[Estilo Tribal de Ser] Figurinos pelo mundo - Parte 1

por Annamaria Marques

Rebeca Piñeiro & grupo no ATS Homecoming

Olá, pessoal!


Espero que estejam bem!


Hoje  quero compartilhar com vocês o primeiro de uma série de artigos trazendo um pouco de como são os figurinos de Tribal Fusion Bellydance e estilo FCBD® pelo mundo. 


Acho maravilhoso poder ver como cada grupo pelo mundo traz um pouco de sua personalidade para seu visual na dança! Detalhe culturais  regionais podem ser vistos tanto no visual quanto na escolha das músicas, mesmo quando há um dresscode como no estilo FCBD e é isto que vou compartilhar com vocês. Caso queiram sugerir grupos ou solistas com figurinos  interessantes, mandem para nós!


Espero que gostem desta viagem!




1) Dance Together Tribal (China)





















Na China a cor vermelha tem um significado muito importante: representa alegria, boa sorte e proteção. Por isso que vemos esta cor presente em ocasiões importantes. 


| Fonte:




2) Free Tribal band (Ucrânia)



Performance de FCBD® Style, com estética homenageando a boneca nacional Motanka, que, segundo a dançarina Karna May membro do Free Tribal Band, é um amuleto antigo de proteção para mulheres e famílias.


Boneca Motanka



| Fonte:



3) Nourah (Japão)




Solista usando o chapéu tradicional Amigasa, comum em danças sazonais tradicionais.


Amigasa é um chapéu de palha tecido a mão, em forma de disco circular dobrado ou meia-lua, feito de fibras de bambu. Em membros femininos da dança tradicional japonesa Awa Odori é usado de forma que o vinco saia da frente para trás, mergulhando para a frente para cobrir parcialmente o rosto da dançarina. Dança-tema do festival folclórico da província de Tokushima, comemorado durante as festividades de verão.


Amigasa  - Chapéu tradiconal japonês

| Fonte: Amigasa



4) Inspirações brasileiras para FCBD® Style


Outro exemplo lindo é o da Tribo Corpo Raíz, grupo mineiro de FCBD® Sytle lindamente trajadas com um figurino remetendo às nossas cores locais.
 

E também do grupo acompanhando  Rebeca Pineiro no ATS Homecoming:



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Estilo Tribal de Ser



Annamaria Marques (Belo Horizonte-MG)
 é bailarina, professora, produtora do festival Tribal Core, dona do atelier InFusion e diretora da Trupe Andurá de ATS® e da Tribo Dannan de Tribal Fusion de Minas Gerais.Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Sankofa] Afinal, o que queremos dizer quando falamos de Orientalismo?

por Fran Lelis  (Rio de Janeiro-RJ)
Colaboração especial para coluna Sankofa
Coordenação: Monni Ferreira

Quando utilizamos os termos Oriente e Ocidente, o sentido primário desses termos é a noção geográfica de Leste (Oriente) e Oeste (Ocidente). Mas até essa noção básica precisa de um ponto de referência. Leste de onde? O Oeste de X é o Leste de Y? Como essa divisão é feita? Por interesse de quem? Oriente e Ocidente são conceitos que se modificaram no decorrer da história e foram ganhando outros contornos e implicações, novas camadas de significados dependendo do local, do período histórico e dos objetivos, como por exemplo a divisão do Império Romano no final do século IV em Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla; ou como o Cisma do Oriente no século XI que dividiu o catolicismo em  Igreja Católica Apostólica Romana (ocidental) e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa (oriental).


Império Romano


A divisão mais conhecida (e ainda hoje utilizada) entre Oriente e Ocidente é a que coloca o sudeste e sudoeste asiático e o norte da África em oposição à Europa (e hoje, também aos EUA). Essa divisão tem um peso político e econômico muito forte: começou a ser delineada a partir da Idade Média e ganhou força com a ascensão das potências marítimas europeias nos séculos XV e XVI e posteriormente com o Imperialismo europeu dos Séculos XVIII e XIX.

Entender como o Orientalismo funciona é essencial para compreender essa divisão entre Oriente e Ocidente (e como ela nos atinge), e para isso é necessário conhecer Edward Said e a sua principal obra.


