Entrevista #3: Loryen Zeytin

por Aerith Asgard

Nossa entrevistada do mês é a bailarina de dança do ventre Loryen Zeytin, de Jundiaí-SP!  Grande adepta e divulgadora do estilo bellymetal no Brasil e através do seu canal no Youtube.

Vale a pena conferir! \m/

BLOG: Conte-nos sobre sua trajetória na dança do ventre.Como tudo começou para você? 
Comecei a dançar em 1998, aos 16 anos. Na época, a dança do ventre não era muito divulgada no Brasil, pois isso foi anterior ao boom que houve com a novela O Clone. A mãe de uma amiga começou a fazer aulas com a professora Sarah Yacov, aqui em Jundiaí, e nós ficamos super curiosas para experimentar. Eu nunca havia visto ninguém dançar, apenas imaginava que seria uma dança misteriosa, exótica.  

BLOG: Quais foram as professoras que mais marcaram no seu aprendizado e por quê?
Com certeza as que mais marcaram foram as professoras com quem estudei por mais tempo, Sarah Yacov e Munira Magharib, pois foram elas que me ensinaram a dançar, moldaram minha dança e me corrigiram exaustivamente; sou muito grata a elas.

BLOG: Além da dança do ventre você já fez ou faz mais algum tipo de dança? Há quanto tempo? 
Já fiz ballet clássico, flamenco e um pouco de sapateado. Atualmente faço aulas de tango e pretendo começar aulas de dança indiana.

BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações?
No começo eu me inspirava vendo Dina, Soraya, bailarinas consagradas no Egito. Hoje eu gosto de ver vídeos de bailarinas famosas ou desconhecidas, já que hoje tenho conhecimento para avaliar se gosto da dança ou não; uma boa dança é sempre inspiradora.

BLOG: O quê a dança acrescentou em sua vida?
Posso dizer que a dança me fez mais feliz com tudo que trouxe para minha vida: amigas, boas experiências, aprendizados, oportunidades e muitas outras coisas.


BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte?
O que eu mais aprecio é a liberdade que a bailarina tem de se expressar. A dança do ventre permite infinitas variações, o que a torna muito interessante.

BLOG:O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação?
Como a quantidade de bailarinas é muito grande aqui no Brasil, acho que falta espaço para apresentações que não sejam festivais de academia. Muitas bailarias já estão organizando eventos para haver mais oportunidades de mostrar a dança.
  
BLOG: Você já sofreu preconceitos (na dança do ventre ou fusões)? Como foi isso?
Algumas pessoas encaram a dança do ventre com um olhar preconceituoso, infelizmente, por ser uma dança sensual e pelos trajes mostrarem o corpo.  Apesar de muitas vezes não dizerem nada, nota-se esse tipo de reação.

BLOG: Houve alguma indignação ou frustração durante seu percurso na dança?
Acredito que toda bailarina se frustre constantemente, pois sempre queremos dançar melhor, nos superar. Quando vejo algumas pessoas que não tem conhecimento suficiente para dar aulas, fico indignada.

BLOG: E conquistas?Fale um pouco sobre elas.
Nunca tive grandes pretensões com a dança do ventre; dançar sempre foi um grande prazer, um hobby para mim. Como sempre fui muito tímida, só o fato de conseguir fazer um solo, após uns quatro anos de dança, já foi uma grande conquista para mim. Nunca imaginei que as pessoas iriam se interessar pela minha dança da forma como vem acontecendo. Minhas maiores conquistas até agora com certeza foram fazer o vídeo oficial do Interfector e ser capa do CD do guitarrista inglês Khepri. Poder fazer parte do metal de alguma forma foi algo fantástico.


BLOG: Quando e por quê você começou a fazer fusões na dança do ventre?
Para mim fazer a fusão de dança do ventre com metal foi muito natural pois gosto desse estilo de música desde os 13 anos. Sempre colocava músicas de metal para dançar em casa e achava que era um ritmo muito estimulante para a prática da dança devido à força e à variação que o metal tem em todos seus sub-estilos. A primeira vez que tornei uma fusão pública foi quando postei um vídeo dançando uma música do Lacrimosa, em janeiro de 2010.

BLOG: Como as pessoas reagiram com suas fusões com metal?
A maioria dos comentários foram positivos, mas claro que não dá para agradar a todos e algumas pessoas acharam essa fusão um absurdo. O que realmente me motivou a continuar foi o apoio das próprias bandas mais underground que não só me incentivaram e me agradeceram por dançar suas músicas, mas me ajudaram a divulgar os vídeos e me fizeram vários convites. Até um CD do Al Namrood eu recebi, da Arábia Saudita, em agradecimento. 

BLOG: Como surgiu a idéia de criar um canal no Youtube para divulgar sua dança, principalmente o seu lado metal bellydancer? Você acha que isso criou oportunidades? Por quê?
A idéia do canal foi de um ex-namorado que sempre queria postar meus vídeos de dança no Youtube, mas eu nunca deixava! Um dia resolvi eu mesma postar um vídeo e devido aos comentários positivos que recebi passei a postar cada vez mais vídeos. Quando comecei com o canal, não tinha em mente postar vídeos de bellymetal, que acabaram sendo o grande diferencial. Sim, através dos vídeos de belly metal várias bandas de países diferentes se interessaram pela minha dança e me fizeram convites diversos: vídeos, capas de CD, entrevistas e convites para shows.

