[Entrando na Roda] Pioneira da Roda: Aline Muhana

 por Natália Espinosa


Quando a Natália me pediu pra escrever esse texto eu tive um misto de sensações. Algo entre “Que legal! Querem ouvir a minha história!” e “Socorro! por onde eu começo?”. E por uma brincadeira do destino fui convidada pela Laila Garbeiro pra participar da edição especial do Simpósio Práxis de fevereiro de 20121 para falar justamente de…memórias do início do Tribal no Brasil! 


Foi um momento muito propício porque eu estava preparando a minha mudança pra São Paulo e todas as minhas coisas estavam à mão, no meio da arrumação do que levar para casa nova. As pastas e caixas com os certificados, recibos, flyers, credenciais de eventos estavam todas ali. Memórias físicas do que aconteceu, e não só fotos em redes sociais mortas e drives externos abandonados. 


Os remanescentes de figurinos canibalizados, bases e peças que eu não me desfiz com o passar dos anos, materiais que caíram em desuso por conta das modas e preferências atuais, peças que se desfizeram ou que não cabem mais. Foi um momento bem propício pra olhar pro começo, no meio de todas essas coisas que já foram protagonistas na minha história. 


E no início de tudo (pelo menos pra mim) tiveram esses dois vídeos: de um grupo de mulheres dançando no que parecia ser uma feira medieval muito animada (o palco era na frente de um rio, e tinha uma barquinho passando, nunca tinha visto uma apresentação de dança ao ar livre) e outro vídeo de uma mulher que não parecia real. Ela se movimentava de uma maneira não natural e vestia o figurino mais impressionante que eu já tinha visto (apesar da qualidade de imagem ser péssima naquela época). Depois de muito tempo eu descobri que o grupo se chamava Daughters of Durga e a mulher se chamava Rachel Brice. Cheguei a esses vídeos através de uma plataforma para artistas que eu usava na época, o Deviantart


Depois da minha formatura como bacharel em Artes Plásticas pela UFRJ em 2004 eu fiz muitas coisas, não me contentei em traçar uma carreira apenas como pintora. Eu ilustrava, dava aulas de desenho e pintura, costurava, criava performances e arte digital, então criei um perfil nessa plataforma e entrei em contato com outros artistas de várias partes do mundo. E no perfil de uma moça da costa Oeste dos Estados Unidos eu vi o link para esses vídeos. Ela usava o nome de Danya e dançava nessa trupe Daughters of Durga, e tinha como colega Tori Halfon (ela mesma, a criadora do Tribal Massive!) em 2006. O próximo vídeo que apareceu na pesquisa do Youtube foi um solo de Rachel Brice com o percussionista Tobias Robertson em uma edição do Tribal Fest. E eu pirei mais ainda. Fiquei muito impressionada com a estética dos vídeos e me interessei em saber mais sobre aquilo. 


Nessa época eu praticava Dança do Ventre por conta própria, sozinha em casa, com o auxílio de revistas, cds, e lembranças das apresentações que eu via na tv (eu morei em Foz do Iguaçu - PR dos 5 aos 17 anos, uma das maiores colônias libanesas do Brasil. Tínhamos canais libaneses na tv a cabo, eu tinha colegas libaneses na escola. A dona da escola que eu estudei era libanesa. Toda festa do folclore da escola tinha roda de Dabke.  Enfim…fui exposta  à cultura por um bom período de tempo, mas sem me aprofundar) E esses vídeos foram mais um incentivo para procurar aulas regulares, apesar de eu não saber bem o que era aquilo, mas achar parecido com algumas coisas que já tinha visto. 


Cheguei em 2007 ao Asmahan Escola de Artes Orientais por indicação de um amigo em comum que eu tinha com a fundadora da escola: Jhade Sharif. E qual foi a minha surpresa ao encontrar no site da escola algumas fotos dela com esse figurino diferente (e até meio parecido com o das americanas) em shows da escola e em restaurantes! Achei o que eu estava procurando  a um ônibus de distância da minha casa e descobri o nome daquele estilo diferente de dança do ventre: Dança Tribal. 


Olhando pra essas memórias 14 anos depois me dou conta de que o  que se colocava como Dança Tribal naquela época era muito mais fruto de pesquisas pessoais de profissionais expostos a essas performances, que chegavam sem explicação nenhuma e fora de contexto, (as pessoas não sabiam ainda do poder da internet de difundir conteúdo indiscriminadamente)  fora a barreira do idioma. Não existia nenhum tipo de unidade nem de conhecimento do que outras pessoas faziam, e a produção artística nacional apesar de já estar ocorrendo em vários lugares,  passava despercebida da maioria. A informação de que o Tribal Fusion (que foi adotado depois, pois não se fazia diferenciação) era derivado do antigo American Tribal Style (que foi difundido no Brasil muito depois) era inexistente.