Edward Said

Edward W. Said (1935-2003) foi um intelectual nascido na Palestina, que passou parte da infância no Egito e concluiu seus estudos nos EUA. Se tornou um importante crítico literário e professor universitário. Também foi ativista político pró-Palestina, além de ser considerado um dos precursores dos estudos pós-coloniais. Publicou em 1978 sua principal obra: “O Orientalismo”, que no Brasil recebeu o subtítulo “o oriente como invenção do ocidente”.

Nesse trabalho, Said se propôs a analisar um gigantesco número de obras artísticas e acadêmicas produzidas pela Europa nos séculos XVIII, XIX e XX acerca de povos e regiões consideradas orientais. Ele percebeu que o Oriente apresentado em tantas obras era uma construção ocidental, não tendo pretensões de ser fiel à fatos e contextos reais, mas sim retratar o que a Europa imaginava e projetava sobre o Oriente, portanto, uma forma de autoafirmação europeia, de se mostrar diferenciada e superior em oposição ao “Outro”, ou seja, o oriental, considerado exótico e antiquado. Só existe Ocidente em oposição ao Oriente. Um civilizado e o outro primitivo. Ao considerar o Oriente primitivo, violento e despótico, o Ocidente ao mesmo tempo, está se considerando avançado, democrático e esclarecido.


Capa Orientalismo

Edward Said denominou de Orientalismo esse discurso que, de diferentes formas, contribuiu para subalternizar diversos povos que foram rotulados como orientais. Orientalismo, pois era o termo utilizado largamente pra denominar de forma genérica esses trabalhos acadêmicos ou artísticos que de alguma forma abordavam temas considerados orientais, sempre pela ótica europeia. Ou seja, o Orientalismo é um produto europeu.

Esse discurso orientalista presente em tratados, pinturas, relatos de viagens, palestras entre outras produções, estava intrinsecamente atrelado ao Imperialismo europeu dos séculos XIX e XX, que teve como principais alvos de exploração os territórios do continente Africano e Asiático. Essa produção contribuiu para a construção de um imaginário que transformou os povos ditos orientais em um bloco uniforme que unia o Norte da África, o Oriente Médio e parte da Ásia, apagando a diversidade cultural das áreas abordadas e enfatizando o seu “não desenvolvimento” e “exotismo”. Assim, justificando a dominação como uma missão civilizadora, onde os europeus levariam aos “bárbaros orientais”, o progresso, não importando a vontade desses povos, afinal eram “atrasados”. O “fardo do homem branco” era civilizar essas regiões.


Mapa Imperialismo Europeu

Lorde Cromer, representante da Grã-Bretanha no Egito na virada do século XVIII para o XIX, em discurso que visava justificar a dominação imperialista com a “ausência de inteligência” do oriental:

“O europeu é um bom raciocinador: suas afirmações factuais não possuem nenhuma ambiguidade; ele é um lógico natural, mesmo que não tenha estudado lógica, (...) sua inteligência treinada funciona como um mecanismo. A mente do oriental, por outro lado, como as suas ruas pitorescas, é eminentemente carente de simetria. Seu raciocínio é dos mais descuidados. Embora os antigos árabes tivessem adquirido num grau bem mais elevado a ciência da dialética, seus descendentes são singularmente deficientes na faculdade lógica.” (Lorde Cromer, Apud SAID, 2007,p.71)

Essa fala de Lorde Cromer foi respaldada por anos e anos de produções artísticas e intelectuais que declaravam a inferioridade dos povos orientais, as vezes de forma sutil, outras mais descaradas, mas todas deixavam claro a oposição entre Oriente e Ocidente. Em um outro exemplo, uma das personagens de Agatha Christie, no livro “Morte na Mesopotâmia”, em visita à uma escavação arqueológica no Iraque descreve o seguinte:

“Quem me provocou riso foi a equipe de escavação. Eu nunca tinha visto tanto espantalho junto – todos em andrajos e anáguas compridas, com as cabeças enfaixadas como se estivessem com dor de dente. E, de vez em quando, nas idas e vindas com os cestos de terra, começavam a entoar (ao menos acho que a intenção era essa) uma esquisita espécie de cantilena infindável e monótona. Notei que a maioria tinha olhos medonhos – todos cobertos de supurações, e alguns pareciam caolhos.” (CHRISTIE, 2011, p.55) 

Livro "Morte na Mesopotamia"

Uma verdadeira desumanização dos trabalhadores locais. E esse tipo de fala é encontrada em outras passagens desse livro, e em outros livros da autora que se passam em cenários “orientais”. Outros autores famosos, clássicos e ainda lidos, também reproduzem esse tipo de imagens, como Jules Verne, Joseph Conrad, Flaubert, entre outros...

