Mostrando postagens com marcador Old School Tribal Style Timeline. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Old School Tribal Style Timeline. Mostrar todas as postagens

[Retalhos de uma História] Samia Gamal

por Ju Najlah




Zainab Ibrahim Mahfuz (Samia Gamal) nasceu 1924 em Wana, uma pequena cidade egípcia. Logo após seu nascimento a família se mudou para o Cairo. Anos depois conheceu Badia Masabni (fundadora da dança oriental moderna) e sua vida tomou outro rumo. Badia a convidou para integrar sua companhia de dança e a trabalhar em seu cassino e deu o seu nome artístico. O convite foi aceito.

Samia é considerada uma das melhores dançarinas de Raks Sharqi, junto a Tahyeah Karyoka, com quem trabalhou e estudou no Casino da Badia. Fez-se a mais expressiva dançarina e levou a dança a um estado mais respeitável. Depois de um tempo tornou-se uma solista respeitada, criando seu próprio estilo, um pouco mais solto. Ela logo incorporou outros elementos como o balé clássico e dança latino-americana em seu solo performático.

Samia Gamal começou a dançar com o véu quando instruída por Ivanova, sua professora de dança clássica a usá-lo para melhorar os movimentos de seu braço e foi responsável por tornar popular o uso desse instrumento. Ela também foi a primeira bailarina desempenhar sua performance de sapatos de salto alto.

Em 1949,  o rei egípcio Farouk proclamou Samia Gamal “ A Bailarina Nacional do Egito”.

Samia estrelou muitos filmes, como "Ahebbek Enta" (É você que eu adoro) de Ahmad Badrakha (1949), "She-devil", "Mat Oulch 'Lehad" (Diga-a para ninguém) (1952), "Un verre et une cigarro" (1955), "Vale dos Reis" (1954), "Ali Baba et les quarante voleurs" (Ali Baba e os 40 ladrões) do diretor francês Jacques Becker com o francês Fernandel também dirigido e produzido em 1954 e "Houwa oua al Nessaa" de 1966.

Parou de dançar em 1972 quando estava perto dos 50 anos, mas recomeçou depois, por sugestão de um amigo, Samir Sabri. Ela tinha 60 anos e ainda se apresentava em nightclubs parando completamente em 1984. As pessoas eram maldosas com ela em cena e soltavam comentários ferinos enquanto ela se apresentava, mas nada detinha aquela mulher. Tentavam atingi-la em sua auto-estima e ela continuava dançando. Ela dizia: "Dança, dança, nada além da dança. Eu dançarei até morrer!"Samia Gamal faleceu no dia primeiro de Dezembro de 1994, no Hospital Mirs no Cairo, aos 70 anos.

Responsável por levar a Dança do Ventre para Hollywood e Europa, é elogiada e lembrada por seu estilo charmoso e sedutor ao dançar, pela expressividade de seus olhos, bem como pelo quadril leve e solto. Até hoje ela permanece sendo uma das grandes inovadoras de dança do ventre.



Curiosidade: A dançarina Samia Gamal declarou que ela se move mais para a direção da dança ocidental do que a dança oriental nos seus filmes porque "Não há mais alterações em dança oriental. A mesma dança oriental se repete em todos os filmes, mas dança ocidental tem sempre uma grande quantidade de mudança e criatividade".

Vídeos:









Fontes:



[Retalhos de uma História] Badia Masabni

por Ju Najlah


Badia Masabni, a madrinha da dança oriental, nasceu no Líbano (que na época era parte da Síria) e mudou-se para o Egito no início do século XX, onde estabeleceu-se. Alguns anos mais tarde, em 1926, ela abriu o primeiro music hall egípcio, no Cairo – um centro cultural da época. Badia nomeava o seu cabaré "Opera Casino" (que era o nome oficial), mas ele também era conhecido como "Badia's Casino" ou "Madame Badia's Cabaret". A boate oferecia uma variedade de entretenimento como cantores, bailarinas e comediantes. Lá estiveram atuando grandes estrelas, entre elas Naima Akef , Taheya Carioca e Sâmia Gamal, que eram treinadas pela própria Badia, tendo as duas ultimas se tornado as dançarinas mais famosas, extraordinárias, influentes e inovadoras do meio do século XX. Trabalhava com uma equipe completa composta de músicos, tais como Farid El Atrashe e Mohamed Abdul Wahab. Este cassino foi frequentado por intelectuais egípcios e pela aristocracia nacional e estrangeira da época.

