Note: The English version of this text is below this post.
Mesmo com a
melhor das intenções, os seres humanos têm uma tendência a colocar-se em
situações embaraçosas quando se encontram no novo ambiente. E cara, eu não era
diferente. Desde que eu era uma garotinha, eu fui um modelo de embaraço social.
Felizmente, eu herdei o encantador senso de humor da minha mãe que eu poderia usar
para me resgatar quando eu me metia nesses tipos de situações. Bem, pelo menos em pessoa. Infelizmente para
mim, meu próximo erro seria por escrito, limitando a minha capacidade de
controle de danos instantâneos. Semelhante a comediante Lucille Ball, minhas contorções faciais não poderiam ser traduzida por e-mail.
Naquela época,
eu tinha estado no Brasil por alguns meses e estava ansiosa de efetuar um
esforço para conhecer melhor a comunidade de dança do ventre local. E, embora
eu estivesse assustada com a incerteza de como o público brasileiro iria perceber
a minha mistura única de Tribal Fusion, eu não permiti que me atrapalhasse. Uma coisa é certa, eu nunca permiti que o
medo fosse um fator de dissuasão em minha vida e eu não ia começar agora. Na
verdade, quando eu encontrei-me com medo de tentar algo, desta descoberta de
medo parecia intensificar o meu desejo de atingir esse objetivo. E, embora o
atributo de auto-confiança sempre foi uma característica de encolhimento
em mim, o rebelde dentro estava vivo e bem.
Então, em um
esforço para criar algumas conexões e abrir algumas portas metafóricas, fui
direto para o meu computador e comecei a pesquisar todos os grandes festivais
de dança do ventre no Brasil. Não se preocupe, o momento estranho está
chegando. Espere por isso...
Foto por Morena Santos |
Embora eu
tentasse ser muito cuidadosa em aderir aos próprios costumes culturais, esta é
uma verificação de fato que completamente escorregou da minha mente. Mais especificamente, o processo de
candidatura de desempenho. A prática
comum nos EUA para dançarinas interessadas em se inscrever para participar em
um festival ou show começa com um pedido por escrito acompanhado da inscrição
em si, uma amostra de um trabalho recente (performance em vídeo) e, por vezes,
uma cópia do currículo da dançarina com uma foto que vai determinar ou não te
colocar no show.
Bem, como eu
estava prestes a descobrir, isso não era como as coisas funcionam tipicamente
por aqui. Na verdade, apenas perguntar sobre como se pode participar pode ser
percebido como um pouco ofensivo, especialmente se você é desconhecido. E, no
momento, isso é exatamente o que eu era. Embora eu era bem conhecida nos EUA,
eu era praticamente inexistente no Brasil na época.
Lição nº. 1:
Sempre tenha fé em sua intuição. É um instrumento extremamente
engraçado e infalível. Então, por que muitas vezes nós o ignoramos? A
minha estava me dizendo: "Talvez você deva perguntar qual é o protocolo
aqui ... Você sabe, só por precaução!", mas para a minha infelicidade, não fiz. Por alguma razão, eu decidi ignorar minha
intuição, como muitos de nós fazemos com frequência, e continuar com o que eu
achava que era a prática comum. Talvez fosse o meu embaraço sobre minha compreensão
insuficiente do Português, nesse momento, ou o medo que eu iria interpretar mal
a resposta. Eu não tenho certeza. No
entanto, o que eu tenho certeza é que eu preferiria o constrangimento de
reprisar o meu personagem como o "idiota da vila" que eu frequentemente abrangia
com a minha tentativa inaudível no Português em vez do constrangimento de
parecer ignorante ou rude. Embora eu falasse até cerca de 10 frases agora em
Português, minha elocução foi nada coerente. Então, eu decidi que ia engolir o
sapo e enviar minhas perguntas via e-mail.
Depois de
algumas semanas, com quase nenhuma resposta, eu decidi confiar em uma dançarina
local, com quem fiz amizade algumas semanas antes, para perguntar se ela poderia
me dar algum insight sobre o que eu havia errado. Felizmente, ela estava
familiarizada com algumas das diferenças das práticas entre as comunidades de
dança do ventre em ambas as regiões e era amável o bastante para explicar meus
tropeços desafortunados que eu tinha cometido.
