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ATS® vs.Tribal Fusion?

Masha Archer
 ***Esse texto foi desenvolvido a partir da minha resposta à discussão do tema sugerido no facebook da bailarina Rebeca Piñeiro. A indagação dela também pode ser encontrada em seu blog.Diversas respostas foram levantadas. Contudo, aqui me atenho apenas ao desenvolvimento da minha parte.***

Eu acho que o motivo do ATS® não ser “aceito” pelo Brasil é o fato dele ter sido "importado" com algumas falhas. Não estou dizendo que o trabalho realizado no início não tenha seus méritos, pelo contrário, foi super importante para o início, pois fomentou os primeiros trabalhos no país, disseminou informação e deu origem as principais trupes do Brasil. Contudo, não se ouvia falar de ATS® quando o estilo tribal veio para cá e, quando alguém sabia sobre o assunto, eram informações muito escassas que logo caiam no esquecimento.  Não se ouvia falar de Carolena Nericcio (muuuito menos de Masha Archer). O que ouvíamos falar? Falava-se muito de Jamila Salimpour e todo o início que se deu com ela. Muitos blogs/sites do Brasil de dança do ventre citam Jamila e só. E na minha opinião, Masha tem uma importância determinante no desenvolvimento do ATS ®,pois a partir dela é que vemos o tribal como conhecemos se delinear de forma bem característica. Não estou dizendo que as Salimpour's não tenham seus méritos. Mas Masha é tão pouco valorizada e conhecida, principalmente no Brasil, e tão importante! Através das fotos de sua filha Larissa Archer(divulgadas em seu facebook) vemos tudo isso claramente fazer sentido! Sabe quando começamos a ouvir falar dela no país?Só em 2008, através das pesquisas da Aline Muhana.

O que falava-se que era dança tribal até 2008? Uma fusão de dança do ventre, dança indiana e flamenca. E o que realmente assistia-se de tribal no Brasil antes desta época? Fusão dessas três danças de forma aleatória, de acordo com a visão de cada bailarina que acabava de conhecer o tribal. Muitas faziam isso(não estou dizendo que todas faziam isso, mas existia isso) e muitas eram bailarinas de dança do ventre que entendiam isso por ter uma visão distorcida do que era a dança, e por não se ter tanta informação do assunto naquela época. Estas bailarinas entravam em uma "moda temporária" e não se aprofundavam em conhecer o estilo que estavam "estudando". Para elas, tribal era meramente a fusão destas três danças, tendo um enfoque maior na do ventre. Talvez isso se associe a falta/menor fonte de informação(tanto textos quanto vídeos), somados ao que foi "importado" primeiramente no país e disseminado com tais idéias de fusões distorcidas. Infelizmente essa imagem do tribal se perpetua até hoje. Contudo, apesar da dificuldade de muitas bailarinas do ventre entenderem, a fusão tribal e a fusão de dança do ventre são estilos diferentes. O vocabulário de passos são diferentes; a postura de tronco,peito e braços são diferentes, conferindo imponência à dança. A expressão é diferente. Os movimentos são mais trabalhados, às vezes são muito grandes, outras bem contidos; os movimentos possuem mais dinamismos e impacto. A resposta do público é diferente diante de uma fusão dança do ventre e uma fusão tribal. Não é tão simples assim como se parece. Hoje a Revista Shimmie disponibiliza uma seção sobre tribal em suas revistas, ou seja, a informação está ali de “graça” para toda bailarina de dança do ventre saber o básico possível em fonte de confiança e qualidade, cujas colunistas são Rebeca Piñeiro(SP) e Kilma Farias (PB), duas bailarinas renomada por seus trabalhos no país(aliás,leiam a entrevista realizada com Carolena Nericcio à Shimmie, disponível no blog da Rebeca e professores do Campo das Tribos, talvez ajude quem tem um pouco de dificuldade em entender todo esse processo). Mas hoje tem informação, certo? Sim, mas muitos têm preguiça de saber o básico, talvez por descaso; talvez por não acharem importante ou que vá acrescentar algo; talvez  por acharem que já sabem por apenas “ver”/ assistir;ou até mesmo por não gostarem e bloquearem qualquer informação do tipo.


Na minha opinião, o ATS® começou a ser conhecido mesmo no Brasil em 2008, através da Tribo Mozuna(RJ) (principalmente através de suas diretoras,Nadja El Balady e Aline Muhana), não só pelo seu trabalho, mas pelas informações que elas trouxeram à comunidade tribal sobre ATS/ITS; além das pesquisas de Mariana Quadros (SP). Uma trupe no Brasil que sempre teve uma grande semelhança com o ATS/ITS foi o Damballah (PR), que permanece até hoje em sua importância. Talvez seja o que mais perto se tinha do ATS® no país, e o Damballah  só veio a surgir em 2005. Nadja começou seus primeiros passos em direção ao ATS®(antes da criação do Mozuna, em  2009) também nessa mesma época. Ou seja, antes de 2005 nem deviam sonhar com ATS®. A partir daí houve uma reconstrução do tribal brasileiro, quebrando muitos paradigmas e muita coisa do que se conhecia como Tribal . Talvez seja até um marco importante na História do Brasil:o tribal antes e o tribal depois do ATS® ( tema que sugeri a Nadja em seu blog =) ). Soa engraçado, pois isso deveria ser conhecido, teoricamente, antes que o fusion. Mas une-se o fato das falhas quando a dança se adentrou em nosso país, a visão distorcida que as bailarinas de dança do ventre  tem do tribal, e o fato do tribal fusion ser muito mais atrativo que o ATS®, "ofuscando" (inicialmente) o ATS® de aparecer em cena no país. Acredito que , neste quesito, o ATS® esteja na mesma proporção que  a dança folclórica árabe no geral, apesar que vejo isso mudar muito hoje em dia. O Brasil ainda carrega uma visão antiquada errônea do Tribal de outrora. O país ainda não se atualizou diante das informações sobre a dança tribal .