 

Através de pesquisas numa rede popular entre as tribalistas americanas da época  chamada Tribe.net descobri essa e muitas outras informações sobre o estilo e iniciei um blog que se chamou “ATS e ITS” em que comecei a traduzir informações sobre a história do estilo, os códigos de vestimenta do ATS, as diferentes vertentes de improvisação coordenada (ITS) e as últimas notícias da comunidade americana. O blog durou alguns anos, mas com o tempo e a demanda de trabalho com aulas e o atelier deixei de publicar atualizações. 


No Tribe.net também conheci outras artistas americanas do estilo e no youtube e orkut descobri o trabalho das nacionais Cia Halim (SP), Kilma Farias (PB) , Nanda Najla (MG), Bruna Gomes (RS) e de Victoria Vasquez (Chile), além de Nadine Fernández (Alemanha) (que Jhade tinha acabado de convidar para workshops no Asmahan, pouco antes de eu entrar pra escola). 

Meu estande do Tribes Brasil I  (Tribal.fest / Festival Tribal do Rio) - 2008

O primeiro momento em que pude ver alguns destes nomes nacionais juntos, mais a companhia Shaman, Rhada Naschpitz e Nadja el Balady (que dividiu a produção do encontro com Jhade) e outras artistas que não fui capaz de recordar foi no primeiro encontro que ocorreu no Rio em julho de 2008. A primeira edição do Tribes Brasil (Tribal.fest / Festival Tribal do Rio). Participei como expositora no que seria o embrião do meu atelier (Nataraja Designs) e dancei com mais duas amigas de aulas no show de mostras. Depois disso tudo mudou, e novos eventos exclusivos de Dança Tribal  com esse caráter de encontro começaram a surgir em outras regiões do país.  


Tribal.fest / Tribes Brasil I, 2008. Eu, Sarah Bott e Carla Nar


Foi muito interessante ver as expressões individuais das outras artistas brasileiras, traduzidas em figurinos e escolhas musicais. Acho que foi a primeira vez que vi ao vivo um figurino incorporando elementos nacionais como crochê e chitão, de Kilma, Cia Halim e das Shamans. 


Naquela época a joalheria indiana importada que hoje é tão comum de se encontrar (apesar do preço) era extremamente rara, e só quem viajava para o exterior tinha acesso. Os sites de venda ainda eram poucos e muitos não enviavam para o Brasil. Mesmo as lojas de bijuterias não tinham a variedade de peças com inspiração oriental que temos hoje com a moda Boho em alta, então o impacto de ver figurinos ricos e bem feitos com produtos nacionais foi ainda maior!


Eu frequentava feiras de antiguidades e brechós  pra conseguir algo interessante e conseguia verdadeiros achados, a custa de muita paciência e barganhas. Comprava bijuterias antigas, às vezes até achava alguma peça indiana legítima, roupas com tecidos interessantes para reaproveitar e acessórios como xales, luvinhas de crochet e broches. 

Existiam pouquíssimos ateliers de figurino para Tribal, era muito difícil conseguir um figurino completo em pronta-entrega,  muitas vezes tínhamos que criar acessórios e figurinos por conta própria ou com a ajuda de costureiras. Foi aí que surgiu o meu atelier inclusive.


Primeira tentativa de look ATS Old School - Figurino completo Nataraja Designs - 2009


As tendências de figurino nesse início eram muito inspiradas no visual do contingente tribal do BellyDance SuperStars (a principal fonte de referência da maioria de nós) e de alguns dos poucos vídeos que chegavam a nós pelo youtube. Aos poucos o figurino tradicional de cintos de franjas de lã e calças boca de sino foram sendo substituídos pelo visual mais vintage usado pelo The Indigo no seu show recém lançado Le Serpent Rouge.

Carol Schavarosk, Sarah Bott, Eu e Karine Xavier em figurinos tribais criados e executados por nós mesmas (excetuando o da Karine). Al Khayam - 2009

Um dos pontos altos do Tribes e dos outros eventos que seguiram nessa tendência foi a troca de conhecimento entre as artistas nacionais através de workshops. Muitas de nós, dessa primeira geração do Tribal do Brasil, tivemos oportunidade de fazer aulas umas com as outras e contribuímos efetivamente para a formação conjunta da nossa comunidade.  Nesse primeiro contato da comunidade consigo mesma foi fundamental aprender as diferenças e similaridades dos trabalhos das colegas e até desenvolver nomenclaturas e afinidades estilísticas. 

Os workshops eram todos grandes exposições das pesquisas artísticas pessoais de cada bailarina, seguindo uma linha individual de desenvolvimento totalmente independente. Não existiam ainda os formatos pré-estabelecidos (como Datura ou DanceCraft) e não havia ninguém com conhecimento mínimo de ATS para dar aulas (apesar do método já existir e os DVDs já serem comercializados no mercado “informal”, vulgo Pirataria). A primeira brasileira a dar aulas de ATS no Brasil só viria no ano seguinte (Isabel de Lorenzo, em 2009). 