Ela delicadamente me informou que você não pede para participar; você
deve esperar para ser convidado. Lembre-se que esta não é uma regra absoluta, mas
na maioria das circunstâncias, é o costume geral. Eu estava tão
envergonhada! Aparentemente, eu saquei a arma e atirei nas minhas próprias
pernas no processo. Eu estava mortificada com o pensamento de ter
potencialmente arriscado minha chance de uma carreira de dança de sucesso no
Brasil antes mesmo de começar. Cara, eu realmente troquei meus pés pelas minhas
mãos desta vez.
Foto por Justin Piwetz |
Felizmente,
como algumas semanas se passaram, aqueles que me conheceram em pessoa
perceberam meus tropeços foram simplesmente tropeços; um erro inofensivo e eles
me deram o benefício da dúvida. Logo depois, recebi um convite para me
apresentar no meu primeiro evento no Brasil. É uma experiência que vou manter
presa no meu coração para sempre; as festividades culturais das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio + 20.
Este evento
foi muito precioso para mim por várias razões. A primeira era que não só foi o
meu primeiro convite da comunidade da dança local, mas este evento em
particular foi uma oportunidade para compartilhar minha mistura original da
dança do ventre com a grande variedade de públicos brasileiros no atendimento.
Por cederem este tipo de plataforma, especialmente como um estrangeiro,
considero uma grande honra.
Outro papel
importante neste evento jogado na minha vida foi que foi aqui onde eu tinha
conhecido algumas brasileiras inesquecíveis; duas que incluem uma fotógrafa
fenomenalmente talentosa cujo coração e compaixão com a comunidade de dança do
ventre é maior do que Pão de Açúcar em si; e uma empolgada, tribalista sensacional
e professora de ATS® que se tornou ao meu anjo da guarda aqui no Brasil.
Então, com
isso em mente, devo reiterar um ponto importante que mencionei em meu artigo
anterior; a importância do networking e a criação de relações sustentáveis. E
este é um excelente exemplo. Por chegar, eu não ganhei apenas uma amiga e
confidente, mas um Sherpa, que me ajudou a navegar neste território
inexplorado, me ajudando a evitar tantos percalços quanto possível. Nunca subestime o impacto de um ato de
bondade. Nunca pense que isso não vai fazer uma diferença, porque na maioria
das vezes, é apreciado mais do que você imagina. Por exemplo, esse ato de bondade desta pessoa
adorável concedeu-me não apenas me ficar afora de erros evitáveis,mas ela me deu a
habilidade de relaxar profundamente e tomar de uma forma mais rica a experiência
da cultura brasileira e seu povo, que eu tenho crescido ao conhecer, amar e
apreciar ao longo dos últimos anos. Embora eu esteja atenta para nunca expulsar
quaisquer nomes específicos em minhas aventuras, se você está lendo isso,
você sabe quem você é, e eu agradeço do fundo do meu coração.
Episode
3: “Open Mouth… Insert Foot ”
|
From the time we’re small children, we are
brought up to always put our best foot forward.
To quote the famous vaudevillian Will Rogers, “You never get a second
chance to make a first impression”. In
my years as a publicist, I had always done an excellent job as the puppet
master behind the curtain. To transform
a first impression into a favorable and lasting one was my forté. However, when it comes to managing my own
image, I have a tendency to be a bit of a klutz.
Even with the best of intentions, human
beings have a tendency to place themselves in increasingly awkward situations
when they find themselves in new surroundings.
And brother, I was no different. Ever
since I was a little girl, I’ve been the poster child for the socially awkward. Luckily, I’ve inherited my mother’s charming
sense of humor and comedic timing to come to the rescue whenever I get myself
into these types of situations. Well, at
least in person that is. Unfortunately
for me, my next faux pas would be in writing, thus limiting my ability of instant
damage control, as my comedic, Lucille Ball-esque facial contortions could not
be translated via email.
You see, I had been in Brazil a few months
now and was anxious to perform in order to become better acquainted with the
belly dance community here. And although
I may have been scared shitless by the uncertainty of how the Brazilian
audience was going to perceive this American dancer’s particularly odd blend of
Tribal Fusion, I didn’t let it hold me back.
