Destaques Tribais 2014 - Chamada e Regulamento

por Aerith Asgard




Olá pessoal!

Nossa! Como 2014 voou! Já estamos na terceira edição do Destaques Tribais! Então, empolgados? *----*

Este ano vou me orientar pelas dicas que o pessoal postou no formulário de opiniões.Então vamos lá!

Começando com o post de chamada com uma semana de antecedência para ninguém dizer que não foi divulgado,hein? ;)

Segundo, este ano será bem mais rígido do que os anteriores, então, ATENTE-SE AO REGULAMENTO deste post e as regras que sempre coloco antecedendo a enquete! Muito trabalho foi invalidado em 2013 por desatentarem as mesmas. =(

#1) Só entrará na votação vídeos que forem sugeridos na Etapa 1! Não haverá indicação da autora, então, para que seu trabalho esteja nas Categorias Ilustrativas e na Etapa 2 (votação) , tem que fazer barulho! (Lililililiiii!) =P Ou seja, cada estado e sua cena precisam se mobilizar e divulgar suas riquezas! ;)  Essa já é uma etapa preliminar, isto é, se o seu trabalho foi sugerido entrou. Se não foi, não entrou. E a autora não tem nada a ver com isso =P Por isso é importante o engajamento de todos para que seu trabalho apareça, começando pela Etapa 1  - Sugestão do Público, e continuando nas etapas seguintes \o/

#2) Só entrarão na votação vídeos do ano de 2014. Ou seja, mesmo que sua coreografia seja dançada no ano de 2014, MAS tenha sido criada em outro ano, ela será invalidada por não ser um trabalho deste ano. Então enviem vídeos  de trabalhos desenvolvidos exclusivamente este ano.

#3) Colocar o link do vídeo no campo correto! E que o vídeo seja válido, isto é, que a URL seja acessível (não seja "privado" ou "não listado", e sim "público"). Em 2013, alguns links estavam dando mensagem de inválidos e por isso também não entraram na enquete.

#4) Este ano temos algumas categorias novas

Destaque Sala de Aula -  que significa que vamos separar grupos profissionais de grupos de alunos, por não ser muito justo. Então, se o vídeo apresentar palavras como "alunos", "turma", "studio",etc, serão remanejados para a categoria em questão. Esta categoria é para grupo amador. Solistas devem ser remanejados para  " Destaques Revelação"

Além dessa categoria mencionada, teremos: 

Destaque Solo de Percussão Tribal - que APENAS NESTE ANO poderão entrar vídeos de até dois anos atrás (ou seja,2012) , com o intuito de incentivar mais as bailarinas a dançarem ao som de percussão.  

Destaque Fotografia Tribal - que seria uma categoria para as fotos que se destacaram no ano e seus respectivos fotógrafos. Categoria sugerida pela Bety Damballah no formulário de opinião (sempre disponível no término da enquete).

Destaque Hermana Tribal e Destaque Hermana Grupo Tribal - estas duas últimas categorias tem o intuito de conhecermos ainda mais o trabalho realizado na América do Sul. Então, este ano, também estamos abrindo a enquete para que outros países da América do Sul possam participar divulgando seu trabalho no blog =) Claro que o enfoque é o trabalho realizado no nosso país, mas acho importante tal intercâmbio para conhecermos mais o que é realizado no nosso lado , e acredito que muitas de nós quase não conhecem as outras bailarinas e grupos sul-americanos.

#5) Para finalizar, este ano estamos mudando a plataforma da enquete para uma que permita computar apenas um voto por pessoa, permitindo que a enquete se torne mais fiel possível da realidade. Então, este ano estaremos testando-a para ver se ficaremos com a nova ou voltamos ao Google.^^

Além disso, teremos 3 etapas este ano! Mais informações logo abaixo =D

Chamada  |  Duração:1 semana

Texto em questão

Etapa 1- Sugestão do Público  |  Duração: 3 semanas

Começa após 01 de janeiro, por isso, fiquem ligados na fan page.

Aqui vocês irão indicar seus favoritos para cada categoria! 

-Pode indicar mais de uma vez;

- Tem que ser referente ao ano de 2014 em todas as categorias. Se for de outro ano, não será aceito a indicação;

- Na categoria referente a bailarinos e grupos, tem que ter o vídeo da apresentação(link) disponível no Youtube. Caso a referida performance não seja encontrada na busca do site mencionado , este não entrará na 2ª etapa.

- Na categria de figurino, só serão aceitos indicações de figurinos utilizados em 2014.


- Caso seja sugerido mais de um vídeo por grupo ou bailarino(a),a autora remanejará os mesmos para outra categoria ou selecionará o vídeo mais adequado a categoria em questão. O mesmo acontecerá com foto de figurino.

