E então chegou o tão esperado dia
da minha viagem para o Rio de Janeiro rumo ao Gothla.
Esse ano optei por
estudar mais e, mesmo com todas as dificuldades financeiras, pude me esforçar
para participar das aulas oferecidas. Fiquei encantada com todo o tema do
evento e trabalho das bailarinas que se apresentaram na noite de gala. Mas
gostaria de traçar alguns comentários sobre as aulas. Para começar, não
gostaria de seguir uma ordem cronológica.
Gilmara e Rhada
A priori ressalto que em um âmbito
geral a mensagem mais importante passada a mim foi o de inovação! Não que ela fosse ausente antes, mas
agora de forma mais consciente. Foi um tema bem tratado e incentivado pelas
bailarinas/professoras. Palavras como: "desconstrução", "experimentação" e "inovação" estavam presentes nos vocabulários das aulas.
O workshop da Rhada sobre o Corvo
trouxe-me novas ideias e inclusive ela tratou muito sobre a desconstrução de
movimentos e adaptação do mesmo para um fim desejado que, no caso dela, foi
traçar movimentos baseados no corvo, e isso é bastante inovador.
Lady Fred e Gilmara
Os works da
Lady Fred foram marcantes no sentido também de inovação, mas o assunto mais
importante para mim foi o da memória muscular, algo que se fez novo para meus
treinamentos.
O da Gabi e Yoli me deu novas perspectivas de coreografia, mesmo
sendo para duos, fez com que ideias aflorassem também no campo da inovação,
experimentação, liberdade e identidade, não sendo a coreografia algo necessariamente executada
igualmente por todos.
Saba, Gilmara e Long Nu
O da Raphaella ajudou bastante na ideia da consciência
muscular para os breaks.
E o Butoh me encheu de emoções esquisitas de tristeza
e lamento (que comungam com meu ser) trazendo isso para uma dança expressiva e
inovadora. Destaco a frase da Saba quando tratou sobre desumanizar o bailarino,
bastante reflexivo e inovador! Entendo que a Dança é um veículo para expressão
de sentimentos e, embora eu já tivesse
aprendido isso com a Gabi, pude sentir isso despertar de uma forma natural
durante o work sobre o Butoh.
Gilmara e April Rose
Animei-me bastante também com o curso de UNMATA
ITS da April, que finalmente pude entender e tirar algumas dúvidas sobre o ITS.
O work da Ariellah mais uma vez me trouxe a ideia de inovação e criações com
experimentações, onde a construção e desconstrução dos movimentos estavam
presentes.
Gilmara e Ariellah
De uma forma geral, todas as aulas foram bastante acrescentadoras,
sendo até difícil assimilar toda carga de conhecimento passado. Mas resumindo,
afirmo que foi uma experiência maravilhosa e que deu suporte para toda a
liberdade que o Tribal nos proporciona. Inovar, construir, desconstruir,
expressar, mesclar e ir além dos limites são hoje perspectivas que tenho em
minha Dança de uma forma mais consciente do que antes
E, por fim, eu, um cadáver
morto já falecido volta para casa zombizando e muiiiito cansada, mas com muitas
ideias e empolgação para trilhar o caminho da Dança Tribal juntamente com as
minhas colegas de trabalho, alunas e admiradores!
A bailarina Jhade Sharif (RJ) em conjunto o músico Mitsuo Unno (Japão)produziram duas faixas inéditas para o espetáculo Gothla Brasil em 2015, através do projeto "Tribal Snake". As faixas, intituladas "The Sands Of Dreams" e "The Shadow And The Light" foram compostas pelo músico com exclusividade para o espetáculo, tendo a arte gráfica das faixas realizada pela Jhade Sharif.
Você pode ouvir e/ou comprar as faixas através dos links abaixo:
Nesse meu primeiro post na coluna "Resenhando", vou contar um pouquinho de como foi o Mini-GOTHLA BR !
Para quem não sabe do que se trata, o Gothla (hoje formado pela junção das palavras "gothic" e "hafla") é um evento dedicado ao "Gothic Bellydance". Seu formato é de um grande encontro entre os praticantes dessa modalidade e de segmentos alternativos do Tribal Fusion, com workshops, mostra de dança, expositores com venda de acessórios e um grande show fechando o evento.
Sua primeira edição aconteceu em 2007 no Reino Unido. Desde então, o evento cresceu e se expandiu para outros países, chegando ao Brasil em 2012, produzido por Jhade Sharif, diretora da Asmahan Escola de Artes Orientais.
