[Índia em Dia] Entrevista com Rahul Acharya traduzida

por Raphael Lopes

Trazemos aos nossos leitores uma entrevista com um dos maiores ícones da atualidade dentro da dança clássica indiana. Rahul Acharya dança desde os seus quatro anos de idade, e vem de uma família tradicionalmente ligada as atividades do Templo de Jagannatha.

Aluno do Guru Durga Charan Ranbir, o bailarino de Odissi Rahul Acharya mora em Bhubaneshwar, Orissa. Ícone do estilo Guru Deba Prasad Das, ele foi o primeiro bailarino de Odissi à ser homenageado com o prêmio Ustad Bismillah Khan Yuva Puraskar, do Governo da Índia  em 2009. Além de sua dança, Rahul é um devoto e pujari do Senhor Jagannatha, erudito e bem versado ​​em sânscrito. Ele é formado em Hatha Yoga e Raja Yoga pela Escola Bihar Yoga. Ele gosta de ler e pesquisar sobre os Shastras (escrituras) e trazê-los à tona através de sua dança.

Aqui, Rahul Acharya partilha as suas opiniões sobre uma variedade de assuntos relacionados com a dança Odissi.

Com a crescente popularidade de Odissi, você acha que os movimentos tradicionais estão sendo afetados de alguma forma?

A tradição é um elemento de transição. Não há tradição estática. Costumes, crenças e práticas foram alterados com freqüência para atender a mudança dos tempos. O que nós praticamos como Odissi, hoje, não é certamente o que Bharata mencionou como Odra Magadhi no Natya Shastra. O estilo Odissi que praticamos hoje não é o que foi durante os anos 50. Quando o repertório de Odissi estava sendo desenvolvido todo o Margam dificilmente durava 15/20 minutos. Hoje, uma única coreografia pode durar horas. Assim, não há uma tradição que os bailarinos precisam furar. Mas há uma gramática básica que caracteriza a antiguidade e singularidade do Odissi , que todos nós já aprendemos como iniciantes e temos praticado desde então. Esta gramática básica é o alicerce da forma de dança. Assim, torna-se bastante importante para entender e digerir o que os nossos mestres passaram para nós. Precisamos preservar esse rico legado que foi entregue a nós e dar um passo adiante com nossas próprias inovações.

É animador ver a crescente popularidade do Odissi no mundo todo, mas há prós e contras também. Dançarinos da atualidade estão fazendo muito bem. Eles são acessíveis, cordiais, trabalhadores e, acima de tudo, embasados. Eles são como uma lufada de ar fresco. Mas no meio de todos esses prós, os contras são igualmente visíveis, onde alguns dançarinos meia-boca, não investem a quantidade de trabalho e treino necessários e afirmam ser o tipo sabe-tudo. Com eles, vale tudo em nome do “contemporâneo e da fusão”. Fusão torna-se confusão e o “contemporâneo” é apenas temporário.

Não devemos esquecer as nossas raízes não importa o quão moderno nos tornamos. Devemos sempre lembrar o rico legado que herdamos de nossos gurus e precisamos agir como guardiões de tudo o que foi passado para nós e levá-lo adiante com a nossa própria criatividade.

O lema : "Primeiro aprender as regras e depois quebrá-las " ... A fim de quebrar as regras, precisamos aprendê-las primeiro.

Hoje em dia, alguns bailarinos de Bharatanatyam começaram a usar o cinto típico do Odissi como parte de seu traje.

O cinto de Odissi normalmente referido como Bengapatia ou Bhekamukha (referindo-se à semelhança de um sapo), era uma peça única de cinto usado pelas Maharis que mais tarde foi adaptado pelos dançarinos de Odissi. Ornamentos de prata, o adorno de cabeça (Tahia) e os sarees típicos de Orissa são a marca registrada do Odissi. Eles fornecem algum tipo de identidade para a dança. Da mesma forma, cada forma de dança tem o seu próprio “Aharyam”. Foi notado ultimamente que alguns bailarinos de Bharatanatyam usaram o cinto de Odissi realmente. Na minha opinião, o melhor é permanecer fiel ao aharyam projetado para cada estilo de dança, a fim de evitar confusão.

