O sorteio será dia 31 de julho e qualquer pessoa pode participar, mesmo estando em outro país.
Como participar? É bem simples! Cada rifa sai por apenas R$10,00 (frete não incluído). A ideia é que as pessoas interessadas na rifa o façam por depósito bancário. Os números da rifa são enviados por correio. Interessados na rifa entrem em contato com a Ana via facebook(clique aqui) ou por e-mail: anaharff@gmail.com para que ela passe todas as informações necessárias para participar. OBS: Rio de Janeiro e Buenos Aires sem/sin frete/flete.
Dia do sorteio da rifa: 31 de julho.
Valor: R$10,00
Materiais: cristais de vidro cor dourada, moedas kuchi e correntes.
Essa pequena pesquisa vem na intenção de demonstrar
possíveis influências estéticas e comportamentais no nosso modo de ver e
expressar o Tribal, trazendo algumas analogias e observando pontos nos quais
antigos artistas, movimentos artísticos e obras de arte que em algum momento de
nossa história da arte brasileira podem ter contribuído para essa percepção e
nosso modo de expressar o Tribal.
Relembrando, na InfluênciaCultural Brasileira no modo de ver e expressar o Tribal – Parte 2chegamos
até a década de 40 fazendo ligações entre o que estava acontecendo no cenário
artístico cultural político brasileiro e a dança do ventre no mundo para
observarmos como essa influência chegou até nós e como foram por nós
absorvidas.Depois de um período de enrijecimento político que de certa
forma reprimiu a cultura brasileira, o país até que enfim é agraciado com a
primeira apresentação de dança do ventre.
No ano de 1954, Zuleika Pinho, bailarina de balé clássico formada pela escola de teatro municipal, foi convidada a fazer uma apresentação
em um clube árabe chamado Homes. Zuleika
praticava além do balé clássico vários outros estilos de dança e dançava desde
os 13 anos de idade. Ela conta em uma
entrevista (http://horusfestival.blogspot.com/p/60-anos-de-danca-do-ventre-no-brasil.html)
que não tinha ideia do como faria e de como seria essa apresentação, mas decidiu aceitar mesmo assim.
Foi durante o ensaio que conheceu a música e os instrumentos
árabes e desde então se apaixonou. Zuleika conta que foi tudo muito intuitivo. O fato de ela já ser
uma bailarina com certeza lhe deu crédito e visibilidade, o que se dizia de
suas performances é que eram hipnotizantes e ela possuía charme, delicadeza e
muito expressividade. “A técnica se adquire com estudo e prática, mas o sentimento
nascemos com ele.” Zuleika sempre foi muito elogiada pela imprensa que sempre a
apoiou e que inclusive lhe deu o título de“Rainha da dança do ventre”.
“A técnica se adquire com estudo e prática, mas o sentimento
nascemos com ele.”
Um pouco mais pra frente para nossa sorte, chega no Brasil, em 1957, Madeleine Iskandarian, palestina
de nacionalidade, foi cabeleireira por
alguns anos e, somente a partir da década de 70, começou a se dedicar à dança do
ventre. Foi aí que a bailarina, cantora
e professora começou a aparecer no Brasil, adotando o nome artístico de
Shahrazad Shahid Sharkey. Suas apresentações aconteciam no Bier maza em São Paulo, que
foi um restaurante muito importante na história cultural árabe brasileira.
Shahrazad foi a pioneira no ensino por meio de VHS, livro,
artigos e entrevistas na TV, o trabalho de expansão da Dança do Ventre no
Brasil e no exterior foi de muito profissionalismo e, em 1998, escreveu o livro
intitulado “Resgatando a feminilidade – Expressão e Consciência corporal pela
dança do ventre”; além de produzir vídeos didáticos para exercícios
da dança que ao todo somam três mil exercícios criados por ela baseados
em sua metodologia de ensino.
Shahrazad não está mais entre nós, mas seu legado está
presente nas obras que criou, no modo como se expressou, no como transmitiu a
arte da dança do Leste como ela gostava
de instruir a se referir a dança do ventre e nas grandes bailarinas que estudaram
com ela e, hoje, são referências no Brasil e no exterior. Entre algumas que foram suas alunas: Lulu From Brazil, Hayat El Helwa, Suheil, Jhade Sharif
entre outras.