Em 2014, o evento contou com um workshop ministrado pela bailarina Raphaella Peting, mostra de dança e o show "Coexiste".
A data escolhida para a mostra+show foi significativa: 01 de novembro de 2014!
Eventos temáticos de Halloween são uma tradição do Asmahan. Esse ano o Gothla assumiu também esse papel!
Pontos fortes do evento:
A Mostra de Dança e o show foram apresentados em sequência. Isso deu dinamismo ao evento e evitou que o público se dispersasse. Também foram priorizados os números em grupo, e menos solos. Isso reduziu o número das apresentações e deixou o show do tamanho certo, com aquele gostinho de quero mais!
A Mostra de Dança estava bem no clima Halloween! Além das apresentações de Tribal Fusion, tivemos Monster High, Morticia Adams, bailarinas caveiras e zumbis...
Tahoser Sharif
Grupo Monster High
Regina Lopes
Carol Marques
Nadhirrah Farag
Helena Amynthas
Gostei muito do Corvus Corax Group, formado por alunas de Rhada Naschpitz; e do solo da Natália Espinosa, como uma fantástica "haunted doll".
Corvus Corax
Natália Espinosa
O show "Coexiste" contou com a participação de todos as professoras do Asmahan, inclusive as de Dança do Ventre, e isso deu um toque de diversidade nos números de dança. Também curti!!
Darah
Rayzel
Nadhirra
Raphaella e Alunas
Entre as apresentações que me chamaram mais atenção, posso destacar Aline Muhana e Rapha Peting com um duo lindo com a música "Bring me to life" que arrepiou a platéia.
Raphaella Peting e Aline Muhana
Lalitha, Kyia Sharif e Noor Farag apresentaram um número baseado no musical "Wicked" (que eu não conhecia, confesso, mas depois que entendi a referência gostei mais ainda!)
Wicked
Jhade Sharif e Rhada Naschpitz arrasaram nos seus solos!
Jhade Sharif
Rhada Naschpitz
Para terminar, um ATS® na melhor vibe Piratas do Caribe!
E assim foi o Mini-GOTHLA BR 2014!!
Elenco
Esse ano teremos o festival em sua versão completa, com diversas bailarinas internacionais e diversos workshops inéditos no Brasil, e as inscrições JÁ ESTÃO ABERTAS!
***A parte I, referente ao Espetáculo Carpe Noctem II e Open Stage, encontra-se neste link.*** PARTE EMOCIONAL E PSICOLÓGICA:
Como mencionei anteriormente, dancei no Show de Abertura que é a transição, ou "intervalo", ou o "meio" entre o Open Stage e o Show principal. Por mais que eu não quisesse ficar nervosa, eu fiqueisupernervosa e não conseguia controlar isso. Meu coração palpitava toda hora, comecei a ficar com medo de me dar vontade de ir ao banheiro e até tive cãibra no pé antes de entrar.Acredita? Ou seja,sou muito ansiosa e nervosa, mesmo tentando me concentrar. Acredito que isso tudo seja por falta de oportunidade em se apresentar, pois na minha cidade quase não há eventos em que chamem bailarinas de tribal, é mais de dança do ventre, então quase não me apresento durante o ano =/ Acho que quanto mais encaramos nossos "medos" de frente, quanto mais dançarmos, mais nos familiarizaremos com o palco e sentiremos mais a vontade com essa situação, o que não anula o fato de sentirmos um nervosismo pré-apresentação...acho que isso é inevitável, pois estar diante de um público é sempre meio que assustador xD E eu sou bem tímida, acanhada, sensível e fico sem graça fácil fácil...então já viu né...tenho um treco rsrs
Enfim, voltando(rs)...eu tinha uma margem de erro tolerável na minha apresentação, e tive que aceitar isso, pois esse ano tive muitos problemas que afetaram o meu emocional , o que me deixou meio sem vontade, ânimo, disposição em treinar minha coreografia...tinha algumas idéias soltas e tal...mas não tinha psicológico para me concentrar na criação da minha dança. E isso foi me frustrando, me deixando meio inerte, meio triste até eu ficar muito pra baixo mesmo e desanimada com a dança no geral...até compartilhei com vocês. O que me fez ter alguma atitude foram os comentários que algumas pessoas me deram e o apoio delas me ajudaram nisso; o meu marido me enchendo o saco que eu tinha que fazer uma coreografia para eu não me perder, para eu ficar mais tranquila e ter um "porto-seguro" se eu ficasse nervosa e me desse um branco; e assistindo aos vídeos da Ariellah do ano passado me motivou também bastante, pois amo aquelas performances dela. Então, em menos de 5 dias tive que me virar para montar a dança...e não consegui fechar a coreografia toda, tendo partes para o improviso e, portanto, para a margem de erro previsível.
