Mostrando postagens com marcador steampunk tribal fusion bellydance. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador steampunk tribal fusion bellydance. Mostrar todas as postagens

[Resenhando-PR] IX Café a Vapor

por Aerith



























No dia 10 de julho de 2016, no AOCA Bar, localizado no Centro de Curitiba-PR, aconteceu a 9ª edição do Café a Vapor, um dos primeiros e tradicionais eventos steampunk do Brasil, realizado pela Loja Paraná do Conselho SteamPunk. 

Este é meu segundo ano participando do evento que, com toda certeza, é um dos meus favoritos e aguardados <3 Para quem ainda não conhece o evento, ele geralmente é  anualmente organizado no mês de julho (sim, então fique ligado no grupo por volta dessa época para não perder a próxima edição, hein! ÒÓ),com diversas atrações, premiação das três melhores caracterizações, coffee break, diversos sorteios e, a cada ano, tem uma figura histórica que é homenageada e toda a temática do evento é voltada para ela (observem os detalhes). Este ano, o homenageado foi o cientista Tesla, conhecido por suas contribuições no campo do electromagnetismo.

Segue a descrição elaborada pelo steamer, membro do Conselho SteamPunk Paraná e um dos organizadores do Café a Vapor, o Russo (vulgo André Felipe Leite):

"Nessa edição, queremos comemorar os 160 anos do nascimento desse cientista incrível, o mestre Nicola Tesla.

De origem sérvia, nasceu em 10 de julho de 1856, mudando-se para os EUA em 1884, onde em parceria mal reconhecida com Thomas Edison, ajudou a desenvolver a niveis "mágicos" a então nascente Ciência Elétrica. Criou dezenas de máquinas de criação, reprodução e ampliação de eletricidade.

Suas máquinas mais conhecidas são a Bobina de Tesla, a Corrente Polifásica, Comunicação Sem Fio (principio de radio transmissão), Automatos de radiocontrole, a Lampada Fluorescente, e o Motor Elétrico compacto


Devido aos problemas de concorrencia contra Thomas Edison, e de má-gestão financeira, esse gênio de inovações foi deixado nas sombras da Ciência, até ser retomado nas ultimas décadas. E é em homanegem a esse brilhante cientista que em 2003 foi batizada a Tesla Motors, empresa automobilistica dedicada a criar carros elétricos a preços acessiveis."

Abaixo segue a programação das atrações desta edição:

























Esse ano, além do Museu Steampunk, também tivemos a presença de participantes expondo seus produtos, entre eles: Gilmara Cruz Ateliê (com produtos voltados à dança tribal), Guiro Luan e Mundo Aya. Além disso, a Loja Paraná trouxe em grande promoção unidades limitadas dos exemplares: " A Corte do Ar", de Stephen Hunt e "Sociedade dos Meninos Gênios", de Lev Ac Rosen.


Museu Steampunk  | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)


Infelizmente, devido a alguns contratempos, só consegui chegar ao evento por volta das 19 horas. Contudo, anteriormente, teve apresentação da tribal dancer, steamer já frequentadora do Café a Vapor e aluna de Gilmara Cruz, Amy Gardien, representando uma boneca steampunk.

Amy Gardien  | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Na sequência, teve apresentação de gaita de foles com o músico Leandro Dias.

Leandro Dias | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)

A partir das 19 horas, tivemos a participação, pela primeira vez na casa, da bailarina Gilmara Cruz com uma sombria performance de dark fusion.




Por volta dàs 19:30, tivemos a cerimônia de entrega das Medalhas da Ordem do Pinheiro para o Irineu Klosovski (criador de todos os troféus desde a segunda edição do Café a Vapor); e para o Beto (dono do AOCA Bar e apoiador do grupo).


Foto de Nelson Alves (Chaos Design )


Este ano a vocalista, Vanessa Rafaelly, que participou da edição anterior como solista de um potente repertório lírico, trouxe a banda Several Eyes, da qual tornou-se vocalista de Heavy Metal, cantando diversas músicas icônicas do metal.

Several Eyes | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Na sequência, tivemos o tão aguardado Concurso de Steamplay! Este ano os steamers vieram bem caracterizados e não estavam para brincadeira não! Um dos pontos que me chamaram bastante a atenção em relação ao evento passado para esta edição foi justamente a maior quantidade de steamplays. Com certeza deve ter sido uma escolha muito difícil para os jurados de selecionar as três melhores produções. Este ano, o prêmio para os três colocados foi duplo: um troféu em forma de uma réplica da Bobina de Tesla confeccionado pelo artífice Irineu Klosowskiuma, cujas cores na armação das bobinas eram diferentes para cada um: azul para o 1 lugar, verde para o 2º lugar e vermelho para o 3º lugar; e um exemplar do livro "No compasso do tempo steampunk"  realizado a partir da tese de doutorado da pesquisadora e também steamer Éverly Pegoraro, ilustrado a partir de fotos dos eventos passados e seus personagens-participantes.

Os Jurados | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)


Então, pausa para os jurados Caroline Marcondes, Anne Caroline e Guiro Luan decidirem entre si os merecedores da premiação! Neste intervalo, tivemos alguns anúncios gerais do evento, como o meu momento propaganda em conjunto com a Gilmara Cruz do II Underworld Fusion Fest, evento voltado para as vertentes mais obscuras da dança tribal fusion.

eu (Aerith) e Gilmara Cruz 
Logo após nossa divulgação sobre o Underworld, foi o momento da minha apresentação. A personagem que quis apresentar esse ano já era algo que queria há muito tempo representar: uma personagem circense. Inspirada na personagem de hq Arlequina ( ou Harley Quinn, no original em inglês) e na cantora Emilie Autumn, eu quis trazer uma performance mais ligada ao estilo dark fusion, que tem uma pegada mais teatral e expressiva na dança. A ideia da personagem, durante a performance, era sua descoberta de ter sido transformada em uma marionete. Durante a apresentação, ela luta por sua liberdade e, em um lúdico lapso, ela se imagina livre... Infelizmente não tenho ainda vídeo disponível, mas se conseguir, atualizo aqui (no vídeo do Canal Steampunk aparece um trechinho ^^).

O Russo e Aerith Asgard (a pessoa que vos escreve \o) | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Cada participante que contribuiu artisticamente ganhou uma medalha de honra ao mérito pelo Russo e também um certificado de participação. Um evento com certeza realizado com muito zelo e preocupação para com todos os envolvidos por seus realizadores.

O grande anuncio foi realizado, e os steamers vencedores foram:

Aya Drevis - 1º lugar | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Sara Michaelis - 2º lugar | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Tatiana Cared - 3º lugar| Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Para animar o pessoal, a DJ MissA trouxe um "set list Teslapunk" de muito bom gosto com músicas dark wave, as icônicas músicas das bandas "steampunks", entre outras, estavam entre as mais tocadas da noite.

DJ MisaA | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)

























E próximo do encerramento, eis o momento ( para os steamers mais resistentes que ficaram até o final) mais aguardado da noite: itens sorteados. Abaixo os itens que seriam sorteados pela organização do evento:

Itens sorteados | | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)















Os  itens sorteados foram:

- Caderno de anotações customizado por  Mundo Aya;
- Sketchbook encadernado e com quatro tipos de papel: sulfite, gofrata, canson e folha pautada por Renata Kamarowski;
- Minihat customizado por  Mundo Aya;
- Minihat  com detalhe piscante customizado por Luzia Rocha;
- Cartola Steampunk por Guiro Luan;
- Cordão com  pingente em forma de frasco de vidro  por Guiro Luan;
- Goggle em forma de tapa-olho  por Guiro Luan;
- Bracelete de couro por Guiro Luan;
- Carteira de couro por Daniel Doerner;
- Suspensório de couro por Daniel Doerner.

O grande sorteio da noite foi uma viagem de ida e volta para a quarta edição do mais aguardando evento steampunk do Brasil: Steamcon de Paranapiacaba (SP), realizado nos dias 06 e 07 de agosto! E o grande felizardo da noite foi: Thiago Juraski.