- Esse ano não terá mais  “Indicações da Autora” . Por isso é importante a mobilização dos bailarinos e seus respectivos estados, escolas/estúdios,etc. Vamos mostrar o quão grande e rica é a cena tribal brasileira!


Categorias Ilustrativas | Duração: 10 dias


Esta, para mim, é a principal parte dos Destaques Tribais, pois nesta parte todos os vídeos, fotos e trabalhos sugeridos na Etapa 1 aparecem no blog como um grande painel! O intuito é divulgar de forma igual o trabalho realizado pelo país no ano em questão e conhecermos mais sobre o tribal no Brasil, o qual é tão rico que, muitas vezes, não temos conhecimento pela extensão territorial do mesmo. Com a vinda da internet podemos minimizar essa distância física e nos aproximarmos mais, nos conhecermos mais! Então essa é a oportunidade para sabermos o que rolou no ano de 2014 ;)

A cada dia estarei divulgando uma ou mais categorias. Assim, dará tempo para que o público/leitor assista e/ou conheça o trabalho de cada bailarino(a) , grupo, atelier,etc. O intuito é de você acessar os vídeos indicados, conhecer mais trabalhos de bailarinas que não conhecia, reconhecer talentos e poder dar sua indicações na Etapa 2  de forma mais consciente. 


Etapa  2 - Pré-Votação | Duração: 2 semanas


A partir das indicações realizadas na Etapa 1, será aberta a votação de todas as categorias  e você poderá votar em mais de uma opção na mesma categoria.

Lembrando que é obrigatório colocar o seu estado 9ou país, caso você seja uma hermana ;)), pois isso é importante para termos noção da concentração do público que está votando, se é uma amostragem concentrada em uma região ou se é mais heterogênea. Acredito que também seja importante para os bailarinos terem conhecimento de onde vêm seu público admirador =)


Etapa 3 - Votação  |  Duração: 1 semana

Na Etapa 3 vamos refinar os votos, o que significa que os 5 mais votados de cada categoria da Etapa 2 irão estar na Etapa 3 , com o intuito de tornar os resultados mais precisos.

Apesar de haver a terceira etapa, todos os votos e resultados estarão disponíveis para visualizações no post final, como aconteceu nos anos anteriores.


O resultado escolhido pelo público e será divulgado gráficos para cada categoria, assim todos que estão participando ficam sabendo a opinião do público com relação ao seu trabalho também, e não somente o(s) mais votado(s).

OBS: A duração pode ser alterada sem aviso prévio caso ocorra algum imprevisto.



Entrevista Especial de Aniversário:


Em 2014, a Entrevista Especial de Aniversário do Blog será dedicada a categoria "Destaque Masculino", pois eles ARRASAM E QUEBRAM TUDO DE DEIXAR A GENTE DE BOCA ABERTA. =p  A entrevista será divulgada no mês de março. 

Objetivos:

Lembrando que o objetivo principal da enquete é mostrar todos os trabalhos que foram desenvolvido ao longo de 2014 no país! Assim, fazemos uma retrospectiva dos acontecimentos mais marcante e conhecemos mais sobre a cena tribal brasileira, dando oportunidade também para novos talentos.

Essa também é uma boa oportunidade dos bailarinos/grupos terem um feed-back sobre seu trabalho, com a mobilização e carinho dos fãs  ;)


Para saber mais sobre a enquete, veja mais sobre as edições anteriores:



Espero  que o post tenha esclarecido alguns pontos. Qualquer dúvida, perguntem nos comentários ;)

E bora tribalizar e movimentar esse Brasilzão a fora. Lililililiiiiiii

Notícia Tribal: Novo Clipe da banda Junk Parlor com Gold Star Dance Co.


A banda Junk Parlor lança seu novo clipe "Si Tu Savais" com a colaboração do Gold Star Dance Co., dirigido por Kami Liddle. Contudo, a parceria não acaba por aí! Eles precisam da ajuda de seus fãs para conseguirem lançar seu mais novo álbum e turnê 2015. Para ajudar você precisa entrar no Kickstarter e fazer uma doação até dia 19 de dezembro para que esse projeto se concretize.


Doações:

A Dança Mística de Ivana Caffaratti

por Hölle Carogne

Ivana Caffaratti é uma bailarina argentina, cujo trabalho está voltado para as fusões, o qual está recheado de misticismo e sensibilidade. Entre as bailarinas da atualidade, é uma das minhas maiores inspirações. É uma daquelas artistas completas que emociona o público; que causa arrepios; que se comunica de forma visceral com o espectador; que inspira.

Nesta entrevista, Ivana conta um pouco da sua história e revela à coluna Venenum Saltationes, toda a sua ligação mística com a arte da dança.