BLOG: Como você encara a fusão entre metal e dança do ventre?
Eu acho qualquer fusão válida e interessante desde que seja feita com bom gosto e conhecimento, no caso de ser uma fusão com alguma outra dança. Gosto de exercer essa liberdade com a minha dança e para mim; poder dançar músicas de minhas bandas de metal favoritas é maravilhoso!

BLOG: Você acha legal bailarinas de dança do ventre se apresentarem com bandas de metal, como no caso de bandas como Epica e Therion que têm participações das mesmas com certa freqüência?
Acho fantástico o espaço que essas bandas têm aberto para as bailarinas. Deve ser maravilhoso poder fazer parte de um show de uma banda como o Therion, por exemplo; eu iria adorar.

BLOG: Como surgiu a oportunidade de você fazer parte do vídeo clip da banda de metal Interfector, da Sérvia? Conte-nos como foi essa experiência.
Alguns meses após eu ter postado o vídeo Mesopotamian Metal, no meu canal no Youtube, o baterista da banda entrou em contato comigo e me perguntou se eu poderia dançar uma música deles. Eu recebo bastante e-mails como esse, mas apenas danço as músicas que gostei realmente e acho que tem a ver com a minha dança e, quando eu ouvi a música Mother Serbia, adorei e aceitei o convite. Eles já tinham um vídeo dessa música, então fizeram uma outra versão que se chamou White Version. Eu gravei vários vídeos em casa e enviei para a banda e eles fizeram a edição. Gostei muito de ter participado e como já havia um vídeo dessa música, eles fizeram questão de deixar a minha dança em evidência na White Version, o que foi muito legal.





BLOG:Você chegou a se apresentar junto com a banda ou tem pretensão disso futuramente com esta ou outra?
Não, como a banda está on hold desde que fiz o vídeo não houve um convite para apresentações. Já tive convite de algumas bandas, mas devido à distância ainda não deu certo, mas eu gostaria muito.

BLOG: Eu vi que a banda End of Existence (EUA) tem você agregada a banda em seu website e myspace. Gostaria que comentasse sobre a parceria.
Tenho contato com o baterista do End Of Existence, Greg Giles, há mais ou menos um ano e incluí uma música deles no meu vídeo Mesopotamian Metal II. Greg sempre foi um grande incentivador e me ajudou a divulgar o vídeo no site da banda e em outros sites. Temos planos para um vídeo oficial, vamos ver no que dá! Também tenho contato com o tecladista, Craig Harrison, e planos para um vídeo de uma música solo dele.

BLOG: Como você descreveria seu estilo?
Meu estilo é o egípcio clássico. Apesar de gostar de dançar metal, nunca estudei e não me identifico com o estilo tribal.

BLOG: Como você se expressa na dança?
Procuro escolher músicas que me inspirem de alguma forma, que sejam especiais para mim.

BLOG: Quais seus projetos para 2012? E mais futuramente?
Pretendo continuar postando vídeos no meu canal e tenho projetos de vídeos oficiais com bandas de metal e uma capa de um CD de  uma banda árabe de oriental metal que já está pronta aguardando a finalização da produção das músicas. Mais futuramente, gostaria de me apresentar com alguma banda de metal.  

BLOG: Improvisar ou coreografar?E por quê?
Quando possível eu gosto de treinar dançar a música várias vezes para ver o que fica melhor fazer, acho interessante marcar algumas partes, principalmente o início e a finalização, mas não coreografar toda a música, pois acaba ficando mecânico e previsível. Com o improviso ganhamos na naturalidade, mas nem sempre idéias criativas surgem todas as vezes que dançamos então acho legal pensar sobre cada música em especial antes da apresentação.

BLOG:  Você trabalha somente com dança?
Atualmente não trabalho com a dança, sou formada em Letras e dou aulas de inglês.

BLOG: Deixe um recado para os leitores do blog.
Gosto de ver bailarinas que apresentem algo que fuja do comum seja no estilo de dançar, na expressão, no figurino ou na escolha musical. Seja única! ; )


 Contato:
Tel: (11) 9845- 6269
E-mail: loryenzeytin@gmail.com







Para conhecer mais o trabalho desta bailarina, acesse seu canal no Youtube!
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. Amei o estilo da Loryen...e ela é linda! Bjs Kristinne

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    1. Logo que conheci a dança e o estilo dela também adorei!! Sabia que ia gostar tbm! rsrs bjns!!

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  2. Obrigado Loryen pela entrevista!
    Adoro sua dança e fiquei feliz por poder tê-la no blog contando sua história!

    Beijos,

    Aerith

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  3. Essa bela dançarina,Loryen,me excita e me exncanta pela dança do ventre,só faltou o bellyrolling e for possível quero ter o DVD,vc dançando,querida,bjhs!

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