Encerrando esta resenha deixo aqui a cobertura realizada pela Renata Kamarowski (membro do Conselho Steampunk da Loja PR) para O Canal Steampunk da Débora Puppet, mostrando um pouco de tudo que aconteceu no IX Café a Vapor:


Ah! E se lembram que na resenha anterior eu comentei que a equipe do  Câmera Off  estava gravando um documentário sobre a cena steampunk brasileira? Então! O lançamento oficial do documentário "O Mundo Retro Futurista do Steampunk " foi na IV Steamcon e você pode conferir o vídeo logo abaixo. [início do momento propaganda] E eu apareço no vídeo em 01:13 minutos e por volta dos 34:52 minutos. Gratidão por poder fazer parte deste projeto especial! [final do momento propaganda] Super indico para quem ainda não conhece steampunk e ficou bem curioso a respeito:





Aguardamos ansiosos para 2017, pois o Café a Vapor completará uma década de existência! Siiim! O que será que nossos steamers da Loja Paraná estarão aprontando para esta grandiosa celebração? Então não deixem de seguir o grupo e sondar principalmente por volta de junho/julho quando é costumeiro organizarem o evento. "Fogo na caldeira, steamers!" Avante à décima edição!

Informações Gerais:
Loja Paraná do Conselho SteamPunk:
Grupo | Site |

Fotógrafo:
Nelson Alves (Chaos Design Studio)
|Facebook|

Steamcon de Paranapiacaba:
| Fan Page | Site|

Débora Puppet - Canal Steampunk:
|Fan Page | Youtube |



Leia a resenha da 8ª edição>>



[Resenhando - SP] III Steamcon Paranapiacaba - Steam Dancers - As bailarinas à vapor!

por Saille Samarah




Nos dias 8 e 9 de agosto de 2015, aconteceu a III edição da Steamcon, a Convenção Steampunk do Brasil, organizada pela Loja São Paulo do Conselho Steampunk na nevoenta cidade de Paranapiacaba.

Pra quem não sabe, embora o assunto já tenha sido abordado aqui no blog em outras matérias, Steam quer dizer "vapor" e o Punk vem do termo "cyberpunk", um subgênero da ficção científica. Sendo um retrofuturismo, questiona como seria o uso da tecnologia atual ambientado no passado, tomando como base a Revolução Industrial do período vitoriano(1837-1901), mas pode-se utilizar referências atemporais também.

Tendo cada vez mais pessoas que se interessam pelo assunto, em 2013 o Conselho Steampunk SP, organizou o maior encontro steampunk já feito.Surgiu assim a Convenção Steampunk, ou SteamCon (titulo emprestado das convenções estrangeiras), a convenção se tornou um evento anual e sempre é realizado dentro da Vila Ferroviária de Paranapiacaba.Sendo aberto ao público e com atividades gratuitas, inclui a recepção calorosa dos moradores e turistas, já que é um centro histórico.



A programação desse ano reuniu expositores, artistas, pintores, e aficionados pelo tema, e teve desde palestras e bate-papos, a oficinas, exibições de cinema, teatro, artes plásticas, ilusionismo e dança.O sucesso do evento é inegável e uma imersão cultural em meio ao clima da cidade que mescla a Arte do passado e presente envolto em névoa, ferrugem, madeira e trilhos que contam parte da história ferroviária do Brasil.

Entre as atrações, um momento esperado são as performances de dança! Na segunda edição, em 2014,eu tive o prazer de me apresentar com a bailarina Dana Guedes. Alternamos entre oito solos e uma dança improviso em dupla.

Quando descobri, por uma matéria dela, publicada em 2009, no blog do Conselho, a fusão dessas duas coisas que adoro: a dança e a inspiração steampunk, pirei! E desde então tinha vontade de fazer umas experimentações.Eu defino a Dança Steampunk ou Steam Dance como o termo que generaliza as performances inspiradas na temática Steampunk, seja na escolha de músicas, figurino, adereços e interpretação teatral. Não há uma modalidade de dança propriamente dita, e sim uma caracterização.Foi difundida através do Tribal Fusion, porém hoje manifesta-se em danças diversas em grupo, dupla ou solo.
  
