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[Notícia Tribal] Novo Ensaio Fotográfico de Rhada Naschiptz


























A bailarina Rhada Naschiptz (RJ) divulgou seu novo ensaio fotográfico, misturando várias temáticas dentro de uma atmosfera obscura.

Para acompanhar mais fotos do ensaio, acesse seu perfil no facebook.



Fotógrafo:
Marco Antonio Perna

Informações:

Entrevista#8: Rhada Naschpitz


Esse mês teremos a entrevista de Rhada Naschpitz, bailarina  do Rio de Janeiro com dança tribal bem inserida na cena underground, cujas fusões mesclam com dança cigana, gothic fusion, rock fusion unidos a dramaticidade e expresão da dança-teatro. Boa leitura! =)

BLOG: Conte-nos sobre sua trajetória na dança do ventre/tribal;como tudo começou para você?     
Sou profissional de Educação Física, formada pela Univesidade Gama Filho-RJ.Comecei meu envolvimento com danças orientais em 1996. Iniciei meus estudos com a dança do ventre, descobrindo maior afinidade pelo estilo Ghawazee e acabei me direcionando para a Dança Cigana estudando as danças que a influenciam, como o Flamenco, a Dança Russa, Cocek, Karsilama,etc.Especializei-me em Dança Cigana, em 1998, em seus estilos: Ghawazee, Sulecule/Cocek, Kalbelia, Romanê, Gitano e Zambra. Comecei a  ministrar aulas e fazer shows,já como profissional, em 2002.

A partir de 2005,  me dediquei só a shows e desenvolvimento do Gypsy Fusion, como professora e sócia,  no Espaço de Danças Rhada e Lucia, devido a  meu compromisso com minha outra profissão de designer de jóias. Nessa etapa, por não parar meus estudos na dança, devido ao desenvolvimento do estilo Gypsy Fusion, apaixonei-me pelo Tribal, e comecei estudo e pesquisa intensos dentro dessa vertente. A experiência em dança cigana, que é fusion na essência e em suas influências, contribuiu para meu ingresso definitivo no tribal fusion, com o estilo Gypsy Fusion,  que foi acrescido da influência Dark /Rock,outro lado marcante de minha personalidade e peculiar de minha dança. Estreando com a fusão Rock &Roll, em outubro de 2007, dançando no show da Banda Matilha, no Néctar. Assim, tornou-se a precursora do estilo Rock Fusion, no Rio de Janeiro, com a estréia oficial no Tribes Brasil 2009.


Hoje meu trabalho na dança pode ser definido como Dark Arts, que engloba os estilos  Dark Fusion Bellydance,Tribal Teatral, Gothic Gypsy e Rock Fusion. Este estilo de dança é uma das varidas possibilidades do Tribal Fusion - Dança Étnica Contemporânea, caracterizada por enfatizar uma estética "obscura" e expressionista, com forte teatralidade e certa carga dramática, inspirada nas várias cenas da cultura dark/gothic(rock,noir,industrial,burlesque,medieval,vitoriano...) e urbanas, como o rock `n`roll  e o hip hop. Mesclando todo o universo alternativo, contemporâneo e até  do folclore do Brasil, com as danças orientais e étnicas. Fusão  cuja expressão de palco,interpretação musical, energia e essência são postas em movimentos fortes que exprimem uma certa tensão, mesclados com movimentos fluidos e sinuosos, criando uma linguagem peculiar e hipnotizante. “ Um estilo que tem capacidade de incomodar e ao mesmo tempo fascinar,explorando o tenso e obscuro e sendo fluido e belo”.


No caso do Gothic Gipsy, é a fusão do dark/gothic com estilos e influências das danças ciganas de diversas partes do mundo. União que se dá de forma espontânea pela expressividade,teatralidade,magia,mistério, que tanto a cultura Rom (gypsy) quanto a dark/gothic carregam.
Atualmente, ministro aulas e workshops pela Escola de Artes Orientais Asmahan- RJ; além de ser bailarina profissional da mesma, e também co-produtora e diretora artística do Espetáculo Gothla Brasil.

Também, juntamente com o músico Ives Pierini,desenvolvo o projeto Duabus Artibus – Music and Dance Duet, onde danço com músicas próprias, cuja estréia desta parceria aconteceu no Gotlha Argentina 2012, com a música “Dreams”.


BLOG: Quais foram as professoras que mais marcaram no seu aprendizado e por quê?
Na dança cigana foi a Márcia do Gaia,sendo que carrego isso de família também; está no sangue.
No Flamenco,Denise Tenório, Flávia Gomes e Rodrigo Garcia.
No hip hop foi Pedro Drope.
No tribal inúmeros workshops: Isabel de Lorenzo (ATS), Sharon Khiara, Mardi Love.Mas os que de fato aproveitei foram os da Ariellah, a qual hoje tenho laços estreitos, sendo privilegiada de seus constantes ensinamentos.