Ali estava eu...esperando a minha vez, andando de um lado a outro na cochia , enquanto o trio dos meninos tribais se apresentavam e tiravam gritos do público hehehe. Quando eu me toquei eles tinham terminado e eu não tinha me concentrado em nada..aff....foi tão rápido para mim...e quando me toquei estava no palco e minha música tocando e meu deu um branco ...e fiquei meio perdida...a sorte que minha música dava margem a algo meio assim...mas me perdi mesmo...porque esqueci o que eu tinha planejado em fazer....quando sai do "off" e fui para o modo "on" consegui pegar o embalo e relembrar os passos que tinha ensaiado.A primeira parte era para ser coreografia,mas pelo pouco tempo de ensaio que tive, acabei me esquecendo e acabou saindo improviso mesmo. A segunda parte foi a que mais estava familiarizada. E foi a única que consegui coreografar, pois era a parte que eu já tinha umas ideias soltas e daí somente as uni. A terceira parte foi improviso total e era para ser assim mesmo, devido aos detalhes na música, que me exigiria algo mais técnico e que eu não ia guardar em tão pouco tempo para o evento.
PARTE CONCEITUAL:
A minha dança foi dividida por três músicas, que representariam três momentos ou estados da minha dança. A primeira parte foi a música de um filme que gosto muito, chamado Coraline. Neste momento, eu quis representar a pureza, ingenuidade, delicadeza e imaturidade, próprias da infância. Esta fase da vida é um momento de faz de contas,onde estamos imersos no mundo da fantasia, em um mundo das maravilhas;um mundo de sonhos. Assim, o lenço branco em minha cabeça fazia essa simbologia da pureza. Sim, tinha que ser branco. Primeiro para destoar com o resto do figurino e realmente destacar para isso. Segundo, porque o branco tem todo esse significado que já mencionei. O lenço seria um objeto físico que estaria também “prendendo” a fase seguinte, que remete a descoberta da sensualidade, e isso pode ser associado a cultura do Oriente Médio. Aqui os movimentos são mais singelos, graciosos e simples
A segunda parte, como mencionei anteriormente, faz menção a descoberta da sensualidade. No final da primeira parte o lenço branco é solto da cabeça, fazendo menção a isso. É entrada a puberdade, a passagem da menina-mulher, a corrupção do lenço branco pelo vermelho se destacando(do top-corselet) e pela ludibriação. Nesta parte,os movimentos se tornam mais sensuais, com uso de charmes. Eu usei uma música do filme O Estranho mundo de Jack. Sempre pensei dançar essa música puxando para um cabaret,mas nada melhor que levar isso para a ambietanção dark.
A terceira fase é uma fase de superação e de auto-confiança. A menina tornou-se definitivamente mulher. Seus movimentos são mais complexos, impactantes,intensos e confiantes. Há revoltas, pois descobrimos que a vida não é perfeita e que estamos sempre à prova e, por isso, temos que nos superar. Eu utilizei uma música do filme O Corvo. A música tem bastantes detalhes e própria para o estilo dark fusion.
SALDO/APRENDIZADO:
Não consegui seguir as metas que tracei para o Gothla Br 2012, infelizmente. Minha vida está em uma época de muitas mudanças e não consegui me concentrar para dançar. Apesar de tudo isso, consegui encontrar uma brecha para respirar e buscar inspiração. Com esse sopro, consegui forças para montar algo. Sim, minha dança não foi como gostaria que tivesse. Ainda apresenta muitos erros, como posicionamento de braços, giros, tenho que melhorar a leitura musical,etc. Algumas coisas já melhorei bastante desde o Gothla até então. Mas apesar disso, após dançar, isso me retomou a confiança. Fiquei mais segura para dançar e consegui encarar um “medo”.
Às vezes tudo é difícil quando sua vida está tão atribulada de coisas e problemas. O desânimo toma conta de você e nem sempre temos ânimo para ensaiar o quanto gostaríamos. Falta-me tempo, espaço, dinheiro, rotina,professores. Sim, eu espero que em 2013 eu já esteja tendo aulas regulares,já que vou me mudar de cidade em breve. Chega uma hora que precisamos de ajuda, não só por termos nossas próprias limitações, mas pelo cansaço de ter que fazer tudo sozinha e pela rotina puxada.