O casino de Badia foi modelado de acordo com os cabarés europeus, a fim de atrair tanto o público do Oriente Médio quanto o da Europa, que visitava o Egito cada vez mais. Seu Casino começou de fato a apelar para uma variedade de públicos provenientes de todo o mundo. Foi mais do que um simples cabaré, foi a sede social mais popular do Cairo. Comediantes como o Sírio Naguib al-Rihani tiveram sua passagem no Badia's. Rihani, cujo apelido era ‘Kesh-Kesh Bey’ tornou-se marido de Badia. Foi seu único casamento e durou por longo tempo.

Durante a década de 1940 o Badia's Casino fez história mundial, no período da Segunda Guerra Mundial, quando a máquina de propaganda de Hitler achou necessário atacar Madame Badia acusando-a de ser uma traidora, uma perigosa espiã britânica e uma agente secreta. Era do conhecimento geral que o filho de Churchill e do Duque de Gloucester tinham estado no seu cassino.

Uma das maiores contribuições que ela fez a dança oriental foi inovar a dança fora das tradições de chaabi ou dança popular. Antes, por exemplo, a dançarina tinha um repertório limitado de movimentos de braço, então Badia teve a ideia de explorá-los para os lados, de elevá-los acima da cabeça, usando gestos mais fluentemente, o que mais tarde ficou conhecido como braços de serpente. Ela influenciava não só a forma como os bailarinos mexiam seus braços, mas também a forma de utilização do espaço do palco. As ghawazee e almeeh dançavam quase exclusivamente em um determinado local. Agora, as bailarinas eram obrigadas a usar todo o palco, que era maior do que o que estavam acostumadas. Badia Masabni foi pioneira na utilização de coreografias. Como o público, ao ver a bailarina de costas não podia ver perfeitamente os belos movimentos, adereços como o véu foram incorporados ao baile show. Talvez ela tenha sido inspirada por uma mostra de Isadora Duncan (1877-1927) em Paris. O véu teve mais efeito na apresentação para um público distante. Badia Massabni foi a grande responsável pela primeira fusão do ballet com a dança do ventre, dando origem ao estilo hoje conhecido no Ocidente, além de tornar clássico o uso da roupa bustiê/cinturão que também é chamado de figurino hollywoodiano. De fato, a utilização de véus e dos trajes de duas peças foram inspirados pelas produções cinematográficas Hollywoodianas, como muitos cartazes de filmes podem comprovar. Foi lá também que surgiram os primeiros grandes nomes da dança, como Samia Gamal e Tahia Carioca.

Além disso, outra grande ideia de madame Masabni foi adicionar músicos clássicos formados para a linha tradicional de riqq, derboukka e ney ou zurna. O taqsim ou improvisação musical alterou o ritmo linear do maqsoum ou baladi. Takasim foram feitas no chamado tsifteteli ou Wahda al Tawila ou de outra forma sobre os Masmoudi, uma batida baladi lenta. O ritmo tsifteteli era de fato típico, mas não egípcio Oriental – o ritmo viajou ao longo do caminho da seda da Ásia Central para a Turquia e Grécia, na época do império Otomano. Em função da velocidade mais lenta do tsifteteli, outros instrumentos poderiam estar mais presentes durante as partes de improvisação. Além da linha de percussão da orquestra se incluíam alguns violinos extras, um violoncelo, oud e acordeão. As composições tornaram-se mais complexas e os movimentos tiveram que acompanhar. Arranjos musicais alterados pela improvisação inspiraram a dançarina a fazer um show que agradou tanto o público ocidental quanto oriental. Agora, todos estes elementos juntos começaram a dar forma ao que ficou então conhecido como Raks Sharki[1]. Badia de fato mudou o cenário da dança egípcia, com a criação desse novo estilo de dança, usando coreógrafos ocidentais. Ela também introduziu um coral de 30 bailarinas.