Shahrazad dizia:
“Meu trabalho não tem a pretensão de criar novas
coreografias, pois a dança do leste existe há séculos no mundo árabe, tudo já
foi dançado. Meu trabalho, no qual cada gesto envolve um profundo respeito pela
essência humana cada movimento é sagrado, e não estou falando no sentido
religioso. Somos sagrados por sermos filhos do planeta Terra, do criador.
Pertencemos ao universo”.
Durante este período o Brasil estava vivendo um momento de florescimento
da cultura árabe e alguns artistas relevantes para essa estruturação no Brasil, como Atef Issaf e o grupo folclórico “Cedro do Líbano”, também faziam
apresentações. Atef foi um dos divulgadores da dança folclórica árabe, bem como
Samira Samia que também contribuiu para essa estabilização e divulgação da
dança do ventre no Brasil.
Samira foi autodidata,pois na época não haviam meios para estudos
tão acessíveis como hoje, mas, desde que se interessou pelas danças orientais
houve de sua parte muita pesquisa e estudo a fim de aperfeiçoar suas
apresentações o que transparecia em suas propostas sempre inovadoras, onde acessórios
eram introduzidas, sendo a primeira a dançar com espadas no Brasil.Inclusive, foi muito criticada por essa versatilidade. Algumas
pessoas diziam que esses acessórios eram invenções, contudo, o tempo foi
passando e hoje está provado o caráter de estudo no qual Samira se baseava.
Em 1977, já ministrando aulas e instigando a curiosidade do
público brasileiro, conseguiu então realizar o primeiro festival de alunas, começando pequeno e, no terceiro festival, já seria necessário alugar um clube bem maior. O tão
conhecido Mercado Persa é fruto desses festivais e é conhecido desde 1995
quando foi idealizado. Essa marca se consolidou e hoje é forte referência no
cenário da Dança do Ventre junto ao
jornal “Oriente, encanto e magia”.
Como percebemos, no Brasil tudo começou sobre uma base muito
sólida, com pessoas competentes e realizadoras de grandes feitos. Isso está se
refletindo hoje, pois, se vermos por essa ótica, está muito bem encaminhado e a
estabilização da dança do ventre tende a se firmar e a ser respeitada cada vez mais. Nossas influências iniciais nos mostraram determinação e
estudo, sobre a técnica, a criatividade se apóia e nisso percebemos mesmo no
estilo de Shahrazad que também nos orienta a sermos expressivas, termos o
sentido de respeito e devoção com o nosso ser feminino.
Apesar de nos depararmos com alguns desacertos e falta de
conceito em algumas propostas, percebemos que esse tipo de trabalho não se
sustenta e o que aparece e tem destaque são trabalhos conceituais que possuem
como base muito estudo, técnica e expressividade. O Brasil, desde o início
quando começou a aparecer com a nossa maneira de expressar a dança do Ventre, se
baseou em muito estudo e criatividade, e isso hoje está se refletindo nas
grandes bailarinas de Dança do ventre e Tribal que aparecem nos representando
no País e no exterior.
O cenário tende a
crescer e a se sustentar. Dessa maneira, todo o processo para que hoje tenhamos
uma base em nossa história com a Dança do Ventre mistura as influências
cultural brasileira e árabe em um formato que não nos abdicamos de nosso modo
de expressar, mas também não nos apropriamos de uma forma equivocada da cultura
árabe. Espontaneidade e estudo foram as palavras que marcaram o início
e foram a base de como tudo começou no
Brasil e que continuemos assim. Amém!
Desde
que eu era uma tribalista jovem, dançar no infame palco do Tribal Fest era um sonho meu. A coisa interessante sobre um sonho é que ele pode ser tão
assustador quanto é emocionante, é por isso que muitos dançarinos esperaram até
mais tarde na sua carreira de dança para tentar fazê-lo.
Além
disso, muitos dançarinos, incluindo eu mesmo, vê-lo como um rito de passagem.
