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(ATS) Fusion

Meu intuito deste texto foi colocar algumas impressões minha sobre o assunto e uma forma de complemento dos textos mais complexos que estão disponíveis na internet pelas bailarinas profissionais, com o objetivo de tornar mais didático o estudo do tribal para bailarinas iniciantes.

Além disso, esse texto servirá de subsídios para textos meus com co-relações ao tema.


(ATS) Fusion


ATS® é a sigla para “American Tribal Style”,criado pela diretora do grupo FatChance BellyDance(FCBD), Carolena Nericcio.

(ATS) Fusion é o título que criei para essa postagem. Uma forma de lembrarmos que o “Tribal” do estilo tribal fusion se originou desta sigla ou nomenclatura.Além do próprio ATS® ter sua base,inicialmente, criada através de uma fusão com outras danças, com uma gênese em comum. Porém, isso não significa que ela não seja uma dança autônoma,pelo contrário.


Jamila Salimpour e Bal Anat

O ATS® foi a consagração de uma necessidade que as bailarinas estavam demonstrando ter.Uma necessidade de retornar às raízes, a uma dança mais ligada a terra,ao contato com as natureza, à ancestralidade, à feminilidade e ritualismo.Tudo isso pode ser encontradas em danças provenientes de tribos,muitas vezes nômades ou ciganas.Talvez, quem tenha se colocado a frente na época e unido várias ideias fora Jamila Salimpour. Ela começou a levar suas alunas à festival medieval  Renaissance Faire, a qual  é propícia a toda essa fantasia interior na dança. Lá, ainda era uma tentativa de representação de cada cultura. Masha Archer começou a dar força e expressão nos passos, vetimentas e intenções naquilo que sua professora Jamila começou. Logo mais, Carolena Nericcio seria a responsável por dar continuidade ao legado das duas mestras e formatar todo o conhecimento até aqui acumulado em uma dança singular.


Masha Archer
Acredito que o ATS® não foi intencional, mas sim uma necessidade daquelas bailarinas em expressar algo intrínseco aos seus anseios,sonhos, gostos,etc , que foi criando forma e cor, até começar a ter vontade própria. Carolena veio de uma época em que o estilo alternativo crescia bastante nos EUA, mas ainda era muito marginalizado, principalmente na dança do ventre. Assim, mulheres com características em comuns foram se reunindo, de forma informal, como uma comunidade, para aprender a dançar. Carolena começou a ensinar aquilo que aprendeu de Masha Archer, porém, em suas aulas fora muito indagada sobre a origem daquilo tudo.Daí nasceu a necessidade de pesquisar e estudar mais afundo, sobre toda uma cultura passada e suas influências naquela dança que começava a se delinear. Assim, uma completava a outra,como em uma tribo. Cada aluna trazia um tempero, uma especiaria para colocar naquele caldeirão borbulhante de idéias. Cada uma trazia acessórios ou vestimentas que viam e gostavam e acrescentavam à dança, como em uma irmandade. Por tentativas,erros e acertos, o figurino foi se modificando até chegar ao “uniforme”  mais aceito pelos membros, tanto por sua beleza, quanto funcionalidade na execução dos passos e movimentos.Talvez daí começou a surgir o “espírito de tribo” da dança tribal. Assim também foram nascendo os passos , e todo uma necessidade de diálogo e comunicação improvisada para os palcos e, para tal, era preciso formações de palco que pudessem permitir essa comunicação visual.


O ATS® não pode ser considerado uma dança folclórica ou étnica, apesar da grande similaridade ou confusão com tais termos,já que ela é uma releitura das mesmas, uma fusão de influências. O ATS® desconstruiu danças para construir uma dança forte em seus passos, vestimentas,músicas,etc; contudo, era uma forma americanizada de interpretar aquelas danças tribais, não sendo original, no sentido de não ser verdadeiramente étnico, e sim criado, ou reformulado para uma época atual, com toda uma filosofia adaptada às necessidades do mundo urbanizado.


Agora vamos a um ponto em que eu queria chegar. E talvez seja a forma ou exemplo mais simples para entender essa história toda que eu consegui enxergar.E daí vou ter que usar exemplos do meu curso de veterinária, que pode ser meio tosco, mas acho que todos vão entender minha intenção.

Então,vamos as analogias...

Imaginemos todas as danças do mundo como as raças de cães. Pastor Alemão, Poodle, Collie, Dálmata,Braco Alemão, Bulldogue Inglês,Akita Inu,etc. Cada raça dessas tem um padrão oficial, onde está descrito, a cada uma, os aprumos, porte, peso,altura,pelagens,inserção  e tipos de caudas,orelhas,etc, peculiares a cada raça. O conjunto de todas essas características é que determinam uma raça específica como tal. Assim é na dança. Cada dança tem suas regras. Tem seus passos e figurino característicos que a  fazem ser identificadas como aquela dança em questão.

