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[Corpo & Dança] Lesões

 por Raissa Medeiros


Como identificar uma lesão?

Quem nunca fez uma aula de dança ou praticou alguma outra atividade física e ficou com dor em seguida? Acredito que todo mundo já passou por isso e apesar de ser algo tão comum, é importante que sempre nos atentemos aos sinais do corpo.

 

Dor Muscular Normal

A dor muscular pós-esforço aparece depois de uma atividade que demande mais daquele segmento corporal. Neste caso é completamente normal sentir fadiga e dor muscular combinada com rigidez. Estes sintomas são sinais de que a musculatura está passando por uma regeneração através do processo inflamatório, sendo fisiológico.

A dor costuma ter seu pico entre 24 e 48h podendo durar de 3 à 5 dias e na maior parte das vezes, não é um fator limitante para novas atividades físicas, podendo até mesmo ficar assintomática após um aquecimento.

 

Dor por lesão

No caso de uma lesão, a dor não diminui após os 5 dias de seu início, pode se apresentar de forma aguda ou latejante e em alguns casos, aparecerem hematomas e/ou inchaço no local.

Lesões também podem ocorrer a longo prazo, como é o caso da distensão Quando um músculo ou um tendão, que está preso ao osso, é submetido a um esforço

que promove o rompimento das fibras musculares, o que gera inflamações locais) crônica, que é uma consequência de exercícios repetitivos, prolongados e que trabalham sempre os mesmos músculos e tendões.



Como posso prevenir lesões?

Para prevenir lesões é imprescindível o aquecimento ( játemos um post sobre isso) antes de praticar atividades físicas, alternar treinos, ou seja, se na segunda você focou no trabalho de braços, na terça foque em movimentações de quadril e assim por diante. Se alongue após sua prática física e por último mas não menos importante, DESCANSE!!! Seu corpo precisa de descanso, precisa se regenerar.

 

Sempre ouça e respeite os sinais do seu corpo, ele fala e muitas vezes nós fingimos que não o ouvimos. E caso suspeite de uma lesão, procure um médico.

Que tenhamos uma vida dançante bem longa!

Até breve, 

Raissa Medeiros

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Raissa Medeiros (Belo Horizonte-MG)Graduanda em Fisioterapia, é bailarina, professora, coreógrafa  e pesquisadora  em Dança do Ventre, Fusões Tribais e Danças Comerciais ,sendo o primeiro, desde 2006.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Corpo & Dança] Conhecendo a tão famosa Coluna Vertebral

 por Raissa Medeiros

A coluna é uma estrutura que forma o eixo do corpo, sendo constituída por ossos denominados vértebras. Entre as vértebras existem discos intervertebrais que impedem que haja uma sobrecarga sobre as mesmas, absorvendo o aumento da pressão intervertebral e permitindo uma maior mobilidade da coluna vertebral. Podemos observar também que na coluna há presença de curvaturas que ajudam na manutenção do equilíbrio e da postura ereta.

Esta estrutura possui como principais funções: 

  • sustentação do corpo;
  • mantenimento da flexibilidade das movimentações de tronco;
  • proteção da medula espinhal (composto de células nervosas, localizada no canal interno das vértebras, fazendo parte do Sistema Nervoso Central).

É dividida em: Cervical, Torácica, Lombar, Sacral e Coccígea.

Sendo a primeira composta por 7 vértebras, a segunda por 12, a terceira por 5 e a quarta e quinta fundidas sendo 5 sacrais e 4 coccígeas.

Como disse anteriormente, a Coluna Vertebral possui curvaturas fisiológicas extremamente importantes sendo elas: cifose e lordose.

  • A cifose é encontrada nas regiões torácica e sacral;
  • a lordose é percebida na cervical e lombar.

Coluna Vertebral Vista Posterior e Lateral


 

Cinesiologia e Dança

Além de todas funções acima citadas, a coluna vertebral é muito importante também na execução de muitos dos movimentos que realizamos com o tronco.

Flexão Lateral de Tronco = Cambret Lateral

Hiperextensão de Tronco = Cambret Posterior


Rotação Baixa de Tronco = Egyptian  |
 Rotação Alta de Tronco = Ângulo de Performance

 

Todos estes movimentos demandam muito da mobilidade dessa estrutura e precisam muito de nossa atenção. Trouxe mais algumas outras movimentações que vale muito a pena redobrar os cuidados:

  • rotações repentinas e sucessivas de tronco;
  • mudanças bruscas de direção;
  • flexões  de tronco.