Entrevista original em espanhol e tradução livre, logo abaixo.



Venenum Saltationes: Conte-nos um pouco sobre a sua história de vida, falando sobre a pessoa, a mulher e a bailarina Ivana Caffaratti. | ¿Nos puede contar un poco sobre su vida, su historia como mujer y bailarina?

Ivana Caffaratti: Sou argentina, nasci em um pequeno povoado chamado Cruz Alta. Desfrutei a infância com tranqüilidade e muita liberdade. Aos 12 anos me mudei com toda a família para perto da cidade de Córdoba, onde pela primeira vez comecei a estudar dança clássica. Com 16 anos, atravessamos o oceano até Madri, onde descobri a dança oriental enquanto terminava o estudo superior e decidi, então, frequentar a universidade de Psicologia. Com 24 anos decidi viver na Itália, precisamente em Florência, bonita cidade que ofereceu a possibilidade de eu me desenvolver artisticamente como bailarina e converter minha grande paixão na missão da minha vida. Agora, aos meus 40 anos, posso dizer que eu dediquei a minha vida à arte, sobretudo à expressão criativa através do movimento corporal. Sou coreógrafa, professora de dança e yoga, e colaboro em vários projetos artísticos com músicos, bailarinos, fotógrafos e atores.

Soy argentina, he nacido en un pequeño pueblo llamado Cruz Alta. En tranquilidad y grande libertad he disfrutado de mi infancia. A mis 12 años me trasladé con toda la familia cerca de la ciudad de Córdoba, donde por primera vez empiezo a estudiar danza clásica. Con 16 años, cruzamos el charco hasta Madrid, donde descubro la danza oriental mientras termino los estudios superiores y decido de frecuentar la universidad de Psicologia. Con 24 años elijo de vivir en Italia, precisamente en Florencia, hermosa ciudad que me ofrece la posibilidad de desarrollarme artísticamente como bailarina y convertir mi grande pasión en la misión de mi vida. Ahora, a mis 40 años puedo decir de haber dedicado mi vida al arte, sobre todo a la expresión creativa a través del moviminto corporal. Soy coreógrafa, profesora de danza y yoga, y colaboro en varios proyectos artisticos com músicos, bailarines, fotógrafos y actores.



Venenum Saltationes: Você se considera mística ou espiritualista? Tem alguma religião ou crença? | Usted esta en contacto con su espíritu...¿Tiene alguna religión o creencia?

Ivana Caffaratti: Creio no “AMOR” como a força suprema e energia, graças a qual tudo existe. Graças à dança, posso me comunicar de maneira mais evidente com a espiritualidade e entrar em contato com o que não posso compreender racionalmente. Desejo envolver e fundir minha essência com essa força e energia Superior.

Creo en el “AMOR” como la fuerza suprema y energia gracias a la cual todo existe. Gracias a la danza puedo contactar de manera mas evidente con la espiritualidad y entrar en relación con lo que no puedo comprender racionalmente. Deseo acercar y fundir mi esencia con esa fuerza o energia Superior.



Venenum Saltationes: De que forma sua arte expressa seus sentimentos mais profundos? | ¿De qué forma su arte expresa sus sentimientos más profundos?

Ivana Caffaratti: A dança é meu modo de voar tocando a terra... Ela me oferece uma linguagem sincera e profunda de expressão, resultado de constantes buscas interiores. Todo movimento se gera antes como um movimento interno... Emoções, pensamentos ou sensações, e o corpo traduz essa necessidade e esse desejo de comunicação através de um vocabulário que substitui a palavra, feito de forma que se sucedem ao tempo. Meu corpo narra e sua intenção é transmitir. Seu valor terapêutico é imenso, ajudando-me a ser menos desconhecida a mim mesma, sensibilizando minha percepção e afinando meu sentir. O prazer de trabalhar o corpo implica entrar em íntima conexão com cada parte dele.

La danza es mi modo de volar tocando tierra... ella me ofrece un lenguaje sincero y profundo de expresión, resultado de constantes búsquedas interiores. Todo movimiento se genera antes con un movimiento interno... emociones, pensamientos o sensaciones, y el cuerpo traduce esa necesidad o deseo de comunicación a través de un vocabulario que reemplaza la palabra, hecho de formas que se suceden en el tiempo. Mi cuerpo narra y su intencion es transmitir. Su valor terapéutico es inmenso, ayudándome a ser menos desconocida a mi misma, sensibilizando mi percepción y afinando mi sentir. El placer de trabajar el cuerpo implica entrar en íntima conexión con cada parte de él.




Venenum Saltationes: De acordo com a sua página no facebook, sua dança é denominada “Dança Mística”. Fale um pouco a respeito desta denominação e o que ela significa para você. | Su danza viene llamada "Danza Mística". ¿Puede hablarnos de esta denominación y qué significa para usted?