Já sabia do trabalho de talentosas bailarinas no Paraná. E em um shopping de Campinas, numa reunião informal de amigos, o Carlos Machado (Capitão Escarlate), me questionou se eu tinha vontade, por que eu não dançava?!Aí eu pensei sério no assunto e percebi que podia usar meu repertório próprio de dança oriental árabe (dança do ventre), flamenco, balé e recentemente algumas aulas de tribal.Já me apresentei em saraus, espetáculos, festivais de dança, casas árabes, festas e encontros. A experiência de palco, técnica e criatividade eu tinha. Me faltava a fagulha que acendeu o fogo da caldeira como o Carlos fala rs.
E foi assim que me aventurei como Steam Dancer.



Foi muito gratificante e enriquecedor poder participar da Steamcon! Sempre são improvisos e a emoção é que se torna o que inspira os movimentos. Esse ano, fiz a performance da boneca mecânica e uma fada cyberpunk.Eu agradeço à Adriana e ao Candido sempre pela oportunidade!

Fiquei muito feliz também porque tivemos a participação de mais três lindas e talentosas bailarinas!!! Foi o máximo!!! Toda a interação e ajuda mútua, tornou o grupo unido e fez com que fizéssemos o público vibrar e despertar a vontade em muitas meninas de estudar alguma dança!



E reproduzindo um trecho da matéria da Dana me inspirou com uma leve adaptação: "(…) e com o crescimento também do movimento SteamPunk no país, quem sabe em breve não teremos mais bailarinas nacionais movimentadas a vapor, huh?! Yeap!”.

E aguardamos ansiosas a edição do ano que vem!
Beijos Vaporosos


  
As Bailarinas



Dana Guedes é escritora de literatura fantástica e publicou sua primeira obra Steampunk em 2011, o conto “Homérica Pirataria”. Em 2014, foi convidada para participar do volume II da antologia Vaporpunk, da editora Draco, com seu conto “V.E.R.N.E. e o Farol de Dover”, lançado na II Steamcon de Paranapiacaba. Paralelamente, sempre foi apaixonada por dança, especialmente a Dança do Ventre e o Tribal Fusion (uma vertente da dança árabe com misturas de hip hop, break, flamenco, dança indiana, entre outros). Por isso, precisou apenas de um passo para juntar suas duas grandes paixões, misturando os elementos fantásticos do Steampunk e suas engrenagens, na dança Tribal e sua vasta gama de estilos.


Fernanda Lira iniciou seus estudos em Dança Oriental em 2007 e em 2009 teve contato com o Tribal Fusion. Para aprofundar seus estudos, também estudou American Tribal Style®. Atualmente atua tanto na Dança do Ventre quanto no Tribal Fusion participando de apresentações e dando aulas.



Saille Samarah por ela mesma: 

“Em 2009, um dia depois do meu aniversário ganhei um presente pra vida toda: descobrir o prazer de dançar! E uma paixão de múltiplas formas, a dança do ventre, o flamenco, o ballet, e recentemente o Tribal.

Inspirada nas inúmeras possibilidades do universo steampunk tenho feito improvisos e experimentações em festivais de dança e na Steamcon. Estou muito feliz por ser uma das bailarinas a Vapor nessa viagem fascinante pelos trilhos 'Steamdance' !!!”



Samra Hanan é pesquisadora, coreógrafa, dançarina e professora de Danças Orientais e Tribal Fusion. Formada em Educação Física pela USP e pós graduada em Estudos Contemporâneos na Dança pela UFBA. Dedica-se aos seus estudos sobre Danças Orientais desde 1998. Desde então, fez aula com diversos mestres nacionais e internacionais em vários estilos de dança, destaque para: Lulu Sabongi (2000), Farida Fahmy (2003), Mahmoud Reda (2004), Raqia Rassan (2005), Mona El Said (2006), Kristine Adams (2013), Rebeca Piñeiro (2013), Kami Liddle (2013), Lady Fred (2013), Fifi Abdou (2014), Rachel Brice (2014), Megha Gavin (2015) e Carollena Nericcio (2015). Participou de vários eventos de Danças Orientais e Tribal, ano passado sendo premiada como melhor bailarina do CIAD-Bauru. Atualmente é professora de Danças Orientais, ATS®, Tribal Fusion e Tribal Brasil em sua escola Simbiose e na Escola Campo das Tribos, em São Paulo.