BLOG: Além da dança tribal você já fez ou faz mais algum tipo de dança? Há quanto tempo?
Como já mencionei, dei aula bastante tempo de dança cigana, fiz várias vezes aulas de dança do ventre, flamenco e hip hop, entre outras.

BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações?
Sempre foi Ariellah, mas admiro também a Zoe Jakes,e Asharah. Mas a Ariellah é de fato minha referência no tribal. E Pina Bausch na dança-teatro.

BLOG: O quê a dança acrescentou em sua vida?
É minha vida simplesmente. Dançar traz equilíbrio,condicionamento físico, saúde,alegria e extravasa qualquer problema.É minha Arte, simplesmente.
 
BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte?
No caso do tribal, a liberdade de expressão e estética de cada bailarina e o universo de possibilidades de fusão.

BLOG:O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação?Você acha que o tribal está livre disso?
Nunca estive muito inserida no meio da dança do ventre,como já mencionei, minha formação vem das danças ciganas.É claro que em alguns momentos estudei a dança do ventre,principalmente o estilo Ghawazee. O que me chamou a atenção foi a questão de confundir sensualidade com sexualidade. A tendência da mídia desinformada ou até mesmo com intuito de distorção acaba muitas vezes vulgarizando essa arte. Fora que também existem “pseudo dançarinas” que levam para esse lado, mais preocupadas com o palco do que com a arte em si. O tribal em sua história e surgimento já buscava justamente desassociar essa imagem distorcida; é mais difícil essa abordagem,mas nada impede que falta de ética e de  comprometimento sério com esse estilo, leve a aparecer as ditas distorções.

BLOG: Você já sofreu preconceitos no tribal? Como foi isso?
Preconceito não, mas quando comecei a dançar com Heavy Metal, marcha fúnebre, a princípio não fui muito bem aceita, chocava um pouco a plateia ainda não muito acostumada com o conceito de Dark Arts, onde também está inserido o Rock Fusion.

BLOG: Como é ter um estilo alternativo dentro da dança.Conte-nos um pouco sobre isso.
Vejo de forma natural, não fui eu que me adaptei ao Dark Arts, foi o Dark Arts que caiu como luvas na minha maneira de ser. Grande parte dos acessórios e roupas que uso em meu figurino, já faziam parte do meu armário e do meu modo de vestir, sempre andei de preto. As músicas que danço, na maioria, são de bandas que sempre escutei, como Dio , ACDC , Ramnstein,etc. Como disse nossa Deusa do Dark Fusion, Ariellah:

 – “Não se ensina ninguém a ser dark, isso é um estado de espírito, energia interior, expressão  artística, personalidade...”

BLOG: Houve alguma indignação ou frustração durante seu percurso na dança?
No início,quando aqui no Brasil ainda se tinha só como referência máxima a Rachel Brice e Carolena Nericcio, eu  já acompanhava o trabalho de bailarinas mais “obscuras” como Ariellah, por já fazer parte da cena alternativa.  Quando comecei a já me apresentar dentro desse conceito de estética, muitas vezes fui criticada como não sendo tribal fusion. Só depois que a Ariellah esteve no Brasil que este estilo começou a ser reconhecido e começaram a entender minha proposta. Infelizmente aqui no Brasil só se dá valor quando vem de fora. Brasileiro dificilmente dá valor à “prata da casa”; precisou vir uma dançarina de Dark Fusion de fora para esse estilo ser reconhecido. Mas estou super feliz de estar vendo gente em nosso país fazendo trabalho sério nessa vertente. É muito bom ver nossa “Tribo” aumentando e influenciando.

BLOG: E conquistas?Fale um pouco sobre elas.
Sempre superar a mim mesma. Conquistas vêm como consequência disso. Importante pra mim é sempre estar vivenciando e transmitindo Arte.

O aprimoramento da técnica sempre é uma eterna conquista, é um estudo sem fim ,exige dedicação. Não se atinge a qualidade sem esforço e disciplina. Não digo difícil de aprender e sim de manter essa disciplina, visto que grande parte de nós dançarinas, aqui no Brasil, não vivemos só da dança. Nem sempre temos disponibilidade para essa disciplina, e às vezes nem condições financeiras para investir mais em nosso aprimoramento. Difícil mesmo. E com todas as dificuldades da sobrevivência, continuar investindo, estudando, treinando e não desistir... Acho que é o amor a essa Arte o grande segredo.

BLOG: Como  e quando você descobriu o tribal fusion e porquê se identificou com esse estilo?Quando começou a praticar o tribal fusion? 
Está na primeira resposta.