Desde que comecei a dançar tribal, tive que me virar praticamente sozinha desde 2010, pois minha professora teve que se mudar de cidade. Tive que usar as ferramentas que estavam ao meu alcance e fazê-las úteis. Isso foi muito importante para mim. Aprendi a compor um estilo próprio, a ousar e ser criativa, através também da arte de improvisar. Porém, depois do evento, descobri o quão proveitoso pode ser a coreografia. Esse é um ponto que espero desenvolver. A pequena parte(do meio) que coreografei me chamou a atenção para isso. Quando ensaiamos uma coreografia, a dança se torna tão fluida e espontânea, que dançamos no “piloto automático”. Você pode ficar nervosa e dar uma ligeira impressão de esquecimento, mas seu corpo acaba fazendo sem você perceber. Isso aconteceu comigo e achei a experiência muito interessante. Além disso, há a possibilidade de uma melhor leitura musical, pois podemos destrinchar a música e descobrir detalhes, e isso mexe com a criatividade, tornando a dança mais diversificada. Acho que isso vai ser um bom exercício de memória também. Enfim,os dois tem pontos bons a serem aproveitados e cada um tem um momento para descobri-los. Para mim foi importante a ordem que segui.
AGRADECIMENTOS:
Da esquerda para direita: Gabriela de Lima (RS), Bruna Gomes (RS), Bety Damballah (PR), Mariáh Voltaire (PR), Alan Keippert (RJ), Mariana Maia (SP), Zahrah Violet (SP). Aerith (RJ),Rhada Naschpitz(RJ),Caique Melo (BA) e Camila Corrêa (RJ)
Esse ano eu não pude fazer os workshops, mas fiquei bastante satisfeita com o clima de amizade no evento! O tão pouco tempo que estive conheci pessoas maravilhosas!E revi outras que tenho um carinho super especial. Peço desculpa também se não dei muita atenção a outras pessoas, eu realmente estava me sentindo meio acanhada e deslocada(até porque eu não fiz workshop algum...e muito do companherismo e amizade é criado durante as aulas, né?), às vezes fico assim quando tenho muitos problemas em mente e quando não vejo as pessoas há muito tempo, ou só conheço a pessoa pela internet...às vezes eu não sei como a pessoa vai reagir pessoalmente...então fico sem graça de ir lá falar. Sorry =/
Feliz de rever minha querida amiga Rhada! Sempre alto-astral! Sempre levantando a galera \m/
Feliz de conhecer a Lola Espinosa, queagradeço mesmo por compartilhar suas experiências e tentar me acalmar,
realmente me ajudou bastante!Muito atenciosa, alegre e sincera (rs); e rever a Yoli e Gabi(Miranda), que são umas fofas comigo^^ OBS: Meu cinto é do Atelier Tribal Skin!*momento propaganda*
Conheci o pessoal do Damballah(PR)!! Bety e Mariáh são duas pessoas super espontâneas e amigáveis rsrs Morri de rir! Ui! Altas dicas do dark side of the harem hauahuahauhauhau Adorei conhecê-las!
Adoro as cariocas Aline Muhana, criadora da maior parte do meu figurino*momento propaganda (2)*, e Karine Xavier. Adorei rever Alish e conhecer tantas outras pessoas legais do Asmahan.
Fico feliz de poder ter trocado palavras com a Kilma Farias(PB), Karina Leiro (PE) e Rebeca Piñeiro (SP), pessoas super simpáticas e ótimas bailarinas.
Realizada por ter assistido a apresentação de uma das minhas bailarinas favoritas que é a Morgana, uma grande inspiração desde quando comecei a dançar tribal (triste por não ter feito o workshop dela u.u não me lembre disso T___T). E consegui tirar uma fotinha com ela. Super simpática e receptiva ao público! Me conquistou mais ainda *___* Come back again, pleaaase!
Obrigado Rhada Naschpitz e Jhade Sharif pela oportunidade em dançar no show de abertura. Obrigada também quem votou em mim, né! hahaha!
Obrigada ao meu marido que me aturou e me atura nas minhas andanças xD
E obrigada a quem leu esse testamento \m/
Espero estar em 2013! Mais Ariellah e Sera Solstice! Uhuuul!
Enfim de volta para casa! E muito feliz com o pouco que presenciei no Gothla Brasil! Este ano não pude fazer os workshops(infelizmente, porque queria MUITO), mas participei do dia 23 de junho(sábado) do Show de Abertura e assisti ao Carpe Noctem II.Vou deixar para falar sobre minha performance mais a frente, quando os vídeos oficiais estiverem disponíveis. E também fechar a segunda parte com os agradecimentos finais. Então, bora comentar sobre o evento?