Ok,mas  e o  ATS®? Seria  uma espécie de “vira-lata”? Uma fusão de várias danças mescladas à dança do ventre? Acho que não.

O tribal é bem identificado,principalmente em sua postura altiva,braços posicionados  na altura dos ombros,força de expressão e repertório de passos característicos(mesmo sendo provenientes de outras danças ou modificados das mesmas).


Porém, assim como nas raças caninas, vários cães, com características em comum formam um grupo, assim podemos notar na dança. Por exemplo, raças de cães como, Cocker Spaniel Inglês, Cocker  Spaniel Americano, Clumber Spaniel, Springer Spaniel Inglês,etc, tem várias semelhanças! Devido a tais semelhanças eles compõem o grupo 8:  de Retrivers,  Levantadores e Cães D’água, seção 2: Levantadores,tipo Spaniel. Outros cães parecidos com estes cães são os do grupo 7,”Cães Apontadores”, como o Setter Irlandês, Setter Inglês, Setter  Gordon, Spaniel Francês,etc. Todos os dois grupos são sub-seções da categoria “ Cães de Caça” (função para qual a raça fora desenvolvida).Uns mais próximos outros talvez um pouco diferentes na sua morfologia e/ou função. Na dança do  ventre acho que não é diferente. A dança do ventre não é só a que vemos no palco,como o estilo egípcio,libanês,argentino,americano,etc.Ou  modalidades como tradicional, clássica e moderna. Mas e todas as danças que compõem o folclore árabe...também não são semelhantes às do  palco,em algum quesito, em alguma origem, em algum elo perdido? Estas também não são danças “do ventre”? Acho que podemos classificar tudo isso e o tribal,inclusive, como o grupo de danças “do ventre”, assim como no caso dos cães.

Urban Gypsy  - Tribal Style Dance Troupe

Dentro desses grupos de cães, há aquelas raças que são recentes, criadas há pouco tempo, pela mistura de outras raças existentes, porém, elas tomaram características diferentes e portanto, não podendo ser considerada nem uma raça nem outra(s) que foram utilizadas para a sua formação. Assim, necessita-se de tratá-la como uma nova raça, a qual também deve ser respeitada os padrões elaborados por seus criadores. Exemplo disso são o Boxer, Dogo Argentino, Fila Brasileiro,etc. O Dogo Argentino, por exemplo, contou com algumas outras raças para sua formação, como Boxer, Bulldoge Inglês, Dogue Alemão, Bull Terrier, Mastin dos Pirineus,etc


 O ATS® não seria algo assim? Na minha opinião, sim. Digo isso,pois, da mesma forma que aconteceram com estas raças, o ATS® veio da fusão de outras danças, que compuseram sua base, como a flamenca, indiana e a dança do ventre. Mas não podemos nos esquecer que até essas danças sofreram, em algum lugar da história, a fusão com outras danças e culturas, até mesmo nossa querida dança do ventre, a qual sofreu muita influência do ballet clássico, da ghawazees(ciganas egípcias que, antes de se misturarem à cultura do Egito, vieram,provavelmente,da Índia),etc; flamenco teve sua base de danças ciganas, com todos aqueles floreios, giros,etc.Além disso, a dança contemporânea que, apesar de muita semelhança ao ballet clássico, recebeu uma nomenclatura diferenciada, pois houve necessidade de se criar uma. Não muito diferente, tudo isso aconteceu com o ATS®,pois o mundo gira e está em constante transformação.

O 'poder' de cativar


por Aerith


Esse é um tema que já comentei indiretamente em outros posts meus. Mas volto a falar mais explicitamente sobre ele, pois é um assunto que ando pensando nesses últimos meses.




Acredito que todos temos pré-disposição a determinados estímulos. Assim, tendemos para determinados gostos e nossa forma de ser e agir é formada. Contudo, para que isso ocorra, precisamos ter um parâmetro pré-inicial, o qual é adquirido com o nosso mundo  ao redor mais próximo , em um primeiro instante. Com esse primeiro mundo que temos contato, experimentamos o que gostamos e o que não gostamos e, através dessa “seleção” inconsciente, nossa personalidade começa a ser delineada ou demonstrada. Crescemos e somos apresentados a diversos estímulos diferentes; se tivermos pré-disposição àquilo, seremos despertados, se não, tal acontecimento passará despercebido.



