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[Corpo & Dança] Como trabalhar força nas aulas de dança?

 por Jossani Fernandes


Como já foi dito, a força é extremamente fundamento no contexto da dança e da saúde, propriamente dita. Sabemos que o fortalecimento muscular possibilita romper com os desvios posturais advindos do nosso cotidiano ou até mesmo de movimentos repetidamente reproduzidos na dança. Além de ser um importante fator na prevenção de lesões e auxiliar na recuperação das lesões preexistentes. Mas trabalhar a força das alunas em uma aula de dança?

 

·         Primeiro é importante saber os tipos de força e qual ou quais desejamos trabalhar de acordo com a modalidade:         

Força máxima

    É a capacidade que um músculo ou grupo muscular tem em realizar máximas tensões


Força explosiva

    A força explosiva (ou rápida) representa a relação entre a força expressada e o tempo necessário para a alcançar a ação, ou seja, esta relacionada a movimentos de força com velocidade.


Resistência de Força 

     É a capacidade do organismo de resistir à fadiga, como se fosse uma força de longa duração.

 

·         Após essa breve explicação é possível perceber que na dança utilizamos todos os tipos de força, mas algumas se sobressaem. 

No caso do tribal, utilizamos se forma significativa a força explosiva para a execução de movimentos que demanda explosão, como uma batida de quadril forte que demanda maior contração, nas dissociações corporais marcadas, giros rápidos e por aí vai... Além disso, a resistência de força está presente em nossa realidade, seja para sustentar o braço durante períodos constantes, segurar um meia ponta e etc.

 


Para conseguir planejar em sua aula treinos de força, precisamos ter em mente 3 princípios:

Sobrecarga: a força não pode ser aumentada a menos que os músculos sejam trabalhados além da sua carga normal de treino, ou seja, para evoluir na força e para continuar tendo resultados vai chegar um momento em que você precisará aumentar a intensidade dos treinos, frequência e até a duração dos exercícios.


Especificidade: Você deve escolher os exercícios o mais próximo possível da modalidade e os movimentos que você irá trabalhar.

Reversibilidade: Se você não continuar treinando a força se perderá rapidamente, nesse ponto precisamos estimular as alunas a não trabalharem a força só na aula de dança, mas levar para a vida!

Pronto! Você já sabe o básico para iniciar os treinos de força dos seus alunos, uma sugestão é, seja em uma aula de 60 ou 90 minutos, separe de 10 a 15 minutos iniciais para esse trabalho. 

  1. Inicie com um trabalho articular (alongamento dinâmico, como já citado em outra coluna).
  2. Exercícios de força, de acordo com o objetivo da turma, isto é, se você precisa que os alunos tenham força para descer ao chão e subir, foque em membros inferiores.
  3. Sempre tenha um momento para fortalecer o abdômen, força do core é importantíssima para qualquer momento em sua dança.
  4. Iniciar com 2 séries de cada exercício já é um bom volume, sobre repetições pode-se trabalhar de 8 a 12, a depender do nível de cada aluno.
  5. Seja criativo, para o aluno não chegar 15 minutos após o início da aula.
  6. Preze sempre a segurança, lembre-se o simples bem feito gera resultados incríveis!

Vejo você em uma próxima coluna com algumas sugestões de exercícios!

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
 é professora e bailarina de danças orientais, profissional de educação física, atua na área como personal trainer e pesquisadora da área da flexibilidade, é apaixonada por anatomia e por tudo que diz respeito ao corpo humano e toda a sua complexidade.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 



[Corpo & Dança] A importância de treinar força no contexto dançante

 por Jossani Fernandes

Michelle Sorensen (EUA)


Fundamental para execução de diversos movimentos e interações individuais e em duplas, utilizamos a força em significativas situações coreográficas, consistindo na ação que causa uma mudança no estado de movimento de um objeto, pessoa ou seu próprio corpo.


Do ponto de vista fisiológico, a força é a capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de diferentes ações musculares (BARBANTI, 1994), as quais já foram abordadas na coluna anterior. 