Com o meu aniversário de ouro se aproximando (30 anos em 30 de maio), eu pensei
que era o momento certo.
Preparações - expectativas, medos e dificuldades antes do evento
Califórnia
pode ser muito caro, por isso é importante se preparar financeiramente. No
entanto, a preparação mais importante é psicológica e física. O cérebro é uma
ferramenta poderosa. Tudo o que fazemos na vida é 90% mental e 10% físico. É
uma boa idéia saber sua coreografia para o ponto em que você sucumbe seus
nervos no palco,pois sua memória muscular pode assumir.
É
interessante que ocorre à sua mente quando entra no palco pela primeira vez. Eu
fui uma dançarina do ventre por mais de 15 anos, então eu não sou uma estranha
para o palco. Ainda assim, eu estava mais nervosa antes do meu solo no Tribal
Fest do que eu era antes do meu casamento!
A energia do palco e da audiência ... Eu me sentia como uma iniciante de
novo; pisando no palco pela primeira vez na minha vida. Apesar do fato que fui
avisada sobre esse sentimento de muitas conversas com amigos que tiveram a mesma
experiência, fiquei surpresa com o nível de nervosismo.
Meu
conselho é tomar cuidado extra na preparação de seu corpo, ter uma boa noite de
sono e , mais importante, fazer um mínimo de 30 minutos a uma hora de meditação,
todas as manhãs.
Além
do caso inesperado de nervos mencionados anteriormente, se acostumar
com as 6 horas de diferença de horário é um pouco difícil.
DURANTE O EVENTO
Raphaella e Suhaila Salimpour
Rotina no evento
O
primeiro dia em que cheguei, encontrei um ginásio com um estúdio de dança onde
eu poderia praticar. Então, todos os dias depois dos meus workshops eu ia
correr 5 quilômetros, fazer a minha hora de condicionamento e exercícios de
fortalecimento, e depois, prática por mais 2 ou 3 horas. Depois havia tempo para
jantar e dormir.
Entre
meus workshops, eu interagi com outras dançarinas (e eu estou MUITO feliz que
eu o fiz, porque eu conheci o estilista de UNMATA que concordou em fazer o meu
cabelo para o Show!) e com certeza encontrei tempo para um monte de COMPRAS!
Havia uma quantidade infinita de figurinos elaborados e jóias! Eu ainda posso
ouvir a minha carteira chorando.
Dificuldades durante o percurso para o evento
Eu
recomendo de ir ao evento com um grupo de dançarinas ou a trazer um amigo com
você. Dirigir as 2 horas sozinha a partir de São Francisco para Sebastopol
depois de muitas horas de viagem de avião pode ser muito intimidante e
cansativo.
Primeiras impressões do evento
Pode
ser intimidante, especialmente se você não conhece ninguém lá e é sua primeira
vez. Então, se você é uma pessoa tímida como eu, você pode sentir um pouco
desconfortável no início. No entanto, apesar do fator de intimidação para uma
virgem de Tribal Fest, há um verdadeiro sentimento de camaradagem no ar, quase
como uma reunião de família. Este fato fez o tema do evento "Tribal Fest
15: A Family Reunion", divertidamente irônico.
A infraestrutura do evento
Há
uma grande quantidade de workshops e eles são bem organizados. No entanto,
porque há 4 dias de shows (quinta a domingo, dia e noite) ocorrendo ao mesmo
tempo com os workshops, é quase impossível ver todos os seus artistas favoritos.
Amy Sigil e Raphaella
Sobre os workshops
Eu
tomei workshops com o gênio criativo e fundador do UNMATA, Amy Sigil e um dos
meus heróis pessoais, a lendária Suhaila Salimpour. Eu estudei com Amy por
muitos anos e posso dizer uma coisa com certeza: workshops com ela SEMPRE têm
um nível de intensidade e te força a pensar fora da norma e flexionar seu músculo
criativo. Mas desta vez Amy formou a estrutura do workshop como um jogo de
memória com todos os participantes interagindo com os outros (e havia um MONTE
de participantes!). Como eu disse, esta mulher é um gênio criativo!
E
Suhaila, uau! Eu me sentia como um iniciante de novo em seu Workshop. O tema de
seu workshop consistiu da técnica do quadril. Mas posso te dizer, meus quadris
não eram a única parte do meu corpo que eu senti! Ela trabalhou meus glúteos,
coxas, pernas, abdominais e, claro, a mente. Quase todas as dançarinas que
nunca tiveram Suhaila como uma instrutora antes descobriram rapidamente que
esta senhora significa NEGÓCIOS. Ela vai
quebrar os maus hábitos que você adquiriu ao longo dos anos, dos quais muitas
dançarinas não percebem que estão incorretos.
Além
disso, a mulher tem a percepção sensorial como Yoda! A sala estava cheia de
estudantes e apesar do fato de que ela estava olhando na direção oposta em uma
plataforma maior parte do tempo, ela poderia identificar se alguém estava tendo
um problema de entendimento ou executando um movimento a partir de uma milha de
distância. "The force is
strong with this one". Ela é, sem dúvida, A RAINHA!
O Show
Sem
dúvida, o meu show favorito foi sábado! Apesar do fato de que eu não poderia
desfrutar da primeira parte do show, porque esse era o dia do meu solo e eu
estava me preparando durante toda a manhã, eu tive a oportunidade de
reencontrar com amigos no backstage, incluindo Rachel, que eu não via desde o
ano passado no Shaman's Fest. E os desempenhos foram insanos! Depois do meu
solo, eu rapidamente troquei de roupa para sentar na audiência e assistir
algumas das dançarinas. Cada uma era tão boa que eu não sai da minha cadeira
por 6 horas!
Meus
favoritos foram Rin Ajna (incrível flutuação de energia e ela compôs sua
própria música), Mardi Love & Friends (havia TUDO nessa), Ebony, Mor Geffen
de Israel, o balé dança do ventre por April Rose, Datura, Colleena Shakti
(assistir sua dança ao vivo lhe dará um DANCEGASM!) e, com certeza, o momento
inesquecível quando a mãe de ATS®, Carolena toma o palco com Jill Parker,
Paulette Rees e Kajira. Os olhos de todos na sala estavam cheios de lágrimas de
tanta alegria e admiração por estes quatro pilares da nossa comunidade. É uma
experiência que eu nunca vou esquecer.
Principais diferenças entre o público
norte-americano e brasileiro
Eu
vou dizer que ambos são amistosos e o público no Tribal Fest foi muito
acolhedor, mas como uma dançarina que apresentou-se em ambos os países durante os
últimos 3 anos, posso te dizer que há uma diferença. Particularmente nos últimos poucos anos,
observei uma mudança em como o público americano percebe o trabalho de uma
dançarina. Há uma tendência para visualizá-lo mais de um ponto de vista
analítico (quase demais às vezes) tentando analisar o significado subjacente de
uma coreografia ou qual método da técnica a dançarina está usando em vez de só
permitir eles mesmos de apreciar a arte pela arte.
Agora,
por outro lado, e a partir de minha experiência, eu sinto que o público
brasileiro vê o trabalho da dançarina através dos olhos de emoção. Por causa
disso, eu sou menos tensa e eu me divirto mais quando eu me apresento para um
público brasileiro, em vez de preocupar com quem vai notar quando eu cometer um
erro técnico. Uma das lições que aprendi com meus anos no Brasil é que o nível
de paixão que você traz a sua dança é igualmente importante como a técnica. Um
fato que você acha que seria inerente, mas que você não compreende totalmente
até ver uma dançarina brasileira executar.
A experiência de dançar no palco do Tribal Fest
De
uma perspectiva humorosa, é muito similar a sensação de um acidente de carro ou
andar em uma montanha russa perigosa. Seu sangue está bombeando rápido, você
pode sentir seu coração batendo, você não pode pensar sobre nada exceto
quão nervoso você está e sua visão é um borrão. Em seguida, você anda no palco
e o momento inteiro passa num instante. Depois, você não se lembra o que você
fez, só como você se sentiu e o que você se esqueceu de fazer. Em seguida, um
momento de alívio, seguido por uma sensação de realização quando seus seis sentidos retornam ao seu corpo e você pode ouvir os aplausos do público.
