[Vida com Yoga] A importância da auto-observação

 por Natane Circe

“A ignorância não tem um começo, mas tem um fim. O conhecimento tem um começo, mas não tem fim.” É com essa frase de B.K.S. Iyengar que iniciamos nossa proposta de hoje.

No Yoga, muito ouvimos sobre o autoconhecimento adquirido devido a prática. Porém, autoconhecimento pode parecer algo distante e inatingível. Aplicaremos, então, um vocabulário um tanto menos amedrontador. A auto-observação ou autoestudo. Segundo a tradição do Yoga podemos encontrar a denominação svadhyaya, um dos niyamas (Observâncias internas) que nos permite traçar nossas características para facilitar a convivência com o seu ambiente interno e externo.

Estudando nosso corpo e como ele responde a estímulos, ações e situações faz com que tenhamos mais cuidado com ele, ou saibamos o quanto é possível ir. Por exemplo, nas ações físicas pré-determinadas como, posições de yoga ou movimentos na dança, temos as famosas válvulas de escape. Estes são mecanismos compensatórios que ocorrem quando não conseguimos estabilizar alguma parte do corpo, podendo ser devido ao excesso de mobilidade ou restrições musculares, padrões de movimentos em repetição que causam vício ao indivíduo ou até mesmo a própria falta de atenção. Ao utilizar da auto-observação, minimizamos os efeitos das válvulas de escape, localizando-as e ativando as ações necessárias.

Os estudos também nos levam a entender melhor o que nos diferencia do outro, ao mesmo tempo em que é possível entender o ambiente que nos influencia de alguma forma. Entender o porquê de outras culturas, seres e até mesmo o clima tem um papel importante na individualidade de cada um.

Compreender sobre o que nos constitui facilita a forma de aprendizado na dança, entre outras áreas. Percebe-se que o que funciona para você, pode ser diferente do que funciona para outra pessoa. O que traz mais tolerância no nosso meio. Observar mais faz com que tomemos decisões mais acertadas e faz com que o caminho para nossos objetivos seja mais linear.

É importante ressaltar que toda observação deve se resultar em uma ação, para que possamos seguir em frente. Aprendendo com erros e acertos, com a dor e a alegria, com a raiva e o amor.

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Vida com Yoga

Natane Circe (São José do Rio Preto-SP) é bailarina e professora de Tribal Fusion, atuando também como instrutora de Hatha Vinyasa Yoga, na qual é formada desde 2013 no curso reconhecido pela Aliança do Yoga. Também é praticante de Ashtanga Vinyasa Yoga e estudante da filosofia védica, entre outras vertentes do yoga.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 



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