Adorava fazer relações públicas. Certa noite, Badía vendeu o cassino, obteve um passaporte falso foi para sua terra natal, Líbano. Devia impostos ao governo egípcio. Morreu em Beirute em 1975 e o Egito todo a recorda com carinho. Com Badia formou-se toda a geração de bailarinas egípcias.




[1] O nome dança do ventre veio a partir do século IX, por viajantes franceses que assistiram aqueles estranhos movimentos de quadril das ghawazee e o descreveram em suas histórias de viagens como "danse du ventre" ou dança do ventre. Naquele tempo – antes de 1900 – esse foi o nome dado a dança, mas como temos visto, a descrição se tornou logo a limitação.



Vídeos:








Retalhos de uma História por Ju Najlah



Retalhos de uma História 
Ju Najlah, Cordeiro - RJ, Brasil


Sobre a Coluna:

A coluna conta com pequenas biografias das grandes estrelas da dança oriental. Dançarinas que devem ser estudadas por todas aquelas que estudam a Raks Sharki, pois é através do corpo e da dança delas que podemos realmente ver a riqueza e simplicidade dessa dança. É ali que podemos ter algum acesso registrado à origem da dança, que tanto buscamos, pois aquele corpo que dança é o mesmo que, imerso em sua própria cultura, manifesta seus mais variados aspectos e expressa o que vai na alma daquela bailarina. Através dessas danças aprendemos que uma técnica perfeita faz com que movimentos difíceis pareçam simples de ser executados, aos olhos de quem assiste. É o que foi apresentado por elas que deveria dar a base para o estudo de toda belly dancer. Ao mesmo tempo simples e rico, suave, forte e expressivo.

Sobre a Autora:


Ju Najlah estuda dança oriental desde 2002. É formada em psicologia e especializada em Terapia Através do Movimento pela Fav. Fez aulas de jazz e estuda dança de salão desde 2013.

Sempre muito curiosa e ávida por novos conhecimento investe constantemente em workshops, livros e revistas que possam oferecer um conteúdo de qualidade. Fez aulas com Gamal Seif, Khaled Seif, Haqia Hassan, Hossam Hamzy e Aziza do Cairo, todos egípcios. Com Tufic Nabak (libanês), Marta Korzun (ucraniana), Saida (argentina) e com os brasileiros: Melinda James, Luciana Midlej, Serena Hamzy, Ranaa Al Jalila's, Carlla Sillveira, Mahaila El Helwa, Joelma Brasil, Shalimar Matar, Aryana Rebelo, Suheil, Ju Marconato, Zahra Li, Fabrício Dabke, Aisha Hortale, entre outros nomes da dança do ventre nacional. Ministra aulas de dança do ventre e folclore árabe em municípios da região serrana do Rio de Janeiro.

[Papo Gipsy] Ciganos Clãs e sub- grupos

por Sayonara Linhares

Olá amados do blog Aerith, voltei a postar depois de um tempo sem aparecer. Peço desculpas a vocês, mas tive alguns pequenos contratempos. Eu vou tentar compensar minha ausência com conteúdos precisos e preciosos para o Estudo da Cultura e da Dança Cigana.

Hoje vamos saber um pouco mais sobre a Cultura Cigana focando no Clãs Ciganos e seus subgrupos, este tipo de estudo é por demais válido para que possamos entender toda a formatação do contexto de vestimentas e Danças dos ciganos pelo mundo.