Todavia, tem coisas na vida que acontecem totalmente inesperado e fora da rota “programada”. Às vezes podemos nos deparar com algo totalmente inusitado e mágico! Algo que nos desperte o interesse de forma tão estrondosa, como se tivesse chocalhado seu ser inteiro pelo avesso. E isso se deve a pessoas com dons especiais. Pessoas com o dom de cativar. Cativar significa plantar uma sementinha que, muitas vezes você nunca teve pré-disposição àquilo, que nunca esteve no seu círculo de interesses durante sua formação como pessoa. Pessoas cativadoras conseguem transformar sua realidade. Conseguem levá-la a um mundo de sonhos que você nunca conseguiu encontrar por conta própria, pois você não tinha a chave para abrir aquela porta. Porém, essa pessoa abriu a porta para você e lhe apresentou aquele universo totalmente diferente! E não só isso, aquela pessoa conseguiu tocar seu âmago. Nem todas as pessoas tem o dom de cativar. Você pode talvez ser apresentado àquela mesma situação diversas vezes na vida, mas nunca nenhuma dessas pessoas conseguiram fazer você enxergar um mundo fantástico que estava por detrás daquela porta. Apenas um tinha a chave.




Toda essa metáfora é para contar a relação que hoje tenho com a dança e quem me cativou. Sim, sim, foi a minha primeira professora, Kristinne Folly. Com certeza! Mas  o que quero contar não é sobre o fato da minha professora, como tantas outras, fazerem suas alunas entrar para esse universo ludibriante da dança do ventre.

Quem consegue cativar alguém é um artista! Quando se cativa, a pessoa que recebe isso guarda para sempre esse presente.  Sabe, no meu caso, hoje vejo que, se eu tivesse tido aula com qualquer professora de dança do ventre da minha cidade ou de qualquer lugar, provavelmente, eu não estaria mais na dança. Não estou dizendo de dança, de passos e de técnicas. Esses agora pouco importam e não são elas que mantém uma aluna na sala de aula ou uma bailarina dentro do palco. No fundo, pare, pense e reflita: o quê a mantém viva na dança? Qual é a chama que mantém seu ser dançante acesa?



Quando eu penso nessas perguntas, lembro-me da minha professora. Simplesmente porque foi ela quem me cativou! Se não tivesse sido ela, provavelmente nenhuma outra teria conseguido tocar e despertar meu ser da dança tão intensamente e ter mantido minha chama acesa até hoje! Com certeza  eu já teria enjoado da dança do ventre e já teria desistido dela há muito tempo atrás.



Cada um tem uma maneira de ser cativado. Há coisas que vão chamar atenção mais de umas do que outras pessoas. E isso é de acordo com o gosto pessoal de cada um, pois depende de como cada um foi criado, com que conviveu, como foi educado, ou seja, depende de como todo o seu meio externo agiu e interagiu com você.



Minha professora, antes de conhecer e se identificar com o tribal, já fazia fusões. E eu a conheci ainda nessa época (anterior ao seu envolvimento com o tribal fusion). Se ela não tivesse me mostrado esse outro  lado da dança do ventre, ter aberto meus olhos para essa outra possibilidade de poder  fazer fusão da dança do ventre com o seu estilo próprio, com seus gostos, sejam eles estéticos, musicais,etc, eu não estaria na dança, eu não teria levado a dança a sério. Sabe por quê? Porque eu não seria plena; eu não estaria completa. Eu não poderia ser eu na dança; eu não poderia  me expressar como sou e com todo o meu ser, pois a fusão me permite isso; e a dança do ventre por si só não me daria essa realização.



Então, com as fusões mais exóticas na dança do ventre foi que me apaixonei! Poder dançar com metal pesado, ou uma música celta, etc, usar um figurino medieval, ou mais gótico, ou mais roqueiro/metaleiro. Poder usar uma maquiagem mais pesada e uma expressão mais fechada, me deixava mais confortável, pois eu sempre tive dificuldades em sorrir. Tudo isso era tão maravilhoso! Me sentia tão livre e feliz de poder colocar meus gostos na dança e ser apenas eu! A dança não passa de uma forma, um veículo de expressão, portanto, estaria “falando” como sou para as pessoas. E esse fato me trazia uma satisfação e realização interior.

Portanto, sou aquilo que me cativaram! Permaneço nesse caminho da Arte por causa das pessoas que souberam me mostrar um mundo a parte. Um mundo de mágica, um mundo de criação, de espontaneidade e de liberdade que não tenho no “mundo real”. Se não fosse por essas pessoas, não estaria fazendo Arte, pois não teria sido despertada para isso. E não só isso, muitos gostos que tenho, formados durante a vida, devo a professores, amigos e parentes que souberam fazer-me abrir os olhos para àquilo, pois me transmitiram-no com tanto entusiasmo, ou com tanto carinho , com tanta paixão, que essa energia conseguiu , de alguma forma, me cativar.



