O primeiro volume do dvd UK Tribal Fusion Belly Dance, conta com as principais bailarinas da cena tribal britânica: Alexis Southall, Fulya, Dawn O'Brien, Bex, Beatrice Flowers e Darkstar. O dvd será dividido em seis performances e cinco seções de prática instrucional.
Destaque Tribal Julho 2013 pt2: Espaço de Dança Thalita Menezes
Lindos desenhos coreográficos com enfoque na fusão flamenca do Espaço de Dança Thalita Menezes, no Festival Nacional Shimmie BH.
Destaque Tribal Julho 2013: Theo Anûk
Linda dança da bailarina de Niterói-RJ, Theo Anûk. Escolhas de músicas muito boas, movimentos delicados e graciosos. Adorei o estilo vintage apresentado.
ATS® vs.Tribal Fusion?
Masha Archer |
Eu acho que o motivo do ATS® não ser “aceito” pelo Brasil é o fato dele ter sido "importado" com algumas falhas. Não estou dizendo que o trabalho realizado no início não tenha seus méritos, pelo contrário, foi super importante para o início, pois fomentou os primeiros trabalhos no país, disseminou informação e deu origem as principais trupes do Brasil. Contudo, não se ouvia falar de ATS® quando o estilo tribal veio para cá e, quando alguém sabia sobre o assunto, eram informações muito escassas que logo caiam no esquecimento. Não se ouvia falar de Carolena Nericcio (muuuito menos de Masha Archer). O que ouvíamos falar? Falava-se muito de Jamila Salimpour e todo o início que se deu com ela. Muitos blogs/sites do Brasil de dança do ventre citam Jamila e só. E na minha opinião, Masha tem uma importância determinante no desenvolvimento do ATS ®,pois a partir dela é que vemos o tribal como conhecemos se delinear de forma bem característica. Não estou dizendo que as Salimpour's não tenham seus méritos. Mas Masha é tão pouco valorizada e conhecida, principalmente no Brasil, e tão importante! Através das fotos de sua filha Larissa Archer(divulgadas em seu facebook) vemos tudo isso claramente fazer sentido! Sabe quando começamos a ouvir falar dela no país?Só em 2008, através das pesquisas da Aline Muhana.
O que falava-se que era dança tribal até 2008? Uma fusão de dança do ventre, dança indiana e flamenca. E o que realmente assistia-se de tribal no Brasil antes desta época? Fusão dessas três danças de forma aleatória, de acordo com a visão de cada bailarina que acabava de conhecer o tribal. Muitas faziam isso(não estou dizendo que todas faziam isso, mas existia isso) e muitas eram bailarinas de dança do ventre que entendiam isso por ter uma visão distorcida do que era a dança, e por não se ter tanta informação do assunto naquela época. Estas bailarinas entravam em uma "moda temporária" e não se aprofundavam em conhecer o estilo que estavam "estudando". Para elas, tribal era meramente a fusão destas três danças, tendo um enfoque maior na do ventre. Talvez isso se associe a falta/menor fonte de informação(tanto textos quanto vídeos), somados ao que foi "importado" primeiramente no país e disseminado com tais idéias de fusões distorcidas. Infelizmente essa imagem do tribal se perpetua até hoje. Contudo, apesar da dificuldade de muitas bailarinas do ventre entenderem, a fusão tribal e a fusão de dança do ventre são estilos diferentes. O vocabulário de passos são diferentes; a postura de tronco,peito e braços são diferentes, conferindo imponência à dança. A expressão é diferente. Os movimentos são mais trabalhados, às vezes são muito grandes, outras bem contidos; os movimentos possuem mais dinamismos e impacto. A resposta do público é diferente diante de uma fusão dança do ventre e uma fusão tribal. Não é tão simples assim como se parece. Hoje a Revista Shimmie disponibiliza uma seção sobre tribal em suas revistas, ou seja, a informação está ali de “graça” para toda bailarina de dança do ventre saber o básico possível em fonte de confiança e qualidade, cujas colunistas são Rebeca Piñeiro(SP) e Kilma Farias (PB), duas bailarinas renomada por seus trabalhos no país(aliás,leiam a entrevista realizada com Carolena Nericcio à Shimmie, disponível no blog da Rebeca e professores do Campo das Tribos, talvez ajude quem tem um pouco de dificuldade em entender todo esse processo). Mas hoje tem informação, certo? Sim, mas muitos têm preguiça de saber o básico, talvez por descaso; talvez por não acharem importante ou que vá acrescentar algo; talvez por acharem que já sabem por apenas “ver”/ assistir;ou até mesmo por não gostarem e bloquearem qualquer informação do tipo.
Na minha opinião, o ATS® começou a ser conhecido mesmo no Brasil em 2008, através da Tribo Mozuna(RJ) (principalmente através de suas diretoras,Nadja El Balady e Aline Muhana), não só pelo seu trabalho, mas pelas informações que elas trouxeram à comunidade tribal sobre ATS/ITS; além das pesquisas de Mariana Quadros (SP). Uma trupe no Brasil que sempre teve uma grande semelhança com o ATS/ITS foi o Damballah (PR), que permanece até hoje em sua importância. Talvez seja o que mais perto se tinha do ATS® no país, e o Damballah só veio a surgir em 2005. Nadja começou seus primeiros passos em direção ao ATS®(antes da criação do Mozuna, em 2009) também nessa mesma época. Ou seja, antes de 2005 nem deviam sonhar com ATS®. A partir daí houve uma reconstrução do tribal brasileiro, quebrando muitos paradigmas e muita coisa do que se conhecia como Tribal . Talvez seja até um marco importante na História do Brasil:o tribal antes e o tribal depois do ATS® ( tema que sugeri a Nadja em seu blog =) ). Soa engraçado, pois isso deveria ser conhecido, teoricamente, antes que o fusion. Mas une-se o fato das falhas quando a dança se adentrou em nosso país, a visão distorcida que as bailarinas de dança do ventre tem do tribal, e o fato do tribal fusion ser muito mais atrativo que o ATS®, "ofuscando" (inicialmente) o ATS® de aparecer em cena no país. Acredito que , neste quesito, o ATS® esteja na mesma proporção que a dança folclórica árabe no geral, apesar que vejo isso mudar muito hoje em dia. O Brasil ainda carrega uma visão antiquada errônea do Tribal de outrora. O país ainda não se atualizou diante das informações sobre a dança tribal .
Pode-se ensinar tribal fusion sem ATS®, mas acredito que uma hora ou outra falte-se embasamento naquilo que se orienta. Surgem questionamentos de sua origem. Surgem lacunas. Porém, eu estaria mentindo se eu dissesse que não dá para ensinar tribal fusion sem saber ATS®. E no que eu me baseio isso? Ora, simplesmente no fato de como a dança entrou no país e da forma que foi disseminada sem (quase) ninguém saber o que era ATS®. Além do fato dessas primeiras gerações de Dança Tribal no Brasil serem de dança do ventre, o que forneceu base necessária para que elas conseguissem aprender a dança. E com as poucas ferramentas(informações) que se tinham a mão aqui dentro, e tentando buscar por mais, cada trupe que foi se formando criou sua independência em pesquisar por conta própria sobre o assunto e, a partir de então, conseguiram encontrar as peças que estavam faltando neste quebra-cabeça. Muitos grupos, desde os primeiros anos da dança no país até os dias de hoje, se perpetuaram, consolidando uma carreira profissional de respeito; estes foram os que não se mantiveram estagnados e conformados com o material que tinham mas, foram aqueles que realizaram suas próprias linhas de pesquisas e conseguiram reorganizar, aos poucos, toda o conflito e confusão que a própria Dança Tribal gerava ao redor de si mesmo, pois, como eu disse anteriormente, chega um momento que fica um espaço em branco sem resposta, e esse espaço não faz sentido de estar ali naquele lugar.
8 Elements |
Carolena Nericcio e seu grupo Fat Chance Belly Dance(FCBD®) |
Exemplos de algumas bailarinas internacionais famosas que já passaram pelo ATS®, direta ou indiretamente, e danças étnicas:
Jill Parker
Considerada a primeira bailarina de tribal fusion e ex-membro do FCBD |
Jill Parker, um dos membros originais do FCBD - da esqueda para direita, ela é a 2ªbailarina |
Rachel Brice
Rachel Brice foi aluna de Jill Parker e membro do seu grupo Ultra Gypsy - da fileira de cima, RB é a 3ª bailarina.
|
Rachel Brice também foi aluna de Carolena Nericcio |
Sharon Kihara
Sharon Kihara no Ultra Gypsy - na fileira do meio, Sharon é a 3ª bailarina da direita para esquerda |
Jill Parker(esquerda) e Sharon Kihara (direita) - Ultra Gypsy |
Samantha Emanuel
Samantha estudou ATS, ex-membro do Tribal Fire (UK). Ela também estudou com Carolena Nericcio e Rachel Brice.http://www.letsshimmy.co.uk/tribalfire.html |
Kami Liddle
ATS com Kami Liddle |
Moria Chappell
Moria, ex-membro do Awalim, grupo de tribal e fusões étnicas - Moria é a primeira bailarina da fileira de cima, da direita para esqueda |
Zoe Jakes
E para quem acha que a Zoe é somente performática, desculpe mas , além dela já ter tido aulas com Carolena, ela foi membro do Aywah, grupo de Katarina Burda, voltado para interpretações de danças étnicas. Grupo inclusive que Mira Betz e Elizabeth Strong faziam parte.
Um vídeo de Zoe no Aywah!:
Um vídeo recente de Zoe com elementos de ATS:
Um vídeo de Zoe no Aywah!:
Um vídeo recente de Zoe com elementos de ATS:
Notícia Tribal: Entrevista com Bruna Gomes (RS) à Estação Cultura +Globo.com
A bailarina Bruna Gomes e seu grupo Al-málgama do Rio Grande do Sul em entrevista à Estação Cultura. Na entrevista , Bruna fala um pouco sobre o tribal fusion, um breve histórico sobre sua carreira e grupo, e sua seleção no Festival de Dança de Joinville, um dos maiores festivais de dança do Brasil e o mundo, em Santa Catarina.
Outra divulgação muito legal sobre a participação de Bruna e o Al-málgama no Festival, e do tribal fusion foi no globo.com:
http://redeglobo.globo.com/rs/rbstvrs/patrola/noticia/2013/07/bailarina-gaucha-compete-no-maior-festival-de-danca-do-brasil.html
Notícia Tribal:Produção para ATS e Tribal Fusion no Blog da Nilza Leão
Mais um vídeo muito legal do blog da bailarina Nilza Leão sobre Tribal! Dessa vez o enfoque é na produção de figurino e maquiagem para ATS e Tribal Fusion, com as bailarinas Nadja El Balady e Aisha Hadarah, do Rio de Janeiro.
Mais informações:
http://www.blognilzaleao.com.br/construcao-de-personagem-pra-ats-e-tribal-fusion/
Entrevista #18: Thalita Menezes
Nossa entrevistada do mês de Julho é a bailarina de Belo Horizonte, Minas Gerais, Thalita Menezes! Bicampeã no Mercado Persa na modalidade Solo Tribal, ex-membro do DSA e pré-selecionada para o BDSS, Thalita nos conta seu percurso na dança, seus estudos com Nanda Najla e paticipação na Cia. Kalua, sobre seus novos projetos com sua própria companhia de dança, Cia.Falak Fusion e Espaço de Dança Thalita Menezes.
BLOG:
Conte-nos sobre sua trajetória na dança do ventre/tribal;como tudo começou para
você?
