Nossa entrevistada do mês de maio é com a bailarina Lilian Kawatoko de São Paulo! Lilian nos conta sobre sua trajetória entre a dança do ventre, tribal fusion e o ATS®; além de nos contar um pouco sobre o Nomadic, seu ateliê e projetos futuros. Confira! =D
BLOG: Conte-nos sobre sua
trajetória na dança do ventre/tribal. Como tudo começou para você?
Bom, o
inicio mesmo foi aos
sete anos de idade no Ballet Clássico, então já fazem quase 21 anos (Rs). Estudei
também ballet contemporâneo e jazz. O porquê, nesta idade eu não saberia dizer,
mas agradeço todos os dias pela sensibilidade dos meus pais em ter me concedido
diversos estudos na área da arte desde muito nova.
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Jauhara Oriente |
Em 2006 me interessei por
danças orientais e aqui há uma questão curiosa, pois procurei a dança oriental
para tratar minha auto-estima, sem ter a mínima idéia que esse pequeno passo me
levaria as minhas profissões de hoje. Comecei a Dança do ventre na cidade de
Cotia – SP com a professora Ammura El
Mizar, que tem muita base em folclore árabe, o que foi maravilhoso e me
colocou em contato direto com as raízes desse estilo. Mais tarde morei por
quase 4 anos no Japão, onde fiz parte do grupo Jauhara Oriente, o primeiro grupo de dança do ventre brasileiro a mesclar
bailarinas de várias nacionalidades, também foi uma experiência única e
enriquecedora. Nessa mesma época tive meu primeiro contato com o Tribal Fusion
e minha identificação com a estética foi imediata. Voltando ao Brasil procurei
buscar mais sobre o estilo fazendo alguns workshops, entre eles: Ariellah Aflalo, Mardi Love e Sharon Kihara. Conheci o ITS e
comecei a estudar os 2 estilos juntos com Rebeca
Piñeiro e na mesma época fiz parte do grupo Ulan Daban. Mais tarde descobri o ATS® com Mariana Quadros e já estava tão envolvida com o estilo que decidi
buscar informações na fonte.
Em Novembro de 2012 me
formei na Califórnia, no Studio FCDB® e desde então vivo a filosofia do ATS® e
me proponho a ensinar no formato FCBD®. Entre os workshops que participei
destacam-se: Mira Betz, Ariellah Aflalo,
Morgana Guibelalde, Zoe Jakes, Rachel Brice, Carolena Nericcio, Kae Montgomery,
Kristine Adams, Anita Lalwani, Marsha Paulin, Sandi Ball e Wendy Allen.
Atualmente sou integrante do
grupo Nomadic Tribal de ATS®, grupo
de direção coletiva pioneiro em
São Paulo.
BLOG: Quais foram as professoras que mais marcaram no
seu aprendizado e por quê?
Marisa Escher – Minha professora de Ballet Clássico pela extrema disciplina.
Ammura e Jauhara – Por me mostrar o melhor das danças orientais.
Zoe Jakes – Ainda a aula mais enérgica que tive na vida.
Todas as professoras do
Studio FCBD® – Que confirmaram tudo aquilo que sempre pensei sobre a filosofia
do ATS®.
BLOG: Além da dança tribal você já fez ou faz mais algum tipo de dança? Há
quanto tempo?
Fiz ballet clássico por
sete anos; jazz e ballet contemporâneo.
Recentemente fiz dança
contemporânea e yoga; atualmente pratico também Kung Fu (além de Tribal Fusion
e ATS).
BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações?
Primeiras inspirações na
dança: Roseli Rodrigues, Rachel Brice,
Suhair Zaki e FatChance Belly Dance. Primeiras
inspirações na Moda: Alexander McQueen e John Galliano.
Atuais inspirações na
dança: Zoe Jakes, Kae Montgomery, Collena
Shakti entre tantos artistas maravilhosos que conheço a cada dia. Atuais
inspirações na Moda: Ronaldo Fraga
entre outros
BLOG: O quê a dança acrescentou em sua
vida?
Maneiras de expressar, de
pensar, de sentir. Dançar é falar com o corpo, é a maneira mais nua de
expressão.
BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte?
Aprecio as
possibilidades, de criação e interpretação. A sensação muscular, a adrenalina
enquanto nosso corpo se move é uma sensação indescritível!