 Pode-se ensinar tribal fusion sem ATS®, mas acredito que uma hora ou outra falte-se embasamento naquilo que se orienta. Surgem questionamentos de sua origem. Surgem lacunas. Porém, eu estaria mentindo se eu dissesse que não dá para ensinar tribal fusion sem saber ATS®. E no que eu me baseio isso? Ora, simplesmente no fato de como a dança entrou no país e da forma que foi disseminada sem (quase) ninguém saber o que era ATS®. Além do fato dessas primeiras gerações de Dança Tribal no Brasil serem de dança do ventre, o que forneceu base necessária para que elas conseguissem aprender a dança. E com as poucas ferramentas(informações) que se tinham a mão aqui dentro, e tentando buscar por mais, cada trupe que foi se formando criou sua independência em pesquisar por conta própria sobre o assunto e, a partir de então, conseguiram encontrar as peças que estavam faltando neste quebra-cabeça. Muitos grupos, desde os primeiros anos da dança no país até os dias de hoje, se perpetuaram, consolidando uma carreira profissional de respeito; estes  foram os que não se mantiveram estagnados e conformados com o material que tinham mas, foram aqueles que realizaram suas próprias linhas de pesquisas e conseguiram reorganizar, aos poucos, toda o conflito e confusão que a própria Dança Tribal gerava ao redor de si mesmo, pois, como eu disse anteriormente, chega um momento que fica um espaço em branco sem resposta, e esse espaço não faz sentido de estar ali naquele lugar.

Rachel Brice vestida com figurino de ATS® e Carolena Nericcio com o figurino de tribal fusion.
Negar o ATS é negar sua origem; é negar seu código genético, como bem disse a Rebeca; é negar seus antepassados e toda a importância que estes fizeram em sua História. Se a pessoa quer dar aula sem ATS, tudo bem, pode-se fazê-lo . Mas NEGAR a existência e importância do ATS no tribal fusion ,há algo errado nisso. Nem Rachel Brice, nem Zoe Jakes, nem Ariellah(exemplo na entrevista realizada com a bailarina no blog), nem Kami Liddle, nem Mira Betz e tantas outras bailarinas importantes negam isso. Pelo contrário, existem muitas evidências que elas vêem a importância do estudo do ATS para as fusões com dança do ventre e não só tribal fusion. Em uma entrevista(existe traduzida no blog Tribal Mind da Ana Harff), Jill Parker diz que Rachel Brice, Mardi Love, Zafira Dance Company, Heather Stants e ela deveriam se unir e limitar parâmetros de até onde vai o que chamamos de Tribal Fusion. Por enquanto este segue em direção ao infinito, mas até este possui “regras” para serem categorizados como dança tribal. Desculpe aos que acham que não há limites,mas essa é uma realidade comentada não por mim ou qualquer bailarina do Brasil, mas isso é uma discussão que já existe nos EUA há algum tempo(procurem, por exemplo, no blog da Asharah, bailarina que hoje faz parte do The Bhoomi Project). E isso não é motivo de achar que se houverem regras, a casa caiu, é ditadura do tribal (rsrsrs),etc. Pelo contrário, são só orientações de como seguiremos com nosso trabalho. Não confundam isso com entraves. O ATS® existe há algumas décadas e nunca impediu o tribal fusion de se expressar, pelo contrário, Rachel Brice pediu permissão e orientação a Carolena quando entrou no BDSS e se tornou a maior disseminadora da dança. E Carolena, como qualquer outra mãe, abraçou-a, orientou e apoiou sua dança.

8 Elements
Eu acho engraçado falarem (sim, já li isso mais de uma vez) que o ATS® é antiquado , uma atitude tradicionalista,conservadora, fundamentalista e um entrave, uma limitação para dança tribal. Engraçado. Alguém impede de dançar Tribal Fusion mesmo existindo ATS®? Carolena quando decidiu formalizar o ATS® abriu as portas para que outros studios mostrassem seus trabalhos para que alguns de seus passos entrassem no New Style/Modern ATS . O problema é o fato de Carolena ter criado o selo de Sister Studio FCBD®? Engraçado, ninguém fala mal dos selos criados por Suhaila Salimpour e Rachel Brice, por exemplo. Aquela que quer se aproveitar, quer segregar e ser oportunista criando um mercado promissor na dança é apenas a Carolena e o ATS®. Engraçado. Não se pode criar uma dança, conceder um formato. E não é apenas um conjunto de passos peculiares, mas o  grande diferencial do estilo é a improvisação coordenada, com seus sinais, suas "deixas", sua formação em grupo e sua adequação no palco em coros.Ou seja, existe toda uma linguagem que se reflete na comunicação em forma de dança; um diálogo que se pode fazer entre bailarinos de diferentes países que não falam a mesma língua verbal de seu país,mas que se comunica através da linguagem universal do ATS®.Só o flamenco pode virar dança(sendo que este veio de danças ciganas), a dança contemporânea pode(sendo que esta veio do ballet); e a dança do ventre...como ela se tornou o que é hoje? Ela veio da FUSÃO de algo, não?
Carolena Nericcio e seu grupo Fat Chance Belly Dance(FCBD®)

