fusion Belldance

https://www.instagram.com/p/CWo-VyVlqve/?utm_medium=share_sheet


Outro registro das gravações

https://www.instagram.com/p/CWuEQ_7l3qL/?utm_medium=share_sheet


A bailarina e professora de Dark Fusion, Gilmara Ígnea, também publicou um trechinho das apresentações no perfil dela.


Outras fotos dos bastidores do evento:







Já estamos aguardando ansiosos o Mini Hafla de 2022!


Ainda pensando nos eventos de Tribal que ocorreram neste período em que o blog estava em hiato, vale destacar o Tribal Sunrise, organizado por Cintia Vilanova, na praia, agora no início de 2022. A dinâmica propôs um flow e roda de Tribal FCBD® “para dançar vendo o sol nascer” no dia 02/02 em homenagem a Iemanjá.

A divulgação foi feita através do seu perfil do Instagram:

https://www.instagram.com/p/CZcZZNCNXh_/


Muito obrigada por acompanharem! Até a próxima!

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Resenhando-SC


Rafaela Arienti Barbieri (Florianópolis-SC) é bailarina amadora de Tribal Fusion há cinco anos e atualmente compõe o grupo do La Lune Noire Estúdio de Dança, organizado pela bailarina Aline Pires.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando– AL] 2022 Começou com a 11ª UNIVERSIDANÇA UFAL

por Ana Clara Oliveira


Divulgação da 11ª Universidança UFAL

(Fonte: @universidancaufal)

 

Quando um ano se inicia é comum idealizarmos a nossa participação nas ações da comunidade de dança. No estado de Alagoas, essa imaginação foi logo concretizada entre os dias 07 e 11 de fevereiro pela 11ª Universidança – Semana Acadêmica do Curso de Licenciatura em Dança da UFAL, que devido a pandemia COVID-19 e de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorreu no modo online através das plataformas virtuais e com inscrições pelo sistema UFAL SIGAA. É importante deixar claro que a Dança Tribal ou Dança do Ventre de Fusão em Alagoas está estreitamente relacionada ao âmbito acadêmico então, estreamos o ano de 2022 conforme zela a referida universidade nos tempos de hoje. 

Com suporte nisso, a matéria registra a participação do nosso estilo plural de dança nas seguintes atividades: palestra, oficina e apresentação coreográfica. Na tripla função de artista-professora-pesquisadora, desenvolvi as ações a partir do tema geral do evento “Diálogos Entrelaçados”


Divulgação da 11ª Universidança UFAL

(Fonte: @universidancaufal)


A palestra “Emancipação Feminina na Dança” que mediada por Bruna Oliveira, foi proferida na mesa redonda virtual por mim e pelas demais convidadas Nanna Buarque e Gabriela Buarque. No tempo de 30 minutos, cada convidada desenvolveu a partir do seu eixo teórico-metodológico a relação da Dança como promovedora de conhecimento e as perspectivas feministas. A minha exposição sobre o tribal esteve localizada nos estudos feministas decoloniais que por sua vez, são amplamente discutidos na minha pesquisa em andamento no Doutorado em Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Em seguida, tivemos um debate com os participantes e geramos considerações para o campo da Dança.


Mesa redonda na 11ª Universidança UFAL

(Fonte: @universidancaufal)


Na oficina “Dança do Ventre de Fusão (estilo Tribal)” identifiquei junto aos participantes alguns temas geradores através de perguntas disparadoras. Os temas inspirados nos ensinamentos do educador Paulo Freire nutriram a proposta de ensino do estilo tribal. A aplicação dos temas geradores aconteceu em diálogo com o repertório de movimentos do Tribal Fusion, especificadamente. 


Oficina na 11ª Universidança UFAL

(Fonte: @universidancaufal)


A participação artística do tribal se deu na reapresentação da coreografia “Caminhos”. Alguns de vocês já apreciaram no festival “Shamando as Tribos” – edição Nordeste da Shaman Tribal Co.

Mas, para revivermos o trabalho deixo o link diretamente do canal Universidança UFAL para vocês:


Ficha técnica da apresentação:


Improvisação: Ana Clara 

Imagens e montagem: Juliana Barreto 

Locação: Estação Jaraguá, Maceió (AL)

Música: Espumas ao vento 

Composição: Accioly Neto Intérpretes Luamarte


Com uma programação vasta, inteiramente gratuita e rica, a 11ª Universidança contou com oficinas, apresentações artísticas, palestras e comunicações orais. De antemão, não vou conseguir mencionar todos os convidados e participantes, mas com ternura afirmo que os seus trabalhos foram fundamentais para a promoção da Dança como campo de conhecimento. Cito alguns nomes: Isabelle Rocha, Vanilton Lakka, e Denis Angola. 

Agradeço a equipe do Universidança UFAL, em especial, a querida Isabelle Rocha, coordenadora do evento e também professora da Licenciatura em Dança UFAL. Parabéns Universidança! Parabéns UFAL pelo pioneirismo do Tribal na universidade brasileira!