Quando é cativado, você toma gosto pela coisa, você sai da sua rota e traça uma nova jornada. Quando se é cativado,  a sua chama interior é alimentada por toda uma eternidade. Quando se é cativado, você nunca se esquecerá de quem lhe cativou e motivou-lhe a estar nesse caminho. Quando se é cativado você vê a importância de fazer aquilo que gosta, pois tudo flui melhor e você se torna feliz. Quando você é cativado você entende que cativar é um dom que poucos têm e que poucos transmitem. Na dança, uns transmitem esse cativar apenas com sua dança, outros com sua história, outros com suas palavras, outros com seu estilo, etc. Quem cativa é aquele que dá o ponta pé inicial ou que lhe apresenta a um novo conceito e não necessariamente uma referência ou inspiração; às vezes podem ser a mesma coisas, mas em outras situações, são coisas distintas. Porém, quem cativa deixa uma marca e acende uma brasa em nossos corações, alimentando nossos sonhos. E somos o que somos, estamos onde estamos e continuamos nesse caminho porque alguém trouxe aquela única chave capaz de abrir a porta certa.




Então, venho aqui apenas para dizer aos professores: não sejam apenas aqueles que transmitem o conhecimento. Mas sejam cativadores. Façam aquilo que fazem com todo seu ser, com todo seu entusiasmo e paixão, pois isso com certeza tocará seus alunos e farão eles acreditarem naquilo que você ama também. Não tenha vergonha em se expressar! Não tenha vergonha em fazer o que gosta da forma que achar melhor, sem se prender a rótulos ou parâmetros pré-estabelecidos. Não se acanhe! Ouse! Desconstrua para construir. Seja apenas você, mesmo que isso seja estar contra a maré; porém,um dia,com certeza você encontrará sua tribo. Inove, renove, revolucione o seu ser e seja feliz. E lembre-se: vocês não terão sido responsáveis apenas por ensinar, mas serão responsáveis na formação de vida daquela pessoa e serão, portanto, lembrados para sempre em cada coração que cativou.

A dança e eu


por Aerith

A dança, para mim, é uma forma de expressão; uma libertação dos sentimentos que se acumulam e ficam guardado no íntimo(do nosso ventre). E com os vocábulos escolhidos lapidamos nossa poesia com nosso próprio corpo. O conjunto de passos executados forma cada estrofe deste doce bailar dos nossos sentimentos. A dança consegue transportar para o palco aquilo que as palavras não conseguem escrever e expressar no papel.

A escolha de uma música é única. Eu não consigo dançar qualquer música...tem que haver química entre nós. Eu tenho que ouvir ela me chamar. Cada música tem o seu tempo de amadurecimento. Quando estou preparada para dançá-la eu sinto isso...quando ainda não despertei para isso, ela se mantém incubada para um dia florescer para mim.


A dança tribal despertou em mim uma paixão. A vontade de dançar loucamente, algo atemporal dentro de mim ruge.Mas dançar para mim, dançar o que sinto. Transportar para o plano real o meu ser. Quando danço quero ser eu mesma, com todos os meus gostos, com todo o meu sentimento, com todo meu lirismo. Quero escrever com meu corpo o poema da minha criança enclausurada pela realidade. Ali posso transportar meus sonhos...posso viver minhas fantasias como em um conto de fadas. Posso ser eterna em meus passos. Aqueles são as pegadas deixadas por mim. Eternas unicamente naquele instante. Marcado para sempre em meu coração,pois consegui libertar de mim um pouco da minha essência e, assim,perfumar por um tempo aquele ambiente com meus fragmentos.
Eu vivo na Terra do Nunca. Assim me sinto quando estou dançando tribal. E cada apresentação se torna um capítulo dessa estória sem fim. Cada apresentação representa uma parte de mim...um pouco do que sinto e gosto. Eu nunca poderia ser contra meus princípios. Eu nunca poderei dançar algo que eu não goste... Algo que não seja eu,porque eu estaria me traindo. Eu danço para me expressar...expressar o que sou...e na dança posso ser eu mesma. Se quer saber quem sou...leia a minha dança e descobrirá.

A cada momento minha alma tem sede...sedenta pela dança que a alimenta. A dança fortifica meu ser. Eu necessito dela para me manter equilibrada comigo mesma e com todos ao meu redor.
Quando conheço algo novo, algo que tomo gosto...que tenho prazer em aprender e sei que posso inserir em minha dança, eu o namoro. E depois desse flerte, a relação amadurece e chega o momento que a música, até então adormecida, me chama para dançá-la. E quando danço essa parte sonolenta em meu ser, sinto-me realizada. Eu me sinto leve como uma pluma, eu me sinto dançando nas nuvens,pois estou feliz.

Liberto-me de rótulos,pois esse me aprisionam. Rótulos se fazem necessários até um momento. Para identificar determinados elementos para, assim, sabermos distingui-lo s e para evitar problemas até mesmo em questões legais. Temos que ter conhecimento do que estamos fazendo. Assim temos que estudar para alcançar o que almejamos na dança. Mas após isso, devemos ser sinceros conosco mesmos. Eu apenas sou na dança aquilo que consigo me expressar...e dentro das danças do ventre eu me sinto bem na fusão tribal.. Eu sou uma “bellydancer” . Se você quer criar um nome mais específico para o que sinto,não vai encontrar. Agora, se insistir, pode ter trabalho em criar...pois como a sábia Mira Betz disse “Vocês perdem muita energia odiando umas às outras. Vocês deveriam usar isso para dançar, para expressar..."