BLOG: O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação?Você
acha que o tribal está livre disso?
Bom, vejo que tem uma
coisa que prejudica não só a Dança do Ventre, como também o Tribal e a vida em
geral, que é competitividade associada ao ego. Não é uma competitividade
natural que nos impulsiona a crescer, é algo que atrapalha e faz com que as
pessoas falem demais e estudem menos.
BLOG: Você já sofreu preconceitos na dança do ventre ou no tribal ? Como foi
isso?
Preconceito mesmo não que
eu saiba, mas sempre ouvi pessoas que praticam a dança do ventre falarem mal do
tribal e vice-versa, o que para mim não faz sentido algum, pois o Tribal tem
muita base na dança do ventre e também todas as pessoas são livres para
procurar o estilo em que se sintam mais felizes.
BLOG: Houve alguma indignação ou
frustração durante seu percurso na dança?
Ando meio decepcionada
com o cenário tribal atual. As pessoas parecem querer provar tanto que estão
corretas que sabem disso ou daquilo, sem notar que todos nós fazemos parte de
um estilo em formação ainda.
BLOG: E conquistas? Fale um pouco sobre elas.
Nossa, conquistas!!
Conquista deve ser uma das minhas palavras favoritas...Como é bom ver o
resultado de um trabalho, como é bom planejar, projetar. Creio que sou uma
pessoa muito abençoada e determinada nesse sentido, pois tenho uma vida cheia
delas.
BLOG: Como é o cenário
da dança tribal em São Paulo?
Pontos positivos, negativos, apoio da cidade, repercussão por parte do público
bem como pela comunidade de dança do ventre/tribal?
São Paulo tem uma coisa boa, que é
uma gama de oportunidades, um cenário cultural rico e uma concentração de
pessoas que conhecem Tribal, além de cursos, etc.
Um ponto negativo seria uma
saturação disso, uma concentração que não se abre a novos públicos e caminhos
para espalhar a nossa arte. Um dos objetivos do Nomadic Tribal foi sair claramente dessa cena que já conhece o
Tribal e levar esse conhecimento a todas as pessoas, participando de eventos
culturais, eventos noturnos e plantando um respeito e admiração pela nossa
dança, fazendo com que as pessoas que não nos conheciam não nos confunda com
odaliscas e coisas do tipo, realmente com o intuito de levar alegria e
esclarecer nosso trabalho. E com certeza deu muito certo.
BLOG: Em 2012 você criou juntamente com alguns
ex-membros do Ulan Daban, o Nomadic Tribal . Como é fazer parte de
um grupo de ATS® e qual a importância que você encara no estudo do estilo?
Para uma praticante do estilo, ter
um grupo faz toda a diferença. Eu costumo dizer as minhas alunas que é
completamente diferente você praticar em aula e você sentir a emoção de uma
apresentação de verdade, por isso sou totalmente a favor de minhas alunas
montarem grupos e se apresentarem, isso faz parte do crescimento delas.
Enquanto grupo, existe uma coisa consistente e mágica no Nomadic que é difícil de conseguir e se conquista com um tempo de
convivência: Intimidade, liberdade e aceitação. Isso é conquistado a muito
custo, depois de chateações e processos, pois sem esses pilares nenhum grupo
consegue se manter; a intimidade na hora de dançar faz absolutamente toda a
diferença, a leitura corporal da sua parceira de dança, a conexão. A liberdade
de se expressar e falar suas opiniões também é algo que se resolve e morre ali,
assim conseguimos nos adorar e continuar preservando nossa interação. E a
aceitação do outro e das opiniões do outro, pois a mágica está em dançar em um
grupo onde todas possam pensar diferente e se completar; e não todas ficarem
condicionadas a um estilo ou a um pensamento só, mas é claro, isso é uma opção.
BLOG: Conte-nos como surgiu a Nomadic Tribal, a
etimologia da palavra, seus integrantes, qual estilo marcante do mesmo e se ele
sofreu alguma mudança estrutural ou de estilo desde quando foi criado
até agora.