Ivana Caffaratti: Minha experiência me convida a reflexão que o trabalho corporal consciente nos conduz até nosso verdadeiro “Ser”, oferecendo-nos um espaço possível para a mudança e o crescimento. Podemos despertar nosso poder interior ou a força divina através da dança: todos temos a “semente” do místico. A Dança Mística é a dança como processo evolutivo que busca a transcendência, dando um sentido a cada passo nesta existência. É a dança a serviço do Grande Projeto. Aspirar a conseguir a união da alma com o Todo, como uma gota que retorna ao oceano.

Mi experiencia me invita a la reflexión que el trabajo corporal consciente nos conduce hacia nuestro verdadero “Ser”, ofreciéndonos un espacio posible para el cambio y crecimiento. Podemos despertar nuestro poder interior o fuerza divina a través de la danza: todos tenemos la “semilla” de lo místico. La Danza Mística es la danza como proceso evolutivo que busca la trascendencia dando un sentido a cada paso en esta existencia. Es la danza al servicio del Grande Diseño. Aspirar a conseguir la unión del alma con el Todo, como una gota que vuelve al océano.



Venenum Saltationes: De que forma suas ideologias, crenças e práticas místicas influenciam em suas criações artísticas? | ¿De qué forma sus ideologías, creencias y prácticas místicas influencian sus creaciones artísticas?

Ivana Caffaratti: Faz tempo que pratico com muito entusiasmo as Danças Sagradas de Gurdjieff. Estes movimentos são um meio para descobrir o que somos, estimulando a capacidade de estar “presentes” no momento e de transportar esta condição a nossa vida cotidiana. Quando crio uma dança busco essa verdade que tem a ver com a sensibilidade, o silêncio interior, a abertura do coração, de maneira que o movimento, o gesto, seja autêntico e justo. É uma busca do essencial, removendo tudo o que sobra. Com estas práticas nosso corpo se converte em ponte entre o aspecto humano e divino do homem. Também estes exercícios têm me ajudado a perceber a mecanicidade que escraviza o ser humano, seja a nível físico, mental e emocional. O trabalho consiste em transformar energias densas em energias mais sutis, liberando nosso corpo de tensões e limitações que representam um obstáculo para a liberdade.

Hace tiempo que practico con mucho entusiasmo las Danzas Sagradas de Gurdjieff. Estos movimientos son un medio para descubrir lo que somos, estimulando la capacidad de estar “presentes” en el momento y de llevar esta condición a nuestra vida cotidiana. Cuando creo una danza busco esa verdad que tiene que ver con la sensibilidad, el silencio interior, la apertura del corazón, de manera que el movimiento o gesto sea auténtico y justo. Es una búsqueda de lo esencial, quitando todo lo que sobra. Con estas prácticas nuestro cuerpo se convierte en puente entre el aspecto humano y divino del hombre. También estos ejercicios me han ayudado a darme cuenta de la mecanicidad que esclaviza el ser humano, sia a nivel físico, mental y emocional. El trabajo consiste en transformar energías densas en energías mas sutiles, liberando nuestro cuerpo de tensiones y limitaciones que representan un obstáculo hacia la libertad.

 

Venenum Saltationes: Ao ver uma coreografia de sua criação é possível identificar uma fusão de vários estilos de dança. Como você vê o seu estilo pessoal de dança? | Al ver sus coreografías es posible identificar una fusión de estilos. ¿Cómo ve usted personalmente su estilo de danza?

Ivana Caffaratti: Meu estilo é muito pessoal e em constante evolução. Minha forma de dançar diz muito sobre minha experiência de vida. O repertório de técnicas que tenho a disposição me permite relacionar-me de maneira nova e diversa cada vez que preparo uma nova dança. Na minha jornada eu encontrei a dança clássica, a dança Bharatanatyam, a dança oriental, a dança contemporânea, as danças de Gurdjieff, o yoga e o tango...

Mi estilo es muy personal y en constante evolución. Mi forma de bailar dice mucho de mi experiencia de vida. El repertorio de técnicas que tengo a disposición me permite de relacionarme de manera nueva y diversa cada vez que preparo una nueva danza. En mi recorrido he encontrado la danza clásica, la danza Bharatanatyam, la danza oriental, la danza contémporanea, las danzas de Gurdjieff, el yoga y el tango...


Venenum Saltationes: É possível notar em seus trabalhos algumas intenções e significados místicos. Você usa algum tipo de simbologia para criar suas coreografias? | Es posible notar en sus trabajos algunas intenciones y significados místicos. ¿Utiliza algún tipo de simbologia para crear sus coreografías?