Os dvds pirateados foram primordiais para muitas de nós termos o primeiro contato  contextualizado com a produção americana do estilo. Apesar do idioma, muitas de nós conseguiram ultrapassar esse obstáculo e pudemos entrar em contato com os primeiros vídeos didáticos explicando o conteúdo das aulas e a importância de temas como o estudo do Yoga, fundamentos técnicos do estilo e suas variações. 


Com a vinda das primeiras bailarinas americanas ao Brasil no ano seguinte ( Sharon Kihara, Mardi Love e Ariellah no Tribal Y Fusion/2009 -  produção Adriana Bele Fusco)  houve esclarecimento de alguns destes  tópicos e uma difusão ainda maior desses fundamentos por todo território nacional a partir das participantes do evento, que foi de quase 200 bailarines de todo o país. Foi um momento de descobertas e de compreensão muito grande para a cena brasileira.

Jhade Sharif , Nadja el Balady e eu - 2009 - Tribal y Fusion - Primeira apresentação da Tribo Mozuna - primeiro grupo de ATS do Brasil.


Existia um senso de comunidade e um otimismo muito grande nesses primeiros anos, uma preocupação em criar um ambiente receptivo e de suporte mútuo que era perceptível nos corredores dos eventos, salas de aulas e camarins. Tudo era muito novo e a sensação de encontrar alguém que compartilhava aquela mesma dança inebriava  e empolgava a todes. Ainda hoje me sinto como se estivesse “visitando a família” nos grandes eventos, onde tenho a oportunidade de encontrar esses rostos familiares de tantos anos.


Nestes 14 anos houve uma evolução muito grande em todos os aspectos da nossa cena: Integração, variedade, qualidade de performance e instrutores e a quantidade de praticantes, frutos de muito trabalho e dedicação tanto das gerações mais antigas quanto das mais novas, nossas alunas e ex-alunas. As reflexões atuais geradas pelos simpósios, coletivos e grupos de estudo (que floresceram durante a pandemia) trouxeram aprofundamento das discussões teóricas, históricas e sociais e amadurecem ainda mais nossa comunidade, nos colocando no próximo estágio de evolução da dança do país.


E basicamente esse era o cenário quando comecei a “dançar tribal”, nos primeiros anos da difusão do estilo no país. Espero que tenha sido uma experiência boa esse passeio pelas minhas memórias! 


Grande beijo!

Aline Muhana


Para conhecer mais o trabalho de Aline Muhana, acesse:


| Instagram | Entrevista no Blog |



______________________________________________________________________________

Entrando na Roda

Natália Espinosa (Campinas-SP) é dançarina e professora de Estilo Tribal de Dança do Ventre e ATS®.Tornou-se Sister Studio FCBD® em 2013 e está cursando o programa The 8 Elements™ de Rachel Brice. Natália orienta o Amora ATS ® e participa do TiNTí, grupo profissional de ATS® composto por sua professora Mariana Quadros e por Anna Pereira. Sua grande paixão é ensinar e seu palco é a sala de aula.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Resenhando-SP] Show: The Moon

por Irene Rachel Patelli


No dia 13/12/20 ocorreu o show “The Moon” organizado pela Mariana Quadros, com a participação de Yuu Moon, Priscilla Peregrino, Thais Carvalho, Carla Mimi Coelho, Aline Muhana, Lanna Patrícia, Natália Espinosa, Thaisa Martins e claro, a própria Mariana Quadros.


O evento teve uma aura super etérea, as músicas, coreografias, cenários, tudo muito bem organizado, os locais com decorações lindas, figurinos maravilhosos. As bailarinas passam a sensação de estarem na mesma energia, conectadas. Embora estivesse cada uma num local diferente da outra, pois ainda seguimos em quarentena. Me senti no espaço, num lugar diferente, com uma visão e sensação bem diferente sobre o tema “a Lua”. Achei bem diferente e com uma pegada contemporânea. Tudo combinou perfeitamente, inclusive cores e efeitos da edição.


O evento foi todo online e muito bem editado, as gravações ficaram bem interessantes. Quem tentou fazer algum vídeo nessa quarentena sabe bem as dificuldades que temos com cenários, ambientação, luz, filmagem, etc. Não está fácil, a gente tem que fazer um monte de coisas que não tínhamos o costume de fazer como edição e ou direção de vídeo, estudar iluminação, etc. Na minha opinião ficou muito profissional.


Tirei alguns prints do evento, peço até desculpas, minha internet não é tão boa e nada fica em uma qualidade legal, rsrs, ossos da quarentena. Mas recomendo assistir o show, está muito gostoso de ver e depois vem comentar aqui o que achou, me conte se reparou em algo que não reparei.