Muitos bailarinos estão sendo treinados em kalaripayattu. Você acha que é essencial para um bailarino de Odissi ser treinado em kalaripayattu, para fitness ou para qualquer outra finalidade?

Nós todos sabemos que as artes marciais são excelentes programas de treinamento físico que aumentam as habilidades do corpo do praticante, aumentando assim o seu nível de resistência. Na verdade, qualquer atividade é válida: do Yoga ao Pilates, do Kalaripayattu a Zumba. Nós todos acreditamos que Shiva é o Senhor da dança, Shiva também é considerado o Senhor do Hatha Yoga. Assim, Shiva não foi apenas bem versado ​​em dança, mas em Yoga também. Eu, pessoalmente, sugiro aos dançarinos que pratiquem Yoga regularmente, o que provou ser muito benéfico. Digo isso a partir de minha experiência pessoal. Eu tenho sido um praticante de Yoga desde a infância.

Qualquer forma de treinamento físico é excelente para o condicionamento físico de um dançarino em qualquer modalidade. Aprender artes marciais étnicas fornece benefícios adicionais para a dançarina que pratique essa forma étnica de dança. Dança varia de região para região, e é por isso que temos 8 estilos diferentes de dança clássica e muitas variações regionais. Isso ocorre porque a dança é certamente influenciada pelo ambiente da região a que pertence seu povo, seus costumes, crenças e práticas. Eu não acho que é essencial para um bailarino de Odissi aprender Kalaripayattu (arte marcial do sul da Índia) já que temos nossas próprias artes marciais como a Akhada, Piko, Chhau etc... mas não há mal nenhum , se alguém quiser aprender. Cada um na sua.

Comparado ao número de bailarinos de outras formas de dança clássica, parece haver um grande número de homens se interessando por Odissi. E eles parecem estar fazendo bem tanto em grupo quanto em solo.

É realmente impressionante ver um número crescente de dançarinos de Odissi em comparação com outros estilos de dança. Desde os tempos do Natya Shastra, tem sido os homens que transmitiram o legado da dança. Tudo começou com Bharata, Tandu, Gargacharya, Rantideva, Attahasa e assim por diante. Os gurus em sua esmagadora maioria são homens. Aqui eu não estou sendo machista, mas o tempo é testemunha de que os guardiões da tradição foram todos homens, mas devido à falta de patrocínio, acabaram interrompendo suas atividades ou se dedicando à outras profissões, já que arte nunca foi lucrativa. Muito raramente nós encontramos bailarinos como performers no palco. Mas o gelo foi quebrado com o aumento do número de dançarinos tendo suas performances como atividade principal. Mas não só em Odissi, existem excelentes bailarinos em outros estilos de dança também que estão fazendo um trabalho brilhante. Só que o número parece maior em Odissi.

Quando você realiza workshops no exterior, o que você percebe mais entre os praticantes  de Odissi por lá?

Eu costumo organizar meus workshops para atender um grupo heterogêneo de dançarinos, que geralmente não pertencem apenas a um estilo particular. Eu enfatizo muito nas técnicas de condicionamento e preparação do corpo para preparar o dançarino para lidar com os rigores da dança clássica indiana. A maioria destas técnicas foi emprestada da minha própria experiência em Yoga. Eu não costumo ensinar itens de repertório em minhas oficinas, a menos que eu veja um dançarino que corresponda a minha expectativa. Só assim então eu posso ensinar itens.

O feedback é extremamente impressionante. Nesses workshops sou bombardeado por sua ânsia em entender com atenção os mínimos detalhes. A maioria dos meus alunos vem até mim por meio dessas oficinas.

Qual a importância para um dançarino, de Odissi ou qualquer outra forma, em ser bem versado em sânscrito?

É extremamente essencial para um bailarino ser bem versado em sânscrito e no idioma vernáculo usado na dança, neste caso Orya para o Odissi. Quando dizemos ShastriyaNritya referimo-nos ao estilo de dança mencionado em nossos shastras (escrituras), e todas as nossas escrituras são escritos em sânscrito. Na maioria dos casos observa-se que não há nenhum substituto em inglês adequado a um monte de expressões utilizadas em sânscrito. Por exemplo, a palavra Ananda. O equivalente emi inglês mais próximo seria felicidade ou êxtase, mas muitos concordam que Ananda é muito mais do que aquilo que a nossa contrapartida em inglês tem para oferecer. O idioma é um componente essencial para a dança. Abhinaya é definida como a poesia em ação e não há poesia sem linguagem. A fim de obter conhecimento em primeira mão de qualquer escritura é preciso saber sânscrito. Muita essência se perde em traduções e nunca haverá uma tradução perfeita. Então, nós bailarinos precisamos fazer um esforço extra para aprender o Sahitya também. Só aprendendo e aperfeiçoando técnicas não é suficiente. Dançarinos precisam cultivar duas coisas: Auchitya e Sahitya .

Muitos bailarinos professam dançar de acordo com o Natya Shastra. O que tem a dizer?

Natya Shastra é um grande texto. O que nós referimos como Natya Shastra hoje é aquele que consiste em 6.000 shlokas e é chamado de Shadshahasri Samhita . Há um outro Natya Shastra consistindo de 12.000 shlokas e é chamado o Dwadashashahasri Samhita. Todo o último texto ainda está para ser totalmente descoberto. É impossível para qualquer bailarino usar todo o corpo de técnicas e práticas que o Natya Shastra instrui. No entanto, um extenso trabalho foi feito pela Dr. Padma Subrahmanyam como todos sabemos e há um número de dançarinos que estão a realizar um estudo sério do Natya Shastra. Isso precisa ser mais incentivado.

Parece haver uma proliferação de festivais, concursos e prêmios em Odisha (Orissa).

Orissa tornou-se uma “cama quente” de festivais. Durante os 365 dias em um ano uma coisa ou outra está acontecendo. Estamos literalmente saturados com festivais. Isso, certamente, é uma oportunidade para muitos bailarinos e, assim, incentiva talentos. Mas, com o aumento do número de festivais, a qualidade está lentamente se deteriorando. Da mesma forma os prêmios também estão a perder o seu valor. É a política da mútua premiação, ”você me prestigia e eu te prestigio”. A maioria destes prêmios não têm uma posição e, portanto, não possuem grande destaque. Fora que também é complicado verificar a autenticidade de tais prêmios.

Como você equilibra suas frequentes viagens ao exterior, com a sua própria formação em dança?

Eu costumo seguir um rigoroso regime de treinamento físico que eu não interrompo não importa em que parte do mundo que eu esteja. Isso me dá uma enorme quantidade de agilidade e resistência para manter-me entre as viagens e apresentações frequentes. Eu treino meus alunos sempre que tenho tempo. Eu costumo dedicar 3-4 meses de treinamento aos meus alunos entre o final de cada ano e no início do novo ano. Por causa da minha própria agenda eu não tenho muitos alunos, pois eu acho que é realmente difícil de conciliar o meu próprio trabalho como performer, e certamente minha dança é uma prioridade. Eu tenho poucos alunos que são bailarinos em tempo integral, e todos são muito dedicados. Eu acompanho o progresso deles quase toda semana. Com o avanço da tecnologia e, graças à web o mundo se tornou um lugar menor, e isso me ajuda a manter o controle de meus alunos.

Como você descreveria a experiência de se apresentar no exterior em relação ao desempenho em seu próprio estado de origem?

Para um bailarino o palco não importa. Toda a experiência que se vive na dança é tal que o bailarino se perde completamente,e é levado a um estado de bem-aventurança. Durante essa transformação, o dançarino perde sua identidade, e o palco torna-se um templo. A localização geográfica pouco importa. A dança realmente rompe limites. Como dançarinos todos nós falamos a mesma língua. Sim, os dialetos podem variar. Mas, temos a tendência de entender um ao outro.

É o rescaldo da performance que nos traz de volta desta tranquilidade, e é ai quando você percebe onde está dançando. Para mim, as respostas que tenho recebido tanto no meu estado natal como em outros lugares sempre foi muito grande e extremamente encorajador. A positividade que as pessoas trazem consigo, de fato, me inspiram a ficar melhor a cada dia que passa. Eu sempre fui um devoto da dança e tenho alimentado essa aspiração em chegar a um estado em que o meu corpo físico seja completamente consumido pela dança.

O que você acha que pode ser feito para o crescimento e desenvolvimento do Odissi?

Odissi deve, como uma questão central, superar-se. Ele se espalhou por todo o mundo e ainda mantêm o estado de Orissa como sua identidade. Odissi colocou Orissa no mapa cultural mundial. As pessoas reconhecem esse estado como a terra de Jagannatha e da dança Odissi. E tudo isso é muito encorajador, mas isso também levou a uma enorme quantidade de mediocridade que é difícil de lidar. Nem todos os dançarinos têm a oportunidade ou a exposição devidas e, assim, sustentar a si mesmo como um artista se torna extremamente difícil. Como resultado a maioria deles “aprendem menos e ensinam mais”. Esta tendência é extremamente perigosa e precisa ser avaliada com seriedade. Precisamos educar dançarinos e fazê-los entender que a dança não é só técnica, mas teoria também. Dança indiana tem uma história tão antiga quanto a civilização humana e, como dançarinos precisamos estar conscientes para sermos capazes de tornar-se os “rostos” e baluartes do Odissi. Isso precisa ser tratada globalmente.





Entrevista cedida por Rahul ao jornal Narthaki (http://www.narthaki.com/info/intervw/intrv160.html).
Tradução para o português feita por Raphael Lopes, com a devida autorização do entrevistado.

Contato Rahul Acharya :
rahul_acharya@rediffmail.com
http://aerithtribalfusion.blogspot.com.br/2014/03/india-em-dia-por-raphael-lopes.html






Índia - Em Dia
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São Paulo, SP

ARTICULAR: Desconstruindo o movimento por Thalita Menezes




ARTICULAR: Desconstruindo o movimento
Thalita Menezes- Belo Horizonte-MG, Brasil

Sobre a Coluna:

Esta seção consiste em uma abordagem da dança sob um ponto de vista fundamentalmente técnico em que desconstrói o movimento à sua origem: o esqueleto. Como referencial teórico serão utilizados pesquisadores das áreas de anatomia, cinesiologia e educação somática, complementando os conhecimentos práticos e acadêmicos da autora, a fim de alcançar um melhor entendimento e conscientização corporal para construção, definição e fluidez do movimento, contextualizando ao cenário artístico atual da Dança.
Palavras chaves: Dança, arte, anatomia, cinesiologia, educação somática, técnica, auto-conhecimento,

Sobre a Autora:

Thalita Menezes (Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil) é professora, coreógrafa, bailarina, arte-educadora e pesquisadora na área da Dança do Ventre, Tribal Fusion e Fusões, desde 2007. Professora de ATS® (American Tribal Style®), tendo também estudado diretamente com a criadora do estilo, a americana Carolena Nericcio, tornando-se maio de 2015, a primeira Sister Studio FCBD® de MG. Graduanda em Licenciatura em Dança na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Diretora artística e pedagógica do Espaço de Danças Thalita Menezes, desde 2011.
Na avaliação para obtenção de seu DRT/SATED MG, obteu nota máxima em sua certificação.

Thalita foi premiada em diversos concursos de médio e grande porte em sua carreira, como destaque:

- “Toute Forme” em Belo Horizonte (BRA) nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010.
- “Mercado Persa” em São Paulo (BRA) nos anos de 2010 e 2011 (Solista) e 2013 (Grupo).
- “Bellydance Superstars” – Etapa América do Sul em São Paulo (BRA) no ano de 2010, sendo pré-selecionada por Miles Copeland, Petite Jamila e Moria Chappel.
- “Congresso Mineiro de Dança do Ventre“ e “Festival Nacional Shimmie”, com grupos de alunas e alunas solistas nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014.

Ministrou cursos, workshops e realizou shows em diversas cidades de MG (Belo Horizonte, Piumhi, São Sebastião do Paraíso, Divinópolis, Ribeirão das Neves, Contagem, Sete Lagoas, e outras), em alguns estados do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília), e no exterior, em Lima, no Peru.

Os espetáculos e eventos dirigidos artisticamente por Thalita Menezes são reconhecidos pela tematização e enredo das produções. 

Em 2014, o Espaço de Danças Thalita Menezes produziu o Up Up Fest –  Encontro Tribal em Minas Gerais, sendo o evento pioneiro em dedicar-se exclusivamente ao Estilo Tribal e hibridações no estado.


[Resenhando-SP] Workshops Nacionais - Campo das Tribos VI

por Carine Würch

“Oi... Meu nome é Carine, eu sou aquela do Blog Nossa Tribo & Nossa Dança”...


E assim iniciei meu primeiro Festival Campo das Tribos, que este ano já está na sua sexta edição e contou com a participação internacional da bailarina e integrante do FatChanceBellydance Kristine Adams.

Maravilhosos workshops nacionais foram oferecidos nos dias 01 e 02 de maio, e nos dias 03 e 04 pudemos fazer uma imersão no mundo do ATS.

Dia 01 contou com a presença de: Raphael Lopes, Samra Hanan, Lukas Oliver, Gabriela Miranda e Rebeca Piñeiro.




Eu tive o prazer de fazer 03 works nacionais. Num primeiro momento queremos fazer tudo, mas como era a minha primeira vez, achei melhor  maneirar no volume, porque eu sei que seria muita informação.

Como já contei em outra publicação (aqui), iniciei tarde meus estudos na dança, e devo dizer que estava MUITO ansiosa nos dias anteriores ao festival, até pensei em desistir de ir, achando que estava fazendo bobagem, afinal não trabalho com dança, faço isto pelo amor que tenho ao Tribal, e a tudo de bom que a dança trouxe para minha vida. Mas sei das minhas limitações. Estava com vergonha de estar no meio de gente mais nova, mais gabaritada, mais experiente... achei que ia ser vergonha alheia do grupo... rsrsrs

Mas... cheguei...


Dia 01 fiz o último work do dia, com a prof. Rebeca Piñeiro, que dispensa apresentações. O tema era Movimentos Lentos no Tribal Fusion, e optei pelo work, exatamente por ser uma grande dificuldade minha fazer as coisas com calma. Amo os movimentos lentos, mas minha ansiedade pessoal faz com que eu queira fazer tudo correndo, para terminar logo, “matando” o movimento – desculpa aí teachers!


Rebeca foi excelente, pois ela já de cara, falou sobre passos utilizados no ATS – assunto que eu veria mais adiante com Kristine Adams, e que eu não tinha nenhum conhecimento. Fiquei bem mais segura para os próximos works, afinal, Rebeca é uma excelente professora, e conseguiu nos indicar o caminho certo de como manter a calma e aproveitar cada movimento enquanto estamos no palco.


Meu segundo dia de works iniciou com o da Karina LeiroFlamenco Fusion - forte, vivo e muito passional. E era tudo o que eu queria e esperava. Didática impecável. Fácil assimilação, explicação. Acho o flamenco uma dança linda, e Karina domina a técnica de uma forma fantástica, ela nos mostrou primeiramente movimentos do flamenco puro – que eu fiquei apaixonada – e depois ele fusionado. Como ela mesma disse, é uma dança viril, mesmo para as mulheres. E eu me identifico muito. Gosto de “caliente”, desta paixão.



Adorei perceber ela completamente suada, descabelada e linda no final da aula... porque faz aquilo com tanto amor, que não podia ser diferente!!! Ela estava junto com cada movimento, dançando e batendo os pés ao esperar a entrada de cada música. Como não ter vontade de fazer igual?





(Uma brincadeira interna com a Maria Carvalho – eu numa pose casual... hahahaha)

O último work que fiz foi com a shamanica Paula Braz – tenho um amor nada velado pelo ritualístico em seus diferentes nuances, e quando vi que haveria algo do gênero nem pensei duas vezes. Nem eu, e nem várias outras pessoas, pois o workshop da Paula esgotou rapidamente.


Paula tem uma energia radiante, uma grande empatia em pessoa, um sorriso gostoso, e uma gargalhada ótima. Seus comentários durante as explicações no tipo “estamos fazendo mandinga quando dançamos” saiam tão naturalmente, que eu me senti numa roda de amigas, dançando no mesmo grupo a muito tempo.