A dança fez-me encontrar comigo mesma. A conhecer-me melhor. A amadurecer como mulher. A despertar minha guerreira interior. A dançar para encontrar-me. A despertar meu ser. A libertar minha alma.

Observando: Apresentações

Olá!
Estava eu a pensar sobre as atuais apresentações de tribal fusion no Brasil e no mundo. Notório é o “atraso” do nosso país em relação ao EUA. Mas em vários movimentos artísticos o Brasil e outros países do mundo se manifestam depois, já que tais movimentos nasceram em outras partes do mundo e depois foram importados.
Na América do Norte o tribal fusion nascera do ATS e ainda se parecia muito com esse, visto os trajes, passes e músicas muito influentes de seu genitor. Então no início dos anos 2000 o tribal fusion tinha ainda muitas características de tribos e povos do Oriente Médio e Norte da África, ascendência fortíssima do ATS. Mais ou menos por volta de 2007 observamos uma mudança drástica do cenário tribal, este incorpora muito do estilo vintage/burlesco. Por volta de 2009 e 2010 aparece uma linha tendendo ao tribaret. Claro que também há outras tendências como o hip hop e a dança contemporânea, mas basicamente o tribal tem seguido, até agora, esses três principais estilos em sua trajetória na dança. Comparando-o com as fases da vida humana, na minha opinião, o tribal fusion inicial poderia ser comparado a nossa adolescência, uma fase de paixões e grandes emoções, e muito exagerado(visto os adornos); o descobrimento da sua guerreira interior; depois de passada, entramos numa fase em que reconhecemos nossa feminilidade e sensualidades; nos descobrimos como mulher, o que é claramente visto no vintage/burlesco. Agora o tribaret vem como algo que busca retormar o charme da dança do ventre tradicional, ou seja, alcançou-se uma certa maturidade na dança.
Há alguns meses venho perdendo algum interesse em assistir vídeos de apresentações em grupo de tribal fusion. Isto se deve ao fato das apresentações ficarem na mesmice. Você até já prevê o próximo passo de tão batido que é a coreografia ou o estilo de dança apresentado. As pessoas, na febre e ânsia de quererem dançar tribal, acabam se esquecendo do sentido de se dançar tribal, querendo só causar, ao invés de dançar porque se sente bem em dançar esse estilo, porque encontraram uma maneira de se expressar como são ou o que sentem.
Além disso, não há mais um elemento surpresa. O espectador de tribal já espera ser surpreendido. E em uma dança que você já vai saber qual é o próximo passo acaba tornando-se extremamente monótona. A música já é aquela que todo mundo do meio tribal já está careca de saber. O figurino é mais Xerox de uma bailarina famosa, sem toques pessoais. Não estou querendo dizer que copiar é de todo mal. Copiar é sim necessário em um primeiro momento, quando você está conhecendo a dança, destrinchando-a, e tal. Mas, a partir do momento que você já se familiarizou e você já é capaz de trilhar o próprio caminho, isso acaba se tornando obsoleto. Quando você está em uma festa mais particular, entre amigos, em um restaurante, etc, vale sim dançar uma música já conhecida como de “tribal fusion” com passos de tribal usuais. Mãs, quando você vai se apresentar em um evento de tribal, onde vai ter sim um público leigo, mas vai ter com toda certeza pessoas do meio, que já tem um olhar crítico, vale a pena trabalhar mais sua apresentação em questão, principalmente em relação a música, combinações, expressão, propósito e figurino que mostre um pouco de si ou do que você vai representar. E lembre-se do elemento “X”.
Contudo, não é só isso que anda me incomodando nas apresentações que muitas vezes assisto pela internet. Muitas vezes vejo grupos e mais grupos sem sincronia nenhuma! E não digo só em falta de exatidão na execução de passos entre os membros do mesmo , mas na falta de algo que une o grupo, de algo comum, de uma filosofia do grupo, algo que torne os integrantes do mesmo parte do todo porque têm idéias parecidas, que convergem os mesmos ideais, que pensam parecidos e portanto, vão ter uma intimidade e se compreender em uma apresentação de dança. Assim é em uma banda musical para que ela continue unida e crie músicas de forma harmônica e que passe um pouquinho de cada integrante e ao mesmo tempo a proposta, a filosofia da banda, aquilo que reflete a imagem que ela quer passar com suas composições. Assim deveria ser também com os grupos de dança.