Curtam, sigam e compartilhem @universidancaufal

Até a próxima!

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Resenhando-AL


Ana Clara Oliveira (Maceió-AL) é dançarina e pesquisadora do estilo Tribal de Dança do Ventre. Professora de Dança na Escola Técnica de Artes (UFAL). Doutoranda em Artes (UFMG) onde pesquisa a formação no Tribal. Mestrado em Dança (UFBA). Diretora da Zambak Cia de Dança Tribal ... Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Folclore em Foco] Músicas populares para tribal e fusões

 por Nadja El Balady

Este artigo foi pensado para convidar você a refletir a respeito das músicas que você escolhe para as suas performances, sejam de ATS® / FCBD® Style ou qualquer tipo de fusão.

Não que exista algum órgão regulador do que se pode ou não usar para dançar, mas desde os debates acerca de apropriação cultural e orientalismo podemos lançar um novo olhar para todos os aspectos que compõe uma performance, incluindo a música que escolhemos. É preciso agora que você preste muita atenção ao fato de que apresento aqui minha visão pessoal, não se trata de nenhuma regra rígida que precise ser seguida à risca sob o risco de cancelamento virtual. Compartilho minhas reflexões, aquilo que significa para mim montar uma performance de fusão, seja ela qual for, a forma como penso e escolho as minhas músicas. Reconheço inclusive que muita gente não se importa, não parece ser muito relevante para o mercado, nacional ou internacional, pensar a respeito das músicas que usamos para dançar, tendo isso quase nenhum impacto no sucesso que determinadas artistas alcançam.


Por que, então, é relevante levantar esta questão?

Porque a partir do momento em que conheço algo, não posso mais fingir que não conheço. Porque sabendo que muitas músicas que usamos para compor performances de dança do ventre, tribal ou não, são de propriedade de pessoas que vivem em condições difíceis de vida por conta de uma história de colonialismo e exploração de sua força de trabalho e que podem ter suas origens apagadas pela discriminação social, eu como artista, tenho a obrigação de conhecer e valorizar a arte destas pessoas. No mínimo. Existem outros motivos, como saber que faço um trabalho com profundidade, mas este é o mais importante: Ética. 

Meu primeiro conselho é um velho amigo já repetido por tantas professoras: “Conheça a sua música”. Quando você escolher uma música para preparar a sua performance conheça tudo sobre ela. Sim, você precisa conhecer a estrutura da música (instrumentos, frases musicais, melodia, andamento, ritmo), mas você precisa saber também como ela se chama, quem compôs, quem gravou, de que país ela é e também qual a tradução da letra. Só assim você vai conhecer a sua música.

“Nossa, Nadja, mas conhecer até a tradução dá muito trabalho. Quero só dançar ATS®. ”

Pois é, fazer as coisas com profundidade dá trabalho. Mesmo que você não tenha intenção de ser profissional, se quiser colocar na prática o que a gente debate na teoria este é um caminho inevitável: A busca pelo conhecimento, que é infindável. Apaixone-se por isso, pois conhecer uma música, é conhecer um pedaço de uma cultura, cultura esta que é base matriz da dança que você faz. É importante conhecer a tradução das músicas também porque pode ser que a letra fale de religião ou que tenha algum trocadilho de mal gosto, que seja de cunho machista, ou ainda que conte uma história trágica. Tem a ver com a mensagem que você gostaria de transmitir com a performance. 


Em relação ao aspecto cultural, na busca pelos detalhes você encontra muitas informações como: A qual gênero musical esta música pertence, em que ano foi gravada, a qual tipo de dança popular ela está relacionada. Se for possível, tente adicionar algo na sua performance que se relacione com a cultura: Um movimento característico, detalhes no figurino, acessórios, permita que esta música influencie nas suas escolhas estéticas. Você pode começar pensando a respeito do país e gênero musical, por exemplo: Se a música é um Said egípcio, um karsilama turco, um bhangra indiano, uma rumba gitana ou um dabke libanês. Diferentes combinações estéticas para cada uma destas hipóteses.

Algumas destas danças populares são bem conhecidas no universo das danças orientais e você consegue encontrar vídeos e workshops a respeito do assunto. Quando a gente usa uma música que é reconhecidamente de determinada cultura ou região e que você sabe como ela é dançada em sua cultura de origem, pode parecer meio estranho dançar ela de outra maneira. Eu sinto isso muito forte em relação ao uso de músicas populares egípcias para tribal e fusões, como “Luxor Baladna” por exemplo, que é um said egípcio. É uma música ótima para ATS®, com um excelente andamento para tocar snujs, mas eu preciso trabalhar bastante os elementos ghawazee para sentir que a música “casa” com a estética da performance. 

Lembra que representatividade importa? Quando as músicas são muito tradicionais, elas têm um grau de importância na identidade cultural de um povo. Será que alguém daquele povo, que por ventura assista à sua performance, vai entender que mesmo sendo uma fusão, você pelo menos procurou saber a respeito da cultura a qual a música pertence? 