Primeiro lemos um texto “Reflexão sobre o Teatro Dança” de Aurélio Inácio Faria, com anotações de Jonas Mourilhe, 15/12/2009, que nos deu um “norte” sobre este caminho.
Debatemos como o ocidente, e em especial a religião judaico-cristã tornou o corpo muito mental, antes a dança sempre foi algo do cotidiano. O Nordeste ainda é muito folclórico-devocional e conta histórias através da dança.

Paula comentou como o ATS tem características devocionais. Jamila e Carolenna tem muito disto – GRUPO – SINERGIA – FIGURINO. A importância da dança para bailarina e vice versa. O próprio nome do primeiro grupo “tribal” – Bal Anat, é uma grande característica assim.

Aprendi passos bem diferentes do que estou acostumada, dos estudos que Paula e o grupo Shaman fizeram, e que foi muito bom. Mas como eu mesma disse ao final do work: Tem coisas que são sentidas, e não há como quantificar “quanto” eu aprendi e qual passo foi mais importante. Estar lá, no meio daquelas mulheres, naquele dia, com aquele tema, aquilo foi importante. Com certeza foi mandinga. DAS BOAS.



 “Um grupo de mulheres poderosas, fazendo algo poderoso junto.” (Sharon Kiara)





Resenhando - Região Sudeste
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Coodenação Carine Würch

Maquiagem para Bellydance

por Niha Carteña



Oii *_*

Eu disse que voltaria com tutorial de maquiagem pra vocês! Eu pesquisei bastante e achei que para começar uma maquiagem com dois tons de sombras opacas e que combinam com qualquer figurino iriam ser perfeitas para esse tutorial. Espero muito que vocês gostem ; acho que é uma maquiagem bastante versátil e que  pode usar em diversas ocasiões, tanto em apresentações quanto em eventos que podem surgir.  Como falei acima, a ideia era usar 2 tons de sombras que todos tenham em casa, que é uma sombra “preta” opaca e uma sombra “marrom” também opaca. Eu apenas pulei a parte de blush e etc, porque se não o vídeo ficaria muito comprido! Mas segue abaixo a lista de produtos usados !




Produtos Usados:

Base: MAC - Pro-longwear - NW35

Pó : MAC - Mineralize Skinfinish Natural ( Medium Deep)
Paleta de Corretivos de 16 cores - Beauty Factor
Paleta de Contorno nº 02 - Beauty Factor
Iluminador Touche Éclat Radiant Touch - Yves Saint Lauren - Cor: 03

Sombras:

Naked 2 - Cor: Bootycall 
Sombras: Preta e Marrom Opacas da Kryolan

Mascara de Cílios:

Megacilios da Avon 
Super-Shock Max da Avon



Beijos e  espero que tenham gostado!






Make Off
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Santos, SP

Aerith (PR) - Resenhando

Coordenação Região Sul - Núcleo RS:


Aerith é carioca, adepta das fusões mais exóticas da dança tribal, professora desde 2012 no Espaço Pytia e, posteriormente, na Escola de Dança Edu Cigano em Nova Friburgo-RJ. Autora, desde 2010, do blog Aerith Tribal Fusion, um dos blogs de maior destaque da América Latina voltado ao universo da dança tribal com divulgação de textos, entrevistas dos principais ícones nacionais e internacionais, notícias, eventos de todo país,entre outros assuntos. Além de ser o primeiro blog do gênero com a participação de colunistas.. Idealizadora e organizadora do Underworld Fusion Fest, cuja primeira edição, em 2010, foi produzida em conjunto com Anne Nargis, em Nova Friburgo-RJ; e a segunda edição será realizada em conjunto com Gilmara Cruz na cidade de Curitiba-PR, nos dias 20 e 21 de agosto de 2016. Idealizadora e organizadora dos Encontros de Folk & Metal, com 5 edições já realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Friburgo, e duas edições em Curitiba-PR. Co-produtora do Festival Pilares do Tribal em conjunto com Maria Badulques e Carine Würch, realizado em outubro de 2016, em Indaiatuba-SP. A partir de 2016, leciona aulas de dança tribal e dark fusion em Curitiba no Estúdio de Dança Gilmara Cruz (Centro) e  no Conceito Espaço de Dança (São Francisco). Atualmente, reside em Curitiba-PR, em que está desenvolvendo novos projetos e parcerias envolvendo a dança tribal.






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