  

Cuidados

Para manter a saúde da coluna vertebral e prolongar a nossa expectativa de vida da dança é necessário ter uma rotina de cuidados básicos, como:

1) Se aquecer e alongar antes e após a atividade física, respectivamente.

2) Não se esqueça de sempre prestar muita atenção na sua postura. Lembre-se que a postura reta NÃO EXISTE. Respeite suas curvaturas.

3) Não ultrapasse seus limites, mantenha em sua rotina momentos para descanso e em caso de dor ou qualquer incômodo, procure um profissional da saúde especializado para te orientar da melhor forma.

 

Em nosso corpo mora a nossa arte. Lembre sempre de cuidar desta casa.

 

Nos vemos em breve! 

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Raissa Medeiros (Belo Horizonte-MG)Graduanda em Fisioterapia, é bailarina, professora, coreógrafa  e pesquisadora  em Dança do Ventre, Fusões Tribais e Danças Comerciais ,sendo o primeiro, desde 2006.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Corpo & Dança] Vamos conversar sobre o “encaixe” de quadril?

 por Raissa Medeiros

Quem  nunca ouviu que devemos dançar com o quadril “encaixado”? Essa é uma orientação muito recorrente nas salas de aulas e passada de geração em geração. Mas será que devemos mesmo assumir esta postura?

Bom, para começarmos a entender a respeito disso vamos dar uma passada rápida sobre a coluna vertebral.

A coluna vertebral é a estrutura que forma o eixo do corpo, sendo constituída por ossos denominados vértebras. Entre estas vértebras existem discos de fibrocartilagens que impedem  sobrecargas sobre as mesmas, absorvendo o aumento da pressão intervertebral e permitindo uma maior mobilidade da coluna.

A coluna possui 33 vértebras, 04 regiões ( cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea) e 04 curvaturas fisiológicas (lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral).
Como disse acima, as curvaturas da coluna vertebral são FISIOLÓGICAS, ou seja, elas devem ser preservadas. A coluna em toda a sua estrutura possui funções como a de sustentação do tronco (mantém a postura ereta), auxilia na manutenção do equilíbrio, mantém a flexibilidade das movimentações de tronco e protege a Medula Espinal.

Tendo essas informações em mente, vamos analisar o “encaixe” e o “desencaixe” de quadril:

Na primeira imagem, temos a posição neutra, em seguida o desencaixe e por último o encaixe.

Na cinesiologia, o encaixe e desencaixe são chamados de retroversão e anteversão pélvicas, respectivamente.

Repare na sigla “EIAS” ( Espinha ilíaca ântero-superior) na imagem acima. É através dela que analisamos essas duas movimentações, ou seja, quando a “EIAS” se projeta anteriormente temos uma anteversão pélvica (desencaixe de quadril) e quando ocorre o contrário, ela se projeta posteriormente, vemos uma retroversão pélvica (encaixe de quadril).

Observe em como essa mudança no posicionamento da “EIAS” interfere diretamente nas curvaturas fisiológicas da coluna vertebral. Na posição neutra as curvaturas se encontram preservadas, no desencaixe aumentadas e no encaixe diminuídas.

Quando adotamos a postura de encaixe para a nossa dança, a coluna (com ênfase na lombar) perde boa parte de suas curvaturas naturais, o que pode resultar em lesões e distúrbios musculares como :

- Encurtamento dos músculos abdominais e glúteos;
- Retificação da coluna lombar resultando em desequilíbrio/desvio postural;
- Lesões nos ligamentos e na face anterior articular do quadril por uma rotação externa do fêmur aumentada;
- Hérnias de disco;
- Lombalgias.

Sabendo-se que a nossa coluna possui toda uma anatomia que nos disponibiliza recursos para as nossas movimentações, para o nosso bem estar, porque retiramos todos esses benefícios naturais e caminhamos no sentido inverso complicando ainda mais a execução de nossa prática dançante e prejudicando uma das principais e mais importantes estruturas do nosso corpo? Não faz sentido.

Isso não quer dizer que devemos abolir o encaixe e desencaixe de nossa dança, mas  diferenciar postura de movimento, que são coisas bem diferentes, é essencial. Encaixe e desencaixe devem estar na categoria de movimentações assim como todos os outros movimentos que utilizamos. Falando de postura, devemos adotar a posição neutra, que é natural, preserva a saúde de toda a estrutura da coluna vertebral e seus benefícios fornecidos pela mesma.