O processo de treinamento, não somente da força, mas de qualquer capacidade física, se dá pelo planejamento e programação com embasamento em alguns princípios, que, devem ser respeitados e utilizados de forma coerente com as particularidades encontradas tanto no nosso corpo que será treinado, quanto na modalidade, no nosso caso a dança! 


Detalhe, não é qualquer estilo de dança não é minha gente...


Daí vem as maiores dúvidas:


Não vai me atrapalhar na dança?


Anteriormente, o treinamento de força de certa forma era considerado impopular na dança, devido á hipertrofia (ganho de massa muscular) ser uma preocupação para os bailarinos, pois antes acreditava-se que o ganho de massa muscular poderia prejudicar a flexibilidade, agilidade e a estética que necessitavam, algo que já tem sido estudado fortemente e já vemos que não irá acontecer:


  • Uma coisa é fato, primeiramente para as mulheres, vocês não irão ganhar massa muscular o suficiente para ficar masculinizadas, pois não produzimos hormônios que permitem esse acontecimento. 

  • Aos homens, se vocês não desejam ficar musculosos, existem formas de manipular os treinos de força para que vocês não hipertrofiem tanto.

  • Para todos, sua flexibilidade, agilidade e afins só será afetada se deixar de treinar essas capacidades, o ganho de massa muscular não te fará perder o que você possui.

Para que treinar força?


Assim como no âmbito esportivo, a dança tem característica forte quanto aos níveis de exigência, aspectos coreográficos que envolvem diversos valores físicos e psicomotores. Nós sabemos mais que ninguém o nível de exigência que demandamos do nosso corpo, principalmente, com a aproximação de festivais, concurso e eventos, ondes enfrentamos cargas horárias extensas de ensaios e aulas, assim como as companhias de dança profissionais.


Por esse e outros motivos, como nossa saúde, precisamos nos preocupar em manter nossas bases fortes, para evitar lesões, cansaço excessivo, adquirir uma maior consciência corporal e manter o condicionamento para aguentar a carga de trabalho.


Preciso treinar força?


Muitas vezes, quando não conseguimos executar de forma correta um dado movimento, dizemos que estamos fracos ou com o corpo inadequado para tal, o que pode ser precipitado, podendo apenas necessitar de um ajuste na técnica, melhorando sua postura, equilíbrio, flexibilidade e a iniciação correta no movimento com trabalho de força específico. Buscando sempre o alinhamento corporal, favorecendo a execução de qualquer movimento.


Além disso, O fortalecimento muscular possibilita romper com os desvios posturais advindos do nosso cotidiano ou até mesmo de movimentos repetidamente reproduzidos na dança.


Esse fortalecimento é um importante fator prevenção de lesões, auxilia na recuperação das lesões preexistentes, os músculos agem de forma mais eficiente e integrada, além de nos tornar fisicamente mais disposto e mais habilidosos. 


Como organizar a rotina de treinos?


Cabe ressaltar, que as melhoras das capacidades ligadas à dança estão condicionadas à uma prescrição e estruturação que sejam coerentes com a proposta a serem desenvolvidas em nós bailarinos/as, distribuindo os estímulos com volumes e intensidades adequados, para isso um profissional de educação física qualificado é de extrema importância.


Sobre organização, depende da sua rotina, em relação a ensaios, aulas, trabalho e estudo... Para que não entre em sobrecarga, mas para que tenha bons resultados recomento que tenho uma frequência semanal mínima de 2 a 3x em seus treinos de força para que o seu corpo tenha adaptação.


Modalidades recomendadas para que tenha ganhos de força:

 

  • Musculação


  • Treinamento Funcional (imagem Treinamento Funcional)


 

  •  Cross Trainning/Crossfit

 

  • Body Pump

 

  • Pilates

 E na própria aula de dança, com orientação, é possível fazer um trabalho de fortalecimento muscular, desde que o professor tenha formação e conhecimento adequados para realizar treinamento de força.