Beijokas com amor,


Sayonara Linhares


Com toda a movimentação pelo mundo, os roma foram se adaptando , de acordo com o local de permanência e outras circunstancias vividas ao longo de sua história. Os roma são uma comunidade étnica bem definida, composta por grupos e sub-grupos que têm origem e padrões culturais em comum. Não é fácil fazer uma classificação entre os distintos grupos e sub-grupos.

Há uma lei Romany comum, hoje vários grupos já não mais a seguem, mas reconhecem em seus antepassados a observância de um complexo de leis até pouco tempo atrás.Existem diferentes padrões a serem observados para que possamos estabelecer uma relação entre eles, como a linguagem e o grau de observância do “ Zakono”( lei Romany). Aqui vamos  citar os mais importantes, que são três: Rom, Sinte e Kalon.

Estes grupos eram formados por uma família ou várias famílias, ditas família estendida, ou por ofícios. Seus nomes derivam de suas origens, países, cidades ou mesmo profissões.

  • Sub-clãs – expressam sua origem histórica, isto é, a nacionalidade ou o ofício tradicional. Isto é chamado de “Nátsja”.
  • Já para identificar a descendência, é usado o nome do patriarca, que denominam de “Vitsa”.
  • E o último elemento desta divisão é a família, denominado de “indivíduo”.
Kalon


Grupos ou Clãs ROM
É o maioria deles falam o romani. Hoje, se encontram espalhados por toda a Europa, principalmente a Centro-oriental e, a partir do séc.XIX, também pelas Américas. Antigamente sua concentração era em regiões balcânicas.

Geralmente se organizam por ofícios tradicionais. Se consideram os Roma puros, verdadeiros, observando de maneira mais correta seu Zakono (Lei Romany).Hoje, são os que apresentam melhorem condições financeiras de vida e com maior escolaridade em comparação com os outros grupos.

Este grupo apresenta 23 sub-grupos:

Kalderash
Esta comunidade é a mais numerosa do mundo. Originários da Romênia, se dedicavam ao trabalho de fabricação de caldeirões, mantendo ainda nos dias de hoje seu ofício, fabricando caldeirões, panelas, tachos, etc. Hoje, já encontram espalhados pela Europa e Américas. É grupo que falam o romani mais puro.

Matchuaia
Originários da antiga Iugoslávia, chegaram ao Brasil no fim do séc.XVII.

Horanano
Originários da Turquia, dedicam-se a criação de cavalos, o que fazem com maestria. Chegaram ao Brasil fins do séc.XVIII, depois dos Kalon.

Merchkara ou Ursari
Originários da Romênia, dedicaram-se aos espetáculos com ursos, tornando-se excelentes domesticadores e treinadores de ursos.

Balanara
Originários da Eslováquia, dedicam-se aos trabalhos com madeira, como cochos, colheres de madeira, etc.

Bergistka
Habitam as bordas polonesas-eslovacas da região montanhosa, são excelentes músicos e ferreiros.

Bosha ou Bosch
Originários da Armênia.

Ambrelara
Originários da Eslováquia, dedicam-se ao conserto de guarda-chuvas.

Asurara
Originários da Eslováquia, dedicam-se ao comércio de jóias em geral.

Aurari
São da Romênia, viviam do ouro, mas hoje se dedicam a artefatos de madeira.

Romungro
Originários da Hungria.

Kalderash


Chuxni
Originários da Rússia, dedicam-se a fabricação de peneiras.

Druckara
Originários da Eslováquia, e vivem grudados em troncos de árvores colhendo e vendendo avelãs(druckara, em esloveno, significa tronco de árvore)

Djambaza
Originários da região da Turquia e Balcãs, dedicam-se ao comércio de cavalos.

Fandari
Originários da Rússia, exerciam atividades militares
.
Gharbilband
Pertencentes a casta homônima da Índia e viviam da fabricação e comércio de peneiras. Quando estavam na Europa, se instalaram na Romênia e Hungria.