Yasmim Belly Dance por ela mesma:
“Comecei na dança do ventre por meio de um projeto social no bairro onde moro em Guarulhos-SP. Desde então, me interessei pela arte em si e busquei academias de dança especializadas para complementar e moldar minha carreira que está preste há completar cinco anos. Nesse tempo, procurei me formar em fusões. Minhas favoritas são as que têm rock, e nesse meio, minha predileta que trabalha a cultura pop japonesa. Essa maravilha consiste em unir o anime com os movimentos da dança do ventre clássica, deixando viva a característica do personagem no traje da bailarina. Já o apresentei em um evento aqui na cidade de Guarulhos, o Anime Guarulhos Festival.

Durante um passeio de escola em Paranapiacaba, descobri o evento Steamcon e sua ligação intensa com as diversas formas de arte, inclusive a dança. Resolvi viajar mais uma vez nesse intenso mundo do Steampunk, dessa vez com a dança do ventre.”


Vídeos:




Links e Créditos


Matéria Dana Guedes:
  
Matéria Dança Steampunk: 

[Resenhando - PR] VIII Café a Vapor

por Aerith



No dia 12 de julho, no AOCA Bar, na cidade de Curitiba-PR, foi realizada a oitava edição do evento steampunk da Loja Paraná do Conselho Steampunk, o Café a Vapor.

Este era o tipo de evento que eu sempre sonhei em participar, mas não imaginava que este momento seria tão logo quanto eu esperava. Eu já "namorava" o Café a Vapor há algum tempo via internet e achava incrível existir um evento assim no Brasil, pois, na época que tomei conhecimento sobre  o mesmo, não existiam outros do estilo no país. Eu ficava fascinada vendo fotos e vídeos da cena steampunk curitibana, mas nunca imaginava que, um dia, faria parte dela. Eis que o destino concedeu-me a oportunidade de vir morar nestas terras. =D

O evento começou às 17 horas, mas eu me apresentaria por volta das 19 horas, abrindo as atrações da casa. Como eu me mudei recentemente para a cidade, ainda não conhecia o local e seu trajeto.  Eu e meu marido nos guiamos pelo Google Maps para saber a trajetória, duração e quais ônibus pegar. Contudo, o Google sugeriu um ônibus errado e, por sorte, no meio do caminho meu marido teve a ideia de confirmar com o motorista, o qual avisou-nos que aquele ônibus não mais passava por aquela rota e teríamos que saltar do mesmo e pegar outro, o que me faria chegar muito atrasada para a minha apresentação. Felizmente, descemos na Praça Rui Barbosa e resolvemos pegar um táxi, que nos deixou na porta.

Foto de Carlos Machado


Então, entramos por uma porta estreita em que um dos steamers nos recepcionou. A primeira impressão que tive do local foi de taverna. O local é pequeno e com iluminação baixa e, por isso, bem intimista e acolhedor. Lá tinha pães, torradas, patês de variados sabores, bolo e café de coffee- break. Logo de início você se deparava com o pessoal caracterizado e, rapidamente, veio em minha mente aquela sensação de estar num local alternativo com pessoas que gostam das mesmas coisas que você! 

Procurei o Carlos Machado, um dos principais organizadores do evento e o steamer curitibano que eu tinha contato há mais tempo (senão  o único até aquele momento rsrsrs). Ao encontrá-lo, eu me apresentei formalmente e fomos até o andar de cima para eu guardar minhas coisas e terminar de me arrumar.