Por fim, é importante que o treinamento de força deve ser realizado de forma global com exercícios próximos ou iguais aos que serão realizados na dança, se o seu objetivo ao treinar força, for se preparar para a dança é claro! Se trabalharmos a força do músculo de forma isolada, sem considerar a coordenação do corpo como um todo, podemos não atingir o resultado técnico desejado e ainda atrapalhar o desempenho na dança. Por esse motivo, é importante procurar um profissional de educação física para orientar esse treinamento de força, pois ele vai planejar o treino dentro de um objetivo com uma intensidade adequada e periodização das fases e progressões.

Referências: BARBANTI, Valdir J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed, São Paulo: Edgard Blucher, 1997 FLECK, Steven J.; KRAEMER, Wiliam J. Fundamentos de treinamento de força muscular. Porto Alegre: Artemed, 2006.

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
 é professora e bailarina de danças orientais, profissional de educação física, atua na área como personal trainer e pesquisadora da área da flexibilidade, é apaixonada por anatomia e por tudo que diz respeito ao corpo humano e toda a sua complexidade.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Corpo & Dança] Flexibilidade: Levando o foco para a postura!

 por Jossani Fernandes

A postura corporal não é uma situação estática, mas sim dinâmica, pois as partes do corpo são completamente e constantemente adaptáveis, em resposta aos estímulos recebidos, refletindo corporalmente as experiências. Uma boa postura dependerá do conhecimento e do relacionamento das pessoas com o seu próprio corpo, ou seja, da imagem que cada um tem de si. 

Ao adotar uma certa postura, é necessário um conhecimento prévio de sua imagem corporal, porém ao ocorrer um equívoco, esse conhecimento pode levar às ações imperfeitas. BRACCIALLI (1997)

Já é reconhecido que na permanência de comprometimentos relacionados a força e flexibilidade, devido à inatividade física, movimentos repetitivos ou permanência por um mongo tempo em uma mesma posição, podem ocorrer desequilíbrios musculares que podem causar dor e desconforto, podendo até mesmo, levar profissionais a se afastarem do trabalho, ou seja, os efeitos negativos ultrapassam a barreira da saúde.

A postura corporal é definida como: "a posição do corpo no espaço, com referência especial as suas partes, que exija o menor esforço, evitando fadiga desnecessária". Ou seja, para que seja considerada como adequada, deve estar ligada ao mínimo esforço e ausência de fadiga muscular. 

A manutenção da postura corporal está relacionada com o tônus muscular (estado de ligeira tensão dos músculos no estado de repouso). Esse regula a disposição postural dos segmentos corporais e impede que se desarranjem.


O que influencia em atitudes posturais positivas?

- Aspectos da imagem corporal (emocional, comportamental e social), 

-Aspectos do mínimo esforço muscular e a ausência de fadiga, 

-Combinação de formas tencionais equilibradas e o baixo nível de tensão muscular 

- Flexibilidade e resistência da região lombar, que causam o alinhamento das estruturas corporais.


Aspectos necessários ao equilíbrio postural:

- Capacidade de manutenção do tônus 

 - Fortalecimento musculares,

- Harmonia entre os agonistas e antagonistas nas funções de contração e relaxamento muscular. (tema a ser abordado em breve...)


Consequência do desajuste do equilíbrio postural 

- Contração muscular excessiva, 

- Hipotonia muscular, 

- Tensão muscular exagerada, 

- Enfraquecimento 

- Diminuição do tônus muscular. 

Nas situações em que a postura-padrão não encontrar um estado de equilíbrio no espaço, irá gerar agressões nas estruturas relacionadas com os músculos. Estes entram em estado de contração excessiva, levando à dor e ao desconforto. Os movimentos, nessas regiões, serão prejudicados, levando a pessoa a assumir posições que amenizam as dores (as chamadas zonas de conforto da má postura), que infelizmente são confortáveis, mas inadequadas, causando, posteriormente, desconforto.