Lanna Patrícia (Belo Horizonte-MG):




Natane Circe (São José do Rio Preto-SP):




Aline Muhana (Rio de Janeiro-RJ):





Mimi Coelho (Belo Horizonte-MG/ Portland):





Priscilla Peregrino (Brasília-DF):





Mariana Quadros (São Paulo-SP):




Thaís Carvalho




Natália Espinosa (Campinas-SP):




Yuu Moon (Rio de Janeiro-RJ):





Thaisa Martins (Rio de Janeiro-RJ):





Ainda não assistiu? Segue o link para conferir esse evento elegante e misterioso.



Aproveite e conheça o trabalho destas profissionais maravilhosas!!!


Beijos e até a próxima resenha.


Se cuidem!!!


______________________________________________________________________________

Resenhando-SP


Irene Rachel Patelli (São Paulo-SP) é técnica em dança formada pela Etec de Artes/SP, coreógrafa, bailarina/dançarina, performer, professora de tribal fusion, dark fusion e ATS. Formação em yôga, pesquisadora de ghawazee e zaar. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Corpo & Dança] Flexibilidade: Por que devo alongar e como organizar meus treinos?

 por Jossani Fernandes

E o assunto mais esperado, pelo menos pela pessoa aqui que ama fala sobre, finalmente chegou. Nossa tão amada, ao mesmo tempo condenada, mas que nunca nos abandona, a capacidade FLEXIBILIDADE.

 

Antes de tudo, nós como bailarinas e/ou professoras precisamos compreender alguns conceitos para que nunca mais ocorra confusão, afinal se trabalhamos com nosso corpo ou ensinamos movimento é essencial saber diferenciar e conhecer umas coisinhas e evitar as vergonhas neh.

1- Flexibilidade: É uma capacidade física, ou seja, todos nós temos! Ela pode ser definida como a capacidade executar os movimentos dentro da amplitude que cada músculo permite.

É dependente de alguns fatores, tais como: estado dos nossos ossos, músculos, tendões e ligamentos, além do sexo, idade, genética, força, nível de atividade física e IMC.

2- Elasticidade: É uma propriedade do nosso músculo, ou seja, é o que permite que ele retorne ao seu tamanho original (lembra do conceito de flexibilidade que falei? Citei a palavra “temporariamente” e não foi atoa rsrs)

3-Mobilidade: É a capacidade executar os movimentos dentro da amplitude que cada articulação permite.

E como falei antes, a flexibilidade depende da saúde de nossos tendões e ligamentos e aí entra outro conceito de: 

4-Extensibilidade: que é a capacidade do musculo se alongar além do seu comprimento. Ambas, flexibilidade e extensibilidade são componentes da mobilidade.

 


 

Por que todos esses conceitos, se vocês não são profissionais da área? Constantemente nos deparamos com frases, que falamos mesmo sem perceber do tipo:

- Tô precisando melhorar meu alongamento?

- Como melhoro minha elasticidade?

- Fulana é elástica demais, nem osso tem.

- Vou dar uma esticadinha aqui para melhorar minha mobilidade.

E por aí vai..., mas o que nos importa é que o nosso corpo é complexo e precisamos saber o que é necessário trabalhar e o que buscar para isso.

Então o que os bailarinos desejam aprimorar é a capacidade flexibilidade e alcançamos isso através:

5-Alongamento: É a técnica utilizada para melhorar a capacidade flexibilidade.

 

 

Importância do alongamento:



Porque alongar?

  1. Alguns estudos citaram o fato de a flexibilidade não ser algo que precisamos colocar como prioridade ao se referir a saúde, entretanto é necessário colocar em mente que uma grande amplitude de movimento é aquela necessária para conseguir executar movimentos de forma natural (Todo movimento articular, precisa de flexibilidade). Então se você possui limitação de movimento por encurtamento muscular. Você deve sim alongar.

  2. Existe um princípio chamado especificidade do treinamento, ou seja, modalidades como ginástica, dança e outras demandam dos praticantes a capacidade flexibilidade bem desenvolvida, por isso o treinamento de flexibilidade se faz tão necessário para este público. 

 

Alongamento previne lesões?

Não existe nenhum consenso sobre o fato de alongar antes de se exercitar irá prevenir a possibilidade de se lesionar, é importante saber que você precisa ter a flexibilidade necessária para evitar que seu corpo busque compensações.

 

Alongamento no Início X Final dos treinos?

Sobre o alongamento no início ou final da pratica não existe o que é melhor e sim um objetivo!

O treino destinado para a aprimoração da flexibilidade, desgasta e traz consigo no pós-treino uma certa analgesia, ou seja, o corpo relaxa e as fibras musculares estarão em um estado de alongamento que certamente reduzirão a sua força, principalmente o alongamento estático.

Resumindo, penso que se você for alongar antes, seja porque gosta, por ser costume ou quer alongar antes, opte pelo alongamento dinâmico, ele servirá como preparação e aquecimento do corpo e após a pratica faça um alongamento estático (se forçar muito) para relaxar os músculos.