Ivana Caffaratti: Para criar minhas coreografias busco a “Inspiração”. Pode ser uma música, a leitura de uma poesia (adoro a poesia Sufi), a visão de uma imagem ou um sentimento que nesse momento me representa. Reconheço que vou por um caminho justo quando sinto fluidez, tudo se encaixa como peças de um quebra-cabeça. O que aparece em minhas danças é fruto de algo muito natural, que tem a ver com a conexão com a sabedoria universal e expansão de nosso estado vibracional.

Para crear mis coreografías busco la “Inspiración”. Puede ser una música, la lectura de una poesía (adoro la poesía Sufi), la visión de una imágen o un sentimiento que en ese momento me representa. Reconozco que voy por el camino justo cuando siento fluidez, todo encaja como las piezas de un puzzle. Lo que aparece en mis danzas es fruto de algo muy natural, que tiene que ver con la conexion con la sabiduria universal y expansión de nuestro estado vibracional.



Venenum Saltationes: Como você se sente quando está dançando? O que passa em sua cabeça e em seu corpo no momento da dança? | ¿Cómo se siente cuando danza?

Ivana Caffaratti: Quando danço me sinto em uma condição muito especial. São momentos onde percebo a maravilha da vida, onde estou no “aqui e agora”, onde minha mente se acalma e faz silêncio. Dançar me dá esperança e coragem, me dôo completamente e sinto que me dissolvo no ar... Minha alma é livre.

Cuando danzo me siento en una condición muy especial. Son momentos donde advierto la maravilla de la vida, donde estoy en el “aqui y ahora”, donde mi mente se calma y hace silencio. Danzar me da esperanza y coraje, me dono completamente y siento que me disuelvo en el aire... mi ánima es libre.



Venenum Saltationes: O nome desta coluna é “Venenum Saltationes”, que significa “O Veneno da Dança”. Este termo revela a dança como um entorpecente, um psicotrópico, que altera as percepções físicas e eleva o espírito. O que você pensa sobre este conceito? Você acha que é possível transcender através da dança? | El nombre de esta columna es "Venenum Saltationes" que significa "Veneno de Danza", es decir, la capacidad de la danza de alterar las percepciones físicas y elevar el espíritu. ¿Usted cree que es posible trascender a través de la danza?

Ivana Caffaratti: Sim, é possível transcender através da dança... Esse é o seu poder! Podemos sentir as nobres virtudes que nos habitam, nos sentimos seres “melhores”, deixamos de lado nosso ego e entramos na corrente de amor e gratidão para cada coisa.


Sí, es posible trascender a través de la danza... ese es su poder! Podemos sentir la virtudes nobles que nos habitan, nos sentimos seres “mejores”, dejamos a un lado nuestro ego y entramos en la corriente de amor y gratitud hacia cada cosa.



Venenum Saltationes: Deixe-nos com alguns de seus trabalho (vídeos do youtube) que demonstrem suas crenças e ideologias ou o conceito místico impregnado na sua dança.
Ivana Caffaratti: | ¿Puede explicarnos a través de sus videos las ideas, creencias o inspiración de sus danza?

Fiabesque In Cerca di Terra – Ivana Caffaratti: 


Este vídeo é uma homenagem à natureza. A imagem projetada atrás é de um quadro que foi pintado por minha mãe, então essa dança nasceu através desta obra de arte. Foi emocionante unir-me à ela através de nossas paixões: a dança e a pintura.

Este video es un homenaje a la naturaleza. La imagen proyectada detras es un cuadro que ha pintado mi madre, asique la danza nacio a traves de su opera artistica. Fue emocionante unirme a ella a traves de nuestras pasiones: la danza y la pintura.


Kirvani – Ivana Caffaratti: 


Esta dança é muito especial... Adoro o som do instrumento que toca o meu querido amigo e companheiro de trabalho Daniele Dubbini: flauta "Bansuri". É totalmente hipnótico e me faz voar...

Esta danza es muy especial... adoro el sonido del instrumento que toca mi querido amigo y compañero de trabajo Daniele Dubbini: flauta "Bansuri". Es totalmente hipnotico y me hace volar...


Movements of my Soul – Atma – Ivana Caffaratti: 


Uma de minhas primeiras danças! Uma fusão com elementos de dança hindu... Tenho muitíssimo carinho por esta coreografia!

Una de mis primeras danzas! Una fusion con elementos de danza hindu... tengo muchisimo cariño a esta coreografia!

Contato:


Ivana, foi um imenso prazer conhecê-la um pouco melhor e descobrir uma arte tão cheia de sensibilidade e paixão. Em nome da Coluna e do Blog, agradeço a tua disposição em desvelar-se de forma tão encantadora! És um exemplo de entrega e devoção!