One thing is for certain, I’ve never allowed fear to be a deterring
factor in my life and I wasn’t going to start now. As a matter of fact, whenever I found myself afraid
to try something, that discovery of fear seemed to intensify my desire to go
accomplish that goal. Oddly enough, although
the attribute of self-confidence had always been a dwindling characteristic
trait of mine, the rebel inside was alive and well.
In an effort to get myself out there, I
took to my computer and began to research all of the major belly dance festivals
in Brazil. Now, here’s where it gets a
little hairy.
|
As is to be expected, the performance
application process is a bit different down here. Though I try to be quite careful in adhering
to one’s cultural customs, this is one fact check that completely slipped my
mind. You see, the performance application process as is common practice in the
states usually begins with a written request accompanied by the application itself,
a sample of a recent work (performance video) and sometimes a copy of the
dancer’s resume as well as a press photo from which they will determine whether
or not to place you in the show. Well,
as I was soon to find out, this was not how things typically run down
here. As a matter of fact, it can
actually be viewed as somewhat offensive, especially if you’re unknown. And at the time, that’s exactly what I was.
Though I had a following in the US, I was virtually non-existent in Brazil at
the time.
Lesson no. 1 kids: ALWAYS trust your
gut. Our intuition is a priceless
tool. So why do we often times ignore
it? Mine was telling me, “Maybe you should ask what the protocol is here… you
know, just in case!” but to my detriment, I did not. For some reason, I decided to ignore my
intuition, like many of us so often do, and went ahead with what I thought was
the common practice. Maybe it was my
embarrassment over my insufficient grasp of the Portuguese language or the fear
that I would misinterpret the answer to my question. I’m not sure.
What I am certain of however is that I would have much preferred the
embarrassment of reprising my role as the village idiot I so frequently encompass
with my inaudible attempt at the Portuguese language rather than the
embarrassment of appearing ignorant or rude. Although I was up to about 10 phrases now in
Portuguese, my elocution was anything but coherent. So, I decided to bite the bullet and send my
inquiries via email.
After several weeks with virtually no
responses, I decided to confide in a local dancer with whom I had struck up a
friendship a few weeks prior to see if she could give me some insight into what
went wrong here. Fortunately, she was
familiar with some of the differences in practices between the belly dance
communities in both regions and was kind enough to explain the unfortunate faux
pas I had committed. She delicately informed me that you do not inquire to perform;
you must wait to be asked. Mind you,
this is not an absolute rule, but in most circumstances that is the general
custom. I was so embarrassed! Apparently,
I had jumped the gun and shot my own legs off in the process. I was mortified at the thought of having potentially
hurt my chance at a successful career in Brazil before it had even begun. Boy,
I really put my foot in my mouth this time.
Luckily, in the weeks following, those who
came to know me realized my faux pas was simply that; a harmless mistake and gave
me the benefit of the doubt. Soon after,
I received an invitation to perform at my first event in Brazil. It is an experience that I will forever hold
dear to my heart; the cultural festivities of the United Nations on Sustainable
Development known as Rio + 20.
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This event was very precious to me for
several reasons. The first being that not
only was it my first invitation from the Brazilian dance community, but this
particular event was an opportunity to share my unique blend of the belly dance
with the wide range of Brazilian audiences in attendance. To be given that type of platform, especially
as an outsider, I consider a huge honor.
Another important role this event played in
my life was that it was at this festival where I had met a few unforgettable
Brasileiras; two of whom include a phenomenally talented photographer whose
heart and compassion for the dance community is bigger than the Empire State
Building, and a sassy, highly skilled Tribalista and ATS instructor who has
become my guardian angel here in Brazil.
So, with that in mind, I must reiterate an
important point that I touched on in my last article; significance of
networking and creating sustainable relationships. And this is a prime example. Through reaching out, I gained not only a
friend and confidant, but a Sherpa who has helped me navigate this unchartered territory,
helping me to narrowly avoid as many mishaps as possible. Never underestimate the impact of an act of
kindness. Never think that it won’t make
a difference, because more often than not, it is appreciated more than you
know. For example, this act of kindness this lovely person has bestowed upon me
didn’t just keep me away from avoidable mishaps. It gave me the ability to relax and profoundly
take in a more rich experience of the Brazilian culture and it’s people I have grown
to know, love and appreciate over the past few years. Though I am mindful never to expel any
specific names in my whimsical ramblings… If you are reading this, you know who
you are, and I thank you from the bottom of my heart.