 Um dos principais estereótipos criados pelo orientalismo é o da mulher oriental: sexualizada, submissa, animalizada, pronta para satisfazer os desejos do “sultão” ou do viajante europeu. Ora coberta de tecidos, dócil e misteriosa, ora provocante e desnuda, a mulher oriental retratada pelo orientalismo não tem vontade própria, não é dona nem da própria vida, encerrada no harém, uma peça valiosa do tesouro do seu senhor. A dançarina egípcia era o ápice desse estereótipo, tendo seu corpo e sua dança o único objetivo de ser um deleite aos olhos masculinos. Muitos pintores se valeram dessa imagem e fizeram muito sucesso em exposições europeias. E essas pinturas continuam sendo amplamente utilizadas como referências estéticas para dança do ventre, folclores e estilo tribal. Será que as utilizamos com criticidade? Essas imagens são contextualizadas? Conhecemos sua autoria, sua procedência, seus propósitos?

Danse de l'Almee - Jean-Léon Gérôme (1824–1904)


L'esclave et le lion – Georges Antoine Rochegrosse (1859-1938)


Odalisque – Georges Antoine Rochegrosse (1859-1938)

Almee an Egyptian Dancer - Gunnar Berndtson (1854-1895)


 O Orientalismo colaborou e justificou o imperialismo europeu. Quando esse sistema de dominação entrou em colapso na segunda metade do século XX, o Orientalismo sobreviveu enquanto ideologia e prática. Para isso ele passou por uma ressignificação, mantendo alguns elementos acrescidos de novos estímulos e temas, como por exemplo, o controle das migrações e o combate ao terrorismo, que são utilizados como justificativa para perseguições religiosas, maus-tratos e não acolhimento de refugiados, entre outras atitudes violentas e preconceituosas. 

Barco de refugiados Sírios cruzando o mar mediterrâneo.

 

Portanto, no contexto contemporâneo, o Orientalismo adquire novas formas, se adaptando aos novos jogos de poder, e continua servindo como justificativa ideológica para os grupos hegemônicos.

Mas afinal, porquê falar de Orientalismo?

O Orientalismo faz parte da formatação da Dança do Ventre e do estilo Tribal, e isso é um fato. Debater e refletir sobre como o orientalismo está presente na nossa dança, no nosso mercado, nas nossas escolhas e preferências, é um caminho que muitas de nós estão tomando na busca de construir uma comunidade mais ética e responsável. Arte também é política e é importante compreendermos quais mensagens estamos veiculando, tomar consciência das implicações da nossa dança, para então criarmos novas formas de lidar com a herança histórica da nossa arte, sem mais negações ou silenciamentos.

 

Bibliografia

CHRISTIE, Agatha. Morte na Mesopotâmia. Tradução de Henrique Guerra. Porto Alegre, RS: L&PM, 2011.

DIB, Marcia. Mulheres árabes como odaliscas: Uma imagem construída pelo orientalismo através da pintura. Revista UFG, ano XIII, n.11. Dezembro de 2011.

PASCHOAL, Nina Ingrid. Discursos orientalistas sobre a dança: o caso de Almée, an egyptian dancer, de Gunnar Berndtson. In. Faces da História, Assis/SP, v.6, nº2, jul./dez., 2019.

SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Tradução Rosa Eichenberg. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SILVA, Leonardo Luiz Silveira. O embate entre Edward Said e Bernard Lewis no contexto da ressignificação do Orientalismo. In. Revista Antropolítica, n.40, Niterói, 1 sem. 2016.

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Sankofa 



Fran Lelis (Volta Redonda-RJ) é professora SEEDUC RJ, especialista em História do Brasil pela UFF, mestra em História pela UFRRJ. Dançarina de Tribal Fusion com registro profissional pelo SPDRJ (DRT:56/032).



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Monni Ferreira (São Paulo-SP) entrou para o mundo da dança com 10 anos de idade e durante toda a sua trajetória nesta arte teve a oportunidade de vivenciar diferentes estilos de dança, como: árabes, contemporâneo, afro, moderna, street dance, brasileiras, flamenco, indiana, ballet, entre outras.Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Resenhando – RJ] Estilo Tribal Live! – Ciclo de Entrevistas

 por Fran Lelis

O ano de 2020 foi desafiador, a gravidade da pandemia tornou o isolamento social a principal arma para combater a propagação do covid-19. Diante desse cenário, a internet e as redes sociais se tornaram o principal meio de encontros e trocas.

Buscando novas maneiras de aproximar nossa comunidade, Nadja El Balady, uma das pioneiras do estilo tribal no Brasil, aproveitou um espaço online já existente, o grupo do Facebook “Dança Tribal Carioca”, e promoveu um ciclo de entrevistas com profissionais que fazem parte da história do estilo no estado do Rio de Janeiro.


 Nadja El Balady, sobre esse projeto, denominado Estilo Tribal Live! :

“Estilo Tribal Live! O ciclo de entrevistas que produzi entre julho e agosto de 2020 visando movimentar a comunidade de estilo tribal do Rio de Janeiro no momento mais agudo da pandemia de covid-19. As entrevistas foram realizadas no grupo do facebook Dança Tribal Carioca, com exceção da primeira, que acabou acontecendo pelo Instagram do grupo Loko Kamel Tribal Dance, devido a problemas técnicos."


"As entrevistadas deste primeiro ciclo foram: Aline Muhana, Isabel de Lorenzo, Jessie Ra’idah e Dária Lorena. Elas foram escolhidas entre algumas das que, junto a mim, fizeram parte do nascimento do estilo no Rio de Janeiro e também no Brasil. Foram convidadas a contar um pouco de sua trajetória na dança e a escolha pelo estilo tribal como forma de expressão e o que isso significava numa época de pouco acesso a internet e quase nenhum recurso para estudar, nem nenhuma grande professora do estilo disponível no Brasil. Foram também convidadas a falar a respeito de assuntos polêmicos do momento, como apropriação cultural, a nomenclatura tribal que está em questionamento internacional e também pontos de vista pessoais sobre racismo e os desafios de artistas negras e de periferia em exercer esta atividade de maneira profissional."


 

"Cada uma das entrevistadas deu sua contribuição ímpar para debates importantes no nosso meio, de acordo com suas experiências: Aline Muhana,  que comigo fez parte do primeiro grupo de estudos em ATS no Brasil, a Tribo Mozuna; Isabel de Lorenzo foi a primeira professora a ensinar ATS no Rio de Janeiro através dos eventos que produzi naquele período; Jessie Ra’idah e Dária Lorena fazem parte de uma segunda geração de dançarinas de tribal que estudaram com as primeiras professoras do Rio de Janeiro e passaram a colaborar profissionalmente com o crescimento da cena dando aula e produzindo eventos.

Os vídeos das entrevistas se encontram disponíveis no meu canal, Nadja El Balady, no Youtube. Planejo um novo ciclo de entrevistas para 2021 convidando outras personagens da história do estilo tribal no Rio de Janeiro para apresentar suas trajetórias, pensamentos e reflexões acerca da nossa cena artística.”

 

As entrevistas foram muito ricas, promoveram importantes reflexões sobre o atual momento do estilo, como também abordaram alguns caminhos trilhados pelo estilo tribal de dança do ventre no Rio de Janeiro, num diálogo muito potente – e necessário – entre passado e presente, pois dentre todos os debates que estão sendo levantados atualmente, se torna claro a urgência de analisarmos os meandros do passado da nossa dança e de suas influências, para entendermos o que somos e queremos hoje enquanto dançarinas de estilo tribal.

Acredito que esse material é muito relevante para comunidade, podendo contribuir para estudos e pesquisas, um meio de partilhar da memória do estilo tribal, além de ser uma forma de conhecermos um pouco mais a carreira e a vida de quatro profissionais inspiradoras que continuam a contribuir muito para o nosso meio.

 

📌 Pra você assistir as entrevistas:

Entrevista com Aline Muhana:


Entrevista com Isabel De Lorenzo:


Entrevista com Jessie Ra'idah:


Entrevista com Dária Lorena:

 

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Resenhando-RJ


Fran Lelis (Volta Redonda-RJ) é professora SEEDUC RJ, especialista em História do Brasil pela UFF, mestra em História pela UFRRJ. Dançarina de Tribal Fusion com registro profissional pelo SPDRJ (DRT:56/032). Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 


[Resenhando-SP] IV Imersão Tribal Simbiose - edição ONLINE

por Samra Hanan | Coordenação: Irene Patelli

 

Nos dias 30 e 31 de janeiro de 2021 aconteceu a 4a edição da Imersão Tribal Simbiose. Como nas edições anteriores, foram 6 horas de aulas dedicadas ao Estilo Tribal. 


📌 Nesta edição tivemos: 


  • Fusão e Brasilidades (Tribal Brasil) com Samra Hanan;
  • Floorwork no FCBD® Style com Natália Espinosa;
  • Combos no Tribal Fusion com Mariana Quadros;
  • Fusão taitiana com Marcelo Justino
  • Espada no FCBD® Style com Lilian Kawatoko;
  • Técnica de braços no Tribal Fusion com Samra Hanan.

 A grande novidade deste ano foi o formato do evento: totalmente ONLINE via ZOOM. Assim pudemos continuar nossos estudos de dança com segurança para todos.

É um grande desafio produzir eventos de dança, dar e fazer aulas no formato ONLINE, e acredito que após 1 ano inteiro nestas condições aprendemos muito. Sem dúvida desenvolvemos novas habilidades enquanto professores e alunos.




Os professores criam novas metodologias e didáticas, os alunos se posicionam de maneira muito mais autônoma e autoral. Assim também foi na Imersão Tribal, foram 6 horas de muito estudo focado, divididas em dois dias com 3h/aulas cada um. E ainda todas as aulas foram gravadas e disponibilizadas para os inscritos por um mês. Vejo que este é um importante recurso nas aulas ONLINE, com o qual podemos equilibrar possíveis oscilações de internet, delays e outras dificuldades inerentes do formato virtual ao vivo.


E enquanto não é possível voltar ao presencial seguimos de forma corajosa e resiliente nos adaptando e construindo novas formas de fazer dança.


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Resenhando-SP


Samra Hanan (São Paulo-SP)  é dançarina/professora/produtora em Dança do Ventre, Tribal Fusion, FCBD Style e Fusões com Danças Brasileiras. Formada em Educação Física pela USP-SP e pós graduada em Dança pela UFBA-BA, dedica-se ao universo das Danças Orientais desde 1998. 

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Irene Rachel Patelli (São Paulo-SP) é técnica em dança formada pela Etec de Artes/SP, coreógrafa, bailarina/dançarina, performer, professora de tribal fusion, dark fusion e ATS. Formação em yôga, pesquisadora de ghawazee e zaar. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Make off] Autocuidado: Qual seu tipo de pele

por Sarah Raquel

Créditos da imagem do @theboyofcheese  

Quanto tempo você não faz o autocuidado uma ação importante em sua vida? O autocuidado é conjunto de ações que cada individuo promove para manter a própria saúde e bem-estar.

Sabemos que em um ano caótico, deixamos passar despercebido a ação de se olhar e ouvir, analisar as nossas necessidades de curto à longo prazo, mas é extremamente importante não deixarmos que a rotina agitada atrapalhe esses momentos. 

O primeiro passo para começar é iniciar uma rotina de skincare. Os benefícios são inúmeros, mas o importante é que não precisa de muito para começar, basta ter consistência nesses cuidados.

Mas o começo de qualquer cuidado, tanto para maquiagem como limpeza é: você realmente sabe qual o seu tipo de pele? Existe a importância de catalogar o seu tipo para o tratamento certo para não desbalancear o pH do seu rosto e causar um efeito não esperado. 

Conheça os 4 tipos universais:

   1) Pele Seca

É caracterizada por ressecamento, descamação, vermelhidão e pouca luminosidade, porque as glândulas sébaceas não produzem lubrificação na quantidade ideal. 

2) Pele Mista

Possui oleosidade na zona T (testa, nariz e queixo) e o restante do rosto pode apresentar pele seca ou normal. Sendo assim, os poros costumam ser irregulares.


3) Pele Normal

Apresenta textura macia ao toque, com poros pequenos e pouco visíveis e sem brilho excessivo, pois tem um equilibrio de hidratação maior do que os outros tipos.