Make-Off por Niha Carteña


Make-Off
Niha Carteña - Santos-SP, Brasil

Sobre a Seção:

A minha ideia é passar dicas e ideias praticas e rápidas de make, estando mais elaboradas quando rápidas e de boa duração, para as apresentações. A seção pode ser tanto com dicas, quanto com video-aulas ou foto-tutoriais de makes. Afinal de contas, Sempre gostei de eu mesma fazer minhas makes e isso também faz parte da apresentação!

Sobre Niha Carteña:

Olá queridas!
Tudo bem? 


Antes de mais nada deixe- me apresentar, me chamo Niha Carteña , e na realidade eu não tenho muito contato com o Bellydance ou Tribal. Meu contato com a dança veio através da Dança do Ventre e Flamenco do qual pratiquei desde os 8 anos deidade. Infelizmente aos 18 precisei parar meus estudos na dança,por varios motivos e hoje retorno a ter esse contato com a Dança apartir do convite da Aerith a fazer parte das colaboradoras do blog *_*.

Artigos
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Como os pés podem influenciar na dança?

por Thalita Menezes

Acredita-se que o surgimento da dança, se deu ainda na Pré-História, quando os homens batiam os pés no chão. Com o passar do tempo, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que seriam capazes de criar outros ritmos, conciliando os passos com as mãos, através das palmas.


“Alguns autores até mais precisos, diziam que as mulheres dançavam para obter maior fecundidade e que elas executavam uma dança em ritmo binário, com o tempo forte sobre o pé esquerdo...” – Extraído do livro História da dança no ociedente, Paul Borcier.

A Dança (1910). Henri Matisse
No último post relatei sobre a importância de o bailarino conhecer o corpo humano para potencializar a técnica de sua dança, evitar/amenizar lesões e expressar os gestos com mais verdade e criatividade. Ainda na mesma ideia foquei em apresentar um estudo anatômico dos  pés e suas possibilidades de movimento. Com base nisso, venho reforçar este componente tão importante para nosso equilíbrio numa temática mais subjetiva. Afinal, o que os pés podem expressar?

Você já parou para pensar na importância dos pés em nossa vida? São eles quem sustentam todo o nosso corpo e representam muito mais do que a habilidade de caminhar. Algumas pessoas, por exemplo, acreditam que eles representam a linha da vida de cada indivíduo. 

calcanhar > passado | planta (arco) > presente | dedos > futuro

“Quando o homem pisa no chão, da maneira que o faz, já diz quem é.” (Maíra Viana, extraído do blog Vergonha dos pés). A relação dos pés com o corpo mostra a personalidade da pessoa: pés para fora, peito aberto, nariz empinado, autoritarismo; pés para dentro, peito fechado, timidez, aquele que se faz vítima; pés retos/paralelos, corpo aprumado, equilibrado.


Os pés muitas vezes também são negligenciados, esquecidos. Com algumas exceções - incluindo aqueles que trabalham o corpo de forma inteira, a exemplo dos bailarinos, porém mesmo exercitando o corpo de maneira uniforme nem sempre os bailarinos atentam-se em perceber o que acontece com os pés a cada movimento realizado por eles ou por outras regiões do corpo.

Sentir o alinhamento dos pés aos joelhos e ao quadril requer sua inteira conscientização corporal. No início das aulas de dança, massagear os pés, pode-se tornar um bom recurso para acordar e mobilizar todo o corpo para os demais exercícios técnicos. A partir daí é possível compreender melhor os encaixes das articulações e diferentes possibilidades de movimentação antes não percebida. Quanto maior o número de movimentos, maiores serão as imagens físicas e as significações ligadas ao movimento (ARTAUD, 2006, P. 145). 


Originalmente, ao menos no Egito, a Dança do Ventre era dançada descalça e os pés da bailarina tinha uma forte simbologia, pois eles representavam acima de tudo o contato com a terra. Além de ponto de apoio e equilíbrio do ser, muitos consideraram os pés um forte símbolo do ser feminino e da força da alma, por ser ele o suporte do corpo na posição vertical.


Ao longo dos anos, estas marcas foram se esvaindo e a preocupação atual passou a ser na estética e conforto dos pés na hora de dançar para centenas de pessoas assistirem. Cuidar dos pés é importante sim, principalmente se irá exibi-los para outras pessoas e almeja longevidade em sua dança. Porém, muitas vezes nem se percebe que ao dançar descalço na Dança do Ventre e Tribal tem-se uma grande oportunidade de usufruir sensações reais de textura e temperatura diretamente nos pés, podendo influenciar na qualidade de movimentos de várias outras articulações. 


Os pés são a parte do corpo que toca primeiro no solo, atuando como principal intermediador do nosso ser com o espaço que dançamos. Do solo eles recebem energia, transferem massa para pontos mais convenientes, absorvem impactos, ditam o ritmo e a direção do caminhar.