Exemplos de algumas bailarinas internacionais famosas que já passaram pelo ATS®, direta ou indiretamente, e danças étnicas:


Jill Parker
Considerada a primeira bailarina de tribal fusion e ex-membro do FCBD
Jill Parker, um dos membros originais do FCBD - da esqueda para direita, ela é a 2ªbailarina
Jill Parker e seu extinto grupo Ultra Gypsy
Rachel Brice

Rachel Brice foi aluna de Jill Parker e membro do seu grupo Ultra Gypsy - da fileira de cima, RB é a 3ª bailarina.


Ela também estudou com John Compton, do Hahbi 'Ru
Rachel Brice também foi aluna de Carolena Nericcio
Sharon Kihara


Sharon Kihara no Ultra Gypsy - na fileira do meio, Sharon é a 3ª bailarina da direita para esquerda
Jill Parker(esquerda) e Sharon Kihara (direita) - Ultra Gypsy

Samantha Emanuel


Samantha estudou  ATS, ex-membro do Tribal Fire (UK). Ela também estudou com Carolena Nericcio e Rachel Brice.http://www.letsshimmy.co.uk/tribalfire.html
Kami Liddle

ATS com Kami Liddle
Moria Chappell


Moria, ex-membro do Awalim, grupo de tribal e fusões étnicas - Moria é a primeira bailarina da fileira de cima, da direita para esqueda

Zoe Jakes

 E para quem acha que a Zoe é somente performática, desculpe mas , além dela já ter tido aulas com Carolena, ela foi membro do Aywah, grupo de Katarina Burda, voltado para interpretações de danças étnicas. Grupo inclusive que Mira Betz e Elizabeth Strong faziam parte.

Um vídeo de Zoe  no Aywah!:



Um vídeo recente de Zoe com  elementos de ATS: 

Eventos, concursos, workshops e afins

Olá pessoal!


Estamos entrando oficialmente na época dos eventos de tribal no Brasil. Então até o final do ano é correria para preparar figurino, coreografia, workshop e a organização dos eventos em si.

Este é um tema que já está rondando minha mente um certo tempo e decidi colocar na minha "penseira" hoje.



CONCURSOS: BANCA TRIBAL VS VENTRE



Começando pelos concursos que, geralmente não são realizados em eventos exclusivos de dança tribal, mas em eventos de Dança do Ventre e anexos.  Gostaria de deixar claro que nunca participei de um concurso e vou falar o que já li, ouvi e o que eu vejo como observadora à distância. Muito do questionamento dos concursos para tribal fusion é a banca dos mesmos. A maioria das bancas para concurso deste estilo são majoritariamente de bailarino(a)s do ventre. Um ou outro de tribal!? Como assim? Como dar veracidade em uma avaliação de um estilo específico de dança se não há representantes do mesmo? Não estou dizendo que os bailarinos de dança do ventre não tenham capacidade de avaliar.  Algumas coisas eles podem sim, como limpeza dos movimentos, execução correta dos mesmos,postura e elegância,etc. Mas eles não devem ser a maioria. O estilo tribal tem muitas peculiaridades de passos, figurinos e sua história refletida nestes. Além disso, só quem está envolvido com a dança e sua cena conhece o desenvolvimento que ela tem ao longo dos anos, sua evolução como dança e seus novos arquétipos explorados. Infelizmente,os bailarinos de outras modalidades geralmente não conhecem a dança ou tem uma visão retrógrada da mesma, isto é, uma visão antiga do que já fora o tribal fusion, como aquele apresentado entre 2003 a 2009 por Rachel Brice e o The Indigo. Mas esse tribal morreu?Não existe mais?? Não, ainda pode-se dançar o estilo "tradicional" do tribal fusion, que é mais ligado ao ATS® em sua forma e expressão. Mas não pode-se anular o fato do estilo estar em constantes modificações, aspiradas pelas novas vibes das bailarinas internacionais. A dança hoje está com um figurino muito mais clean e próximo da dança do ventre do que do tribal fusion de outrora. E quem vai  ter o termômetro para avaliar se o figurino está dentro das fusões alicerçadas pelo tribal casado com passos característicos é uma bailarina do estilo! Outros podem descontar isso por não terem conhecimentos de tais detalhes e nem obrigação  para isso!Não é a especialidade dele, certo? É como colocar um médico para fazer uma cirurgia em um animal. O médico não é apto para isso? Não tem conhecimento e capacidade para tal feito? Até certo ponto sim. Ele vai entender algumas coisas e vai até poder atuar em algumas situações, mas coisas especificas do animal, detalhes da fisiologia de cada espécie, como determinado fármaco atuará em seu organismo,etc, somente um veterinário é apto para saber como conduzir a mesma com precisão. Assim é a dualidade ventre vs tribal nos concursos. Não estamos tirando o mérito profissional de bailarinos do ventre, mas sim clamando por atenção a um concurso de um estilo muito peculiar. Se quer que seu concurso seja levado a sério, trate-o com seriedade, dê veracidade às avaliações com profissionais do ramo e capacitados para tal feito. Caso contrário, é melhor que não exista o concurso, pois ele não será prova nenhuma, nem parâmetro para a bailarina e nem  dará credibilidade para o evento neste quesito.


