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[Estilo Tribal de Ser] Estilo Boho

por Annamaria Marques



Saudações pessoal!

Hoje trago um pouco sobre o estilo Bohemian, também conhecido como Boho, Boho Chique, Hippie chique.

Conforto e atitude é o que define esse estilo. 

Segundo a blogueira Isabella Marimon, o estilo surgiu lá em 2003 na Inglaterra, principalmente por causa de festivais como o Glastonbury. No seu auge em 2004-5, foi associado particularmente com a atriz Sienna Miller e a top Kate Moss, no Reino Unido, e as atrizes Mary-Kate e Ashley Olsen, nos Estados Unidos. Esta foi uma tendência que parecia estar em declínio no início de 2009, mas ressurge constantemente em festivais de música, como o Coachella e Lollapalooza, nos Estados Unidos.


Ele consiste na mistura eclética, livre, com ar de hippie, étnico, boêmio, folk, punk, vintage. O look é sempre único e personalizado, sua característica essencial é ser despojado propositalmente.

O estilo boêmio surgiu nos anos de 1920, mas só na década de 1970 que teve seu auge e tomou o formato que conhecemos hoje. Inicialmente era inspirado em peças de vestuário orientais, ciganas e indianas.

Escolhi trazer um pouco sobre o estilo para vocês por ter visto nele uma forma bonita de aproveitarmos nossos acessórios tribais no dia-a-dia!

Seguem algumas imagens de looks com destaque para joalheria sendo usada para compor acessórios e detalhes dos visuais!

Quem gostar e quiser ver mais, entra para o grupo Daily Tribal no facebook. Venho montando um acervo de tudo o que vejo que poderia ser usado no quotidiano, na dança e várias inspirações!




Fontes:


[Estilo Tribal de Ser] Saia Banjara

por Annamaria Marques



Saudações, pessoal!

Neste artigo visitaremos o povo Banjara que nos emprestou vários adereços para a dança Tribal! Neste, apresento a saia banjara.



Os  Banjara (conhecidos também por Gor, Lambani, Vanjara ou Gormati) são uma comunidade, geralmente descrita como nômade, que habita a região nordeste do subcontinente Indiano (do Afeganistão ao  Rajastão) e que pode ser encontrado espalhado por várias regiões da Índia.



Banjaras eram tradicionalmente fornecedores de gado e sal. O nome deles vindo do sânscrito, significa  "aqueles que caminham na selva" (tradução livre do inglês). O outro nome pelo qual são conhecidos - Lambani ou Lamani - deriva da palavra em sâncrito para sal, mercadoria vendida por eles.








[Estilo Tribal de Ser] Sári

por Annamaria Marques



Saudações, pessoal!


Revisitando algumas tendências passadas, decidi falar um pouco da famosa saia de sári, que foi sonho de consumo de muitas bailarinas há cerca de 2 anos, depois do boom da saia Jaipur.


Sari, saree, ou shari é uma indumetária feminina usada no subcontinente Indiano que consiste em um tecido de seda com comprimento variando de 4,5m a 8m de comprimento e 1,20m de alura. O nome vem do sâncrito, significando "faixa de tecido".






O sári, típicamente, é enrolado em volta da cintura e a ponta mais decorada - chamada Pallu - , pende no ombro, ostentando o belo tecido estampado por silkagem ou jacquard*. Existem vários tipos de amarração do sári sendo um dos mais comuns, o estilo Nivi, originário do estado de Andhra Pradesh.

Sob o Sari é usado por cima de uma anágua - chamada de, entre outros nomes, parkar, lehenga, pavadai e ghaghra - e de uma blusa - choli ou ravike (sul da Índia) - enta, com mangas curtas e, geralmente, com o compimento à atura abaixo do busto.

Esta vestimenta é tida como um símbolo de graciosidade  nas culturas  subcontinente Indiano.



