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[Estilo Tribal de Ser] Tribo Miao

por Surrendra



Alguns dos acessórios mais populares da dança tribal são a joalheria de  prata feita pelo povo Miao do sul da China. A cultura desta tribo é absolutamente fascinante, então eu pensei que era um assunto digno de blog.

Os Miaos são uma minorias étnicas no sul da China, mas é um grupo extremamente diversificado. Eles estão distribuídos principalmente através Guizhou, Yunnan, Hunan e províncias de Sichuan e Guangxi Zhuang e um pequeno número vivem na ilha de Hainan na província de Guangdong e no sudoeste da província de Hubei. A maioria deles vive em comunidades bastante fechadas, alguns vivem em áreas habitadas por vários outros grupos étnicos.



As mulheres do povo Miao amam prata. E elas a usam da cabeça aos pés. Parece que, ao povo Miao, a prata é mais do que simplesmente um material precioso. Quanto mais prata melhor, quanto maior as peças melhor,  quanto mais pesado melhor. Há um provérbio Miao que diz assim: "Uma menina sem prata e flores não é uma menina; roupas sem prata são monótonas. "  O amor do povo Miao para artefatos de prata remonta ao longo da sua história. Sabemos disso a partir dos inúmeros registros históricos relacionados que sobreviveram até hoje.

Simplificando, para o  povo Miao, prata é igual a beleza e a melhor maneira de expressar a beleza é usar mais peças de prata, maiores e mais pesados. E isto é válido até hoje.





O amor das mulheres Miao por jóias em prata é mais do que compensada pela habilidade dos homens em confecciona-las. No sudeste da província de Guizhou, você vai ouvir os moradores dizerem que os homens locais têm dois talentos.: Primeiro, eles são grandes construtores e, segundo, eles são ourives de habilidade incomparável.  Aparentemente, meninos de 13 e 14 já estão qualificados com martelos e pode fazer talheres. Os ourives locais fazem as peças nas formas  eles querem, em seguida, vários padrões são cuidadosamente esculpido na superfície e, finalmente, diferentes peças são soldadas em conjunto. A solda é tão precisa que é extremamente difícil ver quaisquer vestígios de que no produto acabado. É fascinante observar este processo, a mão do ourives evoca de um pedaço de obra de arte de prata de sofisticação incrível, delicados como asas cigarra, bem como o cabelo de um bebê. Hipnotizado, o observador é absorvido este milagre de habilidade e, quando uma peça é concluída, não se pode deixar de gritar de espanto.



A prata Miao é muito utilizada na dança tribal. Os brincos são usados nas orelhas, cintos, headpieces, tops e etc. Braceletes, colares, pulseiras, pingentes e os charmosos hair pins.  O importante é ser criativo e adicionar ao seu figurino um toque asiático que estas peças tem. 








[Estilo Tribal de Ser] Khomeissa (Hamsa ou Mão de Fátima)

por Annamaria Marques


Olá pessoal! 

Estamos de volta com mais um informativo sobre a joalheria tribal.

Quem nunca se perguntou o que são e de onde vem todos aqueles enfeites e se neles há algum simbolismo?

Como nesta sessão estamos desvendando os segredos do figurino de Tribal, este adereço não poderia faltar:






Notaram o colar da Carolena Nericcio-Bolman e da Kristine Adams?

Este símbolo é uma Khomeissa, ele é uma variação Tuareg da Hamsá.

A hamsá (árabe: خمسة, chamsa – literalmente “cinco”, referindo-se aos cinco dedos da mão) é um objeto com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado não só como um amuleto contra o mau olhado, mas também para afastar as energias negativas e trazer felicidade, sorte e fertilidade.

Também conhecido como “mão de Deus”, “chamsá”, “mão de Fátima” ou “mão de Hameshh”, o Hamsá é considerado um amuleto contra o mau-olhado para os adeptos do judaísmo e do islamismo.

A “mão de Hamsá” é caracterizada por representar o desenho de uma mão direita simétrica (dedos com as mesmas proporções), e com um olho ou outros símbolos no meio da palma da mão, como estrelas de Davi, peixes ou pombos.




Estes símbolos ajudam a fortalecer a ideia de proteção da mão de Hamsá, que pode ter inúmeras representações.Por  exemplo, quando representado com os dedos juntos, o amuleto serve para trazer boa sorte; caso esteja com os dedos separados, significa que deve ser usado para afastar as energias negativas, de acordo com a tradição popular.

O hamsá está presente em várias doutrinas orientais, como o judaísmo, no islã e no budismo, possuindo as suas especificações próprias de acordo com cada religião. No budismo, por exemplo, o hamsá é conhecido por Abhaya Mundra e é utilizado para afastar a sensação de medo.