Ghurbat-Lovara
De quase toda a região balcânica, são excelentes negociantes de cavalos, hoje se encontram dispersos pela Europa e Américas.

Lambanci
Grupo já extinto, mas serviam como oficiais do exército de Hapsburg Imperial, usados como kuruz (como eram chamados os húngaros rebeldes), participaram da insurreição feudal. Eram originalmente membros do clã Bergitska.

Patavara
Perambulavam pelo leste europeu, e ainda hoje se dedicam em recolher roupas velhas para revender (patavara, em romani, significa trapos)

Seliyeri
Originários do Irã, ainda vivem da fabricação e comércio de caldeirões e pentes.

Servika
Originários da Sérvia, se auto-denominam "Machuaia" ( nome da cidade de Machuaia, na Sérvia).

Xoraxane
Pronúncia (rorarranê) – são os que professam a religião islâmica.

Grupo ou Clã Sinte
Seus sub-grupos , geralmente, referem-se ao seu assentamento histórico. São bastante numerosos, originários do norte da Alemanha, ainda vivendo na Itália e França, e em pequenos grupos na Áustria, Rep. Tcheca, Eslovênia e outros países do leste europeu.
Falam o romani-sintó. Na França, são denominados de "Manoush".Eles também se auto-denominam de "Sinte-Gachekanes".

Seus sub-clãs são:

Bohémiens
São originários da Tchecoslováquia, e mais tarde foram habitar regiões da França.

Burgenland
Originários da Áustria, em sua maioria se dedicam a profissão de ferreiros e músicos.

Estrekarja
Originários da Alemanha.

Lombardos
Originários da Lombardia, deram início as atividades circenses. Foi com este clã que membros de outros clãs originaram os ciganos do clã Boyashas, que são os artistas circenses.

Piemontakeri
A maioria ainda vive no norte da Itália, se auto-denominam "Sinte-Piemontekari".

Manoush
A maioria, atualmente, vive no sul da França e se auto-demoninam "Sinte-Vashtike".

Grupo ou Clã Kalon ou Calé
Também são conhecidos como ciganos ibéricos. São ciganos que fixaram residência na Espanha e Portugal, onde sofreram duras e severas perseguições, pois são dois países profundamente católicos e conservadores, não aceitando, assim, os costumes ciganos. Foram proibidos de falarem seu idioma, onde criaram seu próprio dialeto; não podiam realizar suas festas e cerimonias. Sofreram degredo para as colônias dos países em que viviam.

Kalon



Old School Tribal Style Timeline por Fernanda Lira






Old School Tribal Style Timeline
Aerith, Curitiba - PR
Fernanda Lira, São Paulo -SP

Sobre a Coluna:
A idéia surgiu de um bate-papo informal entre Fernanda Lira e Aerith em São Paulo. A partir daí a sementinha da idéia havia sido lançada. 

Logo adiante, Aerith decide criar um painel no Pinterest para compartilhar fotos mais antigas das principais bailarinas do estilo tribal. Desta forma, a idéia tomou forma e as duas decidiram colocar no papel esta idéia em forma de coluna no blog, que tem como objetivo de fornecer informações pontuais , data/época de cada acontecimento e uma imagem que nos aproxime um pouco da realidade em questão.

Esperamos que gostem dessa nova forma de conhecer e estudar a dança tribal!




Sobre Fernanda Lira:

Fernanda Lira iniciou seus estudos na dança em 2007, começando pela Dança do Ventre com Lisa Hazine. Em 2009 conheceu o Tribal Fusion e passou a ter aulas com a dançarina Mariana Quadros. No mesmo ano passou na audição para o Encontro Tribal y Fusion pela Bele Fusco, no qual participou de workshops com dançarinas nacionais (Nadja El Balady, Mariana Quadros, Carol Schavarosk, Nanda Najla) e internacionais (Mardi Love, Sharon Kihara, Ariellah Aflalo).