Às vezes somente um integrante é que resolve tudo, desde as escolhas das músicas até o figurino e passos. Acho que deveria ser algo mais igualitário, para haver sintonia entre os membros. Não digo isso para grupos formado entre alunos e professor, porque aí já é outra história. Mas sim para pessoas que formam um grupo de dança, que vão apresentar um projeto a um público específico. Claro que sempre há um diretor artístico do grupo, o cabeça mestre da parada(rs). Porém, há grupos famosos, que têm tal prestígio por mostrarem a peculiaridade do grupo e de cada integrante, sem que um se sobressaia em relação aos demais, como o The Indigo, por exemplo. E sobressair é tanto quando o líder é o único a fazer solo, ou é o único a fazer os passos mais sinistros. Encontrar um grupo que adéqüe a um profissional que tem muito talento também é difícil, e se ele não encontrar acho que o projeto acaba não indo para frente como um grupo e sim como solista, pois ele, ou vai se destacar mais que os outros, ou ele vai ter que limitar seu talento para se igualar aos outros, tornando-se limitado e, portanto, com suas asas podadas.
Exemplo de grupo em sintonia e onde nenhum integrante se sobressai em relação ao outro. A música é conhecida, mas elas arrasam ao dançá-la.
No Tribal Fest (CA), considerado o maior(ou pelo o mais cobiçado rs), evento de tribal do mundo, é onde tudo isso que estou falando até agora pode ser visto. Engraçado que deveria ser justamente o contrário! As pessoas que lá vão se apresentar deveriam pensar em mostrar o seu melhor, como se fossem avaliadas mesmo por uma banca, pois nesse evento encontram-se alguns dos melhores profissionais do mundo. E depois, no Youtube, o mundo inteiro vai assistir a sua apresentação. Eu não sei se as pessoas que dançam lá tem muita consciência disso...às vezes acho que não. Eu sei que querer dançar naquele palco todo mundo quer, mas ele não é para qualquer um, ou pelo menos não deveria ser. Digo isso não para impedir que as pessoas não se apresentem, mas das pessoas refletirem mais em relação a sua dança antes de sair se apresentando só para dizer que dançou lá ( de qualquer jeito) ou em qualquer outro lugar que tenha público tribal. Simplesmente porque somos todos críticos e queremos algo que traga beleza, expressão, técnica e surpresa, principalmente uma apresentação do Tribal Fest(TF).
Quando eu assisto a um vídeo, se nos primeiros minutos de dança ele não me encanta, se a bailarina fica fazendo passos que todo mundo sabe onde vai dar, eu já “troco de canal”. Deixar o melhor para última hora nem sempre é o melhor a se fazer. Porque quem assiste não sabe o que você está pensando; se você não prender atenção no início o povo desanima e nem quer chegar ao final do vídeo onde está o seu melhor.
Exemplo de ter deixado o melhor, ou o elemento surpresa para o final. Tente manter a apresentação sempre em um bom nível e acrescente o elemento surpresa. Começar bem(ou não) , deixar o meio meio mais ou menos e finalizar dando o seu melhor torna um pouco tediante em algum momento e a apresentação não têm tanta repercussão quanto a esperada.
Bom, já disse, mas vou repetir: sincronia em um grupo! Exatidão na execução dos passos e mostrar-se envolvida no que está dançando. O grupo deve ser como um corpo único e cada membro como pernas e braços desse corpo, fazendo- mover em uma só direção.
Música diferente que reflita aquilo que você quer expressar, que seja uma espelho da sua alma; ou se você quiser dançar uma música que é considerada “de tribal”, até pode,mas seria mias legal, então, nesse caso, você mixá-la, juntar essa música com outra ou colocar uma parte dessa música com outras partes de outras músicas, construindo uma música com a sua cara.
Em grandes eventos como o TF, vale a pena dar uma caprichada especial no figurino, já que é a capa do que estará por vir, isto é, você tem que CAUSAR uma primeira(boa) impressão para já ganhar uns pontinhos com o público rsrs; e para o mesmo saber mais ou menos que tipo de apresentação estar por vir(aqueles que estão dormindo ou estão na porta do teatro conversando “acordam” ao ver uma roupa dark se gostam de dark ou vintage se curtem vintage). Coloque um pouco do seu toque especial!
Achei o figurino bem diferente e original, mostrando a sensibilidade da bailarina em relação ao tema que ela quis abordar.
Depois vale a expressão. Seja sincera, seja você. Nem sempre caras e bocas significam que você vai conseguir impressionar ou se expressar, às vezes você pode assustar as pessoas com uma apresentação um tanto quanto caricata. Expressão não só facial, mas corporal. O corpo é o seu maior instrumento em uma dança. E ele deve falar por você. Saiba usar a expressão no momento certo. Isso pode até mesmo ser um elemento surpresa! E atrelado a isso, é facultativo, junte um pouco de atitude e ousadia, mas na medida certa. Isso enriquecerá sua dança.