Nasci em Patos de Minas (MG), onde me envolvi com a dança aos cinco anos
de idade no Ballet Clássico, partindo logo em seguida para o Jazz. Em 2003, morando
em Belo Horizonte, após assistir a uma apresentação da bailarina e coreógrafa Iriane Martins, que havia feito
participações na novela “O Clone”, me encantei pela dança do ventre. A partir
daí, passei a dedicar completamente a esta arte milenar.
Com Iriane,então, iniciei meus
estudos e os complementei através de cursos e workshops com diversos outros
mestres nacionais e internacionais, tais como Henry Netto (BH), Ananita Gomes (BH), Priscila Patta (BH), Nanda Najla
(BH), Carlos Clarck (BH), Adriana Bele Fusco (SP), Nadja el Baladi (RJ), Kilma
Farias (PB), Renata Violanti (RJ), Mariana Quadros (SP), Sharon Kihara (USA),
Djamila (Alemanha), Karen Barbee (USA), Amar Gamal (USA), Kaeshi Chai (USA),
Mardi Love (USA), Ariellah Aflalo (USA), Mira Betz (USA), Aaliah (ARG), Saida
Helou (ARG), Yamil Annum (ARG), Lulu Brasil (SP), entre outros.
Em 2007, conquistei o 2º lugar nacional no Estilo Tribal no Encontro Internacional Bele Fusco, em São Caetano do Sul, sendo a única bailarina mineira a representar o estado. Procurei me especializar mais no estilo, intensificando meu aprendizado através de vídeos de Rachel Brice e da trupe tribal The Indigo (USA) vindo a ser uma das referências em Minas Gerais.
Por três anos consecutivos, 2007, 2008 e 2009, fui campeã do concurso de
danças Toute Forme, na modalidade
danças modernas (Ventre), da Academia de
Ballet Toute Forme (BH). Em 2009, no Tribal
y Fusion, evento de abrangência internacional da Bele Fusco, conquistei o
2º lugar no Estilo Tribal Profissional.
Em 2008, ingressei na Faculdade de Educação na Universidade Federal de Minas Gerais onde obtive estudos aprofundados sobre anatomia do movimento, cinesiologia e educação do corpo/para o corpo em diferentes faixas etárias.
Durante o ano de 2009, realizei shows e apresentações com a Cia. Kalua Fusion, dirigida por Nanda Najla.
Em setembro de 2010, passei a integrar também a Cia. DSA (Dancers South
América), composta por bailarinas de toda a América Latina, sob direção de Adriana Bele Fusco.
Em São Paulo deste mesmo ano, fui pré-selecionada em audição para o Bellydance Superstars – etapa América do
Sul - por Miles Copeland, Petite Jamila e Moria Chappell.
Em 2011, após retornar de intercâmbio cultural nos Estados Unidos, conquistei
o 1º lugar nacional na categoria Solo Tribal do Mercado Persa, um dos maiores eventos de danças árabes orientais do
planeta.No mesmo ano, inaugurei o Espaço de Danças Thalita Menezes,
na cidade de Belo Horizonte.
Em setembro de 2011, fui convidada por Carol Koga e Hadara Nur a
ministrar um workshop na Escola Top Dance
em São Paulo para tribaldancers e bellydancers. Em dezembro de 2011 fui
convidada por Renata Violanti a
ministrar um workshop no Studio Violanti
Dancer no RJ.
Em abril de 2012, fui bicampeã nacional na categoria Solo Tribal do Mercado Persa. Em junho do mesmo ano, fui convidada por Adriana D’Ângelo a ministrar um workshop de Tribal Fusion em Santana de Parnaíba – SP. No mês de agosto, fui convidada por Luna Dance a ministrar um Workshop no Bellyfest – Peru, na cidade de Lima, ao lado de grandes mestres como Saida Helou (ARG), Yamil Annum (ARG), Tarik (BRA), Samya Fahran (BRA) e Letícia Soares (BRA).
Atualmente curso licenciatura em Dança na Universidade Federal de Minas Gerais, dirijo a Cia. Falak Fusion (Dança do Ventre, Tribal e Fusões) e ministro
aulas regulares, além de cursos, workshops e apresentações em diversas
localidades do Brasil e exterior.
BLOG:
Quais foram as professoras que mais marcaram no seu aprendizado e por quê?
Iriane Martins: Como minha
primeira professora, me ensinou a dar os primeiros passos na Dança do Ventre.
Nanda Najla: Ensinou-me a dar
qualidade e organização em meus trabalhos.
Lulu Brasil: Ampliou o meu
próprio conhecimento corporal e novas metodologias de ensino.
Priscila Patta: Ajudou-me a
descobrir o código do meu movimento.
Mira Betz: Incentivou-me a
buscar minha própria identidade na dança.
Arnaldo Alvarenga: Compartilha todos
os acontecimentos históricos da dança no Brasil e no mundo provocando reflexões
sobre a minha existência como professora, pesquisadora e bailarina.
Além de cursos e workshops voltados para a Dança do Ventre e Tribal,
faço aulas regulares de Ballet Clássico há alguns meses.
Na faculdade de Dança, tenho oportunidade de vivenciar os mais variados estilos através de aulas, projetos e trocas de experiências com os colegas.
BLOG:
Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações?
Além de minha primeira professora, Iriane
Martins, minhas primeiras inspirações foram as alunas de nível avançado do
estúdio onde comecei a dançar (há 10 anos atrás, não tinha muito acesso à
internet e vídeos de outras bailarinas).Depois a inspiração passou a ser alguns
professores de Belo Horizonte, como Henry
Netto, Douglas Carvalho, Carlla Sillveira, Nanda Najla e Ananita Gomes.
Atualmente busco me atualizar e ter conhecimento de vários bailarinos de
Dança do Ventre, Tribal e outros estilos, mas procuro usar da minha própria
vida como inspiração para minha dança. Acredito ser uma forma mais coerente e
verdadeira de me expressar.
BLOG:
O quê a dança acrescentou em sua vida?
A dança é muito importante em minha vida, pois nela encontro meu estudo,
meu trabalho, lazer, autoconhecimento e possibilidade de ajudar o próximo.
