por Hölle Carogne
“Nosferatu, El Beso” é um duo dos
bailarinos Idhun e Fran Latorre, ambos de Valência/Espanha.
Resolvi trazer este trabalho para
a Coluna Venenum Saltationes, porque, em minha opinião, este é um dos melhores
trabalhos de Dark Fusion que conheço e é, sem sombra de dúvidas, a coreografia
que mais me emocionou em todos estes anos como “rato de youtube”. Por algum motivo este trabalho
não é tão conhecido do público tribal e tem poucas visualizações no youtube.
Meu objetivo, em primeiro lugar,
é que o público ligado à Venenum Saltationes conheça este trabalho incrível e
que ele seja disseminado entre os demais tribalistas, pois merece ser visto e
revisto um milhão de vezes. Sim, sou fã!
De uma forma geral, a Idhun é uma
das minhas maiores inspirações dentro do Dark Fusion. Eu gosto muito da
expressão corporal dela e da forma como ela sempre traz elementos instintivos para
as suas coreografias.Tenho a impressão de ver muitos
elementos contemporâneos e de butoh na dança dela.
Este trabalho, em particular,
está repleto de um sentimento de dominação/submissão.
Sabemos que na história de
Nosferatu, o vampiro se apaixona por Ellen. E o beijo entre os amantes causa a
morte de ambos, provocando também, o fim da peste.
A coreografia “Nosferatu, El
Beso” foi apresentada no “Anjanas Fest de 2013”, que tinha como tema nesta
edição “O Cinema Mudo”, e por isto todos os vídeos ganharam esta edição
característica: com filtros em preto & branco e molduras no estilo antigo.
A trilha sonora que embala o
beijo dos amantes é a linda canção “Masked Ball” de Jocelyn Pook. Obs: Para
quem acha que já ouviu esta música antes: é a mesma que embala os rituais do
filme “De Olhos Bem Fechados”.
Falar de movimentação de dança é
um pouco complicado, porque, ao meu ver, é tudo tão perfeito, tão magnífico,
que não consigo escrever nem críticas positivas. O que me chama mais atenção é
a conexão entre os dois bailarinos e a expressão de ambos. Percebe-se
facilmente a aflição da amada ao tentar fugir do Vampiro. Percebe-se a
fidelidade visceral entre os corpos dos bailarinos, do início ao fim. A movimentação foi tão bem
criada/escolhida e executada, que fica claro em todos os momentos esse
sentimento de dominação/submissão. Sinto como se houvesse uma aura de entrega e
de devoção entre os bailarinos, enquanto narradores da história.
Enfim, a colunista aqui é brega e
se emociona pra caramba com esse tipo de trabalho tão intenso! Agora, confiram por si próprios e
tirem suas próprias conclusões. Disseminem, caso tenham gostado! Comentem! Este
também é um espaço para debatermos sobre aquilo que nos emociona!
Hölle Carogne estará no Espetáculo Occvltum no dia 20 de agosto e ministrará a palestra aberta ao público geral "V.I.T.R.I.O.L. " (INCLUI CERTIFICADO) no dia 21 de agosto.
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Realização: Aerith & Gilmara Cruz