A contração muscular excessiva tem como causa o encurtamento muscular que leva à tensão nas articulações por meio dos músculos e tendões. Esses entram em estado de tensão, reduzem a amplitude de movimentos e, quando executados, ocasionam as dores. A contração muscular excessiva gera, ainda, contraturas e ocorrência de espasmos musculares.

Em grande parte, a carência de flexibilidade dos músculos da articulação do quadril e da coluna vertebral pode levar os indivíduos a desenvolverem problemas lombares. Na má postura, onde se encontram músculos encurtados, a tendência é de serem mais fortes, e nos casos de estarem em posição alongada, tendem a ser mais fracos. Geralmente encontramos fraqueza muscular é encontrada nos seguintes músculos: trapézio médio e inferior, em pessoas com cifose, e nos músculos adutores do quadril no lado em que o quadril é mais alto ou proeminente. E carência de alongamento dos músculos, que afetam o alinhamento postural, como nas regiões do pescoço, cintura escapular, abdômen, peitoral, iliopsoas e posteriores de coxa. 


Vale salientar que não é uma regra essa relação de encurtamento e fraqueza citada, para realmente identificarmos tais parâmetros em nosso corpo é necessário que seja realizada uma avaliação postural por um profissional qualificado da área da educação física ou da fisioterapia.

Fonte:

BRACCIALLI, L. M. P. Postura corporal: orientação para educadores. Campinas, 1997. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação Física, UNICAMP, 1997.

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
 é professora e bailarina de danças orientais, profissional de educação física, atua na área como personal trainer e pesquisadora da área da flexibilidade, é apaixonada por anatomia e por tudo que diz respeito ao corpo humano e toda a sua complexidade.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Corpo & Dança] Flexibilidade: Por que devo alongar e como organizar meus treinos?

 por Jossani Fernandes

E o assunto mais esperado, pelo menos pela pessoa aqui que ama fala sobre, finalmente chegou. Nossa tão amada, ao mesmo tempo condenada, mas que nunca nos abandona, a capacidade FLEXIBILIDADE.

 

Antes de tudo, nós como bailarinas e/ou professoras precisamos compreender alguns conceitos para que nunca mais ocorra confusão, afinal se trabalhamos com nosso corpo ou ensinamos movimento é essencial saber diferenciar e conhecer umas coisinhas e evitar as vergonhas neh.

1- Flexibilidade: É uma capacidade física, ou seja, todos nós temos! Ela pode ser definida como a capacidade executar os movimentos dentro da amplitude que cada músculo permite.

É dependente de alguns fatores, tais como: estado dos nossos ossos, músculos, tendões e ligamentos, além do sexo, idade, genética, força, nível de atividade física e IMC.

2- Elasticidade: É uma propriedade do nosso músculo, ou seja, é o que permite que ele retorne ao seu tamanho original (lembra do conceito de flexibilidade que falei? Citei a palavra “temporariamente” e não foi atoa rsrs)

3-Mobilidade: É a capacidade executar os movimentos dentro da amplitude que cada articulação permite.

E como falei antes, a flexibilidade depende da saúde de nossos tendões e ligamentos e aí entra outro conceito de: 

4-Extensibilidade: que é a capacidade do musculo se alongar além do seu comprimento. Ambas, flexibilidade e extensibilidade são componentes da mobilidade.

 


 

Por que todos esses conceitos, se vocês não são profissionais da área? Constantemente nos deparamos com frases, que falamos mesmo sem perceber do tipo:

- Tô precisando melhorar meu alongamento?

- Como melhoro minha elasticidade?

- Fulana é elástica demais, nem osso tem.

- Vou dar uma esticadinha aqui para melhorar minha mobilidade.

E por aí vai..., mas o que nos importa é que o nosso corpo é complexo e precisamos saber o que é necessário trabalhar e o que buscar para isso.