Desta forma, explorando o espaço, conhecendo nossos pés e reconhecendo as marcas históricas presentes neles, podemos receber diferentes estímulos e resignificar todo nosso trabalho corporal na dança, colocando em forma de movimentos a poesia que existe em lugares e momentos não antes percebidos. A essência dessas vivências prioriza o respeito pelo próprio corpo, o bem-estar, o prazer em sentir cada sentido.


Fontes:
Livro: “História da Dança no Ocidente”. Paul Bourcier




[Índia em Dia] Consciência Musical

por Raphael Lopes
Orquesta de música odissi: Packawaj (percussão), Violino, Manjiras (snujs),  sítar, vocal e harmonium
Olá queridos leitores da minha coluna!!!

É sempre um desafio escolher a dedo um assunto que seja novo e útil ao público, propondo acima de tudo uma reflexão maior por parte de cada profissional da dança ao invés de apontar regras fixas.

Escrever para um blog é como falar para uma audiência de atentos amigos, e essa oportunidade não pode ser desperdiçada com assuntos pueris ou repetitivos. É preciso ser enfático já que essa é uma ferramenta de contato direto com a galera que está produzindo arte.

O tema que decidi abordar com vocês esse mês é sobre o uso e edição de músicas, e sobre a visibilidade que é dado ao processo de escolha e finalização da mesma.

Dançar é uma arte por si só, mas não é uma arte isolada. Por vir de uma base shástrica (Shastra = Tratados Hindus), gosto de usar as referências encontradas nas artes cênicas indianas para organizar o meu próprio entendimento da dança. Para os indianos uma apresentação artística está enraizada em quatro pilares centrais:


Raphael Lopes em performance enlevado pela música


1 - Corpo 

Técnica de expressão corporal, por meio da inteligência motora em expressar o ritmo com suavidade e vigor, isolando as diversas unidades de movimento, ao mesmo tempo em que as une em sua orquestra de possibilidades de movimento conjuntos;

2 - Ornamentação

Maquiagem, figurinos, e elementos cênicos que enfatizem os movimentos, revista o bailarino com as personagens ou até mesmo permita uma total desidentificação do bailarino com o seu eu ordinário, fundindo-o com as narrativas dançadas em cena;

3 - Música 

A música indiana é a tradução exata do movimento em forma de som, de modo que estruturalmente a dança seja em si uma manifestação clara do ritmo elaborado pela música. As músicas indianas - as Ragas - são reproduções melódicas dos padrões vibratórios do universo, de modo que cada composição seja uma tentativa de reproduzir no espaço cênico a energia que inspirou a música e o artista, provocando assim um impacto energético sobre a platéia.

4 - Emoção

Que é a capacidade artística do bailarino interpretar e, acima de tudo, compartilhar o que "sente" no palco com a sua platéia. A performance artística não pode ser reduzida numa exposição supérflua de movimentos, muitas vezes sem a ornamentação e música apropriadas, pois a finalidade dessa experiência deve ser a elevação da consciência de ambos - bailarino e expectador.



Vamos nos ater a música.

É quase indissociável a música da dança, de modo que praticamente 95% dos bailarinos pensem sua arte já delimitado pela música, ou então, busque adaptar seu trabalho "pronto" numa música que permita certo encaixe de movimentos e ritmos, ao mesmo tempo em que agrade o gosto peculiar do artista. Até ai não há nenhum problema...

Existe um costume interessante nas apresentações de dança indiana: geralmente os primeiros instantes da performance (podendo tomar até uns dois minutos) são destinadas unicamente à uma "apresentação" de cada instrumento que compõe a orquestra. Assim teremos os instrumentos de corda, de sopro e de percussão apresentados em isolado, com variações de velocidade e ritmo, e depois em uníssono com a voz do cantor. Essa é uma forma de cada artista participar do "centro da performance", lembrando que por mais que a dança seja o foco principal da atividade exercida em cena, cada músico e instrumento também está em cena e merece o primeiro plano, e não apenas ser um pano de fundo para a dança.

Essa desatenção com os músicos e instrumentos é tamanha que atualmente é praticamente impossível encontrarmos um evento que comporte essa introdução para cada número. As explicações são diversas (falta de tempo, excesso de bailarinos na grade do evento, evitar a dispersão da platéia), mas elas todas refletem uma única coisa: a falta de comprometimento real com a Arte!!!