Atualmente, a símbolo hamsá está presente em todo o mundo, seja em estampas de roupas, pingentes ou tatuagens. As pessoas que decidem tatuar uma “mão de Hamsá”, normalmente, buscam pelo significado simbólico que o amuleto carrega, além da beleza estética. 

Entre outras interpretações atribuídas à "mão de Hamsá" está o poder da fertilidade ("mão de Fátima") e da proteção contra o medo.

O hamsá berbere (Khomeissa) é feito na maioria das vezes em metal, mas pode ser encontrado em outros materiais e é uma versão estilizada da Mão de Fátima/Míriam, desenhado em formato geométrico e podendo conter inscrições de bom augúrio na escrita típica deste povo:






[Estilo Tribal de Ser] Tanfouk ou Talhakimt

por Annamaria Marques

As jóias usadas no Tribal vem geralmente da Ásia central, África e Índia. Usados principalmente em Mali, Mauritania e África ocidental, são únicos em seu desenho e na composição de pingente em pedra e metal.

Talhakimt Tuareg


O Tanfouk ou Talhakimt, também conhecido com Cruz de Agadez é um pingente usado originalmente por tribos africanas como enfeite de cabelo, pingente em colares ou como anéis. Este ornamento, inclusive, teve seu desenho modificado posteriormente para produção em maior escala. De formato sui generis, o talhakimt pode ser feito de uma infinidade de materiais diferentes e refletem  a luta economica entre países em desenvolvimento e o poder colonizador europeu.

Talhakimts europeus (os dois do canto direito abaixo são africanos)
Estima-se que o desenho do talhakimt seja derivado do formato de anéis tipo sinete indianos datados do século 18 ou de anéis de arqueiros indianos (vide coleção do museu Pitt Rivers). Este desenho original foi modificado para o formato do talhatana indiano e, posteriormente, foi novamente modificado pelos europeus para a reprodução em maior escala em materiais como ágata, plástico e resina com váriados graus de fidelidade.


Anéis de arqueiro indianos





Enquanto as numerosas imitações do talhakimt são baseada no formato dos anéis, a maioria dos originais é usada pelos Tuareg e outras tribos nomades como pingentes em colares ou em seus cabelos. Os pingentes Tuareg têm ainda um diferencial por ser, quando quebrados, engastados em prata ornamentada com padrões típicos. Muitas vezes, estes pingentes foram usados como moeda no comércio tribal com os colonizadores.

Usos originais do talhakimt




A popularidade do talhakimt era tal que indústrias alemãs passaram a produzir localmente versões mais acessíveis em Idar-Oberstein e diz-se que algumas indústrias de vidro na ex-Tchecoslováquia também se aventuraram a produzir suas versões. Com isto, acabaram por se tornarem peças mas competitivas (mais vendáveis devido ao menor preço) do que as versões industriais indianas até meados dos anos 1830/1840 quando a Índia adotou um processo de moldagem das peças ainda mais barato do que o europeu.

Usos contemporâneos do talhakimt




Como os diversos ornamentos adotados pelo figurino do Estilo Tribal, o talhakimt traz em si um pouco da cultura de onde ele é originário e agrega ao conceito deste Estilo, em que vários elementos culturais se unem para valorizar esta nossa dança e a sinergia que ela representa.

Fontes:

The tribal Bible




[Estilo Tribal de Ser] Kuchi

por Surrendra



Quando conheci a dança tribal me encantei com aquela abundancia de joias das bailarinas. Naquela época, mesmo fazendo uso da internet, ainda era difícil achar informações sobre a origem dessas jóias. Depois de muita pesquisa, encontrei dois tipos de joalheria presente no vestuário das bailarinas tribais.

Mas hoje, apresento para vocês um pouco da joalheria Kuchi.



A história de  joalheria Kuchi , como todas as joias tribais, é rica com influências de muitas culturas.

Estas belas peças com vidro e sinos coloridos, originalmente vieram de tribos nômades chamada Pashtoon que vagavam as zonas fronteiriças do Afeganistão e do Paquistão, ao longo das rotas antigas entre as estações do ano, movendo-se montanhas à baixo no inverno e voltando para suas casas no verão . A própria palavra Kuchi é derivada de uma palavra persa que significa "a migração", em relação aos nômadas ou ciganos, e não descreve um determinado grupo ou pessoas, mas sim um estado de ser. Muitos povos ou tribos diferentes destas áreas foram classificadas como Kuchi, mas os nômades migratórios originais desta área são o Pashtoon.



A jóia desses povos errantes incorpora elementos de design de muitas culturas, incluindo as da Índia, Oriente Médio, Ásia Central e nas áreas tribais da ex-União Soviética. Nestas jóias são usadas moedas, sinos, e grandes pedaços de vidro colorido para produzir gargantilhas, colares, encantadoras pulseiras, pingentes, cintos, anéis, brincos, headpieces e mais. São confeccionadas completamente à mão, muitas vezes em projetos que levam anos para serem confeccionados. Estas peças, por vezes, incorporados beadwork (técnica que trabalha contas) ou bordado.



