por Hölle Carogne
Cada bailarina representou um dos
elementos da natureza, escolhido de acordo com aspectos da personalidade de
cada uma. Os movimentos de dança foram criados
a partir da interpretação e identificação de cada bailarina com seu elemento. Como em toda vídeo dança, os
movimentos não foram coreografados, nem marcados na música. Ao contrário,
tentou-se criar uma movimentação instintiva que lembrasse os elementos, sendo
que alguns dos movimentos foram criados de forma ocasional no próprio dia da
filmagem.
A caracterização também seguiu,
de forma rigorosa, a interpretação de cada uma referente ao seu personagem. A música trilha deste projeto
(“To Bury” da Jex Thoth) foi cuidadosamente escolhida a fim de expressar o
sentimento intenso do grupo quanto à proposta. Nada referente à coreografia em
si ou marcação da música foi planejado. Porém, todo o contexto místico, o
pequeno enredo e a aura do trabalho foram conscientemente esquematizados. A identificação das bailarinas
com o seu próprio elemento e também com a música, foi
indispensável para fazer desta, uma concepção mística e sensível, cheia de
conexão e espiritualidade.
Palavras das bailarinas sobre o
seu elemento:
Marina Segalla, sobre o Aether:
“O Aether possui definições e características atribuídas a ele bastante elusivas que diferem de acordo com as diversas filosofias e tradições... O Aether é etéreo, imaterial, então foi um pouco complicado relacionar com algo de minha própria personalidade. Acredito que a sutileza e a relação que o mesmo tem com o bem-estar e a busca por conhecimento/conexão são os pontos com os quais me identifiquei.”
“O Aether possui definições e características atribuídas a ele bastante elusivas que diferem de acordo com as diversas filosofias e tradições... O Aether é etéreo, imaterial, então foi um pouco complicado relacionar com algo de minha própria personalidade. Acredito que a sutileza e a relação que o mesmo tem com o bem-estar e a busca por conhecimento/conexão são os pontos com os quais me identifiquei.”
Michelle Loeffler, sobre o Fogo:
“Representar o elemento fogo, na ocasião, foi desafiador, pois pouco me identificava com este elemento. Mas me entreguei de corpo e alma. Deixei que as salamandras imergissem nas profundezas das minhas entranhas e, desde então, tão entregue e conectada com este elemento, até hoje colho os frutos dessa entrega, que fez toda diferença em minha vida.”
“Representar o elemento fogo, na ocasião, foi desafiador, pois pouco me identificava com este elemento. Mas me entreguei de corpo e alma. Deixei que as salamandras imergissem nas profundezas das minhas entranhas e, desde então, tão entregue e conectada com este elemento, até hoje colho os frutos dessa entrega, que fez toda diferença em minha vida.”
Paula Knecht, sobre a Água:
“Bom, falar sobre o elemento água não requer mistério, pois SOU totalmente água em toda minha extensão... Sigo neste fluxo e refluxo das marés trazendo a tona toda sensibilidade, intuição e sentimentos que podemos expressar através da dança, da ARTE!”
“Bom, falar sobre o elemento água não requer mistério, pois SOU totalmente água em toda minha extensão... Sigo neste fluxo e refluxo das marés trazendo a tona toda sensibilidade, intuição e sentimentos que podemos expressar através da dança, da ARTE!”
Luiza Phantoschmerz, sobre o Ar:
“O elemento ar tem muito em comum com a minha personalidade, apesar de ser calmo e discreto, também possui um lado agressivo, intenso. A leveza de uma brisa que pode se tornar ventania. O ar me remete ao raciocínio, a liberdade de ser e de pensar, o criar, idealizar. Liberdade essa que por vezes me deixa dispersa em ideias, no típico "mundo da lua". Descobrir, não se limitar, sentir.”
“O elemento ar tem muito em comum com a minha personalidade, apesar de ser calmo e discreto, também possui um lado agressivo, intenso. A leveza de uma brisa que pode se tornar ventania. O ar me remete ao raciocínio, a liberdade de ser e de pensar, o criar, idealizar. Liberdade essa que por vezes me deixa dispersa em ideias, no típico "mundo da lua". Descobrir, não se limitar, sentir.”
Hölle Carogne, sobre a Terra:
“O que mais me encanta no elemento Terra é o fato de saber e sentir, que é através dela que surge a vida e ocorre a morte. Desde sempre me senti extremamente ligada com o nascimento e, principalmente, com a morte dos seres. Com a simples organicidade das coisas. Desde sempre me vi como uma mulher ramada, cheia de musgo e lama pelo corpo nu, cujos ossos e dentes são mais reais do qualquer pensamento ou ideia. Enraizada, completamente enraizada, ligada à algum tipo de conceito oculto, que se estende através das minhas raízes. Que se esconde em algum canto obscuro da Terra, e aguarda o momento certo para germinar e tomar seu lugar dentro de toda essa minha complexidade.”
“O que mais me encanta no elemento Terra é o fato de saber e sentir, que é através dela que surge a vida e ocorre a morte. Desde sempre me senti extremamente ligada com o nascimento e, principalmente, com a morte dos seres. Com a simples organicidade das coisas. Desde sempre me vi como uma mulher ramada, cheia de musgo e lama pelo corpo nu, cujos ossos e dentes são mais reais do qualquer pensamento ou ideia. Enraizada, completamente enraizada, ligada à algum tipo de conceito oculto, que se estende através das minhas raízes. Que se esconde em algum canto obscuro da Terra, e aguarda o momento certo para germinar e tomar seu lugar dentro de toda essa minha complexidade.”
Confira o resultado desta
parceria, no link abaixo:
Teaser:
Videodança: