[Resenhando-RS] Dança Tribal no Alma Cigana

por Karine Neves

O Alma Cigana - Ritos Cantos e Magias é uma grande festa que faz parte do calendário de eventos de Porto Alegre há 19 anos. São 5 dias seguidos celebrando a cultura cigana, com muitas apresentações de dança e música, além de oficinas, rituais, palestras, artesanato e muito mais. Tudo acontece sob uma grande tenda em um acampamento montado em um dos principais parques da capital, o parque Moinhos de Vento (ou "Parcão", para os íntimos), exatamente no "Largo dos Bagesteiros", onde outrora acampavam os antepassados da família de ciganos responsável pela organização e produção do Alma Cigana. O evento, que este ano ocorreu de 16 a 20 de novembro, é gratuito e aberto para a população.

E teve gente representando a dança tribal por lá!

No primeiro dia estive me apresentando na "mostra" e no coquetel de abertura, na chamada "peña cigana" A peña é um momento de confraternização em que as dançarinas sentam-se no palco em roda enquanto no meio alguém faz uma dança, toca uma música, etc.

 Karine Neves | Foto Nando Espinosa

Karine Neves | Foto por Nando Espinosa

 Carmem Rosca e Karine Neves  | Foto por Nando Espinosa
Karine Neves - penha | Foto por Nando Espinosa


Karine Neves - penha | Foto por Rafael

Penha | Foto por Rafael


Um trecho da minha apresentação no coquetel:


No segundo dia do evento, a bailarina Yasmim Pereira, do Gruppo Mandal’azad apresentou um solo de tribal:



Nesta noite também participei com as seguintes coreografias:

(fusão)

(fusão tribal flamenco)


(Duo livre)

Tomei a liberdade de compartilhar esta última mesmo não sendo tribal, pois foi muito emocionante para mim. Neste semi-improviso dancei ao lado da minha mãe, Carmem Rosca, e não consegui deixar de fora (rsrsrs).

No sábado foi a vez da bailarina Dani Oliveira e também da Mari Pheula do grupo Mandal’azad representarem o estilo tribal.

Aqui o vídeo da apresentação da Dani:




Dani Oliveira | Foto por EDISON NUNES
Dani Oliveira | Foto por EDISON NUNES
Dani Oliveira | Foto por EDISON NUNES


Esta foto é do solo da linda Mari Pheula: (vídeo não disponível).


Mari Pheula (fotógrafo não identificado)

E no último dia desta edição do Alma Cigana tivemos mais tribal com o grupo Luna Sagrada:

Luna Sagrada | Foto por Nando Espinosa

 Gabriela Gennari | Foto por Nando Espinosa

Duo das bailarinas Gabriela Gennari e Ananda Belo (Grupo Luna Sagrada):



Solo da bailarina Gabriela Gennari:




Nesta tarde reapresentei as coreografias “Odoyá” e “A Vida é Cigana” (com Carmem Rosca).

E teve Tribal Brasil também! Apresentado por mim na coreografia “Compadecida” (vídeo indisponível).


Karine Neves - Tribal Brasil| Foto por Nando Espinosa
Karine Neves - Tribal Brasil| Foto por Nando Espinosa


Ao longo desses cinco dias, muitos artistas de outras modalidades, como dança do ventre, flamenco, e, claro, dança cigana também passaram por lá. Fiquei muito feliz por ver o nosso estilo marcando presença e sendo cada vez mais divulgado.

Tudo transcorreu em clima de festa e amizade, o público se manteve muito caloroso e receptivo. A integração e troca de energia entre os participantes deixaram saudade e o desejo de voltar no próximo ano.



[Resenhando-SC] Espetáculo Domínio na Terra do Nunca

por Aline Pires


Direção: Silvia Bragagnolo
Participação especial: Marcelo Justino
Data do Espetáculo: 18.11.2016
Local: Teatro Alvaro de Carvalho - Florianopolis SC

Nesse Resenhando falarei sobre o espetáculo da Escola Domínio Artes Corporais, de Silvia Bragagnolo, que fez uma releitura do clássico infantil Peter Pan criado por J. M. Barrie utilizando como linguagem a dança tribal. Fiz também uma entrevista a Elisa Binnaz, bailarina e professora de dança oriental árabe na Escola Domínio que participou do espetáculo, para obter mais detalhes.



Domínio na Terra do Nunca contava a história de Peter Pan, o menino que não queria crescer, interpretado por Marcelo Justino, que no espetáculo tinha que duelar com piratas, sereias, o barba negra (interpretado por Marcia) e outros vilões da Terra do Nunca para conseguir os tesouros. Elisa nos fala sobre as bailarinas da escola, e como elas se inseriram no espetáculo e na dança de forma geral:

“(...) os personagens foram interpretados por mulheres normais, sem serem bailarinas profissionais. Mulheres de todas as classes, e atividades diferentes queriam transformar as suas vidas através da dança. Esse foi o elo entre a lúdica história e a realidade do grupo de mulheres Domínio.”



Como recursos cênicos para dar a atmosfera de fantasia, foram utilizados tendas com saaris, almofadas, luminárias coloridas e fumaça, o que dava um aspecto aconchegante e imaginário. Elisa nos fala a respeito da entrada das bailarinas no espetáculo:
“A entrada das bailarinas foi feita com capas, e elas se despiam das capas mostrando a mudança da vida real para a fantasia.”
As tendas também serviam para entrada e saída estratégica de bailarinos em cena, principalmente aos personagens que tinham participação muito ativa, o que facilitou e manteve o mistério da cena. A turma de Cajon da Domínio tocou com o professor Rodrigo Campos, o que sempre traz uma animação a mais, quando há músicos ao vivo em um espetáculo de dança. A foto mostra os músicos e de fundo parte do cenário também:

Uma coreografia de destaque foi a das sereias. Tanto pelos figurinos bem elaborados, quanto pela dramaticidade das cenas, que envolveu o público intensamente.




A maioria dos figurinos são um pouco over, com elementos de muitos contextos diferentes, o que acredito ser esta uma das características fortes que marcam a Dominio.

A interpretação de Marcelo Justino, juntamente com a música, resultou em algo encantador. A participação dele foi grande, e ele fez a ligação entre as coreografias.





Silvia Bragagnolo esteve em quase todas as coreografias, e destaca-se o momento em que ela usou como acessório um arco com flecha, interpretando como se estivesse em uma floresta.



Vanessa Oliveira foi muito aplaudida ao dançar seu solo com o cajon como acompanhamento, e Nina Medeiros interpretou a fada sininho.




Todos reunidos para a foto após mais uma edição do Dominio Tribal! Parabéns a todos e a Silvia Bragagnolo pela produção e direção.






Neste espetáculo haviam 18 bailarinas e 2 músicos.
Modalidades dançadas: ATS, tribal fusion e tribal brasil



Coreografias:
Sereias:

-       Piratas
-       Meninos perdidos
-       Fada Sininho
Dança com Espadas:

-       Solo Silvia Bragagnolo
-       Solo Vanessa Oliveira
-       Solo Marcelo Justino
-       Dança final com todas

Duração: aproximadamente 1h.


[Ubuntu Tribal] A metáfora da Flor de Lótus

por Gabriela Miranda

Foto por Valeria Sbrissa


Na coluna passada falei sobre o Puja e mencionei a metáfora da Flor de Lótus, essa flor maravilhosa, que nasce do lodo imundo do fundo das águas, emergindo perfeita e perfumada. A Flor de Lótus é o resultado da perseverança, do esforço, da luta do botão que ela um dia foi enquanto estava na lama, quando ainda não estava pronta para desabrochar. Como isso se transforma numa metáfora para as bailarinas de Tribal? Pois bem, assim como a própria vida, a dança nos frustra. Sejamos honestas. Todas temos momento de pensar - ou até de chegar a - desistir de dançar. 