Então o que os bailarinos desejam aprimorar é a capacidade flexibilidade e alcançamos isso através:

5-Alongamento: É a técnica utilizada para melhorar a capacidade flexibilidade.

 

 

Importância do alongamento:



Porque alongar?

  1. Alguns estudos citaram o fato de a flexibilidade não ser algo que precisamos colocar como prioridade ao se referir a saúde, entretanto é necessário colocar em mente que uma grande amplitude de movimento é aquela necessária para conseguir executar movimentos de forma natural (Todo movimento articular, precisa de flexibilidade). Então se você possui limitação de movimento por encurtamento muscular. Você deve sim alongar.

  2. Existe um princípio chamado especificidade do treinamento, ou seja, modalidades como ginástica, dança e outras demandam dos praticantes a capacidade flexibilidade bem desenvolvida, por isso o treinamento de flexibilidade se faz tão necessário para este público. 

 

Alongamento previne lesões?

Não existe nenhum consenso sobre o fato de alongar antes de se exercitar irá prevenir a possibilidade de se lesionar, é importante saber que você precisa ter a flexibilidade necessária para evitar que seu corpo busque compensações.

 

Alongamento no Início X Final dos treinos?

Sobre o alongamento no início ou final da pratica não existe o que é melhor e sim um objetivo!

O treino destinado para a aprimoração da flexibilidade, desgasta e traz consigo no pós-treino uma certa analgesia, ou seja, o corpo relaxa e as fibras musculares estarão em um estado de alongamento que certamente reduzirão a sua força, principalmente o alongamento estático.

Resumindo, penso que se você for alongar antes, seja porque gosta, por ser costume ou quer alongar antes, opte pelo alongamento dinâmico, ele servirá como preparação e aquecimento do corpo e após a pratica faça um alongamento estático (se forçar muito) para relaxar os músculos.

 

Carga de treinamento:

Já me deparei diversas vezes com a pergunta: Quanto tempo devo alongar para ser flexível? E coincidentemente eu fui a campo pesquisar isso, realizei uma pesquisa durante um ano, na qual eu alongava as pessoas através da técnica de alongamento dinâmica.

Enfim, quando falamos de carga de treinamento no alongamento, falamos de duração, intensidade e frequência e através do que venho estudado, posso dizer que de uma maneira geral:

- Se o objetivo é de fato aumentar os níveis de flexibilidade, seja para um cambret, aberturas, pivots e outros movimentos na dança seria interessante repetir o treino pelo menos 3x na semana, com intensidade máxima, ou seja, vai ao máximo que conseguir sem perder a postura correta (LEMBRANDO QUE O MÁXIMO NÃO É A MORTE)*, embora o processo para ser flexível possa doer e eu não vou mentir para vocês, não há necessidade de chegar a um nível de dor insuportável.

*Então o que é o máximo Jossani? Vou dar o exemplo da perna no alongamento da imagem abaixo, eu vou enumerar meu nível de dou de 0 a 10, no qual 0 seria o momento em que comecei a sentir o alongamento e 10 o nível em que a dor não me permitiria dar continuidade ao alongamento*.

 

 

  • Se o objetivo é apenas saúde, ou seja, manter uma ADM natural que lhe permita movimentar, 2x na semana já é suficiente com intensidades chegando a um leve desconforto.

  • Sobre o tempo de estímulo de 20 a 60 segundos, podendo ser divididos em séries como nas fichas de musculação, lembrando que é importante respirar nem que seja 15 segundos entre séries.

    Por fim deixo aí para vocês os benefícios do alongamento de de ter um corpo com a capacidade flexibilidade em dia. Vejo vocês na próxima.


Benefícios do alongamento:


  • Proporciona o bem estar físico e mental.
  • Estimula o cérebro a liberar a serotonina, o hormônio do bem estar.
  • Estimula e desenvolve a consciência corporal.
  • Pode reduzir a probabilidade de desenvolver lesões musculares.
  • Pode reduzir os riscos de disfunções da coluna.
  • Melhora a postura.
  • Diminui a tensão muscular.
  • Ameniza cólicas menstruais em atletas.
  • Induz o relaxamento.
  • Melhora a mobilidade articular.