4) Pele Oleosa

Tem o aspecto brilhante, poros mais dilatados e com tendência a cravos e acne, por conta da alta produção de sebo pelas glândulas sebáceas.


Em caso de dúvidas ou caso não identifique qual o seu tipo de pele, é importante que consulte um dermatologista para indicar os melhores tratamentos para o seu tipo de pele.


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Make Off


Sarah Raquel (Fortaleza-CE) iniciou os estudos em danças orientais com a dança do ventre em 2015 e logo se redescobriu na vertente dark fusion, para melhor se expressar dentro desse estilo buscou estudar tribal fusion e o dark fusion. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 



[Resenhando-AL] Tempos de Pandemia: O Tribal Fusion em Alagoas

 por Ana Clara Oliveira


“Um, Dois, Três. Dissolver os efeitos dos antes, para nesta leitura desvestir os figurinos habituais. A dança é o Pensamento do corpo” (Helena Katz)

 


O ano de 2020 será lembrado como o ano das transformações do funcionamento das vidas contemporâneas. A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 ameaça a vida humana e muda os modos de relação do corpo com o ambiente em diversos campos de atuação. Eis que a Covid-19 afeta as Artes paralisando, desviando e transbordando a Dança para as redes sociais. Sem dúvida, a Dança e Tecnologia é uma linha de pesquisa e uma área difundida nos espaços acadêmicos e outros lugares importantes. Igualmente, é comum o uso das redes sociais para postagem de fragmentos de vídeos ou obras completas. No entanto, ao entrarmos na quarentena, surge um aumento fabricado do Tribal Fusion nas redes sociais e nos eventos online. Transportamos ainda mais os nossos trabalhos artísticos para o mundo virtual. Em relação a esse ponto, o teórico cultural e sociólogo britânico-jamaicano, Stuart Hall afirma: “o deslocamento tem características positivas; ele desarticula as identidades estáveis do passado, mas também abre a possibilidade de novas articulações: a criação de novas identidades, a produção de novos sujeitos” (HALL, 2006, p. 17-18).

Na Zambak Cia de Dança Tribal (AL), a qual faço parte, as mudanças também existiram. Fomos reinventando as práticas no nosso 4º ano de existência. Longe do desejo da comparação e muito menos da redução da dor ou até da glamourização do sofrimento, mas entre mortes mundiais e lutos particulares na Cia, o Tribal Fusion em Alagoas sofreu desvios e sobreviveu dançando outras histórias. Por essas novas histórias é que escolhi a foto acima com as belas Janna Scarllet e Leeh Lima, ambas integrantes da Zambak, que juntamente comigo fortaleceram a fusão alagoana diante das dificuldades.

Em 2020, experimentamos a potência de formar novas alianças e refletir a nossa “casa”. A socióloga feminista, professora e ativista argentina, María Lugones ressalta: “estamos nos movendo em um tempo de encruzilhadas, de vermos umas às outras na diferença colonial construindo uma nova sujeita de uma nova geopolítica feminista de saber e amar” (LUGONES, 2014, p. 950). Neste sentido, podemos compreender o tema “TEMPOS DE PANDEMIA: O TRIBAL FUSION EM ALAGOAS” através de dois momentos: o primeiro (2020.1), completamente marcado pelas adaptações da Zambak em paralelo com a suspensão temporária da Extensão Universitária de Tribal na UFAL e o segundo (2020.2), voltado para o desabrochar da Cia e ações individuais das integrantes, sem perder de vista o nosso local de abrigo poético: a Cia.

No primeiro semestre de 2020, decidimos nos acolher nos laboratórios criativos de formato online sem a expansão efetiva dos processos criativos nas redes. Na realidade, o nosso objetivo maior estava focalizado em permanecer estudando em tempos de caos. Com muita amorosidade e compreensão do que se passava na vida umas das outras, nos encontrávamos nas telas para conversar do cotidiano das nossas vidas e para dialogar acerca das cenas do Tribal no âmbito internacional e, sobretudo, nacional. Além disso, desenvolvemos dentro da Cia algumas oficinas práticas a partir de temas diversificados das fusões tribais. Destaco o retorno para os estudos da Dança do Ventre, do estilo ATS e o trabalho das lives com a participação das profissionais do Tribal: Camila Saraiva (PB / BA) e Mimi Coelho (BRA / EUA), ambos no meu perfil do instagram. Seguem os cartazes abaixo:

 



No segundo semestre de 2020, o Tribal Fusion em Alagoas foi direcionado para as participações nos eventos por parte de algumas dançarinas da Zambak. Participei como palestrante e professora em eventos nacionais como o Prakis – Simpósio Brasileiro de Fusões Tribais e Festival Tribal Core Trupe Andurá, bem como, estive nas organizações de determinadas ações relevantes para a cena Tribal no Brasil como o Fórum Tribal e Cheias de Assunto (circuito de lives UFBA I UFAL). Do mesmo modo, as integrantes, em especial, Janna Scarllet e Leeh Lima fortificaram como docentes de Tribal no espaço Mandala Danças Ciganas, localizado na cidade de Maceió.

Realço aqui o evento online intitulado como “IV Sarau de Danças, Música, Contos e Poesias Ciganas do Stúdio Mandala Danças Ciganas, no período compreendido entre 07 a 11 de dezembro/2020. As apresentações do evento aconteceram no instagram do @mandaladancasciganas com a presença dos professores do espaço, alunos e convidados. O estilo Tribal foi apresentado em forma de live por Janna Scarllet e Leeh Lima, sendo a minha apresentação gravada. Convido a todos para apreciar os vídeos do IV Sarau e assim, conhecer as artistas que movimentaram o Tribal Fusion em Alagoas. Abaixo, o cartaz do evento:

Findo o Resenhando-AL do mês agradecendo aos apoios criativos de 2020 e a todos os profissionais que auxiliaram o desenvolvimento do tribal em Alagoas, singularmente a Zambak Cia de Dança Tribal que de maneira sensível soube sobreviver. Vida longa ao Tribal!

 

Referências

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª edição. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2006.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. v. 22, n. 3, Revista Estudos Feministas, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755.

KATZ, Helena. Um, dois, três: a dança é o pensamento do corpo. Belo Horizonte: Helena Katz, 2005.


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Resenhando-AL


Ana Clara Oliveira (Maceió-AL) é dançarina e pesquisadora do estilo Tribal de Dança do Ventre. Professora de Dança na Escola Técnica de Artes (UFAL). Doutoranda em Artes (UFMG) onde pesquisa a formação no Tribal. Mestrado em Dança (UFBA). Diretora da Zambak Cia de Dança Tribal ... Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[Resenhando-RS] Tribal & Bando Celta no Rio Grande do Sul

 por Anath Nagendra

Fonte: site oficial do Bando Celta


Continuando com as revisões dos eventos nos últimos tempos, hoje decidi trazer para vocês um pouco do trabalho do Bando Celta, que vêm produzindo diversas Feiras Medievais no estado, e junto delas, com frequência, vemos a participação de bailarinas e grupos de dança, tanto de Tribal Fusion quanto Ventre e ciganas, além de outras modalidades, como a dança irlandesa!

Apesar de não ser um evento especificamente ligado à dança, considerando a expressão cada vez maior de performances do tipo que os acompanham, acho interessante fazer uma matéria sobre. As feiras medievais estão cada vez mais comuns na região sul, e é uma ótima oportunidade para dançarmos e explorarmos o lado folk, pagão e ritualístico!

Grupo Zahira Razi e Bando Celta
| Fonte |


"O Bando Celta é um grupo musical neo folk que além de fazer shows organiza a Feira Medieval no RS, sendo também uma produtora e Cia artística que agrega muitos artistas e artesãos em eventos temáticos medieval, celta, viking e geek." - via site oficial

| Solstício de Verão (2020, on-line), contando com a participação do Espaço Marrakech e Zahira Razi!


| Grupo Estilo Tribal Caravan participando junto do Bando Celta em evento de 2018.


| Fernanda Zahira Razi com um Tribal Ritualístico na Feira Medieval de PoA de 2018.

| Alex Navar e Paula Sabbatino - Reel e Dança irlandesa

Você pode acompanhar os futuros eventos através do site: https://en.bandocelta.com


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Resenhando-RS



Anath Nagendra (Esteio-RS) é bailarina, professora, coreógrafa e pesquisadora de Danças Árabes, Raja Yoga e, em especial, Tribal Fusion e suas vertentes. Hibridiza sua arte e percepção com grandes doses de psicologia, espiritualidade e ocultismo. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

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