Eu
acho que eu estava tão nervosa, não só porque foi a minha primeira vez no palco
de Tribal Fest (às vezes precisamos provar a nós mesmos), mas porque eu fui uma
dançarina que geralmente executa improvisação que se preparava para apresentar
uma coreografia . Além disso, uma coreografia que significou demais para mim,
uma parte que eu passei meio ano criando, uma peça que contava a história de
uma parte muito difícil da minha vida; a vida de uma pessoa que é muito privada
e protegida em relação a seus sentimentos vulneráveis. Você pode encontrar a
sinopse do significado da coreografia na descrição do vídeo no YouTube:
Raphaella is an Tribal Fusion Instructor and Choreographer based out of Rio de Janeiro, Brasil. Though originally from sweet home Chicago, Rapha considers herself a Carioca through and through. This choreography is a very near and dear to Rapha’s heart and depicts the emotional and spiritual journey of self-realization, healing and a new found sense of self-worth and discovery she has come through during these last few years of immense change in her life. Instead of repressing these emotions and memories yet again of this abusive part of her earlier life she had run away from, she forced herself to look inside through the silence of her new found surroundings; and instead of locking those feelings deeper inside, chose to release them. She received an unexpected burst in creativity, and the result was this choreography.
Cada
parte deste trabalho, a partir da música para cada movimento, foi criada com
cuidado para garantir que cada gama de emoção fora tocada e a história poderia ser
contada com honestidade. Eu também
desenhei o figurino e o esbocei no papel. Infelizmente, eu não costuro bem, mas eu tenho a sorte de conhecer a talentosa dançarina, figurinista e
querida amiga minha, Aline Oliveira (Nataraja Designs), para dar vida à
criação.
Apesar
de não ter sido o que eu imaginava, eu estou satisfeita com toda minha experiência
ao Tribal Fest e eu acho que eu voltarei ano seguinte, mas desta vez com uma
peça divertida sem emoções fortes e intensas; algo rápido e furioso. Além
disso, o tema para o próximo ano é "SciFi 16: Dance Long &
Prosper!". Como posso resistir?!
Um pouco sobre o After Party
As
After Parties eram tão divertidas! Há muitos momentos hilariantes e escandalosos
que ainda tenho no meu telefone que eu não compartilhei com ninguém. Além
disso, havia exposições especiais por um seleto poucos que foram mantidos em segredo
até o último segundo. O meu favorito absoluto foi Leon Mancilla aka Vyper
SynVille no After Party no sábado. Foi insano! Mas, a melhor parte é a
oportunidade de finalmente conhecer todos os dançarinos que você admirava por
anos no YouTube e Facebook. E pra mim, isso foi Ebony!
Aprendizados e vivências
O
público no Tribal Fest reagiu mais e apreciou o divertimento e as coreografias
cômicas com um ritmo rápido, em vez de as peças graves e emocionais,
independentemente do nível de técnica. Então, meu conselho aos futuros
participantes seria para preparar uma coreografia divertida e rápida, reservando as peças dramáticas para um ambiente como o Tribal Massive.
PÓS EVENTO
Mitos e verdades sobre o festival
O sentimento
que você tem depois da primeira experiência de Tribal Fest é como espreitar
por detrás da cortina do Mágico de Oz. Não era sua expectativa, mas foi ainda uma
viagem interessante e gratificante.
Pontos positivos
Fora
do seu habitat natural, você aprende muito sobre si mesmo como uma dançarina
quando faz a viagem sozinho para um festival dessa magnitude.
Pontos negativos
Porque
muitos dos workshops ocorreram ao mesmo tempo que os shows, é muito difícil de assistir
todos os seus dançarinos favoritos. E, é impossível de buscar uma vaga de
estacionamento depois das 11h nos dias dos shows. Você vai precisar estacionar
em uma longa distância e andar 15 minutos a pé de volta para o local.
O quê você gostaria que fosse
“importado” de lá para os eventos brasileiros?
Eu
gostaria de ver mais atividades em grupo, como parte dos festivais de dança
fora dos shows.