BLOG:
O quê você mais aprecia nesta arte?
A possibilidade de agregar a todos.
Antigamente o conceito de Dança, principalmente no que tange as Danças
Clássicas, se mostrava mais restrito para as pessoas que não tinham corpos
ideais para a prática. Hoje, a ideia de que a Dança deve adaptar à pessoa e não
a pessoa se adaptar à Dança é muito maior, possibilitando qualquer indivíduo à
prática e assim, usufruir de seus benefícios físicos, mentais e psicológicos.
BLOG:
O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação?Você acha que o
tribal está livre disso?
A competição entre as escolas de Dança do Ventre. Em algumas escolas a
competição é muito nítida, em outras não há confrontos, mas há o
distanciamento, o querer se destacar como melhor do mercado sem o
compartilhamento de ideias com outros profissionais da área. A preocupação em
crescer o nome da escola se torna maior que a expansão e qualificação da Arte.
Esses profissionais deveriam se comunicar mais entre eles sobre os
eventos que pensam em organizar (festivais, mostras, workshops, festinhas),
facilitando o acesso para todos os alunos e futuros alunos da Dança do Ventre.
Promover parcerias e ideias que valorizem e proporcionem a dança a todos.
Já tive conhecimento de professores impedirem seus alunos a frequentarem aulas em outras escolas de Dança do Ventre por insegurança de perderem o aluno e não porque esta outra escola não está desenvolvendo um trabalho de boa qualidade.
O Tribal ensinado nas academias, estúdios e escolas de dança ainda está muito vinculado à (direção) Dança do Ventre, o que pode ser facilmente conduzido para o mesmo caminho.
Sim, mas nada que me abalasse demais. Por dançar Tribal Fusion,
muitas bailarinas de Dança do Ventre não acreditam que posso produzir trabalhos
de qualidade para ambas as danças. Algumas pessoas ainda pensam que para ter
qualidade em determinado estilo de dança, deve-se isolar quaisquer outras
modalidades de sua prática, pois, em senso comum, não é possível dançar bem
dois ou mais estilos.
BLOG:
Houve alguma indignação ou frustração durante seu percurso na dança?
O que
marcou o meu percurso na dança de forma negativa foram as dores constantes na
lombar, joelho, tornozelos e pé. Não eram fortes, mas me incomodavam por estarem
presentes o tempo todo. Essas dores começaram a reduzir minha qualidade de
dança, o corpo reclamava e ficava preguiçoso. Enquanto eu não sabia das causas,
isso me chateou, mas não a ponto de me indignar.
Em
avaliação fisioterápica fora constatado que as dores eram resultado da
sobrecarga na estrutura anatômica agravada por atividades de impacto: saltar,
correr, girar. Os movimentos de adução de quadril presentes na Dança do
Ventre/Tribal era a causa das dores na lombar. A melhor forma para acabar com
as dores era reduzir a carga de dança (sem precisar parar) em paralelo a
prática de pilates ou musculação. Também utilizo tênis com palmilha própria
durante as aulas.
O que poderia ser uma frustração foi um bom pretexto para manter outra atividade física em minha rotina. Minhas dores reduziram bastante, mas quando realizo outras atividades fora da minha rotina eu volto a sentir. É tudo uma questão de cuidado e preservação. Quanto menos eu expor meu corpo a sobrecargas, mais tempo (saudável) para dança eu terei.
BLOG:
E conquistas?Fale um pouco sobre elas.
Nossa! Conquistei tantas coisas maravilhosas com, e na dança.
Acho que a primeira delas foi o amor por mim mesma. Agregando esta bagagem
vieram conhecimentos, trabalhos, prêmios, rentabilidade, bons relacionamentos,
preciosos alunos, reconhecimento, carinho, parceiros, espírito empreendedor,
sensibilidade artística, criatividade, controle corporal e paz interior.
Pretendo dançar por muito tempo, pois sinto que ainda tenho muito que desfrutar
com a dança.
BLOG:
Como é o cenário da dança tribal em Minas Gerais? Pontos positivos, negativos,
apoio da cidade, repercussão por parte do público bem como pela comunidade de
dança do ventre/tribal?
Ainda vejo o Tribal em Minas Gerais muito novo,
onde tem-se poucos profissionais da área,contudo, de boa qualidade. Não se vê
tanto, como em outros estados, trabalhos equivocados, distorcidos e pobres
artisticamente. Isso é bom, pois aumenta a exigência do público e dos próprios
bailarinos fazendo com que a Dança Tribal cresça com mais força. A cada ano já
surgem eventos em Belo Horizonte que incentivam a participação de solos e
grupos de bailarinos do estilo. Frequentemente sou convidada a levar grupos de
alunas para se apresentarem em festivais de dança de outras escolas na cidade,
propiciando maior divulgação do estilo.
BLOG:
Anteriormente você era membro da Cia
Kalua, dirigida pela bailarina Nanda
Najla. Como foi participar do mesmo e adequar seu estilo a esse grupo?
A ideia inicial fazer aulas com a Nanda, uma vez que meu primeiro contato com o Tribal foi através de vídeos e nada mais. Eu precisava de instrução e a melhor pessoa para me ensinar, em Belo Hprizonte era ela. Quando deixei claro à Nanda que gostaria de fazer aulas regulares, ela me convidou para integrar a Cia. Kalua.
A ideia inicial fazer aulas com a Nanda, uma vez que meu primeiro contato com o Tribal foi através de vídeos e nada mais. Eu precisava de instrução e a melhor pessoa para me ensinar, em Belo Hprizonte era ela. Quando deixei claro à Nanda que gostaria de fazer aulas regulares, ela me convidou para integrar a Cia. Kalua.