BLOG: Antes de você se envolver com o tribal fusion, você se dedicava às danças ciganas e do ventre. Compartilhe conosco esse sentimento em comum entre as três danças e o que lhe fez seguir o rumo ao dark fusion e como essas danças se “comunicam” entre si na sua forma de expressão nesta arte.
Confesso que não me dediquei a dança do ventre, apenas estudei o que era de interesse para a minha dança. A dança cigana já é fusion em sua essência, devido as diversas influência que esse povo nômade sofreu, então eu já tinha um arsenal muito vasto de possibilidades de fusão nas minhas mãos. Com o estudo do ATS, só fiz de fato fusionar tudo e unir ao meu estilo rock,dark...Se assim posso dizer.Acho muito difícil traçar limites onde essas danças se comunicam, a fusão dá liberdade ao artista de onde fazer as interseções, é o conhecimento técnico unido ao talento e expressão própria que vão trazer o reconhecimento de um estilo. 

BLOG: Como você encara a fusão entre metal/rock e dança do ventre/tribal?
Deve haver uma certa coerência para não ser ridículo. Já vi muito vídeo no Youtube com dançarinas apenas preocupadas em colocar figurino preto, e às vezes nem isso, e dançarem rock pesado com movimentos de belly dance estilo clássico, por exemplo. Totalmente fora da essência nata do rock. Eu como faço parte da cena desde meus 15 anos, acho particularmente que dançar rock requer uma energia menos “odalisca”; acho que o tribal dark arts veio justamente para acertar isso.

BLOG: Qual a sua relação com o gothic fusion? Como você encara  a cena gótica inserida na dança do ventre/tribal?
Para usarmos a palavra gothic temos que conhecer a cena. Para fazermos fusão flamenca precisamos conhecer o flamenco puro; para fazermos fusão indiana precisamos conhecer  a dança indiana pura...E por aí vai. Acho que deve ser a mesma coisa com a fusão gothic.Fusão feita com conhecimento sempre trás bom resultado.Escrevi um artigo sobre isso no meu Blog.


BLOG: Qual importância você encara a dança-teatro e como esta se desenvolve em suas performances?
É uma das metodologias e técnicas que mais estudo. Pina Bausch é uma das minhas maiores influências e tem sido uma das minhas referências de pesquisa para o estilo de performance, que faço dentro do Dark Arts. Pois é como dança-teatro que muitas vezes se caracteriza a dança de fusão obscura no tribal fusion. Não porque se assemelhe a qualquer iniciativa já encontrada nessa categoria, mas vai de encontro a este conceito por sua própria natureza expressiva. Mas apesar desse potencial o Tribal Fusion Dark Arts precisa cada vez mais amadurecer sua linguagem para que ganhe a amplitude expressiva da dança-teatro. Só agora, com o já chamado  Dark Fusion Theatre,essa situação está se concretizando. Com certeza tentativas de fusão de outras linguagens da dança e da ação teatral estão gerando possibilidades mais híbridas para a dança obscura, como também estão colaborando no amadurecimento da própria linguagem de movimento específica desta. A expressão estética e artística da cultura Dark já é teatral em sua essência, já havendo um elo de coerência de linguagem nato. Eu como bailarina de Dark Arts estou trazendo para meu estilo e forma de dançar e ensinar, conceitos, métodos e experiências desenvolvidos principalmente por Pina Bausch, considerada a grande dama da dança contemporânea alemã, já que tinha um estilo expressionista único que, no início de sua carreira, provocou grandes polêmicas, antes de ser reconhecido mundialmente. A dança-teatro, como a maioria denomina, foi a principal contribuição dela.

 BLOG:Você  é proprietária do atelier Dark Dancer Design, destinado a acessórios para dark fusion. Como surgiu a ideia ou necessidade de formá-lo? Como é o processo criativo e suas inspirações para a composição das peças? Há alguma curiosidade a respeito do nome do ateliê?
Sou formada em desenho industrial e comunicação visual pela PUC-RJ. Criar e trabalhar com design já faz parte dessa minha profissão. Comecei fazendo meus próprios figurinos adaptando minhas roupas para a dança; minha experiência em jóias e acessórios tornou tudo mais fácil. A moda alternativa sempre me atraiu como designer,como sempre estive inserida nessa cena, então só uni o útil ao agradável. O nome é a união das minhas duas profissões. 

BLOG: Como uma das organizadoras do evento Gothla Brasil, conte-nos como surgiu a idéia e composição do evento. Como foi a experiência de realizar o mesmo? Quais as repercussões do mesmo no Brasil?
Podemos dizer que foi no Rio de Janeiro que de fato começou a surgir a vertente Dark Arts no Brasil. Antes de Ariellah vir ao Brasil e influenciar a propagação do mesmo, tanto eu como Jhade Sharif do Asmahan, já estávamos fazendo performances e ministrando aulas regulares e workshops, dentro desse estilo.Comecei com o Rock Fusion, em 2007, dançando com a Banda Matilha; e estreei oficialmente no Tribes Brasil 2009, um espetáculo de peso.