WORKSHOPS INTERNACIONAIS: POUCA FLEXIBIDADE



Outro ponto que gostaria de abordar é o encarecimento do estilo. Gastamos MUITO (financeiramente) para fazermos uma aula semanal, e não tiro esse quesito, porque, afinal, os professores da dança tem que pagar suas contas e se sustentarem com isso. O preço é justo. Gastamos MUITO com um figurino. E o argumento é o mesmo que as aulas. Gastamos MUITO com coisas secundárias, como maquiagem, unha, cabelo,etc.   Você pode até dar uma amenizada...conseguir umas coisas de brechós, dar uma customizada em alguns acessórios,fazer os seus,etc. Mas mesmo assim você vai continuar gastando em algum outro ponto. Gastamos MUITO com workshops dentro e fora do país.E aqui está um ponto que gostaria de comentar.

Sabemos o quanto alunos e professores gastam para se manterem dentro do estilo da dança.  Os workshops das bailarinas nacionais o preço é "justo" e muitas vezes pagam o básico, como transporte . Pois muitas vezes há permuta entre mão-de-obra da bailarina e evento. Acaba sendo "conveniente" para ambos. Mas e os workshops internacionais com aqueles preços exorbitantes? Você sonha em fazer aula com x bailarinas que ama , sua consciência volta do céu e desce para a realidade brutal. Como pagar? O problema do preço é o fato da maioria dos eventos de tribal adorarem fazer um pacote estático de todas as bailarinas. Por quê???

  1. "Mas parcelamos em  2 anos!" Sim, é uma alternativa e não uma solução. E ninguém gosta de ficar pagando um workshop por quase dois anos e ficar preso a isso...não é saudável. Mas na falta de opções é a que muitos tomam para poder " fazer parte" do evento.
  2. "Porque pode pender mais para uma do que para outra". Sim, concordo! Mas aí está a busca por patrocínio que servem para abater isso no orçamento. A falta de patrocínios nos eventos de tribal superfaturam os orçamentos e quem paga (literalmente) são àqueles que vão fazer as aulas. Sim, eu sei o quanto é complicado e díficil conseguir patrocínio em um país onde a arte não é valorizada como deveria ser. Eu já fiz um evento de tribal em minha cidade e sei o quanto é difícil conseguir patrocínio para transporte, alimentação, hospedagem e o cachê das bailarinas, fora pagar o aluguel do local do evento,entre outros por menores, sem precisar pagar do próprio bolso. Ninguém quer patrocinar nada hoje em dia e há  falta apoio da prefeitura da cidade. Sim, eu sei disso tudo. Mas por que então não unir o útil ao agradável? Não quer perder dinheiro e tem que colocar as despesas no valor dos workshops, porque na sua cidade é difícil de se conseguir patrocínio?

  •   Se o seu evento já é famoso no país, não vai faltar vaga para ninguém, com certeza todos os workshops serão preenchidos, pois há bailarinas de todos os níveis(iniciante, intermediário, avançado e profissionais) querendo participar do mesmo.Então, seria muito legal se não houvesse pacotão de todos os workshops, deixando livre para que todos façam workshops por bailarinas internacionais que lhe interessa e, desta forma, a pessoa economiza dinheiro, ainda pode estar participando do seu evento dançando nas mostras e atualizando seus estudos, mantendo contato com a mesma, e divulgando o seu evento. Até porque, com esse lance de pacote, sempre tem um ou outro workshop que a pessoa paga mas não faz porque  ou está cansada ou não dá tempo, já que os horários de alguns workshops se sobrepõem aos das apresentações amadoras e do show principal. E sinto que isso acaba segregando uma parcela de amantes da dança que gostaria de participar do evento, mas que não pode, pois o preço deles  saem caro para as mesmas. E se é caro para você que organiza, é também para àqueles que pagam, pois gastam, além do workshop e coisas em comum para a apresentação, trasnporte do seu estado para o estado do evento( que tanto de avião quanto de ônibus sai caro), transporte interno(ônibus ou táxi ou gasolina rs), alimentação, hospedagem e, muitas vezes, ainda tem que pagar por filmagem e fotografia (outro ponto a comentar logo abaixo).Outra alternativa é fazer pacotes menores ou ter as duas opções: pacote com todos os workshop e workshop por bailarina. É complicado, mas é algo a se pensar. Se nos eventos de dança do ventre você pode optar por quais workshops fazer, então nos de tribal não é uma coisa impossível também. 
  •  Agora, se o seu evento não tem repercussão nacional, então acho justo fazer o pacote, porque senão, quem paga o pato é o organizador do mesmo.