Foi uma fase muito boa e tranquila. Não houveram dificuldades em
adequar meu estilo ao grupo, até porque estava totalmente aberta a procura de
um (rs). As aulas da Nanda eram muito
bem detalhadas, fáceis de acompanhar e as coreografias envolviam muito bem o
grupo. As integrantes se mostravam bastante maduras e interessadas. Isso me
empolgava muito! Apesar da harmonia do conjunto, Nanda incentivava a busca de identidade por parte de cada uma, isso
me deu a certeza de que estava no lugar certo!
Após 11 meses de muito aprendizado resolvi interromper os trabalhos com a Cia. para viajar em intercâmbio para os EUA. Hoje, apesar da Cia Kalua Fusion não existir mais, mantenho contato com todas integrantes, algumas fazem aulas regulares e workshops comigo, e a Nanda, inclusive, virou minha madrinha de casamento.
BLOG: Em 2010 você participou da Cia Dancers
South America(DSA), como uma das bailarinas do
corpo inicial de tribaldancers, dirigida
por Adriana Bele Fusco. Como surgiu a oportunidade de fazer parte do DSA ? Comente como foi a experiência
de dançar em grupo tão diversificado em modalidades de dança e em proporção de
projeto? Como foi sua contribuição para o espetáculo de 2010?
Recebi um
e-mail de Adriana Bele Fusco
explicando sobre o novo projeto e ao final me convidando a integrar o DSA.
O DSA foi idealizado e criado por Adriana Bele Fusco em agosto de 2010 e
contava com a participação de bailarinas de Belly e Tribaldance da América
latina. A primeira apresentação, em setembro
do mesmo, teve como convidadas especiais Petite
Jamila e Moria Chappel (BDSS). Adriana Bele Fusco me conheceu através
de apresentações que fiz nos Encontros
Internacionais Bele Fusco 2007, 2008 e 2009. Fiquei muito entusiasmada com
o convite e mesmo sabendo que necessitaria interromper meus trabalhos na
faculdade por 25 dias (período de ensaios para o show), aceitei, pois sentia
que valeria muito a pena.
Primeiramente, compor o grupo de Tribaldancers ao
lado das melhores bailarinas do Brasil sob direção coreográfica de Kilma Farias e Mariana Quadros não era pouca coisa. Os trabalhos eram muito
sérios e criativos. Aprendi bastante coisa de Tribal Brasil e ATS® com Kilma e Mariana, respectivamente. Era interessante ver a mudança de ambos
estilos e maneira como cada bailarina absorvia a dança. Antes de fazer parte da
cia, tinha um pouco de receio com o Tribal Brasil por não saber o que nos
esperava. Confesso que foi o estilo que mais gostei durante a permanência no DSA. Deparar com movimentos novos,
diferentes de sua leitura corporal é um processo instigante para todo mundo. Eu
gostava do desafio! Além do mais, isso me incentivou muito para a inclusão em
meus novos trabalhos. Os ensaios eram puxados, repetitivos e exaustivos. O
resultado, por sua vez, foi um dos melhores que já presenciei.
Outra razão a qual me
motivou a aceitar o convite era o fato de apresentar o grupo pela primeira vez
a Miles Copeland, diretor do Bellydance Superstars, cia. que sempre admirei!
Apesar de não mais pertencer
ao DSA, posso dizer que o período que
passei por ela foi fundamental para alavancar meu amadurecimento profissional e
pessoal, devido a alta divulgação e concentração de ensaio com 20 bailarinas,
por 22 dias em outra cidade.
Uma das coisas que me marcaram muito foram as
amizades. Como já mantinha mais tempo com as tribaldancers e já conhecia todas
de encontros anteriores, não deixei de me envolver também com as bellydancers.
Desde o início acreditava que era importante se fazer presente em todas as
atividades da cia. para se ter um crescimento amplo e harmônico. Tinha
interesse em acompanhar tudo bem de pertinho: estilo de dança de cada uma,
dificuldades, história de vida, expectativas. Consequentemente, criei um laço
muito bom com todas e um carinho imensurável com Carol Koga, Natali d’Otávio, Carla Valéria, Belinda Pistacchia, Pili Rubi,
Luna Amada e Renata Violanti. Conversamos,
compartilhamos conhecimentos, divertimos, choramos... Choramos pela saudade da
família, choramos pela ansiedade, choramos pelas dores no corpo, choramos pelo
cansaço da rotina, choramos pelas relações interpessoais abaladas, choramos de
felicidade e choramos, principalmente, por nos despedirmos.
O DSA foi tão bom para minha carreira de
bailarina que até hoje, uma ou duas vezes por ano encontro com as
ex-integrantes para ministrar workshops em suas cidades.
BLOG:
Ainda em 2010, você também participou da pré-seleção para o Bellydance Superstars (BDSS) no Brasil.
Como foi o processo de seleção (pontos positivos, negativos e o feedback para a bailarina) e qual
importância, na sua opinião, em se obter este selo ou vinculo para com esta
companhia internacional.
A audição para novas integrantes do Bellydance Superstars aconteceu dia 11
de setembro de 2010, um dia depois do 1º show do DSA. Havia bailarinas de Tribal e Dança do Ventre pertencentes ou
não do DSA. Ao todo eram cerca de 50
representando o Brasil, Argentina, Peru e Paraguai.
No momento da avaliação as bailarinas foram
divididas em dois grupos: Dança do Ventre e Tribal. A primeira etapa avaliava a
base de Ballet Clássico através de giros, níveis de memorização a partir de
sequências coreográficas e qualidade de improvisação.
O grupo de Dança do Ventre era conduzido por Petite Jamila e observado por Moria Chappel e Miles Copeland. O grupo de Tribal era conduzido por Moria Chappel e observado por Petite Jamila e Miles Copeland.