A história do Nomadic é interessante. Após o Ulan
Daban terminar por várias questões, nos reunimos em um jantar para saber o
que estávamos fazendo da vida e conversar, afinal éramos amigas já. E para
nosso espanto descobrimos que entre nós seis nada tinha mudado. Continuávamos
com vontade de dançar juntas, partilhávamos do mesmo ideal de grupo e pensamos
“Por que não ter um grupo de direção coletiva?”. Assim nasceu o Nomadic (nômade) e esse nome demorou
para ser escolhido. Ele foi tirado de um antigo ateliê de figurinos da Amanda Preisig (integrante do grupo). O Nomadic não sofreu nenhuma mudança
estrutural de estilo desde que foi criado, exceto pelo fato de eu e Valdi Lima, recém formadas da Califórnia,
sentarmos com o grupo e decidirmos que o que
queríamos fazer no Nomadic para
sempre é o ATS® mesmo. Com muitas pesquisas e levando o grupo para
fora do circuito dos festivais tribais muitas pessoas nos associam com balkans, mas na verdade só prestamos uma
grande homenagem a esses povos que também fazem parte das raízes que criaram o
ATS®, só são menos conhecidos que as tão faladas raízes:
flamenco, indiano e árabe. Se você estudar a fundo, tantos povos nômades do
oriente médio, Argélia entre outros, compõem as inspirações do ATS®,
que seria uma pena não prestar uma homenagem a esses povos.
BLOG: Em 2012, você obteve sua certificação em ATS®
com a criadora do estilo, Carolena
Nericcio. Gostaria que nos explicasse melhor sobre o processo de
certificação(General Skills/ Teacher Training1 e 2) e como se alcança o tão
estimado selo de Sister Studio. E qual
importância de conseguir tal certificação, em sua opinião?
Sem dúvida estudar com a Carolena é
uma experiência única, pois ela é uma mulher fantástica que nos trouxe o ATS®
nesse formato e vem trabalhando nisso desde a década de 80; ela tem mais de 20
anos de experiência em como trabalhar em grupo. Mas é interessante e bom falar
sobre isso. Percebi a pouco tempo que começou a rolar um alvoroço sobre o
título de sister, já me perguntaram porque uma sister seria melhor que uma
estudante de ATS e etc. E é bom deixar claro que o título de SisterStudio /
BrotherStudio é um aperfeiçoamento para pessoas que pretendem dar aulas no
formato FCBD®. Por quê faz diferença? Simplesmente porque eu teoricamente posso
passar aquilo que eu aprendi com meu professor(a) e posso saber ensinar tudo
certinho, mas no curso existe uma metodologia de ensino do FCDB®,
ou seja, teoricamente todas as Sisters/ Brothers do mundo tem uma metodologia
muito próxima de ensino e, justamente por isso, existe entre nós um código de
ética de nunca corrigir outra sister/brother em aula, pois aprendemos
exatamente no mesmo formato e na mesma fonte. Para ter um grupo e dançar você
não precisa ir até a Califórnia tirar esse certificado (ou outro país) apenas se você
quiser ser um professor dedicado
a ensinar nessa metodologia e com toda a
responsabilidade que se tem quando se propõe a seguir uma linha.
Sobre a estrutura do curso, ele era
dividido em 3 partes quando eu me formei (atualmente o formato mudou um pouco):
General Skills - Onde se aprende o repertório clássico e
moderno do ATS (matéria que Sisters/ Brothers estão aptos a ensinar após a
formação).
Teacher Training I – Onde recebemos
conselhos e metodologia de ensino, damos aulas e nos aprimoramos enquanto
professores.
Teacher Training II - Onde falamos sobre negócios, grupos, dúvidas
e problemas do meio.
BLOG: Além da certificação, como foi a experiência
em estar na Califórnia, berço do Tribal e estudar de perto com os principais
ícones da cena? Compartilhe conosco um pouco da sua viagem e experiência
=D
Quando estive lá foi que percebi que faltava muito
para viver de dança, rs. Pois não é apenas viver de dança como trabalho; é
viver a dança, respirando dança todos os dias. As aulas tem um ritmo muito bom,
são puxadas, cheias de informação; é visível a disciplina no estudo e é
emocionante estar no berço onde tudo nasceu. Não só no Tribal, a Califórnia é
um núcleo de estudos em dança, né? Não podia ter me sentido mais feliz e
realizada.
BLOG: Como surgiu a oportunidade de
dançar no Gas Gas e Madame;
como foi a experiência de dançar em lugares com temáticas tão diferentes? A
repercussão do público é diferente de uma festa para outra?