O segundo conselho vem para clarear melhor as coisas: Para fazer fusão, dê preferência a músicas estilizadas, que já sejam trabalhadas com outros elementos musicais, batidas eletrônicas e arranjos modernos. Ainda é importante saber a origem das melodias e ritmos, o país e povo de origem, mas encontramos abertura artística para sair da representação cultural. 




Como não existem regras precisas, é sempre bom contar com o bom senso, com a sua própria lógica e intuição no momento de escolher a música. No meu caso, meu parâmetro é sempre o meu conhecimento da cultura brasileira. Eu penso que se eu quiser dançar samba no maracatu é até possível fisicamente, musicalmente alguns maracatus têm uma levada de caixa até parecida com samba, mas o resultado é muito esquisito, pelo menos para mim que conheço maracatu. Principalmente se for uma toada de maracatu muito tradicional. Os pernambucanos provavelmente iriam achar engraçado, no mínimo. Mas se a música for um mangue beat, uma MPB, uma música eletrônica, que tenha um baque de maracatu, eu posso usar nessa música o vocabulário de movimentos que eu quiser: Contemporâneo, jazz, samba, afro, ijexá, dança do ventre. Vai ficar lindo, interessante, moderno, rebuscado. Percebe a diferença?

Outro exemplo, você deve conhecer a música “Baianá” do grupo Barbatuques, que tanta gente (incluindo eu) já fez performance de fusão com esta música, que já foi usada inclusive como tema de filme da Disney. Esta música é uma superfusão de folguedos, você sabia que ela mistura o baianá tradicional alagoano com coco de arco verde pernambucano? Tudo arranjado com percussão corporal e canto coral, o que faz a música genial e perfeita para compor uma coreografia de fusão. Já não vai ficar tão adequado se você fizer uma fusão sobre a música “Boa Tarde Povo” de Maria do Carmo Barbosa e Melo, das Baianas Mensageiras de Santa Luzia, que é a música original que o Barbatuques usou e chamou de Baianá. Você pode conferir estas duas versões nos links do youtube relacionados ao final do artigo. 


Existe ainda a música que parece folclórica, mas na verdade não é: Foi composta por um músico estadunidense que pesquisa música médio oriental, ou um europeu que ama música brasileira. Se a melodia e os arranjos foram compostos por ele, mesmo que use instrumentos folclóricos, não será. Será folclórica se este músico estiver regravando uma música tradicional, mas logo aí a gente tem espaço para a inserção de mil elementos de fusão. O quão fiel à tradição é esta regravação?

 

Helm (EUA) – Releituras de músicas folclóricas e músicas autorais com elementos folclóricos

Agora você vai me perguntar: “Como eu vou saber diferenciar uma música tradicional de uma música fusionada? “ A resposta é aquela que você não quer ouvir: Pesquisando. Dedicando tempo a isso, ouvindo e conhecendo muitas músicas, do mundo inteiro. Lendo, se interessando, buscando. 

O último conselho assina em baixo dos outros dois: Nunca mais se conforme com uma música que tenha como nome “Faixa 1”. Não dance uma música que você não sabe nem como se chama, por favor. Temos internet e apps moderníssimos para usar como ferramenta hoje em dia, o que facilita em muito a nossa missão. 

A música é nossa ferramenta de criação. Nós dançarinas dedicamos tanto tempo aprimorando nossa técnica, por que não nos dedicar também a conhecer as músicas e também os povos e culturas que usamos como referência estética?

Confesso que muitas vezes já dancei músicas que não conhecia muito bem, que até hoje não sei de onde vieram nem para onde foram. Já cometi gafes imperdoáveis como dançar como Khaliji uma música síria (em minha defesa, todas as dançarinas brasileiras dos anos 2000 fizeram isso ahahaha...), igualmente já presenciei inúmeras gafes com músicas folclóricas em concursos de folclore árabe e apresentações de tribal. Gafes musicais são muito comuns em nosso meio, com maior ou menor gravidade. Considero grave se alguém lança um trabalho como fruto de uma pesquisa folclórica, ministra workshops a respeito, mas usa músicas de outros povos, ou até compostas por estrangeiros, como material de coreografia. Mas uma vez o dono de um restaurante libanês em que eu dançava puxou uma roda de dabke com um said egípcio, ninguém ligou, todo mundo se divertiu. Tudo depende sempre de onde eu danço e para quem eu danço. O que eu danço e como eu danço, será consequência.

Eu dançando Baianá do Barbatuques


Vídeos de Referência:

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Folclore em Foco

Nadja El Balady (Rio de Janeiro-RJ) é diretora do grupo Loko Kamel Tribal Dance e proprietária do Oriental Studio de Dança no Rio de Janeiro, dedicando-se há 21 anos a estudar danças orientais. Professora de Dança do Ventre, American Tribal Style® e Tribal Fusion, com experiência internacional na Europa em shows e workshops. Estuda o Estilo Tribal desde 2005 e é uma das pioneiras da Fusão Tribal Brasileira. . Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

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