Ao final da primeira etapa, três bailarinas de
cada estilo foram selecionadas para a segunda etapa que consistia na entrega de
material (currículo, fotos, contatos) e apresentação de uma coreografia de 3
minutos. Fui uma das selecionadas e dancei
uma coreografias que criei em 2010, “Ya
ya cabaret”, disponível no youtube:
Após as apresentações Miles deixou claro que não procurava nenhum tipo específico de
bailarina, mas que gostaria de ver a identidade de cada uma. Todas dançaram bem
e dentro de 2 semanas ou 2 anos ele poderia entrar em contato com estas
bailarinas convidando-as a integrar de fato o Bellydance Superstars. Muitas audições acontecem no mundo inteiro,
mas poucos bailarinos são convidados a fazer parte da cia.
Passaram-se mais de 2 anos e não perdi as esperanças de receber um e-mail ou telefonema de Miles, porém não vejo o Bellydance Superstars como único caminho para minha carreira em um grupo profissional. Tenho focado muito em minha escola e no trabalho que ando desenvolvendo com minhas alunas.
Passaram-se mais de 2 anos e não perdi as esperanças de receber um e-mail ou telefonema de Miles, porém não vejo o Bellydance Superstars como único caminho para minha carreira em um grupo profissional. Tenho focado muito em minha escola e no trabalho que ando desenvolvendo com minhas alunas.
Participar do maior grupo profissional de Dança
do Ventre e Tribal do mundo é um sonho cultivado desde os meus 17 anos. Conhecer
e dançar para Miles Copeland certamente
foi uma oportunidade única e uma emoção indescritível que guardo até hoje como
as melhores recordações.
BLOG:
Em 2011, você participou do concurso solo
de tribal fusion no Mercado Persa, o
maior evento de dança oriental da América Latina.Como sua dança foi recebida
nesse evento e pelo público? E como foi a conquista da premiação com o primeiro
lugar nesta categoria?
A
primeira vez que fui ao Mercado Persa
foi em 2004 ou 2005 (não me lembro bem, sei que foi o último realizado em Belo Horizonte),
para assistir minhas colegas de turma competindo. Após este ano, o evento
passou a ter edições apenas em São Paulo, me distanciando da possibilidade de
participar novamente. Porém, em 2011, Carol
Koga campeã de Dança do Ventre em 2010 (que também conheci no DSA), me convenceu a participar do
concurso, pois seria uma ótima oportunidade de mostrar minha dança com grandes
chances de vitória.
Logo após a apresentação, muitas pessoas me procuraram dando feedbacks da minha dança, e solicitando meus contatos. Muitas dançarinas do ventre, diziam: “Eu não gosto de tribal, mas a sua dança é diferente. Fiquei encantada”. Na hora do resultado o 1º lugar anunciado pela Shalimar só acrescentou à felicidade e satisfação que já estava sentindo.
Adorei ter participado, tanto em 2011 quanto em 2012! É uma forma de divulgar mais o estilo, que ainda é minoria no evento. E em 2013 fui convidada a ser juri do Mercado Persa 2013 na categoria trio fusão.A cada ano cresce o número de vagas e interessados em participar da categoria tribal.
(Obs: Para quem se interessar em assistir a esta performance, o vídeo está listado no final desta entrevista)
BLOG:
Conte-nos como surgiu a Cia Falak
Fusion, a etimologia da palavra, seus integrantes, qual estilo marcante do
mesmo e se ele sofreu alguma mudança estrutural ou de estilo desde quando foi
criado até agora.
A Cia.
sugiu no Studio Templum de Iriane Martins (BH), em 2008, com alunas
de turmas avançadas, ou que se mostravam aptas a executar trabalhos
coreográficos mais complexos.
Inicialmente era composta por 7 bailarinas: Thalita Menezes, Jéssica Nunes, Gabriella Porto, Débora Nunes, Rafaela Garcia, Juliana Auhareck e Mariluz Marra, sendo Iriane coreógrafa de Dança do Ventre eu de Tribal. Um ano depois a Cia passou a ser regida apenas por mim e, em 2011, as aulas e ensaios já aconteciam no Espaço de Danças Thalita Menezes.
“FALAK” significa estrela, em árabe. A escolha do nome se deu em consonância ao brilho, simpatia, humildade e jovialidade das integrantes. A Cia. de Dança Falak Fusion - Dança do Ventre, Tribal e Fusões, é rica em conteúdo e variações da dança oriental. É capaz de realizar apresentações inusitadas, surpreendentes e únicas: Dança Clássica Egípcia, Dança Folclórica, Dança Moderna, Percussão Árabe e o Estilo Tribal, que abrange uma gama de danças étnicas, fundidas à dança do ventre.
Pela Cia. já passaram: Thaís Fernandes, Cibelle Bratwhaite, Tamyra Aanisam e Luiza Uira. Atualmente a Cia é composta por Jéssica Nunes, Luana Kellen, Natália Abucater, Sheila Lopes, Vanessa Abdul e Larissa Manoela, e eu.
BLOG:
O espetáculo Delirium! Sob sua
direção e produção teve uma boa repercussão no meio da dança, contando com duas
edições(em 2011 e 2012) e presença de bailarinas renomadas do país. Conte-nos o
quê a inspirou para a formulação da parte conceitual e do roteiro do espetáculo,
e qual é a história por de trás do mesmo? Como foi o processo de elaboração das coreografias e figurinos, bem
como a repercussão do mesmo.
como poderia
fazer melhor que
o primeiro. A ideia de contar uma
história
através da dança
sempre foi pertinente. Apesar de almejar tal projeto desde
quando eu
era apenas aluna, tinha
em mente o quão arriscado
e trabalhoso
seria e
não me sentia preparada
para fazê-lo. No início de 2011, morando
e trabalhando em outro
país, agindo em
conjunto com o Leandro, me
senti
tão à
vontade como nunca em colocar em
prática tudo que
estava em minha
mente. Em 26
de novembro de
2011, depois de
muito trabalho, nosso
público pôde
conhecer os caminhos
de um palhaço
infeliz e de
uma
bailarina
perdida. A produção teve grande
repercussão em se
tratando de
irreverência em
Danças Árabes, que
voltou aos palcos
em 2012, com novos
artistas
convidados e adaptação
de roteiro. Foi com
muita satisfação e alegria
que o
Espaço de Danças Thalita Menezes reapresentou
o Espetáculo Delirium
junto com
convidados mais que
especiais e alunas
mais que lindas e
guerreiras!