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
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[Corpo & Dança] Aquecimento: A Importância de ativar seu corpo antes de qualquer movimento.

por Jossani Fernandes 

Agora entraremos de fato em algumas variáveis importantes do treinamento físico que são que extrema relevância a presença em nossas aulas e treinos de dança. O primeiro, mais importante, indispensável e mais negligenciado é o AQUECIMENTO.


Qual a importância de se aquecer para dançar?

Um aquecimento ativo ou dinâmico consiste em movimentos de baixa intensidade que promovem o aumento da temperatura corporal, ou seja, nossos tecidos são aquecidos e o funcionamento de nosso organismo torna-se mais dinâmico, mobilizando assim, os músculos para a prática a ser realizada. Nesse sentido, o objetivo de nos aquecer antes de praticar qualquer exercício físico, como dançar, está em obter o aumento da temperatura corporal, dos nossos músculos e preparar nossos sistemas, tais como cardiovascular e pulmonar e até mesmo reduzir o risco de lesões.

 


 

Benefícios:


  • Aumento da temperatura corporal.

  • Aumento do metabolismo energético, maior demanda enérgica (gasto calórico, para quem almeja perda de gordura).

  • Aumento da elasticidade dos tecidos (ligamentos, tendões, músculos = menor risco de lesões).
  • Melhoria da função do Sistema Nervoso (importante para tarefas que demandam alta complexidade e reações rápidas, principalmente para a dança que demanda nossa atenção plena).

  • Aumento do recrutamento de fibras musculares.

  • Aumento do débito cardíaco fluxo sanguíneo periférico (Coração bombeia mais sangue, como consequência temos maior transporte de oxigênio para os grandes grupos musculares e assim maior energia para a pratica).

Muitas vezes, repetimos padrões que que foram construídos a anos. Nessa perspectiva, o que mais vejo em muitas salas de aula são aulas com o início baseado em um simples alongamento estático, ou nós bailarinas que antes de nos apresentarmos ou fazer nossas práticas diárias, vamos com o corpo sem preparação alguma ou apenas damos aquela “esticadinha” que já se basta.

 

Ainda falarei sobre alongamento, mas já deixarei algo aqui sobre. O alongamento estático (aquele realizado sem movimento), reduz a atividade neural, ou seja, induz o nosso corpo ao relaxamento, além de que se estiramos nossos músculos ao seu máximo antes da prática de exercícios físicos estaremos nos expondo a perda de performance, força e ao risco de lesões. Deixo claro aqui que não é proibido alongar antes, alongar estaticamente para aquecer o corpo é questionável e se for fazê-lo, não faça em uma intensidade moderada para evitar possíveis comprometimentos (falarei mais sobre em outra coluna)!

Por fim DICAAAS...

 Então o que fazer???

Existem vários tipos de aquecimento, lembrando que a intensidade sempre varia entre leve e moderada, com duração entre 3 a 10 minutos (Depende de como será a intensidade da aula do dia), o aquecimento é apenas para avisar o corpo sobre o exercício que estar por vir!


1) Aquecimento Geral: 

Exercícios básicos, com estímulos aeróbios e para grandes grupos musculares.

Ex: Vocês podem dar saltinhos na sala de aula, polichinelos, subir degraus, trotes, corridas e etc.

 


2) Aquecimento Específico:


Exercícios que simulam a técnica que será ensinada no dia, porém em menor intensidade.

Ex: Na aula hoje teremos “Egiptyan” e “Overshimmie” (então teremos shimmies ¾ no aquecimento e torção de tronco).

 



3) Aquecimento Dinâmico:


São exercícios de alongamento dinâmico, ou seja, alongar com movimento.

Ex:                                         


 

Dica De Ouro: Para as professoras o aquecimento é o cartão de visitas para as alunas e alunos participarem da aula, aqueçam todos e os motivem e aos bailarinos, façam o mesmo aqueçam, se motivem e dancem felizes com um corpo bem preparado!