Tal como acontece com muitas culturas tribais, os fabricantes de jóias eram, em sua maioria,  homens. Eles usavam os componentes da mais alta qualidade disponível ou que a família poderia pagar. Peças mais antigas foram feitas em boas notas de prata, sempre que possível, às vezes até 90% e mais, mas se o dinheiro não estava disponível ou a preços acessíveis, eles usavam outros metais mais convenientes . Estes podem conter níquel, cobre, estanho ou outros metais comuns. O metal era derretido para fazer novas peças que eram usadas pelas mulheres das tribos para cerimônias e finalidades diárias ou decorava seus animais para proteção e sorte. As mulheres, então, muitas vezes adicionavam estas peças à beadwork ou bordado. As jóias Kuchi modernas são feitas, principalmente, à partir de bronze com níquel e, talvez, uma pequena quantidade de outros metais diversos.



A joalheira Kuchi, como as jóias da Índia e em outros lugares e povos tribais, muitas vezes incorporava pedaços de vidro colorido transparentes, criados com cera de abelha e apoiados com papel alumínio para refletir a luz em todas as tonalidades do arco-íris. Espelhos brilhantes, fios metálicos, miçangas coloridas, pom-pons, cravos e outros materiais perfumados, tecidos brilhantes e vários tipos de pingentes e sinos, que também servem como amuletos para afastar os maus espíritos.


Ao longo dos séculos e, mais recentemente, estas tribos nômades tornaram-se mais povoada e não viajam  grandes distâncias. Guerras, secas, fronteiras e a pobreza forçaram os nômades à viajar cada vez menos. Nos dias atuais,  a maioria das pessoas, uma vez chamado como 'Kuchi',  estão agora se estabelecendo  em cidades e aldeias onde eles podem ganhar uma vida mais substantiva. Os jovens, também, não querem  viver uma vida semi-nômade e preferem viver em áreas onde podem encontrar empregos e uma vida social mais ampla. A fabricação de jóias agora é feita, quase que, exclusivamente,  para o lucro e o comércio com outras pessoas fora de sua cultura. Infelizmente, isto significa que a qualidade varia muito de artista para artista, um lugar para outro e até mesmo peça para peça.



Comércio com os EUA e outros países ocidentais fez as peças antigas originais ficassem escassas. Elas ainda podem ser encontrados, mas geralmente têm um preço elevado, especialmente se forem de prata. Peças colecionáveis ​​de boa qualidade ainda podem ser encontradas de vez em quando e novas peças são abundantes em variados preços e qualidade. A peça de qualidade, seja novo ou velho, pode ser reconhecido pelo design e qualidade na sua produção.  


Mais  imagens:








[Estilo Tribal de Ser] Tassel

por Surrendra



Provavelmente você não conhece o tassel pelo nome, mas com certeza já o viu por aí. Aqui no Brasil ele é conhecido como barbicacho ou borla, enfeite comum de cortinas; é mais famoso na moda por ser usado em mocassins, slippers e bolsas. Feito de couro, seda ou correntinhas, é um detalhe que está ficando cada vez mais importante e aparecido nos vestidos, lenços, blusas, saias, brincos e outros acessórios.



Parece que o tal ornamento já foi citado até na Bíblia (Números 15:37-41)! Seu nome vem do latim (tassau, que tem um significado parecido com fecho) e na Renascença era usado de maneira simples nos objetos decorativos, enquanto no Império eram mais longos, mas seu auge foi na Era Vitoriana, quando ficaram grandes e elaborados. 

Antigamente nas Universidades de Oxford e Cambridge, os estudantes que usavam o tassel de ouro tinham mais prestígio, já que eles pagavam para poder usar (hoje só o chanceler de Oxford tem permissão), enquanto os dos outros eram pretos.



No Oriente Médio, tassel foram usados como talismãs. No Egito, Mesopotâmia, e ao longo do mundo árabe o tassel foi usado por crianças em capuzes ou bonés para protegê-los de espíritos malévolos e afastar os demônios.  Você também pode lembrar daquelas cordinhas que amarram os obis dos japoneses ou nos mocassins dos índios americanos.

No mundo tribal ele também está muito presente. Principalmente nos cintos, xales e adornos de cabelo. O importante é manter a criatividade em alta para incorporar este adorno em seus figurinos e até no seu guarda-roupa do dia a dia.


Para alegria das tribalistas, o étnico está na moda e o tassel pode ser encontrado facilmente em qualquer loja de bijuteria. Não será difícil dar asas a imaginação e compor figurinos e looks com este lindo adorno.






 



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