FILMAGEM/FOTOGRAFIA: PROIBIÇÃO

Outro ponto a discutir é a proibição de filmagem e fotografia nos eventos. Isso você vê em eventos de tribal E dança do ventre. E eu acho muito inconveniente querer impor. Primeiro, porque sempre tem alguém que burla isso e consegue tirar foto e filmar , já que não há fiscalização muitas vezes. Segundo, quem quer filmagem e fotografia profissional vai querer ou não, independente se proibir! Geralmente as bailarinas profissionais optam por esse tipo de serviço, já que a qualidade da captura das imagens de ambos instrumentos, bem como som e edição dão um efeito muito melhores que amadores. A câmera amadora quer, APENAS, registrar àquele momento e o evento ainda ganha divulgação gratuita com eles, pois geralmente são os primeiros a serem colocados na internet  devido a praticidade e, portanto, seu evento será comentado mais rapidamente tendo uma maior  repercussão por ainda estar na "adrenalina" do momento; ainda é algo recente. Depois que passa meses e só então o(s) vídeo(s) e/ou foto(s) são divulgados, ninguém mais está na euforia de procurar pelos mesmos nas redes socias e Youtube, o que acaba caindo no esquecimento. É mais benefício para a bailarina mostrar sua coreografia, seu trabalho realizado, do que para o evento em si, na minha opinião.

Uma outra opção, caso o organizador queira incluir esses serviços, faça como os grande eventos internacionais: crie um canal do evento e coloque todos os vídeos. Lá estarão concentrados todas as apresentações de todas as edições. Assim fica também mais fácil de buscar pelos mesmos. E se possível, faça isso com o mais breve possível de tempo. Acho que só o Tribal Fest CA consegue colocar os vídeos das apresentações durante a semana...não vi outro que faça algo tão extraordinário assim. Portanto, acho que um mês é suficiente para os vídeos serem divulgados, pois geralmente é o prazo máximo que os profissionais de filmagem oferecem. Mais tempo que isso, cai no esquecimento e na monotonia.

RECICLAGEM DO REPERTÓRIO DE PROFISSIONAIS: NOVAS OPORTINIDADES E VALORIZAÇÃO DAS RIQUEZAS NACIONAIS


O último ponto que quero abordar é a falta de novos profissionais nos eventos específicos para Tribal. Não necessariamente novos no sentido de "atuais",mas também aqueles que não estão muito em evidência, o que não significa que não sejam competentes, pelo contrário, conheço muitos que são de uma técnica e dança de cair o queixo! Não estou desmerecendo ninguém. As bailarinas profissionais já conhecidas devem sempre estar lá, pois é garantido para o organizador uma boa repercussão ; e elas merecem também estar lá pela sua capacidade e profissionalismo. Mas sinto muitas vezes que outras bailarinas com muito talento e potencial poderiam ser chamadas e conhecidas pelo público! Muitas vezes vejo bailarinas internacionais que nunca ninguém ouviu falar participando e as nacionais, cadê? Sinto também que rola algo como: "Só te chamo se você vier no meu evento uma primeira vez". E acho isso muito estranho.  Por que não chamar uma bailarina pelo seu talento, mas que não é famosa(ainda)? Eu conheço tantas bailarinas com um potencial enorme, mas não são famosas porque "não foram descobertas" pela falta de apoio dos eventos do estilo. Isso é uma coisa a se refletir. Acho que os eventos devem se abrir mais, e não se fechar. Somos uma tribos ainda em construção e temos uma vasta riqueza em bailarinas impressionante que eu não vejo em muitos países ( em questão de técnica mesmo)! Temos que nos unir mais, chamar mais bailarinas para que elas sejam conhecidas, dar oportunidade para as novas mostrarem seu trabalho e não fechar a porta. Além disso, as bailarinas serão muito gratas pela oportunidade que o evento deu a elas e sempre lembrarão disso com muito carinho. E com certeza seu evento será muito bem falado por elas =)


Até mais ;)

OBS: Deixando claro que não estou me referindo a nenhum evento em particular! É apenas uma crítica, que espero que seja encarada como construtiva para os organizadores de eventos.

Por uma causa nobre

*** Apenas uma reflexão. Não tem a ver com dança***

Hoje me deparei  pensando no meu filho e na sociedade atual. Tento sempre buscar dentro de mim uma causa humana, tentar ver o todo, ser imparcial e ver uma causa particular transposta ou comparada com outras causas particulares, com o intuito de tentar ver o que elas têm em comum; o que as levam  a agir dessa forma. E noto que  todas têm a mesma "programação", " a mesma linha de raciocínio"; se tirarmos aquela "causa" que está a frente, aquela estátua engessada, uma figura antroporformizada de uma causa ( direitos dos homossexuais, mulheres,crianças,idosos,miseráveis,etc), que nos impede de enxergar o verdadeiro sentido de todas as causas, que convergem em uma única voz  de socorro.