 

Carga de treinamento:

Já me deparei diversas vezes com a pergunta: Quanto tempo devo alongar para ser flexível? E coincidentemente eu fui a campo pesquisar isso, realizei uma pesquisa durante um ano, na qual eu alongava as pessoas através da técnica de alongamento dinâmica.

Enfim, quando falamos de carga de treinamento no alongamento, falamos de duração, intensidade e frequência e através do que venho estudado, posso dizer que de uma maneira geral:

- Se o objetivo é de fato aumentar os níveis de flexibilidade, seja para um cambret, aberturas, pivots e outros movimentos na dança seria interessante repetir o treino pelo menos 3x na semana, com intensidade máxima, ou seja, vai ao máximo que conseguir sem perder a postura correta (LEMBRANDO QUE O MÁXIMO NÃO É A MORTE)*, embora o processo para ser flexível possa doer e eu não vou mentir para vocês, não há necessidade de chegar a um nível de dor insuportável.

*Então o que é o máximo Jossani? Vou dar o exemplo da perna no alongamento da imagem abaixo, eu vou enumerar meu nível de dou de 0 a 10, no qual 0 seria o momento em que comecei a sentir o alongamento e 10 o nível em que a dor não me permitiria dar continuidade ao alongamento*.

 

 

  • Se o objetivo é apenas saúde, ou seja, manter uma ADM natural que lhe permita movimentar, 2x na semana já é suficiente com intensidades chegando a um leve desconforto.

  • Sobre o tempo de estímulo de 20 a 60 segundos, podendo ser divididos em séries como nas fichas de musculação, lembrando que é importante respirar nem que seja 15 segundos entre séries.

    Por fim deixo aí para vocês os benefícios do alongamento de de ter um corpo com a capacidade flexibilidade em dia. Vejo vocês na próxima.


Benefícios do alongamento:


  • Proporciona o bem estar físico e mental.
  • Estimula o cérebro a liberar a serotonina, o hormônio do bem estar.
  • Estimula e desenvolve a consciência corporal.
  • Pode reduzir a probabilidade de desenvolver lesões musculares.
  • Pode reduzir os riscos de disfunções da coluna.
  • Melhora a postura.
  • Diminui a tensão muscular.
  • Ameniza cólicas menstruais em atletas.
  • Induz o relaxamento.
  • Melhora a mobilidade articular.

______________________________________________________________________________

Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Jossani Fernandes (Belo Horizonte-MG)
 é professora e bailarina de danças orientais, profissional de educação física, atua na área como personal trainer e pesquisadora da área da flexibilidade, é apaixonada por anatomia e por tudo que diz respeito ao corpo humano e toda a sua complexidade.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Tribal Brasil] Brasil, do Tribal ao Fusion

 por Kilma Farias


"Tribal" por Shiko

A bellydancer que sente o sangue ferver quando escuta uma evolução de bateria de Maracatu ou o som ancestral de um berimbau, com certeza já dançou um Tribal Brasil.

Venho desenvolvendo esse estilo com a Cia Lunay, grupo que coordeno e que comemorou no último 19 de abril o marco histórico de 18 anos de produção em dança, militando culturalmente de modo ininterrupto.

Particularmente tenho o maior carinho pela nomenclatura “Tribal”. Sinto e compreendo esse termo como algo que agrega, que aproxima, que acolhe numa identidade – um só corpo, uma só tribo.

Aqui na Paraíba, estado que faço morada nessa desafiadora travessia que é viver, temos dois povos, ainda muito denominados de tribos: Os Potiguaras e os Tabajaras. E o encanto que é vivenciar os saberes desses povos, dessas tribos, emergir nas histórias, cantos, juremas, artes e visões de mundo. Entender a tradição como algo vivo que dialoga também com as tribos urbanas é de grande valia para não cair no romantismo da tradição estanque.

"Yanomami"por Shiko

É justamente dessa problematização do termo “Tribo” como algo que ficou parado no tempo e no espaço e por isso não evoluiu sendo algo menor, à margem do mundo, que as discussões acerca da nomenclatura “Tribal Fusion” ganharam corpo e espaço em nosso meio.

Apoio a epistemologia decolonial por compreender que parte de nossa iniciativa romper com as colonialidades, produzindo formas múltiplas de pensar o mundo em todos os seus campos – econômico, político, artístico-cultural, relacional, educacional, entre tantas outras esferas. Que possamos também com nossa dança romper com verticalizações históricas que trazem heranças malditas.

Nessa compreensão, passamos a utilizar a partir de então o termo “Fusion Brasil”, desapegando do querido, porém problemático, termo “Tribal”.

“Fusion” significa “fusão” na maioria das línguas latinas que têm o espanhol como idioma, assim como significa o mesmo na língua inglesa. Desse modo, podemos construir uma ponte de mão dupla comum às Américas do Sul ao Norte. Trazendo um pensamento de equanimidade entre culturas e visões de mundo.

c.c.eletronicband por Shiko

Somos Fusion – uma amálgama de traduções, resistências e (re)existências!