Capitão Escarlate ou Carlos Alberto Machado - um dos organizadores do evento Foto de Moacir Chiarello

Após algum tempo estava pronta para a apresentação. Um tanto nervosa e ansiosa por ser a minha primeira apresentação em Curitiba, mas muito animada por dançar algo na temática steampunk. Escolhi para esta apresentação trechos de três músicas. No final do post eu abordo sobre o processo de desenvolvimento da minha performance para quem tiver interesse em ler. =)

Aerith, bailarina de tribal fusion Foto de Moacir Chiarello

Após a minha apresentação, a próxima atração foi o recital de poesia por André Felipe Wielgosz, o Russo, em homenagem à Maria Quitéria. Todo evento do Café a Vapor há uma homenageada histórica =D André dividiu sua declamação em duas partes, deixando todos curiosos com o desenrolar da sua poesia que seria ouvida após a apresentação da cantora lírica.


André Felipe Wielgosz  - o Russo | Foto de Moacir Chiarello

Assim, Vanessa Rafaelly, vestida de dieselpunk, além do figurino impecável, deixou-nos boquiabertos por sua bela e melódica voz, que nem precisou de microfone para ser apreciada. 

Vanessa Rafaelly | Foto de Moacir Chiarello

Seguindo a programação, tivemos muitos sorteios \o/ O primeiro "sorteio" foi por votação do publico, que escolhia, dentre todos os costumes presentes, o melhor. A escolhida para ser presenteada foi a cantora lírica vestida de dieselpunk (que eu votei hohoho =P) que ganhou um lindo kilt da Majesty.

Exposição de desenhos de  Carolina Marcondes | Foto de Carlos Alberto


Após o "sorteio por voto popular", passamos para a próxima etapa da programação que era a apresentação dos personagens dos steamers presentes. Então, subimos as escadas do AOCA Bar para aguardarmos a chamada ao palco. Enquanto isso, admirávamos o Museu Steampunk realizado pela Loja Paraná. Ali estavam expostos armas, máscaras, desenhos de Carolina Marcondes, fotografias, relógios, câmeras e demais bugigangas steampunks. Havia também a exibição de clipes com as principais bandas internacionais da cena e também a fotonovela "A Maldição da Múmia" realizado pelos próprio steamers da cidade (você pode assistir clicando aqui).

Museu Steampunk | Foto de Moacir Chiarello


Voltando a próxima atividade da noite, cada um que quisesse participar do Desfile SteamPunk subia ao palco e falava sobre seu personagem e figurino, tendo o Capitão Escarlate, Carlos Machado, como apresentador.Sob os olhos atentos dos juízes, Renata Kamarowski, Lincoln Schindlere e Anne Karoline, foram escolhidos as caracterizações que mais se destacaram em qualidade. A premiação dos três primeiros lugares eram por meio de medalhinhas parecidas com essas medalhas de honra ao mérito da força militar. Carlos explica que objetivo é premiar  os steamplays que mais se destacaram, de forma igualitária, pois, segundo ele, a diferença de pontos entre os três é muito pequena. A intenção não é competir, e sim estimular o desenvolvimento da cena steampunk através da customização.

Os Jurados:


Anne Karoline

Lincoln Schindlere | Foto de  Moacir Chiarello
Renata Kamarowski  | Foto de  Moacir Chiarello

Os Premiados:

1º lugar do Desfile SteamPunk | Foto de  Moacir Chiarello
1º lugar do Desfile SteamPunk | Foto de  Moacir Chiarello
2º lugar do Desfile SteamPunk - inspirada no País das Maravilhas | Foto de Moacir Chiarello

2º lugar do Desfile SteamPunk - inspirada no País das Maravilhas | Foto de Moacir Chiarello

3º lugar do Desfile SteamPunk - inspirado no Velho Oeste | Foto de Moacir Chiarello

Terminado o desfile, André retomou à parte final e decisiva de seu poema histórico em homenagem à Maria Quitéria.

Ao final, tivemos mais alguns sorteios através dos números que cada pessoa recebera na chegada do evento na recepção. Os itens sorteados foram:


Uma máscara da Majesty:





Um Kilt masculino da Majesty:


Dois livros:
Livros sorteados: " O Leviatã" e "Mortal Enginers"





Um colar  e bracelete customizados pelo Guiro Luan:


Bracelete sorteado






Não encontrei foto para ilustrar o cordão.


A atração final ficou sob os holofote de Raoni Paes e Ana Both, membros da banda  de música celta, o Jornada Ancestral, que empolgaram a noite com tunes irlandesas e música antiga portuguesa.