Desde que o Nomadic Tribal nasceu, o Espaço
Romany se tornou nossa casa e criamos vários projetos. A DJ Lita Almeida (responsável pela festa
GAS GAS) viu nosso material e nos chamou para a primeira edição da festa. A
parceria deu tão certo que nunca mais paramos de dançar na Gas Gas. A festa tem
uma discotecagem balkan onde todos dançam muito a noite toda, nossa proposta
foi super bem recebida com respeito e admiração.
No Madame o Espaço Romany
introduziu um projeto chamado “Romany no Madame” e nossa proposta era levar
dança para lugares alternativos. No início havia uma preocupação de como isso
seria recebido, mas o projeto educou o público de uma maneira impressionante,
logo após a primeira edição, muitas pessoas já iam para o Madame esperando
assistir os artistas e conseguimos impor respeito sem que as pessoas ficassem
se aproximando de nós com outro intuito, foi uma quebra de tabu e um sucesso!
BLOG:Você é
criadoras da loja Khalidah, destinado
a figurinos para o Tribal. Como surgiu a idéia ou oportunidade de formá-la?
Como é o processo criativo para os figurinos e suas inspirações para a
composição dos mesmos? Há alguma curiosidade a respeito da confecção de alguma
peça? Em 2013, a loja deixa de ser apena virtual e passa a ter um espaço físico.
Quando surgiu a oportunidade para isso?
Sim, eu sou formada em Design de
Moda pelo Centro Universitário Belas
Artes de São Paulo e não haveria como abandonar o Design, pois ele e a
dança juntos realmente me completam. A marca começou a ser idealizada em 2011,
sendo impulsionada por amigas da dança que descobriram que eu estudava Moda. Comecei
a fazer peças em casa, estudar e pesquisar o que o mercado estava precisando,
mas eu nem sabia que a Khalidah viria
a ser o que se tornou hoje. Passei 2 anos fazendo as peças em casa , tendo mais
um emprego e ainda a faculdade (e o grupo de dança e aulas e projetos, rsrsrs),
até que chegou um momento que a demanda ficou tão grande que tive que decidir
entre seguir carreira em lingerie (trabalhava no estilo da Marisa na época) ou
tomar coragem e seguir meus instintos. E foi isso que eu fiz: larguei meu
salário estável e abri a loja física Khalidah.
Desde sempre tive vontade de
trabalhar ao máximo com criação, com personagens, tinha muito medo de me formar
e ter que trabalhar copiando modelos importados, sem exercitar minha mente, sem
colocar para fora minhas idéias,mas a marca me proporciona isso diariamente. Eu
sou uma curiosa e gosto de pesquisar, construir, então cada figurino para mim é
uma história nova que muitas vezes me consome, mas me dá infinito prazer. Tem
algo melhor que estar em um local com dança, arte, vivendo cada dia uma história
nova? =D
BLOG: A confecção
de figurinos para a dança tribal é muito diferente das roupas cotidianas?
Gostaria que comentasse a maior dificuldade de confeccioná-los e se há algum ou
alguns figurinos favoritos.
Sim, são infinitamente diferentes.
No figurino você constrói uma história para apenas um personagem (quando não é
um caso de grupo) você pode ousar, pode fantasiar e uma vez que você tem a
confiança do seu cliente, você está livre para criar. Você pensa na luz, muitas
vezes na cenografia, claro, respeitando o estilo de dança para o qual você está
criando. Quando você desenvolve uma coleção de Moda, você tem um tema que
muitas vezes seu cliente nunca ficará sabendo, pois ele é uma inspiração
pessoal, você muitas vezes não sabe o biótipo do seu cliente, existe todo um
estudo sobre a atualidade, sobre o processo histórico que as pessoas estão
passando, sobre mercado. São coisas muito diferentes. Tenho alguns figurinos
que gostei mais de desenvolver, em geral gosto sempre dos mais complexos
rsrsrs.
BLOG: Final de
2013 você defendeu seu TCC, relacionando Moda com a dança Tribal e Indiana.
Gostaria que comentasse um pouco sobre a escolha do tema, o desenvolvimento
conceitual, o processo de elaboração dos figurinos , sua inspiração e referência para os mesmos. Como foi a
experiência e repercussão da sua defesa na área acadêmica sob esta perspectiva?
