por Melissa Souza
“As competições
artísticas colocam em pauta temas contraditórios, principalmente quando se
trata dos pré-requisitos e do que está sendo avaliado ali. Na Dança do Ventre é
muito comum encontrarmos concursos de dança em diferentes categorias, divididos
por modalidades e faixas etárias. Mas há também os festivais de dança
tradicionais que enquadram diferentes estilos numa mesma categoria (Dança
Popular), criando uma competição injusta entre os participantes.
E então surge a Dança
Tribal como uma nova forma de expressão, buscando resgatar o conceito de tribo
em seus eventos únicos. São congressos, festivais, retiros e campings com
haflas, jam sessions, mostras de dança, mostras avaliativas. Sem competição,
desigualdade, problemas com desnivelamento, criando um ambiente de aprendizagem
seguro para experimentações artísticas entre bailarinas de todas as idades,
experientes e inexperientes.”
(A Consciência
Tribal via Tribal Archive)
Recentemente escrevi um artigo sobre pensamento coletivo no
blog do Tribal Archive. Hoje quero reforçar esta ideia, incentivando você a
promover a coletividade em sua região. Reúna dançarinos, professores, músicos,
artesãos e simpatizantes num mesmo ambiente e transmita a energia da dança para
seus amigos e familiares! Elimine empecilhos como falta de espaço ou orçamento
limitado e enxergue possibilidades ao seu alcance.
Priorize o bem-estar dos convidados!
Tribal no Parque |
Seja num ambiente mais intimista como uma casa cultural, um
espaço privado como bons restaurantes e teatros ou até mesmo em meio à
natureza, como um parque, uma praça ou uma chácara, o importante é escolher um
espaço bem localizado e onde as pessoas se sintam à vontade para usufruir do
evento. Reservar uma área para fumantes, pensar um espaço infantil e facilitar
acesso a estacionamento, por exemplo, pode ser um grande diferencial para a
comodidade dos convidados.
Quando a alma é de dançarino, qualquer solo é palco.
Projeto Vídeo & Dança - Transmutação |
As chamadas Mostras de Dança ou Show de Mostras já caíram no
gosto do público, é a oportunidade de todos os participantes se expressarem,
independente do grau de instrução. E quando a noite culmina num grande
espetáculo – também chamado de Show de Gala, temos a chance de prestigiar
grandes artistas do meio.
Fugindo do lugar-comum, reunir os artistas numa grande roda
de dança, para dançarem de improviso e/ou “ATSzar” pode render bons momentos de
descontração e proximidade. É uma delícia quando as dançarinas tomam os
participantes para dançarem juntos também, mas ninguém deve se sentir obrigado
a isso.
Lembre-se de planejar o curso dos acontecimentos e
performances com antecedência para que não haja embaraços. O objetivo, sempre,
é levar os convidados a se divertirem e aproveitarem a companhia um dos outros!
Humm, que fominha...
Hafla Tribal & Ventre |
É muito desagradável quando vamos num evento com duração
estendida e não tem nada para comer ou beber nem restaurantes e comércios
locais próximos. Conforme a ocasião, convidar comerciantes para disponibilizar
bebidas, salgados e lanches aos participantes é uma boa ideia. Se for um evento
de pequeno porte, servir um coquetel aos convidados com o valor embutido na
entrada também vale. No cardápio, o ideal é ter opções vegetarianas e
alternativas para quem não consome bebidas alcoólicas.
O que não é visto,
não será lembrado.
Projeto Vídeo & Dança - Corpo, Casa, Cosmo |
Para finalizar, não se esqueça de fazer com que as pessoas
tenham conhecimento do seu evento. A divulgação boca-a-boca é válida, mas
contar com o suporte das mídias sociais faz uma enorme diferença. Crie um
evento no Facebook, elabore um folder responsivo, desenvolva um teaser do
evento. Se o evento tiver uma periodicidade, vale criar uma página
personalizada e um canal no YouTube. Não deixe de contratar um bom profissional
de fotografia e filmagem para cobrir o evento! E, ao final de tudo, abra os
ouvidos para o feedback dos participantes: receber as críticas construtivas é
importante para saber o que está bom e o que precisa melhorar.