Vejo você em breve...

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Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
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[Corpo & Dança] Tribal Fusion x COVID

por Jossani Fernandes 

 

Então gente hoje decidi quebrar um pouco da sequência que eu estava levando com a coluna, mas por uma causa que julgo ser importante principalmente devido a fase atual que estamos vivendo. Na verdade, confesso que estou utilizando esse período de pandemia para trazer essa informação, que a muito tempo grandes estudiosos já vem se esforçando para desvendar, mas somente agora tal assunto começou a sair na mídia. Porém me incomoda muito começamos a dar importância às coisas que nos fazem bem apenas após aparecerem em fontes que nem sempre são confiáveis.

Digo isso, pois é necessário colocar em mente e dar, nem que seja um pouco mais de importância, ao fato de que nós somos sensacionais haha. O primeiro ponto que quero abordar é:

1.    O que a dança representa de fato?

Agora vamos esquecer um pouquinho dos nossos sentimentos rsrs, pois sei que a primeiro momento ela possui uma representação afetiva, mas antes de tudo a dança é um exercício físico!

2.    O que é exercício Físico?

Nada mais é que uma pratica de exercícios estruturada, ou seja, ou que nós professoras fazemos para nossos alunos e o que nós alunos nos submetemos cerca de duas vezes por semana.

Nessa perspectiva, o colégio Americano de Medicina da Saúde (ACSM, 2002) estabelece que as recomendações de exercícios podem ser realizadas com exercícios de 30 a 60 minutos intensidade moderada (cinco dias por semana) ou 20 a 60 minutos de intensidade vigorosa (três dias por semana), totalizando pelo menos, cerca de 150 minutos de exercícios moderados por semana.

Ok... Falei bastante, não sei se entenderam, mas não precisam ficar preocupadas em gravar o parágrafo acima. O importante mesmo é o fato de que nós contribuímos fortemente para melhorar a saúde das pessoas e sem perceber, da nossa, com aquele treininho de 20 minutos em períodos aleatórios  do dia, aquelas aulas 2 vezes por semana e aquele momento que unimos com nossas amigas para treinar a coreografia da professora ou até mesmo nas lives que nos jogaram para cima nessa quarentena e não nos deixaram desistir.

Ambos, simbolizam saúde, significam sair do percentual da população que se encontra na escala de sedentarismo que vem matando duas vezes mais que a obesidade. Desse modo, podemos dizer que o exercício físico é como umaa medicação diária para combater as mazelas da saúde, sejam elas físicas ou emocionais.

E por que eu citei o nosso novo normal?

O que tem haver o período de pandemia com a dança?

Tem tudo haver! Como já falei, quando dançamos, não somos felizes atoa, liberamos diversos hormônios através no nosso sistema nervoso e acima de tudo estamos em movimento. Estar em movimento, dançar, demanda uma série de contrações musculares, nossos músculos se alongam, trabalham o tempo inteiro para sustentar cada pose nova que decidimos experimentar e enquanto isso indiretamente estamos produzindo hormônios também através dos nossos músculos.

Todos já ouviram falar que o exercício auxilia a melhorar o sistema imune, não é verdade? E um dos fatores responsáveis por esses mecanismos é o próprio movimento, o tecido muscular é capaz de produzir e liberar substancias na corrente sanguínea, ele produz e libera mediadores que quando agem em outros sistemas e tecidos, mantendo a atividade funcional deste.

A Irisina é um desses e sua ação consiste em modificar o metabolismo do tecido adiposo branco, favorecendo o gasto energético. No quesito COVID – 19, ao analisar dados genéticos de células adiposas, os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus dentro de células humanas.

Por isso meu conselho é não tenham medo de se exercitar, se cuidem, mas continuem dançando, pois sim exercício é um santo remédio e a nossa dança nem me fale! Até a próxima tribo...

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
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