Algumas vezes somos pegas na técnica, o estilo que escolhemos se mostra mais complexo de nosso corpo entender do que gostaríamos, e frente às nossas dificuldades, nos frustramos e pensamos em desistir. Outras vezes nos decepcionamos com situações do mundo da dança, com as nossas experiências, com as pessoas por trás dos artistas. Os motivos variam muito, mas seja o que for, o que a metáfora da Flor de Lótus nos diz é: seja forte e continue seu caminho. Persevere! Você também tem a capacidade de usar as piores situações para descobrir o seu melhor. 


Eis uma dica pessoal: quando pensar em desistir, lembre-se de porque você começou a dançar. Lembre-se do motivo, da primeira intenção e das sensações de quando você conseguiu fazer o primeiro passo de dança como gostaria. Lembre-se de como se sentiu. Lembre-se das vezes em que dançar te fez focar somente naquele momento e esquecer do resto do mundo, dos problemas, da vida, de tudo. Eu sei que como bailarina você já teve esse momento SIM. Lembre-se do quanto a dança nos ensina como um todo a ter mais paciência, mais humildade e ao mesmo tempo mais confiança, e, acima de tudo, mais perseverança. Cada vez que algo te frustrar, respire fundo e mergulhe dentro de você mesma. Pense como teria sido a sua vida sem a dança até agora? Quem você seria sem essas experiências? E mais, como seria a sua vida sem a dança alguma? Como seria para você de repente não poder mais dançar? 



Esse sentimento de não poder largar a dança é o que te faz continuar. Nós lutamos pelo que amamos, e somos bailarinas porque amamos a dança. Esse sentimento de pertencimento, de identificação, de alegria quando seu corpo se movimenta de acordo com o que você sente e imagina. A dança é uma arte feita pelo corpo do artista, ela é a tradução do que sentimos em gestos... Então por que não dançar o que nos incomoda nessa arte também? O que nos frustra e nos irrita? Por que não dançar todos os aspectos, luz e sombra, do que essa arte representa para nós? Transformemos nossas experiências em repertório de dança. Nossos sentimentos em movimentos. Nosso interior em inspiração para o exterior. 


Eis uma informação muito pessoal: eu danço a minha raiva da dança! Sim, isso é extremamente catártico pra mim. Eu me sinto em um relacionamento com o que eu faço relacionado à arte e a à dança. É um amor enorme, mas também é complexo de diferentes formas. É um relacionamento de muito amor e algum ódio sim. E eu descobri que dançar o que me faz mal, me ajuda a perdoar e esquecer. Bem, talvez não esquecer tão logo porque costumo dançar essas peças muitas vezes... Mas ao longo do tempo que convivo com a minha dança, diariamente ela me desafia e me transforma. Eu já quis ir embora sim, mas ela não me deixa. Não sei viver sem ela, e isso várias bailarinas dirão o mesmo, se não todas! Mas às vezes precisamos de férias. Essas férias, para mim, são os mergulhos que dou no meu interior, e adivinha, cade vez que volto, eu trago mais material para servir de inspiração... E assim poder transformar e transcender a minha própria dança. Não aos olhos dos outros, porque às vezes essas mudanças são tão sutis que se tornam imperceptíveis a olho nu... Mas quem sente a dança com o coração, entende né? ;)

Mais uma vez agradeço a aventura e experiência de vida que tem sido para mim ser uma bailarina. Que a dança nos ajude sempre a sermos a melhor versão de nós mesmas! É o que desejo de coração a todxs!



Namastê. 💗


Ps: Esse vídeo é um resumo dançado de como me sinto com a dança às vezes. A performance não é minha e com certeza para ela não é disso que se trata, mas essa é minha identificação pessoal com esse solo sensacional da Tara Adkins.





[Ritmos do Coração] Ritmos de boas vindas

por Fairuza






























Olá, tribo! 

Gostaria de me apresentar! Meu nome é Fairuza e sou a nova colunista do blog. Para mim é uma honra fazer parte desse time seleto.

Eu dei o nome da minha coluna de "Ritmos do Coração", pois abordarei os "ritmos" que nos movem enquanto bailarinas (os), fazendo uma interpretação racional dos mesmos, com terminologia técnica, mas também e, principalmente, a interpretação subjetiva,  pois é por isso que batem os nossos corações, tribalistas!

O sonho que nos move a querer aprender sempre mais e mais. Dessa forma, falarei sempre sobre ritmos, musicalidade e interpretações variadas que podem acontecer de um mesmo tema. 

Enquanto tribalistas, não existe, necessariamente, certo ou errado, mas sim, interpretações variadas de um mesmo tema. Vou exemplificar: uma mesma música pode ter interpretações diferentes, enquanto bailarina de dança do ventre, tribal ou  ATS®.  Isso será abordado durante as publicações. Mesma situação acontece quando a bailarina opta por usar os snujs. Eles são opcionais enquanto dança do ventre e tribal, porem "necessários" enquanto ATS®, principalmente quando está sendo feito o repertório clássico.

Como publicação inicial, aconselho o seguinte: ouçam, e muito, as músicas, sejam orientais, modernas, fusões orientais com ocidentais etc. Pois a partir do estabelecimento da repetição de uma mesma atitude, ou seja, ouvir as músicas, sua interpretação acaba por ficar cada vez mais rica e variada, e oscilatória, pois também dependerá do seu estado emocional enquanto estiver ouvindo essas músicas.

Então, é isso!  Fico aberta a sugestões de temas e lembrem-se sempre: nada é mais interpretativo  e genuíno do que ouvir e acolher o ritmo batido pelo "instrumento" maior: o coração. 

Beijos até a próxima!


[Feminino Tribal] Excelência é prática

por Alana Reis


O tribal como uma atividade de movimentos musculares ritmados sem preguiça de repetição.

Já nos disse Aristóteles que excelência é o que você repetidamente faz. Não é um evento, é um habito. Essa regra se enquadra pra quase tudo na vida – e não digo tudo, porque as exceções são bem bonitas também – e, para a dança principalmente.  Seu corpo só aprende com a repetição e como o Tribal é uma atividade de movimentos musculares ritmados, é preciso ensinar o músculo a pensar no ritmo!

Nossa dança é maravilhosa! Ela nos permite conhecer nosso corpo, explorá-lo e amá-lo a sua forma, mas engana-se quem pensa o tribal como uma forma solta de prática. Sim, é expressão e expressão é natural, mas a prática nos dá isolamentos e precisões que ai minha nossa senhora das coisas marlindas! (um suspiro de amor rolou aqui!).

Vale lembrar que o tribal é uma dança de fusão e, sendo assim, ela está em constante evolução e mudança, por isso, quanto mais treino melhor. Inclusive nas aulas que ministro aprendo cada dia mais com isso, quando vejo que cada corpo responde a uma maneira e não vale ter pressa.

Muitas gente ainda se prende ao titulo da turma, se está no básico, iniciante, intermediário ou avançado e conta com a passagem de meses e/ou anos para definir sua evolução, mas, se vale dar dicas, o importante não é o tempo em ação e sim a de-di-ca-ção. Fazer uma aula na semana, por exemplo, exige estudo em casa para quem quer evoluir, aliás, estudar em casa é uma regra sem exceções para quem quer desenvolver qualquer técnica, afinal, ninguém nasce sabendo e esse clichê já é batido!

O que quero com isso é deixar um ponto de vista mesmo, um compartilhamento para as sistás que estão nesse corre de aprendizado. Ouvi e comprovei na prática com minhas professoras e diretoras que é preciso ralar pra aprender coreografias, que é preciso empenho para fazer um movimento ficar natural e, quanto mais pratico, mais boto fé na metodologia da ralação!

A dança prega peça na gente, o nosso corpo nos prega peças. A gente olha e acha tão simples, vê alguém fazendo e pensa “ah, isso é fácil!”, mas mesmo que seja, só vai se tornar um movimento limpo com a prática. Entender como o corpo se dispõe a realizar aquela simples batida de quadril é delicioso!

Vamos fazer um exercício juntas, pode ser?! Comece a reparar na sua batida de quadril, aquela lateral, mamão com açúcar. Agora perceba seus oblíquos realizando o movimento, perceba seus joelhos destravados somente te dando suporte e não fazendo força para as batidas acontecerem. Perceba suas plantas dos pés todas no chão, distribuindo peso do seu corpo. Repare na sua postura, braços firmes, mãos firmes e com energia, peito aberto, ombros encaixados.