O show tocou cada coração presente e a satisfação que nós bailarinas tivemos em
dançar foi recíproca para os que também
assistiram.
Produzir
um espetáculo de dança com mais de 30 alunos não profissionais é uma tarefa
árdua, mas que sem dúvida torna-se compensadora quando se tem bons resultados.O Espetáculo Delirium foi assim. Trabalhar em conjunto com o Leandro Brito (meu marido), me deu forças e muita confiança em arriscar com alunos que subiam no palco pela primeira vez.
A
temática e a figura do palhaço (brilhantemente interpretado por Priscila Patta) transcedeu a imaginação
do público e dos próprios artistas em palco. Na estréia em 2011, tive a honra
de receber Renata Violanti (RJ), Nanda
Najla (BH), Cia Kalua Fusion, Corpo de Baile Letícia Soares (BH), Pricila Patta
(BH), Priscila Nayara (NL) e Rebeca
Sanches (BH), como convidados especiais. Na reapresentação do Espetáculo em
2012,
Ana Luíza Forteasc (BH), Priscila Patta (BH), Nanda
Najla (BH), Surrendra Bellydance (BH), Evelyn Vitória (BH), Cia. de Show
Oriental Yusk Abreu (BH), Grupo Talibah (BH) e Cia. Zahara
(BH) fizeram parte do elenco.
Os figurinos foram desenhados por mim mesma visando atender o tema do
espetáculo, o estilo de dança e as condições financeiras das alunas. Na
confecção contamos com o trabalho de Infusion
Atelier e Atelier Mary Fabiana.
Confira a
Sinopse:
“O
termo delirium deriva do latim "delirare",
que significa literalmente, "estar fora do lugar". No entanto, seu
significado figurado é "estar insano, confuso, fora de si".
O
espetáculo retrata os sentimentos de um palhaço que vive não apenas de
felicidade, e os de uma bailarina perdida, confusa com sua identidade
artística.
Entre
momentos de insanidade e paixão, tristeza e alegria, as personagens centrais
viajam por manifestações da dança oriental árabe, fundidas a elementos modernos
e ocidentais. O Palhaço Infeliz e a Bailarina Perdida se buscam
inconscientemente, e no percurso de ambos, outros atores os auxiliam nesta
jornada, mostrando ao público como os sentimentos humanos podem ser delirantes
e fora do controle racional.
Talvez os
caminhos do Palhaço Infeliz e da Bailarina Perdida se cruzem. Mas o que podemos
afirmar agora é que será visto em cena uma descoberta entre delírios e arte.
Surpreenda-se,
delire!”
História
Original: Leandro Brito
Produção: Thalita Menezes e Leandro Brito
Produção: Thalita Menezes e Leandro Brito
Direção:
Thalita Menezes
BLOG:
Em 2012, você participou do BellyFest
Peru, evento organizado pela bailarina Luna
Amada, que teve a presença de bailarinos renomados na dança do ventre deste
país e do Brasil. Como foi sua participação e a repercussão da sua dança tribal
neste espetáculo?
Luna Amada conheceu meu trabalho em 2010 durante os ensaios do DSA em São Paulo. Em 2012 recebi o convite para ministrar um workshop no Peru e coreografar os alunos do corpo de baile da Escuela Luna Dance para o Belly Fest Peru. O evento contou com grandes estrelas: Letícia Soares (BH), Samia Fahran (SP), Tarik (SP), Yamil Annun (ARG) e Saida (ARG).
Foi uma grande oportunidade de conhecer outra cultura, difundir o tribal em outro país, aprender com profissionais excepcionais e ensinar para alunos super dedicados. A Escuela Luna Dance e equipe me receberam com muito carinho e profissionalismo. Os workshops estavam cheios e os alunos se mostravam muito interessados em aprender um estilo novo para eles. O espetáculo foi lindo, emocionante, surpreendente, além de muito organizado e uma estrutura grandiosa! Uma viagem inesquecível!
Luna Amada conheceu meu trabalho em 2010 durante os ensaios do DSA em São Paulo. Em 2012 recebi o convite para ministrar um workshop no Peru e coreografar os alunos do corpo de baile da Escuela Luna Dance para o Belly Fest Peru. O evento contou com grandes estrelas: Letícia Soares (BH), Samia Fahran (SP), Tarik (SP), Yamil Annun (ARG) e Saida (ARG).
Foi uma grande oportunidade de conhecer outra cultura, difundir o tribal em outro país, aprender com profissionais excepcionais e ensinar para alunos super dedicados. A Escuela Luna Dance e equipe me receberam com muito carinho e profissionalismo. Os workshops estavam cheios e os alunos se mostravam muito interessados em aprender um estilo novo para eles. O espetáculo foi lindo, emocionante, surpreendente, além de muito organizado e uma estrutura grandiosa! Uma viagem inesquecível!
BLOG:
Apesar de estar cada vez mais se consolidando e ganhando força, a
dança tribal ainda é recente no universo da Dança no país. Como a dança tribal
está ganhando espaço na cena acadêmica? E o quê você considera importante ainda
ser trabalhado no âmbito acadêmico para a dança ser mais valoriza e
reconhecida?
Academicamente falando, a Dança Tribal em si ainda não se mostra de forma muito expressiva em nossos estudos. Porém, os professores do curso de licenciatura em Dança da Escola de Belas Artes da UFMG defendem a iniciativa de cada aluno da graduação fazer reflexões e adaptar a dança de acordo com suas experiências, possibilidades e gosto pessoal. Persiste na ideia de valorizar todas as transformações ocorridas na dança ao longo do tempo e se permitir recriar o que já foi feito.