As culturas popular e afro-brasileira, fonte base de pesquisa para o agora “Fusion Brasil” buscam olhar para as histórias não oficiais da dança. A diversidade aqui importa e não há juízo hierárquico de valor. Há respeito, apreciação, equanimidade e acolhimento. Não só no âmbito da nossa dança, mas na nossa construção de sujeito como seres humanos mais plenos e integrais.

Abraçar o termo “Fusion” é acolher e não segregar. É compreender que cada corpo é ator da tradução do mundo. E que toda tradução é legítima, é liberdade poética, é estética de revolução.

Que venha o “Fusion Brasil”!

_____________________________________________________________________________

Tribal Brasil - Identidade no Corpo


Kilma Farias (João Pessoa-PB) é bailarina, professora, coreógrafa, produtora e pesquisadora na área da dança. É formada em Licenciatura em Dança e Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba. Mestra em Ciências das Religiões pela UFPB, desenvolveu dissertação voltada para a relação entre presença cênica e espiritualidade na Dança Tribal.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando-PR] Mostra Paraná: Entrevista Aerith sobre o Coletivo Tribal

por Esther Haddasa

Para a Coluna desta rodada, trago um evento que falou sobre o próprio Coletivo Tribal.

Na semana dedicada ao Tribal Fusion no Instagram do Éden Estúdio de Danças, nossa anfitriã e idealizadora do Blog Aerith Tribal Fusion, cedeu uma entrevista incrível que hoje ficará registrada em seu próprio lar!

Antes de ser conhecido por Coletivo Tribal, o "Blog da Aerith" já tinha alcançado o status de maior blog sobre tribal fusion da América Latina, reunindo para a crescente comunidade e curiosos desta dança material de pesquisa seguro, entrevistas e links de apresentações. Hoje conta com 28 profissionais que se revezam na produção de conteúdo como artigos e resenhas. 


 1- Como surgiu essa iniciativa de catalogar a cena tribal fusion ? 

O blog surgiu em 2010 de maneira despretensiosa e informal, inspirado pelas discussões das comunidades do Orkut e Tribe.net, dos blogs da Aline Muhana (RJ) e Mariana Quadros (SP) e alguns Multiply da época.

Acho que foi só em 2012 que eu comecei a ter uma visão mais centrada do blog e menos de hobby.  Eu observava um universo amplo das bellydancers no mundo virtual e o Tribal tinha pouca coisa. Eu queria conhecer mais as pessoas que faziam a nossa cena crescer, conhecer suas trajetórias, suas histórias, suas motivações para seguir esse caminho da dança,  suas perspectivas sobre o que era essa dança, o que acontecia em cada canto do país, pois parecia tudo tão distante! Eu queria que a gente se aproximasse de alguma forma. 

Nessa época, eu decidi criar a série de "entrevistas", pois percebi que tinha poucas entrevistas de tribalistas nacionais e latino-americanas disponíveis na internet. Logo depois, veio o "Destaques  Tribais", que foi resultado de 3  ideias: 


  • Eu já tinha uma seção pequena no blog com esse nome, em que eu a trazia um vídeo  de alguém, cuja performance eu tinha gostado muito para compartilhar no blog;

  •  Eu também já fazia o "Retrospectiva Tribal", que era um post de final de ano, através de uma retrospectiva dos principais acontecimentos que eu tinha acesso.

  • E a última foi inspirada numa enquete que tinha no blog Amar El Binaz. Eu decidi unir isso tudo para criar o "Destaques Tribais, cujo intuito principal sempre foi de divulgar e conhecer essa dança.

    Por isso, a ideia da enquete era que o público indicasse os trabalhos do ano, pois como a cena cresce muito rapidamente, eu não tinha ciência de tudo que acontecia; além disso, seria muito injusto esses trabalhos não aparecerem por falta de conhecimento da existência deles. A segunda motivação da enquete era homenagear, de forma singela,  os artistas que faziam nossa comunidade se movimentar com o apoio do público. O objetivo nunca foi competição, e sim divulgação, criar espaço e fomentar a cena.

    À medida que o blog crescia, outras categorias foram criadas por necessidades que me eram apresentadas pelo público do blog. Então, criei seções para divulgar as aulas e eventos também com esse intuito do blog ser uma plataforma para dar suporte à nossa comunidade que se desenvolvia pelo Brasil à fora.

 

2 - Como foi registrar o Tribal Fusion acontecendo no Brasil?


Muita coisa mudou em 10 anos. A cena mudou e eu mudei nesse processo também. hahaha Mas é muito saudosista rever o que aconteceu na época que eu comecei na dança (e logo depois com o blog) e acompanhar esse crescimento de perto.