Muitas vezes nos deparamos com estigmas de "A humanidade está perdida", " O ser humano é um bicho ruim", etc, mas profundamente me deixo levar pelas minhas reflexões e vejo que não é  bem assim. Há luz no meio da escuridão. Há esperança dentro do impossível. Sinceramente, o que vejo na História de toda a Humanidade é a presença de oportunistas. Em toda causa, seja ela religião, luta pelos direitos dos animais, mulheres, socialismo, etc,  tem seus ideais nobres. Linda na teoria. Uma teoria elaborada por homens e mulheres! E por quê elas se tornam podres ao serem colocadas em prática?? Porque a maioria dos homens são corruptos? Se fosse assim, não haveriam legiões e mais legiões movidas pela fé, pela esperança das coisas mudarem para melhor em prol de ‘apenas’ uma causa. E todo esse mutirão de pessoas não entram nas estatísticas? Temos a mania de anular as coisas boas, quando as coisas ruins nos assolam. A maioria não é ruim, mas a maioria é ingênua e , por isso, manipulável, como são as crianças, que são ingênuas,mas sempre estão do lado daqueles que dão mais atenção às suas causas. A minoria são pessoas de más índoles, oportunistas. Aproveitam a força de uma nobre causa em apenas alcançar seus egoístas objetivos. Talvez como um parasita que se hospeda em um corpo são, o qual permite dar alimento, conforto,moradia e proteção. Mas o que o parasita faz, ao meio de nossas células, é destruí-las sem que elas percebam.Provocar  discórdias, confusão...levando a ‘causa’ para um fim distorcido do original. São os oportunistas com seus lábios eloqüentes e muitas vezes ufanistas, que levam a morte em suas guerras "sem causa”, já que a causa principal é apenas uma distração, para seus interesses  egoístas e ambiciosos.

Voltando ao ponto de partida de meu texto, deparo-me apenas que a sociedade humana foi talhada em fundamentos preconceituosos, tortuosos e egoístas. Uma minoria, contudo, com voz ativa para liderar, conseguiu impor no nosso “DNA” pré-conceitos deste tipo. Não é fácil derrubar uma Roma de pensamentos que está em pé há milênios, mas vemos que sua hegemonia está sendo derrubada. Novos modos de pensar estão ganhando força , ainda de forma tímida se comparada com tudo que deve ser mudado. Mas aos poucos vemos leis, preocupações com o meio ambiente, com os animais,com o consumidor, enfim, com vários assuntos que não tinham nem "voz" para isso. Aqueles que pensavam diferentes eram "escravos" de uma sociedade "idealizada" pela minoria oportunista da nossa Humanidade.

Vejo que um pai desprezar um filho gay é muitas vezes a mesma proporção de um pai desprezar sua filha grávida, de seu filho tímido e franzino, etc, isto é, de seu filho que “não tem o ideal” para sobreviver nesta ‘selva’;  que não tem o arquétipo para perpetuar, para passar aos seus descendentes sua "herança genética". Assim,ele não é o ideal que o "mercado"  da Humanidade quer consumir, afinal, não é lucrativo, pois não move a massa. São pais que querem seus filhos como títulos e troféus, e depositam seu reflexo neles, para que estes o superem e tragam "louros", "vitórias", "conquistas" ao seu legado. Sinceramente, tudo isso é uma guerra louca. Uma guerra que nos faz sangrar em nossos sentimentos, marcadas eternamente em nosso ser. Talvez nossa sociedade se rebele por ser órfã de um pai (=sociedade) que a despreza. Só que hoje vejo tais órfãos se unindo, se articulando por suas causas nobres. Mas vejo também os oportunistas espreitando em suas sombras para  corromperem a causa novamente,como serpentes lascivas,  ardilosas se esgueirando para abocanhar sua próxima presa.


Aerith (C.S.C)

Ser tribalista é ser...

por Aerith Asgard

Bailarina: Sharon Kihara (USA)
**Esse texto foi escrito por mim, como resultado de uma indagação feito por Jaya Shakti em uma comunidade de tribal fusion,no Orkut, em maio de 2009. ***


Vamos relembrar alguns princípios  do porquê começamos  a nos embrenhar na dança tribal? =)


Ser tribalista é ter a essência tribal muito antes de conhecer o tribal, pois quem é tribalista de verdade sempre o será, não importa a época; não importa se está na moda ou se é o “boom” do momento (aliás, nós não gostamos de fakes, ou falsas tribais que só tem casca, mas não tem coração).Faça frio ou calor; faça sol ou faça chuva: estaremos no meio de todo intemperismo, sofrendo as ações da Mãe Natureza, mesmo que nossos cabelos se despenteiem e nossa maquiagem se desfaça, estaremos sempre honrando a nossa Terra, a nossa morada, a nossa família, a nossa tribo. E a união faz a força. Somos uma corrente.


Ser tribalista é ser mulher, ser guerreira amazonas, ser leoa e matriarca. É lutar pela sua prole com garras e dentes; é lutar pelos seus direitos de mulher; é mostrar para todos pra que veio e calar o mundo com o seu olhar fatal. É ser detalhista e observadora e saber a hora de dar o bote. É o rugir das entranhas do seu ventre que embalou um dia o mundo. É ser força, é ser frágil, é ser única, é ser sensível, é saber escolher as palavras, é poder sonhar e depositar toda sua esperança e fé nesse sonho e o tornar real. É não se dar por vencida! É saber admitir o erro, é saber perdoar e compartilhar.