Jornada Ancestral








Além disso, tivemos a presença dos profissionais do Câmera Off gravando um documentário sobre a cena steampunk brasileira! Eles também estarão presentes no III Steamconevento nacional steampunk, convergindo todas as Lojas para uma grande confraternização, que acontecerá nos dias   08 e 09 de agosto, na cidade de Paranapiacaba (SP).

Encerro minha resenha já ansiosa pela próxima edição! =D E já pipocaram idéias para a minha apresentação de 2016 hohoho ÒÓ E da próxima vez vou tirar fotos com o pessoal. Eu estava um pouco acanhada ^^' Conheci pessoas adoráveis e muito gente boa! Com certeza me senti acolhida por esse grupo movido a vapor.

Você pode conferir um resumo visual do que rolou no evento através do vídeo da Débora Puppet do Canal Steampunk:


Se você é de Curitiba ou do estado do Paraná e aprecia o Steampunk, acompanhe o grupo da Loja Paraná do Conselho Steampunk e seu site para ficar por dentro das próximas atividades do grupo, como as oficinas de criação medalhas(já realizada no dia 25 de julho), de peças em couro, cartola e EVA, armas de madeira, braço mecânico com papel, floretes, compras em brechó (sem data definida). Além da Convescote Steampunk, pique-nique steampunk do grupo, que agora será realizado só em 2016, assim como a próxima edição do Café a Vapor.


Mais algumas fotos do evento por Moacir Chiarello:





















Informações Gerais:
Loja Paraná do Conselho SteamPunk:
| Grupo | Site |

Fotógrafo:
Moacir Chiarello
|Facebook|

Steamcon de Paranapiacaba:
| Fan Page | Site|

Débora Puppet - Canal Steampunk:
|Fan Page | Youtube |


"Making Of" da minha performance
Sempre que danço, transmito, de alguma forma, um pouco de mim, da minha essência, experiência ou história. Quando penso num enredo para dança, falo também um pouco da autora por trás da personagem.

A primeira parte era uma música sugerida pelo Carlos, a abertura da série Demolidor. Quando criança, o personagem principal, Matt Murdock, sofre um acidente químico, tornado-se cego. Posteriormente, para quem conhece o personagem (seja pelos quadrinhos, filme ou a série), sabe que ele se torna um advogado na fase adulta. Contudo, a noite ele usa um capuz preto cobrindo seu rosto,protegendo sua identidade. Desta forma, Matt se torna um justiceiro que tem o objetivo de limpar a cidade da corrupção, contudo sem matar seus adversários. 

A abertura da série também é bem interessante, pois aparece, em vermelho  e de aspecto viscoso, a imagem da deusa grega Dice, que segura a espada mais abaixo (simboliza a força,coragem, ordem, regra,cumprimento das leis) em uma das mãos,e a balança  mais acima (simboliza o equilíbrio, igualdade)  na outra, surgir escorrendo como o sangue.  Os olhos da deusa estão vendados, pois significa a nivelação do tratamento jurídico sem distinção. 

Interessante o jogo de imagens retratado pelo vermelho, a ideia de sangue associada ao simbolo da justiça, tornando irônico o simbolismo da venda que deveria demonstrar imparcialidade, já que todos seriam tratados iguais perante a lei, o que não acontece na estória. A abertura mostra alguns locais da cidade também sangrando, já que a mesma é corrompida por mafiosos. O sistema é corrompido e, por isso, sangra. A Justiça é cega, pois  ela olha para a balança que está em uma perspectiva mais elevada, ou seja, se foca mais no ideal de aplicar as leis, porém não pune os ímpios, pois esses se beneficiam das leis; a Justiça é falha, por isso a espada estaria em um nível inferior, um pouco "escondida" atrás da estátua, já que sua função de punir não é verídica. A ordem é estabelecida pela corrupção do sistema,existe ai uma falsa sensação de segurança.No final, aparece a figura do herói caracterizada por um demônio vermelho, que também tem todo um significado por trás que é explicado na série (não vou me prolongar muito para não dar spoilers rsrs). 