Quais conselhos você deixaria para aqueles que gostariam de participar do Tribal Fest?
Além
de meu conselho de escolher uma coreografia divertida e de ritmo rápido ou
improvisação, POR FAVOR LEMBRE de aproveitar o tempo que eles dão para a sua
INTRODUÇÃO. Isto é tão importante! Muitas dançarinas se esqueçem que às
vezes coreografias podem incluir elementos ou temas específicos para sua
cultura e / ou nativas a esse país e há uma possibilidade de que o público
americano pode não entender o significado da peça porque não está familiarizado
com o assunto, símbolo ou o significado espiritual. Essa falta de informação do
público tem um grande impacto em como eles recebem o tema de seu trabalho.
A idéia surgiu de um bate-papo informal entre Fernanda Lira e Aerith em São Paulo. A partir daí a sementinha da idéia havia sido lançada.
Logo adiante, Aerith decide criar um painel no Pinterest para compartilhar fotos mais antigas das principais bailarinas do estilo tribal. Desta forma, a idéia tomou forma e as duas decidiram colocar no papel esta idéia em forma de coluna no blog, que tem como objetivo de fornecer informações pontuais , data/época de cada acontecimento e uma imagem que nos aproxime um pouco da realidade em questão.
Esperamos que gostem dessa nova forma de conhecer e estudar a dança tribal!
Sobre
Fernanda Lira:
Fernanda Lira iniciou seus estudos na dança em 2007,
começando pela Dança do Ventre com Lisa Hazine. Em 2009 conheceu o Tribal
Fusion e passou a ter aulas com a dançarina Mariana Quadros. No mesmo ano
passou na audição para o Encontro Tribal y Fusion pela Bele Fusco, no qual
participou de workshops com dançarinas nacionais (Nadja El
Balady, Mariana Quadros, Carol Schavarosk, Nanda Najla) e internacionais (Mardi
Love, Sharon Kihara, Ariellah Aflalo).
Após um período afastada
da cena da dança, retomou em 2011 seus estudos com a Dança do Ventre e, no final
de 2013, começou seus estudos em ATS®na Escola
Campo das Tribos, com a dançarina Rebeca Piñeiro. No ano seguinte participou
dos workshops “Modern ATS®” com Rebeca
Piñeiro e “Construindo o Básico” com Kristine Adams.
Também em 2014 ingressou
na Faculdade Paulista de Artes para o curso de Licenciatura em Dança, o que
possibilitou ter contato com outras estéticas de dança como Ballet Clássico,
Dança Contemporânea, Contato Improvisação e Dança Afro, além de técnicas
somáticas.
Como forma de não se
fechar para novas experiências fora ao Tribal, participou de workshops pelo
Sesc, como “Introdução a práticas orientais do movimento e criação em Dança”
com Eduardo Fukushima, “Criação de uma intervenção cênica por meio da
imobilidade e do silêncio” por Denise Namura e Michael Bugdahn, e outros.
Atualmente continua seus
estudos em Tribal Fusion e ATS® tendo como veículo de aprendizagem a internet,
e seu aperfeiçoamento em Dança Oriental com a dançarina Hanna Hadara na Al
Qamar Academia de Danças, onde também ministra aulas de Tribal Fusion e Dança
do Ventre.
Este ano as bailarinas do Banjara School of Dance, da Índia , lançaram um vídeo em conjunto com as bailarinas portuguesas do Orchidaceae. O vídeo aborda as diversidades de linguagens incorporadas pelo estilo tribal, variando a performance entre a dança pura(matriz) e a dança fusionada com o Tribal.
Assista ao projeto, intitulado como "Banjorchi" (fusão das iniciais de cada grupo participante =D), através do vídeo abaixo:
O Mercado Persa em 2015 fez 20 anos! Para saber a magnitude de como foi a 20ª edição, assista ao vídeo abaixo, que mostra um pouco de cada atração do festival. Uma das novidades do evento foi o Núcleo Tribal, com workshops de Mariana Quadros e Rebeca Piñeiro, show de gala dedicado apenas ao estilo, concursos e muito mais!