Hoje, fazendo parte da Equipe Asmahan, eu e Jhade só unimos forças e identificação com o Dark Arts. Assim, outros profissionas e alunos da Escola acabaram também se identificando com a proposta e com isso criou-se uma tribo forte dentro desse conceito. Com o Carpe Noctem, em 2011, de fato consolidamos nossa identificação com o estilo. Então, em uma conversa informal, onde pensávamos no próximo Carpe Noctem, uma pessoa muito especial de nossa equipe, sugeriu o nome. Daí então entramos em contato com os primeiros organizadores, o Gothla UK, para podermos ser a representação do Gothla no Brasil. A parceria foi feita e então surgiu o Gothla Brasil. Era a primeira vez que de fato eu entrava como co-produtora de um evento de peso. Foi maravilhoso! O espetáculo repercutiu super bem e foi de grande alegria ver a quantidade de bons profissionais inseridos nessa proposta. Houve também o apoio e identificação de nossa Rainha  Ariellah, que cada vez mais faz parte do Asmahan Family.E virão outros!!!!


 BLOG: Sob sua óptica, o quê é dark fusion?
É uma das vertentes do tribal fusion, dança étnica contemporânea, onde a teatralização é unida a dança com manifestações artísticas de temática e estética que estão vinculadas ao universo alternativo ,underground, dark, gótico. Onde explora o dramático, onírico, fantástico, misterioso, o expressionismo, o surrealismo, o romântico, circense, sombrio, vitoriano, o humor-negro... As inúmeras possibilidades inseridas dentro desse contexto de influência das Dark Arts.

 BLOG: O quê você mais gosta no tribal fusion?
Pergunta 4 já respondida.

BLOG: O quê você acha que falta à comunidade tribal?
Reconhecimento de um público que não faça parte do nosso metiê de dança. O Dark Arts aqui no Rio, aos poucos,já está consenguindo chamar a atenção do público alternativo. Nossa parceria com a Goth Box, festa já realizada a 7 anos, tem nos ajudado bastante na divulgação. Não temos que ficar dançando só para outros profissionais de tribal,amigos,pais, namorados. Fazemos Arte, temos capacidade de reconhecimento, precisamos nos focar nisso.
  
BLOG: Como você descreveria seu estilo? 
Tribal Fusion Dark Arts

BLOG: Como você se expressa na dança?
Vem de dentro, com a alma e essência, e de acordo com a energia e emoção do momento. A música é que me move, é como se eu entrasse dentro dela, em um mundo a parte.

BLOG: Quais seus projetos para 2012? E mais futuramente?
Continuar estudando e me aprimorando sempre, e explorar cada vez mais as infinitas possibilidades que o tribal fusion oferece. Toda técnica exige dedicação, não se atinge a qualidade sem esforço e disciplina. Não digo difícil de aprender e sim de manter essa disciplina, visto que grande parte de nós dançarinas, aqui no Brasil, não vivemos só da dança. Nem sempre temos disponibilidade para essa disciplina, e às vezes nem condições financeiras para investir mais em nosso aprimoramento.Difícil mesmo. E com todas as dificuldades da sobrevivência, continuar  investindo, estudando, treinando e  não desistir...Acho que é o amor a essa Arte o grande ”segredo.”

Também poder passar todo meu conhecimento para minhas alunas, adoro ver o Dark Arts tomando impulso e criando novos talentos.

BLOG: Improvisar ou coreografar?E por quê? 
Depende. Em grupo é claro que coreografar. Mas eu particularmente em minhas performances dou maior espaço ao improviso. O que faço é conhecer bem a música, tempo e harmonia. E saber o que posso fazer em cada trecho, se vou usar quadril ou movimentos sinuosos...  Geralmente “coreografo” uma entrada, um trecho importante que tenha muitas marcações e um final. Como utilizo muito a expressão teatral, o improviso me deixa mais livre para sentir e deixar fluir o que vem de dentro.
  
BLOG:  Você trabalha somente com dança?
Não, sou designer de jóias também; nasci artista, então é a lei da sobrevivência unida ao prazer de fazer arte.

BLOG: Deixe um recado para os leitores do blog.
Não devemos nunca nos acomodar, achando que aprendemos tudo e que já sabemos tudo.Devemos estar sempre nos reciclando, estudando sempre. Também devemos sempre unir a técnica à expressão própria, sentir, dançar com o corpo e alma.


Contato
Tel/cel: (21) 8299-0861









Para conhecer mais o trabalho desta bailarina, acesse seu canal no Youtube!

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