Sim, para variar me comprometi em
algo super complexo e para desenvolver precisei estudar muitas áreas, pois além
de falar do Design e Moda, eu precisava falar de uma dança não conhecida
academicamente e de uma filosofia hindu que não poderia cair no quesito
religião. Meu tema foi Shiva-Shakti e
suas Personificações. Me inspirei primeiramente em Kali como ícone para os
figurinos. Estudando, descobri que Kali, Parvati, Durga entre outras eram a
mesma Deusa e que elas eram o lado feminino de Shiva. Complexo, não? Mas foi
ótimo. Meu desafio era desenvolver peças para o Tribal inspiradas nas Shaktis,
então as cores eram difíceis de encaixar, era tudo muito dourado, muito amplo,
muito rosa, muito brilhante, mas no final consegui levar para a banca uma
explicação do estilo, que eles entenderam e muitos adoraram, conseguindo
desenvolver as peças de acordo.E o melhor é que tenho uma pesquisa sobre dança, design e
hinduísmo, a qual me enriqueceu como pessoa e profissional para sempre. =)
BLOG: O quê você mais gosta no tribal
fusion?
Gosto da liberdade de
música, de movimentos. Gosto da atitude e das possibilidades de fusão.
BLOG: O quê você acha que falta à comunidade tribal?
Acho que falta se
informar mais, disciplina, ler e estudar mais (e eu me enquadro nisso também,
já que para mim nunca será o suficiente).
BLOG: Como você descreveria seu estilo?
Tenho dançado menos
fusion ultimamente, por opção mesmo, pois me foquei tanto no estudo do ATS® que não gostaria de apresentar um solo de ATS® em uma apresentação de fusion, rs. Mas percebo que meu estilo tende
muito ao que estou vinculada na época de cada performance. Quando estava
fazendo dança contemporânea se eu não tomasse cuidado, aquilo tomava minha
performance de um jeito que virava uma performance contemporânea, tenho buscado
um equilíbrio.
BLOG: Como você se expressa na dança?
Bom, se é uma coreografia
costumo escolher uma música que me expresse primeiro e dali eu crio; quando é
um improviso não consigo pensar em uma história, eu deixo fluir e o final
ninguém sabe, rs. Mas é claro que existe sempre uma linha, uma personalidade
que é sua marca.
BLOG: Quais seus projetos para 2014? E mais futuramente?
Muitos!! Rsrs
Estou lançando o projeto Lab.In agora em 2014 que pretende desenvolver
bastante a área em figurinos e Moda alternativa, mantendo alguns ideias que já
trabalho na Khalidah e várias
inspirações em parceria com outros estilistas. O projeto será um laboratório para
desenvolver peças para o cenário cigano, steampunk, medieval e etc.
Meu projeto pessoal: Propagando o ATS® no Brasil, que foi escrito em parceria com
Marcela Mendes e pretende expandir o ATS pelos estados brasileiros para que a
nossa arte seja conhecida e praticada em todo o País. E o Nomadic
que sempre tem muito projetos acontecendo.
Futuramente pretendo
fazer o meu mestrado em História da Arte e da Indumentária, para complementar o
trabalho com figurinos. E sigo com os projetos do Nomadic
BLOG: Improvisar ou coreografar?E por quê?
As duas coisas, pois
depende da situação. Improvisar no caso do ATS® é uma delícia, uma sensação
maravilhosa, mas não gosto quando preciso só improvisar em solo, principalmente
se for por falta de tempo, sinto que minha performance fica jogada, a coreografia traz mais segurança.
BLOG: Você trabalha somente com dança?
Hoje me dedico a dança e
ao Design
BLOG: Deixe um recado para os leitores do blog.
Estudar e pesquisar
ainda é o melhor caminho. Ter a mente aberta e estudar vários estilos com
vários professores não só amplia nossa área de conhecimento quanto agrega a
nossa arte. Na minha mente não cabe ensinar sem estar estudando, reciclando,
evoluindo, então, meu conselho seria se concentrar mais nos estudos e se
envolver menos em discussões. Tudo, absolutamente tudo é valido, até o que é
ruim é válido para o nosso aprendizado, então vamos somar experiências. ;)
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(11) 97093-3943 /
(11) 3360-1031 Espaço Romany
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