Cada grupo procurava ganhar espaço e respeito em suas cidades/estados como forma de dança e arte.  Eu vejo que esse início não foi nada fácil, ainda mais para as cidades que estavam longes do eixo Rio-São Paulo.




3 - Quando e como você entendeu que o Blog extrapolou o registro pessoal e ganhou uma dimensão documental ?
 

Muito antes de conhecer o Tribal, eu já tinha blog e fotolog. Então, sempre gostei de escrever e compartilhar minha ideias, sentimentos e impressões ( e antes da internet ser algo comum na nossa vida, sempre gostei de escrever e trocar cartas com meus amigos). 

Em 2010, inspirada por vários blogs de Tribal e dança do ventre da época, decidi criar um para falar sobre o Tribal, mas também sobre outras coisas que eu gostava naquele momento. "Panda-chan" era meu apelido naquela época e eu utilizava esse nickname no Orkut, então decidi chamar o blog de Panda no Sekai ( "O mundo de Panda", em japonês).  

Um ano depois, acabei percebendo que o meu amor pelo Tribal ofuscava todos os outros assuntos e decidi focar nisso: em ser um blog  voltado para a cena Tribal brasileira. Então, a partir daí troquei o nome para "Aerith Tribal Fusion", que passou a ser o nome artístico que eu decidi utilizar.

O blog começou a ficar sério em 2012, quando eu criei categorias para conhecermos melhor a cena, entender o que se passava em cada canto desse Brasil, como nossa comunidade se desenvolvia. 

Eu percebi que tinham muitos assuntos para dialogar e compartilhar com a comunidade e que muitos deles eu não tinha propriedade e/ou conhecimento para falar. Então decidi convidar pessoas que eu já acompanhava o trabalho pelas redes sociais e sabia que elas iam desenvolver com amor, carinho e profissionalismo. A partir de 2014, eu abri o blog para colunistas e cada um trabalhava com um tema específico. Nessa mesma época também surgiram colunistas para representar suas localidades através das resenhas de eventos, proporcionando essa ponte, essa aproximação do que estava sendo realizado na cena Tribal de suas cidades.

Em 2017, eu percebi que o blog precisava de um novo nome que representasse o que ele tinha se tornado, pois eu sentia (e sabia) que não era mais o "blog da Aerith" e sim uma força de expressão da nossa cena brasileira, principalmente. Foi apenas em 2020, por conta da quarentena,  que passei por um processo de reflexão, esclarecimento e  coerência em todas as áreas do meu trabalho e o blog foi um deles. Nesse tempo, minhas amigas e colunistas do blog me mostraram a importância de voltar com esse projeto e chegamos em um nome que agora parece óbvio, mas não foi assim quando estive procurando. hehehe Então, desde agosto de 2020, passamos a nos chamar "Coletivo Tribal" (clique aqui para lr sobre a mudança do nome)

 


4- Como você vê o amadurecimento da cena tribal e toda esta produção de artigos e resenhas que endossam o conteúdo do Blog?

Eu acho fascinante e empolgante!  

Quando eu entrei no Tribal o conhecimento era muito escasso e de difícil acesso. Não existiam versões em pdf para download dos artigos, livros e revistas como temos hoje. Então, as pessoas precisavam encomendar ou ir até os EUA para adquirir o seu exemplar do Tribal Bible, por exemplo. Quem não tinha condições financeiras para isso, ficava caçando conhecimento nas redes sociais da época , como comunidades brasileiras de Tribal no Orkut, nas comunidades sobre essa dança na plataforma estrangeira Tribe.net, no Multiply e Myspace para entender um pouco sobre a dança. Existiam alguns poucos blogs dos EUA que traziam conhecimentos e reflexões sobre a cena, como o blog  Bellydance Palladin da bailarina Asharah (que hoje utiliza seu nome original, Abigail Keyes), além dos blogs brasileiros estarem começando a fazer esse movimento em prol de compartilhar conhecimentos, impressões, reflexões, etc, como o "Divagações Tribais e afins" da Mariana Quadros (SP), o "ATS/ITS" da Aline Muhana (RJ), outros blogs que vieram posteriormente e que ajudaram a fomentar a pesquisa foram: "Tribal Mind" da Ana Harff ( brasileira que era da Shaman Tribal e se mudou para a Argentina), "Nossa Tribo & Nossa Dança" da Carine Würch (RS), "Tribalices" da Natália Espinosa (SP) , "Tribal Archive" da Melissa Souza (SP) , "Pilares do Tribal" da Maria Badulaques (SP), entre outros.

Eu amo ler, estudar e pesquisar. Ter os colunistas do blog nesse movimento em prol da comunidade brasileira de compartilhar seus saberes, facilitar o acesso, estimular o estudo teórico, pra mim,  é cativante. Fazemos esse trabalho com muito carinho para ajudar a nossa comunidade a ter uma base, estimulando a curiosidade, vontade de estudar e  buscar por mais conhecimentos! 