Bailarina: Mira Betz (USA)
Ser tribalista é expressar na arte de dançar aquilo que sua alma anseia, aquilo que ela geme ou grita, aquilo que ela ri ou chora. É mostrar a sua identidade; é mostrar o seu ser na dança. A dança tribal é liberdade de expressão; é o meio físico pelo qual nos tornamos imortais nas memórias da História, pois os sentimentos que exalamos é vida e a técnica que adquirirmos com anos de treinamento é aquela quem vem do âmago, pois não há perfeição se você não dançar com todo o seu ser, com toda a sua bagagem existencial, com todas as limitações que esse corpo físico te proporciona, usando e abusando dessa ferramenta para passar uma mensagem que palavras não conseguem descrever. É querer quebrar barreiras, é querer tocar os céus; é querer mostrar a beleza e a espontaneidade dessa arte.

Bailarina: Ariellah (USA)
Ser tribalista é ser você, com toda sua peculiaridade, com todos os seus erros e defeitos, mas nunca demonstrá-los, por mais fraca que se possa estar sentindo no momento. A voz do tribal soa mais forte. E na hora da dança tudo isso se esvai e embebida nos enlaces tribais, você se deixa levar pela magia e se torna poderosa, indestrutível e arrebatadora. Você se transforma no tribal. O botão que estava fechado se desabrocha. O nó que está preso na garganta se rasga nas batidas e tremidas, a mansidão de uma menina se transfigura na fúria tempestuosa de uma mulher; a languidez dos olhos infantes tornam-se chamas, fervor e ardor nos fogos do quadril. E aquilo que parece simples se torna complexo e misterioso através dos movimentos sinuosos dos braços e mãos.

Bailarina: Mardi Love (USA)

O tribal é o passado, o presente e o futuro ocupando o mesmo espaço. É a arte de “chocar” através do sublime e do exótico. É a arte do serpentear hipnótico que prende a atenção do público. É harmonia do Medievalismo, do Humanismo e Renascentismo, do Barroco, do Arcadismo, do Romântico, do Parnasiano, do Simbolismo, do Naturalismo, do Moderno e do Contemporâneo em um único ser.O antigo é transformado, remodelado, reinterpretado, reutilizado e revitalizado... Para se construir o novo... Ele é todo um ritual: a preparação do corpo, da mente, do espírito, do figurino, da coreografia para o momento da grande e especial apresentação.

Zoe Jakes and friends (USA)

Eis o tribal, uma dança híbrida, globalizada, mutante, móvel, sem tempo, sem preconceitos e em constante transformação.

Datura Tribal Co. (USA)

Sob uma óptica não tão obscura

Ariellah - criadora do dark fusion

Estamos acostumados com regras, nomenclaturas e fórmulas para as coisas.Talvez tudo isso seja um reflexo do mundo em que vivemos, onde tudo já vem da forma mais simples possível para facilitar a nossa vida. Mas nem sempre as coisas são assim, principalmente no tribal fusion, que é tão diversificado.

Hoje quero apontar o dark fusion, termo criado por Ariellah para designar seu estilo. Um estilo muito voltado ao gótico,mas não somente este. O dark fusion abrange vários estilos undergrounds, envolvendo uma maior carga expressiva, com uma dança mais teatral e uma óptica obscura. E talvez esteja ai o grande diferencial entre dark fusion e gothic fusion:saber transformar algo normal, que não é gótico, em algo obscuro; saber distorcer para uma visão mais sombria; saber transformar o sublime em uma estética mais alternativa e bizarra,não deixando de ser belo;o dark fusion  é uma poesia em forma de dança ,porém, apenas para olhos que os vêem.

Zoe Jakes - bailarina de tribal fusion
E fora do dark fusion? Não podemos enxergar características “darks”? O tribal fusion com certeza já possui uma característica bem underground e, talvez, "agressiva", com relação ao que estamos acostumados na dança. É algo que choca conceitos por seu visual forte com tantos elementos da cena alternativa, como dreads,piercings ,tatuagens e cabelos coloridos, e uma dança muitas vezes densa, sinuosa e hipnotizante. Talvez por isso muitos leigos considerem a dança gótica. Mas será que eles estão tão errados assim? A dança realmente não pode ser lida como sendo  mais obscura? Acho que sim.A expressão é mais forte,impactante,misteriosa e dramática, com maquiagem pesada e olhar mais fechado; com movimentos lentos, mas também muito ágeis , flexíveis e técnicos; possui um visual mais alternativo e livre do que a dança do ventre atual.E por isso nasceu a necessidade de expansão dessas características natas do tribal fusion. O dark fusion apenas manchou totalmente de preto a dança tribal; onde havia apenas uma pitada de alternativo foi totalmente "corrompido" pela escuridão de Ariellah e adeptas. Bailarinas de tribal fusion que não são do estilo gótico também são bem góticas mesmo não querendo ser e mesmo não sendo. Mas se você  olhar com olhos interpretando para a "cena dark",você consegue visualizar. Quantas bailarinas de dark fusion não se inspiram  na dança, ou na expresão, ou até mesmo em elementos de figurino de Zoe Jakes, por exemplo?

