por Natane Circe
Aconteceu
o primeiro Festival Pilares do Tribal, no dia 14 de outubro. A edição trouxe
profissionais de todo o Brasil, além de Kae Montgomary (EUA), bailarina
certificada em ATS®, fez parte do grupo
FatChanceBellyDance® de Carolena
Nericcio-Bohlman por 7 anos e atualmente é integrante da Gold Star Dance
Company de Kami Liddle. O evento teve a duração de três dias, e se localizou no
Hotel Fazenda Quatro Estações, do município de Indaiatuba-SP.
A paisagem do Hotel combinava perfeitamente com o evento
colorido e alegre de Maria Badulaques. O clima variava de sol e chuva, mas nada
atrapalhou, pelo contrário, choveu quando devia ter chovido e o tempo se abriu
na grande parte do evento, mantendo um ambiente prazeroso por todo o fim de
semana. Na porta dos Chalés, havia um convite de Bem-vindas que nos fez sorrir,
era algo intimista, colorido e alegre.
As meninas responsáveis pela organização eram atenciosas, e
assim se manteriam pelo evento inteiro. Aliás, as energias das pessoas que iam
chegando, se misturavam com os já presentes e a cada momento era mais evidente
o sentimento de Tribo.
Os Workshops Nacionais
Os Workshops Nacionais contaram com grandes nomes da cena
Tribal do Brasil. Nomes como: Fairuza (SP), Paula Braz (SP), Kilma Farias (PB),
Raisa Latorraca (DF), Raphael Lopes (SP) e Mariana Quadros (SP).
No Workshop Snujs para ATS®, Fairuza deu dicas sobre e como
usar os Snujs, dicas interessantes de como trabalhar sem ter medo de usá-los.
Um work que deu vontade de quero mais.
Enquanto Paula Braz explicava sobre o Cabaret Francês em seu
workshop, meu corpo se arrepiava, a cada palavra, a cada slide, era só mais um
pinguinho de história que o Tribal se inspirou. As dinâmicas no palco foram
rápidas e nos deu uma mostra do que é trabalhar numa companhia, trabalho em
equipe, tentar processar rapidamente, ajustes e conceito.
Kilma Farias foi com tudo no Tribal Brasil, explicou a
dinâmica criada, a história dos passos e combos, e mostrou a simpatia do povo
brasileiro na dança Tribal. Confesso que achava que meu corpo não iria se
encontrar com a alegria que emanava das danças brasileiras, mas ao desenvolver
da aula, eu já tinha me contagiado e meu e ele se movia mais solto do que
nunca.
No outro dia foi a vez de Raisa Latorraca, com o Workshop Bases e
Desenvolvimento do estilo Balkan/Gypsy Fusion no Tribal. Foi um work alegre e
bem guiado por Raisa, trabalhando passos e fundamentos, e um pequeno laboratório
de criação em grupo. Com
direito a partilha de emoções pelas alunas no fim do curso.
No domingo, Raphael Lopes nos demonstrou a técnica, perfeição
e o alinhamento da dança indiana e como ela conta uma estória. Trabalhamos em
cima de um mantra, e foi possível engajar com tamanha devoção. Raphael deu
dicas de conexão com o palco que, na minha opinião, cada bailarina deveria
levar pra si pelo resto de sua carreira.
Mariana Quadros encerrou o evento com várias dicas sobre o
tema “busca da satisfação pessoal”. Foram transmitidos inúmeros conhecimentos,
questionamentos e dicas impagáveis para uma performance bem construída. Também
foi dada uma linda sequência para o trabalho de cada particularidade.
Os Workshops Internacionais
De
cara encontramos com a personalidade forte de Kae Montgomary. Firmeza, técnica,
qualidade não quantidade, abertura aos questionamentos e foco. Sala cheia de
cabecinhas curiosas e saias rodopiantes.
Em
seu primeiro work, “Para sempre iniciantes”, Kae abordou o que para ela são os
elementos fundamentais do ATS®: postura e
braços. Também reservou espaço para dúvidas e refinamentos de passos básicos.
No “Dançando com fuidez”, explica um pouco da ciência por de
trás do ATS®, o sentimento, o momento certo, e mais algumas dicas de técnicas
de isolamento para melhorar passos básicos.
Nos Workshops “Pop, Drop & Roll! ATS® Floorwork” e “ATS® Spins &
Turns”, Kae focou nas preparações para a execução, mais do que o próprio
movimento, o que para mim, teve muito mais proveito do que seria jogasse os
passos ao ar. As preparações foram fortes, mas com dicas a se trabalhar por um
bom tempo.
Em “Katana, ATS® espada com dança”, ela explica sobre o
respeito com o prop, o próprio manuseio, como encarar sua espada, como e o que
comprar e novamente mais e mais dicas, além de decompor alguns passos.
Atividades
Extras
A Dança Circular foi uma grande parte do Festival, reunindo
mulheres e celebrando o inicio, o desenvolver e o fim do evento. Trazendo uma
conexão linda e tocante a todas que participaram.
A meditação com o Didgeridoo com o terapeuta Fabio Manzoli
foi uma experiência incrível. Uma respiração guiada com o trabalho dos chakras
é realmente para os fortes. Cada um teve sua experiência, foi algo lindo de se
sentir.
A
Mostra
A mostra aconteceu na sexta à noite, e reuniu um grupo lindo
de profissionais e estudantes no palco. Diversos tipos de dança como Flamenco,
Odissi, ATS®, e vária fusões tribais, subiram ao palco e nos deliciaram com o
talento brasileiro, e a beleza da convidada Kae Montgomary. A gringa além de
dançar seu solo, dividiu o palco 10 meninas que ganharam o sorteio feito
previamente ao festival.
Confira algumas fotos:
Hafla
com as Shamans
No sábado à noite, foi o Hafla ao som das Shamans, meninas de
uma energia incrível, a nossa representação de Tribo brasileira. A conexão é
vívida entre elas, e ressonava por todos os presentes. Com direito a música,
dança, fogueira, arte e magia.
O
evento
No total, o Festival foi lindo e de muitos aprendizados. A
energia fluiu, o cansaço batia no fim do dia, mas na manhã seguinte estávamos
prontas pra outra. Até que o domingo chegou, e a chácara foi se esvaziando,
cada uma retornando pro seu ninho, para se preparar para um novo encontro.