Como identificar se estou em posição neutra?

Para conseguir identificar em que posição se encontra o quadril, você deve relaxar e tentar  “encaixar”, novamente relaxar e agora “desencaixar” o quadril. Você precisa conseguir “encaixar” sem antes “desencaixar”e vice e versa. Quando dançamos na postura neutra também temos como vantagem este maior controle sobre as contrações súbitas para realizar a anteversão e a retroversão pélvicas.

É importante questionar as informações que nos são passadas, afim de evitar lesões e prolongar nossa vida dançante.

Nos vemos em breve!

Um beijo ❤

Raissa Medeiros

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Raissa Medeiros (Belo Horizonte-MG)Graduanda em Fisioterapia, é bailarina, professora, coreógrafa  e pesquisadora  em Dança do Ventre, Fusões Tribais e Danças Comerciais ,sendo o primeiro, desde 2006.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Corpo & Dança] Introdução aos Conceitos Básicos

 por Raissa Medeiros

Falamos muito sobre o corpo em nossa dança e de sua importância, mas será que realmente sabemos o que ele é?

Primeiro, temos que ter em mente que somos formados por sistemas interdependentes que se comunicam e aprendem juntos.

O sistema que mais damos enfoque em relação à dança é o Sistema Musculoesquelético. Nele se compreendem os ossos, músculos, tendões e articulações. 

Nosso esqueleto é como uma armadura, que sustenta e dá forma ao nosso corpo, permite nossa locomoção e protege órgãos internos. Possui 206 ossos e é divido entre esqueleto axial, composto pelos ossos da cabeça, coluna vertebral, costelas e esterno; e esqueleto apendicular, que são os membros superiores e inferiores, incluindo escápulas, clavículas e ossos da pelve. Eles se unem através da cintura escapular (porção superior do tronco) e da cintura pélvica (porção inferior do tronco).

Esqueleto Apendicular e Esqueleto Axial

Já os músculos são estruturas individuais, que através de sua contração são capazes de transmitir o movimento. Estes são fixados aos ossos por meio direto ou por tendões.

As articulações são o local onde há a união de dois ou mais ossos. Podemos comparar com dobradiças. Elas são classificadas de acordo com sua amplitude de movimento, ou seja, de sua mobilidade.

Quando falamos sobre a estrutura corporal, estamos nos referindo a Anatomia, que é o estudo de todas as estruturas que compõe o corpo humano. Se quisermos abordar sobre os movimentos das mesmas, então estaremos falando sobre a Cinesiologia, que é a ciência que possui como objeto de estudo o movimento humano.

Na anatomia, podemos estudar através dos sistemas -como mencionado anteriormente-, por dissecação, que seria um estudo como se estivéssemos descascando uma cebola. Começando pela estrutura mais superficial e aprofundando em suas camadas conforme a evolução do estudo. Podemos estudar também de forma topográfica, ou seja, por regiões, como cabeça, mãos, ombros, etc.

Em relação a cinesiologia, onde analisamos o movimento, temos que lembrar que cada articulação possui uma mobilidade diferente e que o número de ossos, sua forma e a disposição dos músculos e tendões definirão quais serão as movimentações possíveis.
Um exemplo são os joelhos que realizam os movimentos de flexão e extensão e o ombro (articulação glenoumeral) que possui uma maior mobilidade, realizando flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa. Abaixo podemos observar estas duas articulações.

Articulação do Joelho

Articulação do Ombro (Glenoumeral)

Em nossa dança é de suma importância reconhecer o nosso corpo através da anatomia e entender como o mesmo se movimenta. Dessa forma, poderemos ampliar nosso repertório de movimentações, desenvolvendo a nossa dança pensando em todas as possibilidades que o nosso corpo oferece.

No decorrer das postagens em nossa coluna eu e Jossani nos aprofundaremos ainda mais neste estudo a respeito do corpo humano e de como pensar e trabalhar a nossa dança em conjunto com o mesmo.

Nos vemos em breve!


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Raissa Medeiros (Belo Horizonte-MG)Graduanda em Fisioterapia, é bailarina, professora, coreógrafa  e pesquisadora  em Dança do Ventre, Fusões Tribais e Danças Comerciais ,sendo o primeiro, desde 2006.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

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