A minha ideia era utilizar a venda preta, que estaria associada à figura da Justiça e ao personagem do Demolidor,que é cego e utiliza o capuz preto ao longo de quase toda a trama da série. A Justiça, na minha dança, estaria tentando ser pura e justa, contudo, por tentar ser tão correta, acaba não enxergando a corrupção bem em frente de seus olhos. Nesta parte da música, percebe-se a pureza, inocência, ingenuidade sendo exploradas.



A segunda parte é quando a venda é tirada à força. A realidade cai a tona, de forma brusca e bruta. Você percebe que ,tudo que falavam para você sobre o mundo, era mentira. O mundo é sujo, cruel, envenenado e doentio. À medida que você "experimenta" o mundo, você é contaminado. Você perde a noção da sua existência. O mundo te sufoca a ponto de esquecer quem você é; esquecer sua verdadeira face. Você esquece seus ideais e valores. O mundo lhe corrompeu de forma inebriante.

Para essa parte eu escolhi uma música que há muito tempo tinha vontade de dançar, mas nunca tive oportunidade: "Extravaganza" do filme O Retrato de Dorian Gray. O filme conta a história do jovem Dorian Gray, um jovem com intenções e aspirações puras. Contudo, gradativamente, ele é corrompido. Ele imortaliza sua beleza e juventude em um quadro com seu retrato pintado, ao vender sua alma. A partir daí ele não mais envelhece e desfruta de todos os pecados possíveis. Contudo, seu retrato é que  toma as dores e consequências do tempo e de suas atitudes impulsivas a ponto de não mais se reconhecer. 

Uma curiosidade interessante na escolha dessa música é que o personagem Dorian Gray também aparece no filme A Liga Extraordinária, que aborda muito sobre a temática steampunk. 



A última parte da performance, eu usei a música "Roundtable Rival " da Lindsey Stirling :3 Esta é a segunda vez que uso uma música dela para dançar, e acho que super combina com o tribal. Eu procurava uma música alegre e festiva. A música dela caiu perfeitamente,pois, além de ser bem descontraída, a temática que ela utiliza no videoclipe é totalmente steampunk *---*

A minha idéia com essa parte era como o acordar de um sonho (na verdade, um pesadelo, né?), assim como Alice parece ter acordado da sua viagem ao País das Maravilhas. A personagem acorda em um soluço de susto, como reflexo de tudo de ruim que passou. Ao acordar, ela olha para os lados tentando se lembrar do que aconteceu e aonde ela estava naquele momento. Ao perceber de que tudo fora um sonho(será?), ela percebe que está num lugar acolhedor,um lugar em que as pessoas são como ela e gostam dela pela pessoa que ela é. Ela tenta festejar esse momento especial, um momento pós-adversidades. Este é um momento descontraído em que ela se encontra consigo mesmo, recuperando sua essência, lembrando-se de quem é.



Apesar de possuir essa estória, essa mensagem, a minha apresentação não é de toda coreografada. Ela é uma semi-coreografia. A primeira parte da dança eu coreografei por inteiro. A segunda eu mesclei momentos de coreografia com improviso. A terceira parte eu fiz algumas marcações coreográficas, mas a maioria foi improvisada.  Eu sou uma pessoa extremamente auto-crítica . Cerca de 90 % das minhas apresentações eu não gosto de cara, pois só vejo os defeitos. Essa apresentação foi a primeira vez que eu gostei mais do todo, enfocando nos pontos positivos. Sim, eu errei em alguns momentos...mas acredito que o saldo foi mais positivo do que negativo, e isso foi um avanço para mim. Com o erro eu aprendi o quê preciso melhorar para a próxima vez.

O figurino foi uma copilação de peças que eu já possuía rsrs. A maior parte do figurino foi da minha apresentação do Gothla Brasil de 2012 (você pode conferir a resenha aqui). A saia eu já tinha e era de um brechó. E decidi fazer um topete, mas não ficou como eu queria. Preciso de mais prática rsrs

Então, é isso =) Espero que gostem ^^ E aceito críticas construtivas \o






LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...