O uso do sári é amplo em sua região natal e descobri, pelo youtube, que algumas indianas (talvez por influência ocidental) estão buscando dar novos ares a estas belas peças, transformando-as em vestidos, saias, calças e até peças de decoração. Deixei nas referências um vídeos com idéias de upcycling de sáris.



Por fim, estas maravilhas sendo usadas no tribal:

Natália Espinosa

Yoli Mendez & Gabriela Miranda





*Uma invenção do mecânico Joseph Marie Jacquired! O jacquard é fruto de um sistema de tear automático desenvolvido pelo francês no final do século XVIII. Esse sistema cria um tecido com estampas coloridas, diferentes, complexas e com relevo, originárias do entrelaçamento dos fios. Para que os desenhos sejam feitos, uma série de cartões automáticos perfurados programa cada movimento.

Vídeo sobre o processo completo da fabricação, desde a fiação da seda, tingimento, trama e silkagem e finalização: 




Estilo Nauvari:





Estilo Mastani:





Estilo Bhramani:



Estilo Peshwai:




Estilo Lavani:







[Estilo Tribal de Ser] Gul-i-peron

por Annamaria Marques

Saudações a todos!

Hoje vamos voltar à tribo Kuchi e falar sobre Guls.

Os Guls ou Gul-i-peron (flor para vestir) são amuletos bordados com miçangas usados para embelezar vestidos e outros tecidos. Cada um é feito à mão, com miçangas de vidro e linha de algodão.

Além dos adereços, é costume faze estes mesmos bordados em pequenas bolsas e porta níqueis.



Outros nomes incluem: "Wati", "Tikaii", "Tiki", "Sina gul", "Sina gul", "Mat gul".

Gul também é um termo usado para designar padrões de tapeçaria do Turcomenistão, em forma de medalhões

Mardi Love



Mardi Love é a maior referência para aqueles que se identificam com o estilo mais adornado de Tribal Fusion. Depois de trabalhar com o estilo minimalista do Urban Tribal, ela ajudou a esculpir os figurinos ricos e complexos do The Indigo. Ela foi a primeira a adotar uma versão adaptada dos búzios usados na dança do Rajastão colocando-os no cabelo; também criou um dos estilos mais populares de cinto usados nos anos 2000 combinando a “shisha” indiana com Guls afegãos e adicionando franjas de lã.

Mais imagens:







Fontes:



[Estilo Tribal de Ser] Segusha (Saye Gosha)

por Annamaria Marques

Olá pessoal! 

            Prontos para desvendar mais um acessório Tribal?



Este acessório tem sido usado recentemente por muitas na dança Tribal, principalmente no ATS® por seu charme exótico e porque, vocês hão de concordar, não há nada melhor do que ter muitas franjas para chacoalhar e evidenciar ainda mais o movimento dos quadris!

Saye Gosha são bordados tradicionais do Usbequistão e norte do Afeganistão feitos pelos grupos étnicos Lakai e Kungrat, tecidos com franjas, são decorações muito usadas em yurts – tenda tradicional dos pastores mongóis e outros povos - e casas na Ásia Central.



Os desenhos do bordado exibem o talento, riqueza e identidade cultural das mulheres que os fazem e incluem símbolos de suas ascendências e afiliações tribais. Podem ser compostos apenas pelo bordado no tecido ou ter agregadas franjas e franjas de tassels e além de serem usados como decoração, muitas vezes eram usados para fazer as bolsas onde os nômades carregavam toda sorte de utensílios. No fim do artigo vou deixar um link para quem se interessar em conhecer o significado dos símbolos dos bordados Lakai.





Usados para embelezar os lares, são colocados junto a outros tecidos, pendurados em paredes e sobre portas. No Ocidente, também são colocados sobre sofás ou mantidos como peças de coleção.
           
Dançarinos tribais usam esta peça em formatos e tamanhos variados, como xale nos ombros ou quadris ou como franjas para cintos dando um toque de movimento e cor aos figurinos.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Khongirad

http://sanat.orexca.com/2012/2012-3/the-forgotten-tribe-of-lakai-the-magical-world-of-steppe-allusions-the-history-of-lakai-embroidery/






[Estilo Tribal de Ser] Khomeissa (Hamsa ou Mão de Fátima)

por Annamaria Marques


Olá pessoal! 

