Draconis Contra Omne Conceptus

por Hölle Carogne



“Draconis contra omne, conceptus”, esse é o nome da nova coreografia criada pelas bailarinas Michelle Loeffler e Hölle Carogne. Nesse projeto, as gaúchas mesclaram dança tribal, metal e ocultismo, criando um trabalho cheio de força e personalidade.  A trilha sonora utilizada foi um medley das faixas do primeiro álbum da banda de Black Metal: Symphony Draconis, intitulado “Supreme Art of Renunciation”.
 
A raíz desse trabalho foi plantada, inicialmente, quando Michelle e Hölle decidiram unir amizade, ideologia e gosto musical em uma experimentação artística. O objetivo era criar um projeto onde existisse, além da aura densa do metal, uma leitura forte o suficiente para transmitir o sentimento das bailarinas por esse estilo de música e uma pitada generosa de um tema que fascina ambas: o ocultismo.

O processo de criação teve várias etapas, iniciando com a escolha e edição da música, seguido da construção do enredo, montagem dos “desenhos de palco” e estrutura coreográfica, nascimento das expressões e personagens, finalizando com a elaboração da coreografia em si.

Durante o processo de criação, as bailarinas usaram movimentos que já traziam em sua bagagem artística, mas decidiram, também, experimentar movimentos onde os aspectos e movimentos instintivos se sobrepõem aos puramente técnicos, impondo, assim, mais sentimento e energia à dança. O estilo pessoal de cada bailarina foi essencial para dar personalidade e harmonia para este projeto.

O enredo foi cuidadosamente planejado, com o intuito de que a visão da dupla sobre o tema ocultismo fosse exposta de maneira acessível, uma vez que trabalha em cima de arquétipos/sombras não óbvios da psique humana. Assuntos como caos, oposição, lascívia, quebra de conceitos e tabus são tratados de forma subliminar, porém, enfáticas. Para a finalização do vídeo foram inseridos símbolos e sigilos mágicos sobrepostos à imagem das bailarinas ou do cenário, a fim de caracterizar melhor o conceito ideológico e, principalmente, imprimir os próprios significados dentro deste trabalho.

O Symphony Draconis, mesmo que indiretamente, teve papel fundamental na execução deste projeto, pois além de instigar a criação do mesmo, serviu como fonte de inspiração através da força da sua música aliada a temática obscura de suas letras, as quais contribuíram na criação de vários trechos do enredo. Michelle e Hölle mergulharam propositalmente nessa atmosfera satânica e lúdica entregando-se instintivamente à dança e à música.

O projeto foi finalizado na forma de vídeo experimental, sem qualquer compromisso mercadológico ou afins, sendo apenas uma iniciativa da expressão artística ligada ao prazer de dançar.


A edição foi concluída pelo amigo e entusiasta na produção vídeos/música Felipe de Marchi do canal MTVisual Agression (Youtube) que colaborou de maneira voluntária durante todo processo das gravações.

O resultado dessa experiência que une dança, metal, ocultismo (e boas cervejas) você confere no link abaixo. Fique a vontade para comentar, dar sua opinião e compartilhar o vídeo.






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