Expressão em excesso pode tender ao caricato e ridículo, como o vídeo acima. Por isso, saiba ponderar.
Uma coisa que sinto muita falta nas apresentações vintage/ burlesca é a falta de expressão! Como isso está na moda todo mundo quer dançar e você vê nos EUA um milhão de apresentações do estilo e a maioria sem sal. Eu sempre espero um jogo de olhar, charme e sensualidade nesses estilos. Principalmente saber brincar com o público, acho muito bonitnho e simpático por parte da bailarina saber fazer isso. E a maioria só faz aqueles passos que já são considerados “de tribal vintage” e pronto. Assassinam a expressão que é uma das partes mais legais do burlesco. Saiba brincar com a platéia! Quem sabe tirar proveito disso com certeza anima o público e ganha uns pontinhos rsrs.
Adorei a apresentação dela! Ela soube brincar com o público e jogar seu charme.
Agora vamos para a parte mais importante: a técnica essa é a mais importante de todas pois, se você pecar em todos os outros requisitos, e acertar nesse, tudo estará a salvo! Rsrs Sério mesmo, mais vale uma técnica avassaladora que tudo o que disse. Claro que tudo o que disse, somado, é importante e faz o público ir às alturas e delirar. Mas saber dominar a técnica é fundamental em todas apresentações( pelo menos se você for se apresentar em um palco de um grande evento como o TF). Mas não adianta você querer mostrar algo técnico sem dominar a técnica. Digo isso, porque o street dance está sendo muito incorporado no tribal, só que algumas pessoas ainda não sabem dominar a técnica escolhida e acaba assassinando esse estilo, por não executar de maneira correta e de forma que agrade aqueles que estão assistindo. De duas uma: ou você não incorpora coisas muito técnicas na sua dança de forma a prejudicar a sua apresentação, ou não coloque movimentos que você ainda não sabe dominar.Se você for com o intuito de dançar algo bem preciso e técnico acho que todos os outros fatores acabam sendo minimizados, já que todo mundo só vai prestar atenção no seu controle corporal e como executa cada movimento com tamanha destreza. E dá-lhe “lilililililililiiiii”
Técnica sendo dominada!
Outro ponto a se destacar, principalmente em iniciante, é o talento. De longe você começa a distinguir aqueles que levam jeito para a dança. Em todas as profissões, há aqueles que estão ali por que querem tirar algum proveito(dinheiro, fama, status,etc);na arte e no esporte, há também aqueles que estão por prazer, como entretenimento e lazer, como auto-satisfação e busca em equilibrar-se com seu organismo; aqueles que gostam da profissão, mas se destacam por serem esforçados, e aqueles que gostam e tem o dom para a coisa. Nesse último caso, é nítido desde quando a pessoa é iniciante, pois tem algo que o destaca dos outros iniciantes, talvez a originalidade, criatividade, atitude e/ou expressão. Acho que de início é mais esses pontos do que o domínio da técnica. Geralmente os movimentos ainda são tímidos e travados, mas isso é questão de tempo e dedicação em trabalhar os pontos “negativos”, limpar os movimentos, ganhar fluidez e adquirir controle sobre os mesmos. Depois de trabalhar alguns aspectos que “atrapalham” a sua dança, isso que era “ruim” pode até mesmo se tornar um grande ponto positivo. No post da Rachel Brice, por exemplo, tem um vídeo dela do início da carreira, quando ela ainda dançava dança do ventre. E já dá para notar que ela já tinha algo diferente, algo que não sabemos o que é,mas simplesmente sabemos que é diferente e encantador.
Enfim, espero ter passado a mensagem correta. Isso vale para mim também que sou iniciante nesse grande mundo que é o tribal. Isso tudo que disse é a compilação de minhas observações como público. E sim, observar também faz parte do aprendizado, pois refletimos sobre isso para podermos nos corrigir e colocar em prática. Só estou querendo dividir com vocês esses meus rascunhos. E lembre-se que o mais importante em uma apresentação é você saber escrever na dança aquilo que você sente, aquilo que você é. Agora é só delinear os primeiros passos desse poema que é o ato de bailar.
OBS: Esse não é um post sobre como se tornar profissional e/ou famoso, pois isto requer muitos outros aspectos a se aprofundar que não cabe a mim ainda escrever, já que não cheguei nesse nível rs.
Aerith

Inspiração, influências e cópias


Um ídolo sempre existirá em todas as carreiras, seja um músico, uma bailarina, um desenhista, um atleta, um professor, etc. Sempre há alguém que certamente plantou uma sementinha da sua profissão em você. E várias sementinhas juntas são capazes de formar um jardim inteiro, não acham? Cada pessoa que tivemos contato, desde a infância até a vida adulta, nos inspiraram em algum propósito, nos influenciaram sob algum aspecto, nos abriram os olhos da mente para algo simplesmente inovador para nossa alma. Aos poucos vamos criando conceitos próprio sobre o que queremos , o que somos, o que pretendemos ser ou alcançar para nós mesmos. Constantemente estamos sendo lapidados a partir das antigas, novas e variadas informações que recebemos ao longo da vida. E , assim, nos tornamos o que somos e seguimos um rumo.

A partir disso, fiquei a pensar sobre algo na dança: bailarinas que nos motivam nesta área artística. Somos bombardeados diariamente com inúmeras informações de todos os lados e de todos os tipos, cabendo a nós filtrar aquelas que nos convém. Na dança, não é diferente. Primeiramente, acredito que alguma coisa nos motiva a praticar a dança: seja uma bailarina que assistimos uma vez em um restaurante; seja uma novela ou filme; seja por causa do tipo de música ,etc. Enfim, há muitos motivos que tenham te levado a dança; e esse foi o primeiro pontapé, que se chama MOTIVAÇÃO ou ESTÍMULO INICIAL e esse é o despertar, é um novo nascer para aquela pessoa que descobre esse mundo, como por exemplo, o da dança do ventre, que é o enfoque do texto.

Ao entrarmos de cabeça nesse “novo mundo”, estamos sedentos por todo tipo de informação sobre o mesmo. Aos poucos, na arte de aprender a dança, vamos descobrindo mutuamente que há ídolos inseridos no mesmo; e despertamos o olhar para alguns deles, pois nos identificamos com os mesmos, tendo uma certa atração por aquilo que ele faz.

Tais pessoas, talvez acabem sendo endeusados e vistos de formas intocáveis. Eles são tão distantes de você, em uma primeira ocasião. E eles inspiram-lhe a dançar; eles motivam você, pois um dia você quer se tornar um pouco ou tão bom quanto ele. A imagem de tais bailarinos, da sua capacidade e talento, faz você acreditar que um dia poderá alcançar o mesmo. E isso o motiva a estudar mais e a conhecer mais a arte.

Ao longo do seu estudo, você descobre que há mais do que aqueles que lhe INSPIRAM, como roupa, expressão, atitude, dança,etc, mas sim aqueles que INFLUENCIAM na dança, isto é, você acaba inserido seus passos na própria dança. E isso é saudável até um primeiro momento.

Entretanto, vocês já pararam para pensar que, se essas pessoas que nos inspiram e nos influenciam constantemente durante a vida não existissem, ou se não tivessem seguindo o caminho que escolheram, como por exemplo, se a Rachel não tivesse conhecido Carolenna Nericcio , Suhaila Salimpour ,o grupo Habbi'ru e o Yoga, ela não teria se tornado o que é, e não teria seguido na dança. Talvez, seguindo essa linha de raciocínio, a dança tribal não tivesse se tornado o que se tornou, e tivesse outras características principais e outro comportamento e estilos. Assim, nós que apreciamos sua arte também não teríamos seguido o caminho do tribal, ou da dança, ou não teríamos tais influências; e nossa dança seria totalmente diferente. Já pensou na importância desses ídolos na sua vida e em um movimento inteiro chamado estilo tribal de dança?

Contudo, a partir do momento em que você não busca por algo mais, que você não se desafia, e não coloca a sua própria personalidade, dando, portanto, vida própria a sua dança, ela vai morrendo em uma cópia ou sombra daquelas que lhe influenciaram e/ou inspiraram. E a bailarina pára por aí, pois só se destaca mesmo aquelas que ousam em ser elas mesmas, expressando cada sentimento , sua personalidade, seus gostos, enfim, sua essência. E essas são eternizadas e acabam virando ídolos, inspirações e influências, não são mesmo?

Por isso, devemos buscar sempre novos horizontes. Influências e inspirações na dança e fora dela, pois isso torna mais variado e rico o seu repertório, completando, assim, sua dança. Procurar professoras que tenham as característica que você busca, pois são elas as responsáveis em passar toda sua carga genética adiante e , portanto, suas mestras estarão formando alunas que ganharam tais “genes”. Desta forma, você estará se preparando para aquilo que anseia se tornar. Muitos profissionais da danças se reciclam, viajando até mesmo para o exterior, em busca de novas características, de novas influencias, pois querem aquilo na herança genética de sua dança, seja para engrandecer seus conhecimento, passando adiante para seus discípulos, ou seja para incrementar na sua atual dança, atualizando constantemente e dando forma, força e expressão a mesma.

A arte de se expressar sempre se tornará confortável a você e bela aos olhos de outros quando você reflete aquilo que você gosta, aquilo que você conquistou para si mesmo, ousando, largando, assim, as "rodinhas da bicicleta" e, portanto, querendo se afastar da cópia para torna-se original e seguir em frente com o seu caminho.

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