Estamos de volta com mais um informativo sobre a joalheria tribal.

Quem nunca se perguntou o que são e de onde vem todos aqueles enfeites e se neles há algum simbolismo?

Como nesta sessão estamos desvendando os segredos do figurino de Tribal, este adereço não poderia faltar:






Notaram o colar da Carolena Nericcio-Bolman e da Kristine Adams?

Este símbolo é uma Khomeissa, ele é uma variação Tuareg da Hamsá.

A hamsá (árabe: خمسة, chamsa – literalmente “cinco”, referindo-se aos cinco dedos da mão) é um objeto com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado não só como um amuleto contra o mau olhado, mas também para afastar as energias negativas e trazer felicidade, sorte e fertilidade.

Também conhecido como “mão de Deus”, “chamsá”, “mão de Fátima” ou “mão de Hameshh”, o Hamsá é considerado um amuleto contra o mau-olhado para os adeptos do judaísmo e do islamismo.

A “mão de Hamsá” é caracterizada por representar o desenho de uma mão direita simétrica (dedos com as mesmas proporções), e com um olho ou outros símbolos no meio da palma da mão, como estrelas de Davi, peixes ou pombos.




Estes símbolos ajudam a fortalecer a ideia de proteção da mão de Hamsá, que pode ter inúmeras representações.Por  exemplo, quando representado com os dedos juntos, o amuleto serve para trazer boa sorte; caso esteja com os dedos separados, significa que deve ser usado para afastar as energias negativas, de acordo com a tradição popular.

O hamsá está presente em várias doutrinas orientais, como o judaísmo, no islã e no budismo, possuindo as suas especificações próprias de acordo com cada religião. No budismo, por exemplo, o hamsá é conhecido por Abhaya Mundra e é utilizado para afastar a sensação de medo.



Atualmente, a símbolo hamsá está presente em todo o mundo, seja em estampas de roupas, pingentes ou tatuagens. As pessoas que decidem tatuar uma “mão de Hamsá”, normalmente, buscam pelo significado simbólico que o amuleto carrega, além da beleza estética. 

Entre outras interpretações atribuídas à "mão de Hamsá" está o poder da fertilidade ("mão de Fátima") e da proteção contra o medo.

O hamsá berbere (Khomeissa) é feito na maioria das vezes em metal, mas pode ser encontrado em outros materiais e é uma versão estilizada da Mão de Fátima/Míriam, desenhado em formato geométrico e podendo conter inscrições de bom augúrio na escrita típica deste povo:






[Resenhando-MG] Up Up Fest 2015 - Workshops

por Sarah Carvalho



Cheguei cedo no primeiro dia, e percebi que a equipe estava se organizando. Achei ótimo, pois como estava há muito tempo afastada da dança, pude perceber melhor as pessoas que lá estavam e reencontrar pessoas que eu já conhecia.

No primeiro dia começamos com o workshop da Surrendra. Adorei as instruções sobre as diversas velocidades dos movimentos nas sequências, os movimentos de braços bem fluidos e giros que terminam num acento da música. Além das dicas de exercícios diários e técnicas de Queda Turca. Foram muitas informações que registrei para estudo e aprendizado dessa bailarina fantástica!



Após o intervalo, tivemos aula com a Thalita. A aula foi no estilo de Zumba com muitos movimentos e passos de Tribal Fusion e ATS. Uma aula excelente para potencializar os movimentos e conectá-lo; muito divertida, gostosa, dançante. A aula terminou e eu estava querendo mais!

Segundo dia de works. Meu corpo já estava meio cansado, acabei me atrasando um pouco... Mas colocando na balança que no primeiro dia tivemos aulas surpreendentes, encontrei pessoas que tanto admiro e conheci novas pessoas para me inspirar... Yeeep! Valeu muito a pena!