Tudo isso requer prática. Então, vamos deixar a preguiça e o ego de lado e estudar sem se importar se eu já danço há 15 anos, 6 meses, 3 dias. Perceba seu corpo, conheça seus músculos, aplique-os nos movimentos e você vai ver a diferença que isso faz pra sua  dança. Bom, melhor dizer por mim, e faz na minha. É por isso que gosto da prática, porque com ela moldo meu corpo, entendo minhas necessidades e evoluo. A dança vai muito além da sua beleza final dos holofotes, o palco é consequência, aprendi com minhas diretoras, agradeço por isso e, inclusive, assino embaixo.




[Retalhos de uma História] Farida Fahmy

por Ju Najlah


Nasceu em 1940 no Cairo. Seu pai, Hassan Fahmy, professor de engenharia industrial na Universidade do Cairo, era um homem excepcionalmente tolerante, que juntamente com sua esposa, estimulava as tendências artísticas e atividades esportivas de suas filhas. Resistiu às críticas dos anciãos da família e dos círculos acadêmicos quando permitiu que Farida se tonasse bailarina profissional. Assim, ele desempenhou um papel importante na legitimação da situação de dança profissional em um momento em que era considerada uma profissão de má reputação. O incentivo moral da dança de sua filha legitimou sua carreira de bailarina aos olhos dos egípcios e continua sendo, até hoje, um feito extraordinário. Sem dúvida, a sua personalidade carismática, sua posição social, bem como seus pontos de vista tolerantes exerceram uma profunda influência sobre a percepção do público deste esforço.

É um ícone da dança e cinema egípcios. Foi cofundadora e bailarina principal do Grupo Reda por 25 anos. Uma das responsáveis por elevar a dança teatral egípcia a altos padrões de arte. Com  seu estilo único, graça e elegância inspirou gerações de bailarinos e ganhou a admiração de seu público, no Egito e no exterior. Sua dedicação, trabalho duro, disciplina e compromisso com o grupo criou um modelo que foi imitado por gerações de dançarinos.



Juntamente com seu cunhado Mahmoud Reda e o Grupo Reda, ela realizou muitas viagens, atuando em mais de 60 países e participou de festivais internacionais de dança, nos quais a trupe ganhou vários prêmios. Ela dançou para os chefes de estados em diversos espetáculos culturais no Egito e no exterior. O Grupo Reda representou a arte, cultura e a dança teatral egípcios - o primeiro de seu gênero a expressar a dança teatral egípcia a nível mundial e para muitas audiências internacionais.

Em 1967, Farida foi condecorada pelo presidente Gamal Abdel Nasser com a Ordem das Artes e Ciências pelos serviços prestados ao estado, em 1956, pelo rei Hussein, da Jordânia com a Estrela da Jordânia, e em 1973 pelo presidente Bourguiba da Tunísia. Ela estrelou uma série de filmes egípcios, assim como em dois grandes musicais, dirigidos por seu falecido marido Ali Reda, estrelado por Mahmoud Reda e o Grupo Reda.



Farida continuou a perseguir a sua educação enquanto trabalhava no Grupo Reda. Ela recebeu seu Bacharel em Artes em Inglês e Literatura na Universidade do Cairo, em 1967, e seu título de Mestre em Artes em Etnologia de Dança pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Seu status social e sua carreira artística, juntamente com suas realizações acadêmicas, reforçou ainda mais a visão positiva em relação à dança feminina na época.



Farida Fahmy começou a dar aulas e workshops a partir de 2000, viajando extensivamente pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. Seu objetivo principal é ensinar os estudantes a essência desse gênero de dança, e ter um conhecimento mais profundo das diferentes qualidades de movimento. Ela enfatiza a necessidade de aumentar a consciência cinestésica para que o bailarino possa desenvolver a própria dança a partir de suas experiências físicas e emocionais.

Para estudar, observe a fluidez de sua dança, com deslocamentos que proporcionam emendas perfeitas dos passos. Possui técnica impecável e muita graciosidade, o que faz de seu estilo único.





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