Sinto que esse amadurecimento bateu na porta da consciência com dois fatores que nos obrigou a dar atenção à necessidade do estudo teórico. Vou deixar para desenvolver na próxima questão.

 


5 - Quais suas perspectivas e avaliação da comunidade Tribal nacional?

Pegando o raciocínio da questão anterior, minha perspectiva como pesquisadora e observadora da nossa cena é que, apesar de haver pessoas interessadas em criar espaços para compartilhar conhecimentos, sejam eles de formas informais (blogs, podcasts, vídeos, etc) ou formais, através do desenvolvimentos de artigos do âmbito acadêmico e ações em universidades, tudo isso ainda era muito devagar e isolado no contexto do estado/região em que aquele "divulgador" se encontrava.

Mas sinto que 2020 foi um marco nesse sentido, pois foi um ano que veio como uma lanterna no meio do escuro, direcionando o caminho e mostrando que estávamos perdidos, cada qual no seu canto e que, agora, mais do que nunca, precisávamos nos unir de alguma forma. Dois fatores impactaram drasticamente nossa comunidade de forma difícil de lidar e que pela indignação, se tornaram em várias ações positivas. 

O primeiro, em janeiro de 2020, quando Carolena Nericcio (EUA) decidiu retirar o termo "Tribal" do nome dessa dança. Isso gerou todo um conflito interno em cada indivíduo que se identificava com o nome 'Tribal' ; e externo pelas discussões mundiais acerca do assunto pelo modo em que isso foi anunciado e "resolvido", sem se preocupar com as consequências para o resto do mundo.

Alguns meses depois (final de março de 2020), o mundo todo entrou em quarentena por conta da pandemia do Covid-19. Todos fomos obrigados a migrar seus trabalhos, estudos, práticas de lazer, ou seja, boa parte da nossa vida social para o universo virtual, às pressas, sem adaptações, de forma abrupta. Portanto, a quarentena fez com que buscássemos esse SABER, que está sendo a forma de manter nossa mente saudável frente a tantas calamidades acontecendo. 

O lado positivo disso tudo foi que o modo online permitiu com que nos aproximássemos quanto comunidade. Acho que esses fatores proporcionaram uma fase de maior introspecção da nossa cena que começou a se voltar mais para si, quanto cena brasileira  e a se indagar mais intensamente quais são os nossos problemas e necessidades sociais, econômicos e mercadológicos? Como solucionar essas questões?  

Além disso, houve a necessidade de estudar e pesquisar;  concomitantemente, cresceu a vontade de divulgar, instruir, esclarecer, desmitificar, politizar, enfim, criaram-se várias ações nesse ano turbulento para que as pessoas compreendessem melhor vários aspectos importantes da nossa dança que estavam em colapso. Vários grupos se mobilizaram em se reunir, discutir e buscar possíveis caminhos para os problemas apresentados.  Cada um com seu enfoque, seja ele histórico, social, mercadológico, etc. Dessa maneira, surgiram o Hunna Coletivo, Simpósio Praksis, Coletivo Guia, Fórum Tribal, Coletivo Drusa, entre outros.  

Acredito que esse movimento nacional, em busca de conhecimento para aproximar os membros de cada localidade desse país continental e fortalecer a cena, é importante. Eu espero que esse ambiente online que criamos como ferramenta de comunicação, estudo, pesquisa, fomentando rodas de conversas, eventos, palestras, etc continue a existir mesmo após a pandemia. Esse lugar que criamos não é mais opcional, ele é necessário! Espero que essa força  e determinação brasileira continue ainda mais enraizados e o olhar para as questões e necessidades do nosso povo e da nossa cultura não se percam. Não é tempo de retrocesso (apesar de estarmos em confinamento e nos sentirmos dessa forma por causas das incertezas que nosso país enfrenta)! Nunca se produziu tanto de forma conjunta como agora! Portanto, é tempo de continuarmos esse movimento, em prol de uma comunidade mais forte, unida e saudável para quando voltarmos ao presencial, o primeiro passo seja cheio de sentidos. 

--

 Aerith também é idealizadora e diretora do festival Underworld FusionFest, carioca, hoje residindo e dando suas aulas em Curitiba.

Teve sua iniciação na dança em 2008 com a professora Kristinne Folly.

Para concluir fica a afirmação: Vida Longa ao Coletivo.

 Esse espaço de construção e fundamentação para nossas danças.

Aerith, em nome de todas que fazem parte desse projeto incrível posso dizer:

Obrigado! Continue!


| Montagem das imagens por Paula Marumo para Éden Estúdio de Dança.

Inté!

 ______________________________________________________________________________

Resenhando-PR


Esther Haddasa (Londrina-PR) é mineira de Conselheiro Lafaiete, graduada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, membro fundadora da cia Caravana Lua do Oriente, formada em danças árabes pelo método da Escola Rhamza Alli – Londrina ,PR.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...