Após um período afastada da cena da dança, retomou em 2011 seus estudos com a Dança do Ventre e, no final de 2013, começou seus estudos em ATS® na Escola Campo das Tribos, com a dançarina Rebeca Piñeiro. No ano seguinte participou dos workshops “Modern ATS®com Rebeca Piñeiro e “Construindo o Básico” com Kristine Adams.

Também em 2014 ingressou na Faculdade Paulista de Artes para o curso de Licenciatura em Dança, o que possibilitou ter contato com outras estéticas de dança como Ballet Clássico, Dança Contemporânea, Contato Improvisação e Dança Afro, além de técnicas somáticas.

Como forma de não se fechar para novas experiências fora ao Tribal, participou de workshops pelo Sesc, como “Introdução a práticas orientais do movimento e criação em Dança” com Eduardo Fukushima, “Criação de uma intervenção cênica por meio da imobilidade e do silêncio” por Denise Namura e Michael Bugdahn, e outros.


Atualmente continua seus estudos em Tribal Fusion e ATS® tendo como veículo de aprendizagem a internet, e seu aperfeiçoamento em Dança Oriental com a dançarina Hanna Hadara na Al Qamar Academia de Danças, onde também ministra aulas de Tribal Fusion e Dança do Ventre. 


Kawlleya - A Dança Cigana no Iraque

por Sayonara Linhares


Olá estudiosos da dança deixo hoje aqui para estudo um estilo de dança cigana pouco conhecida por nós aqui no Brasil: a Dança Cigana Iraquiana mais conhecida como Kawleeya, mais tarde iremos falar dos ciganos que se estabeleceram no Iraque. Espero que gostem e se apaixonem como eu estou por esta dança única e de grande energia.


Dança Cigana no Iraque

Dança Kawliya

Kawliya كاولية, também transliterado como Qawliya, Kowawlah e Kawleeya refere-se ao "cigano" ou ciganas mulheres do sul do Iraque, perto do Golfo Pérsico (Kawli para os homens). É também o nome de uma cidade. Podemos encontrar como "gypsy" em algumas citações porque, embora seja o termo mais reconhecido, é considerado depreciativo. O Kawaliya, como tantos de descendência Roma são amplamente perseguidos no Iraque.

Às vezes, essas danças são confundidas como Khaliji iraquiano ou iraquiano Belly Dance o que é bem diferente. Embora os estilos de dança das mulheres Kawliya contém vários elementos em comum com Raqs Na'ashat, mais notavelmente a jogar o cabelo de uma forma exuberante, existem várias diferenças na música também, é uma dança de muita energia.

A bailarina Assala Ibrahim

A músicalidade para Kawliya, muitas vezes, incluem o tambor fogo rápido chamado Khishba ou Zanboor, que também é encontrado em outros estilos de música do Iraque, como a música usada para uma dança tradicional chamado Chobi .

O vestido segue a moda atual, e é muitas vezes extravagante , colorido e decoradas com lantejoulas e enfeites que enfatizam movimentos de quadril e ombro. Mais velhos trajes tradicionais são mais como os das Ghawazee egípcio, exceto as saias eram usados mais (panturrilha até o chão).

A bailarina Assala Ibrahim

A dança Kawaliya é muito enérgica, tem um monte de pulos e movimentos junto com shimmies e jogando o cabelo de uma forma frenética. Na dança também a bailarina usa punhais fingindo que está se furando ou cortando é falado que este simbolismos significa a estreita relação entre o amor e a dor referentes ao relacionamentos. No passado as mulheres Kawliya usavam snujs para dançar também, mas hoje em dia não é muito utilizado.

Deixo aqui para melhor entendimento e visualização um vídeo que fala um pouco sobre está exuberante dança com imagens de ciganas antigas dançando com os snujs e na sequência do Assala Ibrahim.



O  primeiro vídeo conta um pouco da história:





O segundo vídeo também, mas dá enfoque ao uso de snujs na dança:





LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...