Apsara - grupo de Tribal Nouveau e Ritualístico
E no dark fusion tem que ser sempre no preto? Sempre “carão”? Sempre correntes, caveiras e rebites? Acho que não. Nossas bailarinas vêm mostrando que o branco/creme também é uma cor que pode ser utilizado pelas bailarinas do estilo; além de purpurina e muito brilho, basta você saber interpretar.  Sorrisos e outras expressões também são muito bem vindas, e estilos se misturam com o gótico no dark fusion, como o vintage,burlesco, cabaret,art nouveau,etc. Você apenas tem que ter olhos para esse tipo de expressão.

Além disso, somos livres para nos expressarmos. Não precisamos ser 365 dias trevudas from hell! O tribal é livre para você se expressar da forma que quiser e como quiser! Então, se você gosta de ATS , vintage, balkan,afro-brasileiro...DANCE! Não se ligue a parâmetros, ou o que a cena vai pensar! Você não vai deixar de ser o que é e gostar do que gosta se você dançar outras coisas que você também se identifica. Estamos no tribal apenas para nos expressarmos da forma que nos sentimos mais a vontade naquele momento; expressarmos o que nossos corações clamam. Porém, há bailarinas que são apenas inseridas na cena do gothic bellydance, e isso também não tem problema algum! Ela nãoé poser por ser 24h “dark”, pois ser gótico vai além de um momento e também além do visual, e sim pelos conceitos por detrás da estética;pela filosofia; pelos gostos e estilo de lidar com a vida.

Tempest - bailarina de gothic fusion bellydance, com um visual bem mais "tribal"

Não existe fórmula,não existe “kit dark fusion”  para comprar pronto. Existe sim, ter uma boa base de tribal fusion,independente do estilo(Dark, ATS, Gypsy, Fusão Brasil,Balkan,etc). Você dançará dark fusion a partir da sua essência, do seu estilo, dos seus gostos  e da sua capacidade em transformar trevas em luz ou luz em trevas em Arte.

Kilma Farias - bailarina de Tribal Brasil,
mas que também faz fusões deste com o dark fusion


Abaixo alguns vídeos para ilustrar o post acima:

Ariellah:


 Dark fusion em figurino branco e delicado, com muitas rendas, porém as botas pretas e com salto alto e fino, com a expressão forte e "agressiva" de Ariellah ajudam a contrapor o conceito de sublime, delicado,submisso e belo.

Apsara:


Grupo Apsara, dirigido por NagaSita. Apesar de estarem de branco elas adaptam bem à sua dança ritualística a uma imagem mais sombria e misteriosa, aliados a imagem da mulher em comunidade.



Sashi:



Sashi é um dos ícones de bailarinas dentro do gothic fusion. Aqui ela não está dançando o estilo,mas uma dança  tribal bem mais ligada ao ATS, com direito a música ao vivo! E só por estar dançando algo diferente do comum, ela não vai deixar de ser da cena gótica. Somos livres para nos expressarmos da forma que quisermos, a hora que quisermos e como quisermos, pois sentimos a vontade para isso naquele momento.



Kilma Farias:


Aqui temos o contrário do exemplo acima: Kilma Farias, grande ícone do estilo Tribal Brasil, dançando dark fusion! Tão leve,solta, mas marcante e expressiva, com toque de suas fusões afro-brasileiras na dança obscura. E não pode? Claro que sim! Basta você ter o olhar transformador,lembra?



Mardi Love:



Mardi Love não é uma bailarina gótica, porém, nesta apresentação a música é tão parada e misteriosa, que cria uma sensação de assombro,como se estivesse vendo um fantasma dançando ao som da neblina densa e do vento sussurrante ,como um lamento e atormentação. O figurino claro , a expressão compenetrada, aliados com movimentos sinuosos,lentos e minuciosos e a própria música, cria toda essa atmosferização.


Zoe Jakes:

Zoe é uma das bailarinas mais famosas de tribal fusion, mas sua dança inspira muitos adeptos do dark fusion. Neste vídeo a música ajuda a bailarina a criar uma expressão forte e marcante, tanto nos passos quanto no olhar. Seus movimentos são também sinuosos e inesperados. Zoe lembra uma cobra dançando que a qualquer momento pode dar o bote em sua presa hipnotizada; ou uma vampira que está "seduzindo" para fincar seus dentes em sua presa. O visual é bem pesado para um simples tribal fusion, com penas pretas, lembrando de corvo, ao redor do pescoço, sutiã vinho com vários rebites e correntes, e calça com listras em preto e cinza.

Esta música do Beats Antique dá várias idéias para a cena dark, pois ela tem um toque delicado, como uma caixinha de música,mas tem uma força densa por trás.A música também começa a dar uma acelerada, dando uma sensação de desespero, ansiedade,etc. A dança em si é menos sinuosa que acima, porém o figurino de Zoe é bem adequado ao dark fusion, com esse tecido vinho,correntes do sutiã de pedraria preta, além de algumas rendas pretas.


Rachel Brice:


 Aqui Rachel Brice está em uma apresentação bem mais performática que o costume. Representando a Morte com uma foice. Uma maquiagem de caveira, suas belas flores vermelhas corrompidas pela escuridão, assim como seu figurino.Uma figura que lembra também as Catrinas do Dia dos Mortos, do México. Tudo a ver com  o tribal, tudo a ver com a dança sinuosa e expressão mais fechada da Rachel, como a do flamenco; e tudo a ver como uma adaptação para o dark fusion.

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