Academicamente falando, a Dança Tribal em si ainda não se mostra de forma muito expressiva em nossos estudos. Porém, os professores do curso de licenciatura em Dança da Escola de Belas Artes da UFMG defendem a iniciativa de cada aluno da graduação fazer reflexões e adaptar a dança de acordo com suas experiências, possibilidades e gosto pessoal. Persiste na ideia de valorizar todas as transformações ocorridas na dança ao longo do tempo e se permitir recriar o que já foi feito.
A dança tribal será ainda mais valorizada e reconhecida quando mais alunos de graduação que se interessam no estilo desenvolverem pesquisas a respeito, pois incentivo dos professores não irá faltar.
Estou muito feliz fazendo o curso na UFMG e sinto que muitas oportunidades boas virão, principalmente para o estilo tribal no Brasil. Me desejem sorte! ;)
BLOG:
Como e quando você descobriu o tribal fusion e porquê se identificou com
esse estilo?Quando começou a praticar o tribal fusion?
Descobri
o Tribal Fusion através de um DVD do Bellydance
Superstars que minha mãe me presenteou em 2007. Não por menos, fiquei muito
curiosa com o estilo das bailarinas que acompanhavam Rachel Brice em um show tipicamente de Dança do Ventre. Fui para
internet pesquisar mais sobre o assunto e não encontrei praticamente nada.
Todo mês
eu pesquisava para ver se achava mais informações a respeito da Rachel Brice e o estilo de sua Trupe. Em
setembro do mesmo ano Adriana Bele Fusco
trouxe à São Paulo Sharon Kihara dançar
e ministrar workshop. Aquele foi meu
primeiro contato com o estilo. Cada detalhe de movimento, acessórios,
repertório musical foi fundamental para que eu encantasse com o estilo.
Assim
como o interesse, os conhecimentos acerca da dança foram crescentes. Hoje,
posso afirmar que o controle corporal que fundamentou várias bailarinas dos
anos passados é a característica que mais alimenta a minha técnica.
BLOG:
O quê você mais gosta no tribal fusion?
Gosto da
valorização teatral na dança sem perder a qualidade técnica.
BLOG:
O quê você acha que falta à comunidade tribal?
Mais comunicação entre profissionais da área, mais
estudo por parte dos que se propõem a ensinar (não são todos). Mais identidade
nas criações coreográficas, mais ateliês de acessórios e figurinos, mais
visibilidade em eventos de Dança do Ventre.
BLOG:
Como você descreveria seu estilo?
Perguntei-me
várias vezes como descreveria meu estilo.
Por ter
passado por vários professores, aprendi um pouco do código de movimentação
corporal que regia cada um deles, logo, meus movimentos se expressam por
influência externa de todas estas experiências e interna pela minha própria
estrutura física e emocional.
Eu
descreveria como a minha vida, minhas necessidades psicológicas e minhas
possibilidade físicas, como consequência das diversas influências externas ao
longos dos meus 24 anos de vida.
Em um
olhar técnico, o meu estilo é predominantemente a Dança do Ventre e Tribal.
Esta é minha base. Dentro dela procuro entrar em harmonia com a música
escolhida e recriar movimentos em cima da minha própria estrutura corporal. A
ideia não é inventar um estilo de dança novo a ser seguido por outras pessoas,
apenas respeitar o meu “eu” e consequentemente me sentir mais realizada
dançando. As músicas podem ser modernas, clássicas, suaves, contagiantes, melancólicas.
Não há padrão, a escolha acontece de acordo com meu humor.
BLOG: Como você se expressa na dança?
Há quase
10 anos dançando, hoje, acredito fielmente que cada bailarino deve buscar na
dança o que lhe faz bem, ou o que te motiva a dançar, resignificando cada
movimento. E é assim que faço, trabalho com três diferentes estilos (Dança do
Ventre, Tribal e Fusão) me deixando envolver pela minha imaginação, pelo meu
humor, pelas minhas possibilidades corpóreas, pela representação da música.
Em palco,
sinto-me mais completa e plena para fazer o público acreditar que danço com o
coração. É assim que eu me expresso.
BLOG:
Quais seus projetos para 2013? E mais futuramente?
Tenho
vários projetos para o Espaço de Danças e para minhas alunas, visando
crescimento e expansão. Quero fazer mais e mais pessoas sentirem pelo menos um
pouquinho do que sinto quando danço, porque é bom demais! ^^
BLOG: Improvisar
ou coreografar?E por quê?
Os dois.
O improviso alimenta a alma e a coreografia alimenta a técnica. Ambos se
completam e torna a dança mais verdadeira e bonita.
BLOG:
Você trabalha somente com dança?
Sim. Dentro
do Espaço de Danças, meu trabalho consiste em administrar, dar aulas regulares,
cursos e workshops, coreografar, promover eventos, desenhar figurinos,
organizar viagens com alunos e professores. Fora do Espaço de Danças, faço
faculdade em licenciatura em Dança, cuido da minha casa e do bem estar com
minha “nova família” (meu marido e minha cachorrinha).
BLOG:
Deixe um recado para os leitores do blog.
Bailarinos,
arrisquem-se!
Num mundo
em constante mudança, onde se tem diariamente tantas conquistas e descobertas
sobre nós, ficar tratando a dança como apenas uma repetição mecânica de passos
bem executados é reduzi-la a algo menor, ou seja, assim como as pessoas mudam
durante o tempo, a dança também muda.
(Jean-Georges Noverre)
(Jean-Georges Noverre)
A
partir do momento em que se permitirem, poderão usufruir mais de suas
habilidades criativas e ir bem mais longe. Valorizem a liberdade, ultrapassem
seus limites para cada dia evoluírem junto com a dança.
Contato
Tel/cel :
(31)3455-0774 (Espaço de
Danças Thalita Menezes) / 8600-8482
E-mail:contatothalitamenezes@gmail.com
Website: thalitamenezesdancer.blogspot.com
Para conhecer mais o trabalho desta bailarina, acesse seu canal no Youtube!
Assinar:
Postagens (Atom)