A bailarina Revital Carol simbolizando o instrumento de cordas (Veena)

Um número de dança deveria ser assistido como uma grande celebração da alegria, ou como um grande ritual. E em ambas as perspectivas parece que vivenciamos um hiato de tempo. Uma imersão tão profunda no que vemos e ouvimos que ficamos como sob encanto hipnótico. Introduzir a música de forma adequada e respeitosa irá preparar a mente do expectador para o movimentos a seguir, assim como as alternâncias de padrões rítmicos que culminam num clímax reverberam sobre os centros emocionais (vale lembrar que a audição é um dos veículos mais rápidos para arrebatar a consciência, perdendo provavelmente apenas para o olfato - sistema límbico).

Uma dica para os produtores de eventos é justamente pesarem o número de informação sonora e a forma como esse cardápio será administrado à plateia. A principio em quantidade. Não adianta reduzir o número de cada participante para poucos minutos no intuito de ter muitos bailarinos em cena, pois o cansaço é o mesmo para quem assiste, e de quebra nenhum número terá o tempo hábil para desenvolver uma comunicação empática com quem o assiste.

O revezamento de estilos, ou de velocidades rítmicas podem ser calculadas de modo a prenderem a atenção do público, alternando com momentos onde é possível relaxar e digerir os números já apresentados.

Outro ponto importante é a questão dos direitos autorais. Nem todas as músicas estão livremente disponíveis para reprodução. Da mesma forma que não podemos plagiar uma coreografia, não deveríamos copiar as músicas de nossos amigos. Ou ainda mais: não deveríamos utiliza-las sem a devida autorização do músico que a gravou! 



 A partir dos 3 minutos é possível ver o Guru Gangadhar Pradhan (in memorian) saudando os instrumentistas, e por consequência, a Música que irá dar forma à sua performance

Ao que parece, essa preocupação é nula em nosso país, justamente pela grande maioria das músicas utilizadas serem músicas mais populares e destinadas realmente  ao entretenimento. Mas por favor: citem os nomes das músicas e bandas!!! Além de você mostrar respeito à uma parte essencial de sua performance, vocês estará permitindo que seu público depois possa ir procurar mais material do artista. Eu particularmente aprecio muito os festivais de dança pela possibilidade mágica de ser introduzido a novos mundos musicais (e quantas bandas marcantes entraram na minha vida unicamente por ter escutado um pedaço de uma música num show de final de ano!!!).

Se seu estilo for mais contemporâneo e arrojado, e uma edição de música for necessária, lembre-se sempre das harmonizações necessárias para que a edição não se torne uma quimera. Saiba respeitar o público, levando qualidade e informação, e acima de tudo um bom entretenimento.

Nas danças clássicas indianas nos utilizamos das Talas, que são os padrões rítmicos coreografados por gurus legendários. É um costume do bailarino informar à platéia não apenas o nome da música, mas também sua Tala, e o Guru que a compôs para a peça de dança. Essas músicas se tornaram como um repertório mundial para qualquer estudioso, mas sua disseminação é feita seguindo um critério muito específico: é preciso que o bailarino se dedique ao aprendizado da coreografia, e a domine com perfeição para poder "ganhar" a música. As músicas mais populares das danças indianas são partilhadas internamente entre a própria comunidade global de dança. As exceções ficam quanto à certos números específicos, normalmente composições restritas de certas companhias, ou que tiveram uma grande demanda por parte da orquestra e do estúdio que a gravou. Nesses casos um valor é cobrado pela música, e ainda assim a mesma é transmitida no momento em que poderá ser fielmente executada pelo bailarino. No ocidente criou-se uma pequena rota paralela de vendas de músicas de dança indiana, onde bailarinas que viajam há mais tempo se aproveitam da dificuldade que é conseguir esse material, e vendem à preços impraticáveis. Vejo como abominação esse comércio clandestino feito sobre obras que não tem preço, ainda que concorde que é preciso sim reconhecer algum valor sobre tudo o que consumimos.



A bailarina Magda Sa'id dançando Daff, a dança do pandeiro - numa clara demonstração do quanto a dança é em sua essência uma leitura do ritmo musical

No mais gostaria de fazer um último alerta: se você gosta de extrair áudio de vídeos da internet, gosta de fazer colagens sobre composições já existentes, ou ainda faz edições sobre músicas para que elas percam sua identidade original para servir ao seu próprio trabalho, repense em como pode introduzir Ética na sua arte. Opte por música ao vivo quando for possível, contate músicos, visite orquestras e, se possível, experimente durante um ano se dedicar ao estudo de um instrumento. Aprenda a respeitar a música como o esteio de sua dança, como uma das partes mais importantes de seu trabalho.

Cite os nomes dos músicos, ou ao menos o nome da música. Saiba ouvir cada instrumento "dançando" em cena, e expanda sua forma de consumir arte. Aplauda não apenas o bailarino, mas a toda equipe que torna possível a magia do palco!!!

Até a próxima,

Namaskar



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