A primeira aula foi com a Kilma Farias (PB), uma diva do Tribal Brasileiro, que encanta com seu conhecimento de ritmos e passos afro-brasileiros e os encaixa perfeitamente no ATS. Sua aula é intensa, onde precisamos nos entregar e integrar profundamente à dança, sentir o ritmo dos tambores ecoando no coração e soltar o corpo. Isso sem contar a sua simpatia, beleza e seus figurinos produzidos a partir de elementos variados da cultura brasileira que a transformam numa fada!

A segunda aula foi com Jonathan Lanna. Seus alongamentos, movimentos de ATS, aplicações de Jazz e as sequências passadas são de excelente qualidade para estudo e limpeza dos movimentos. Uma aula que me fez querer descobrir mais sobre o Jazz, que me fez sonhar com os palcos.



Foram dois dias de workshops de muita qualidade, com bailarinos comprometidos e atenciosos. Equipe sempre à postos, todos simpáticos e receptivos. Pessoas encantadoras se entregando às aulas e dançando juntas! Foi uma pena eu não ter ficado para as palestras e o show, que já me contaram, foram maravilhosos! A estrutura e a organização do evento e de todos os envolvidos, me levam a ter certeza de que:

1) Estarei na próxima edição
2) Vai ser tudo maravilhoso de novo!

[Estilo Tribal de Ser] Tanfouk ou Talhakimt

por Annamaria Marques

As jóias usadas no Tribal vem geralmente da Ásia central, África e Índia. Usados principalmente em Mali, Mauritania e África ocidental, são únicos em seu desenho e na composição de pingente em pedra e metal.

Talhakimt Tuareg


O Tanfouk ou Talhakimt, também conhecido com Cruz de Agadez é um pingente usado originalmente por tribos africanas como enfeite de cabelo, pingente em colares ou como anéis. Este ornamento, inclusive, teve seu desenho modificado posteriormente para produção em maior escala. De formato sui generis, o talhakimt pode ser feito de uma infinidade de materiais diferentes e refletem  a luta economica entre países em desenvolvimento e o poder colonizador europeu.

Talhakimts europeus (os dois do canto direito abaixo são africanos)
Estima-se que o desenho do talhakimt seja derivado do formato de anéis tipo sinete indianos datados do século 18 ou de anéis de arqueiros indianos (vide coleção do museu Pitt Rivers). Este desenho original foi modificado para o formato do talhatana indiano e, posteriormente, foi novamente modificado pelos europeus para a reprodução em maior escala em materiais como ágata, plástico e resina com váriados graus de fidelidade.


Anéis de arqueiro indianos





Enquanto as numerosas imitações do talhakimt são baseada no formato dos anéis, a maioria dos originais é usada pelos Tuareg e outras tribos nomades como pingentes em colares ou em seus cabelos. Os pingentes Tuareg têm ainda um diferencial por ser, quando quebrados, engastados em prata ornamentada com padrões típicos. Muitas vezes, estes pingentes foram usados como moeda no comércio tribal com os colonizadores.

Usos originais do talhakimt




A popularidade do talhakimt era tal que indústrias alemãs passaram a produzir localmente versões mais acessíveis em Idar-Oberstein e diz-se que algumas indústrias de vidro na ex-Tchecoslováquia também se aventuraram a produzir suas versões. Com isto, acabaram por se tornarem peças mas competitivas (mais vendáveis devido ao menor preço) do que as versões industriais indianas até meados dos anos 1830/1840 quando a Índia adotou um processo de moldagem das peças ainda mais barato do que o europeu.

Usos contemporâneos do talhakimt




Como os diversos ornamentos adotados pelo figurino do Estilo Tribal, o talhakimt traz em si um pouco da cultura de onde ele é originário e agrega ao conceito deste Estilo, em que vários elementos culturais se unem para valorizar esta nossa dança e a sinergia que ela representa.

Fontes:

The tribal Bible




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