Eu não assisti a nenhuma apresentação do Open Stage, queria muito ter visto,mas o meu nervosismo não me deixou,porque se eu visse alguém dançando eu ia ficar mais nervosa ainda me imaginando dançar e tal...então preferi esse ano não assistir para tentar me concentrar... mas não deu muito certo não porque fiquei uma pilha de nervosismo assim mesmo ¬¬ Mas meu marido assistiu o Open Stage e me deu um parecer sobre o que rolou, então aqui deixarei registrado a opinião dele, como público, músico e meu maior orientador na dança, porque ele é meu termômetro para o que está legal ou não na minha dança, o que tenho que melhorar e tal...ele é super crítico que as vezes até me irrita! rsrs Então ele vai ser bem sincero no que chamou a atenção dele, o que não significa que as outras foram ruins! Pelo contrário, esse ano ele disse que as mostras estavam muito boas, muito bem elaboradas, sem tender ao caricato ou esquisito. E , quando os vídeos estiverem disponíveis no youtube, eu dou ma minha opinião depois.
Tamyris Farias (PE) – movimentos bem fortes,fazendo algumas coisas de kata de karatê e simulou uma luta com dois sai.
Yoli Mendez (SP) - dança muito bem elaborada e boa expressão;figurino muito bonito, prendendo bastante a atenção.
Lena Fairuze (RJ)– figurino muito legal, com interpretação de pirata muito boa, empolgando muito o público; lutando com espada e depois girando muito rápido com a mesma na cabeça.
Mariana Maia (SP) – figurino remetendo bem uma shaman,bem tribal, com movimentos meio ritualísticos e boa técnica; a música tinha uma batida e vocais tribais bem primitivos.
Mariáh Voltaire (PR) – movimentos muito técnicos, bem truncados de hip hop; a música com muitos detalhes, muito difícil de acompanhar e ela conseguiu fazê-lo;foi uma apresentação com grande e bom impacto,passando uma identidade própria da dança.
Bruna Gomes (RS) - ficou bem sombrio, bem dark, sem parecer caricato, prendendo bem a atenção com os movimentos e expressão que lembrava uma succubus( ser mitológico meio demônio meio vampiro, retratadada como as filhas de Lilith). E os movimentos no chão ficaram muito legais.
Alan Keippert (RJ), Marcelo Justino(SP) e Caique Melo(BA) - foi bem dinâmico a entrada e saida dos bailarinos, onde cada um se destacou com sua técnica e forma de dançar: o Alan estava mais focado numa fusão indiana;o Marcelo fazia mais passos que remetiam às danças brasileiras; e o Caique estava desenvolvendo mais no tribal fusion. Apesar de cada um dançar estilos diferentes,não destoaram da música. Os três estão de parabéns pela flexibilidade.
Agora vamos falar sobre o prato principal da noite: o espetáculo Carpe Noctem II - O Gato e a Rainha da Noite.
HORÁRIO
Apesar do atraso dos workshops que influenciariam no desencadear do show, pouco atraso houve, acabando bem próximo do previsto na programação...digo isso pois da última vez acabou tarde, por volta das 23 horas, então fiquei com receio de atrasar muito, o que não aconteceu.
SOM Esse ano tenho que parabenizar pela qualidade do som e uma minimização muito significante de falhas técnicas com relação ao ano passado. Raras falhas aconteceram, tornado linear e fluido todas as apresentações, desde as mostras até o show principal.
ILUMINAÇÃO
[Destaque] Eu realmente achei que não fosse comentar sobre isso, porque para mim nunca fez muita diferença nos eventos que assisti. Mas depois do dia 23 mudo meu discurso hehehe. A iluminação foi perfeita!!!A iluminação fez um diferencial muito grande em cada performance. Era uma complementação da dança das bailarinas, demonstrando estados, sentimentos, emoções perceptíveis, "palpáveis",aproximando e fazendo-se sentir ao público;tornando-se parte do cenário, a iluminação criou uma atmosferização e ambientalizações peculiares a cada estilo e proposta das bailarinas, mostrando transições entre um estado/momento e outro.Muito bom!
CENÁRIO O cenário foi bem mais limpo e sóbrio, eu realmente gostei disso. Acho que muita informação ao mesmo tempo nem sempre é o melhor. E para um tema gótico se adequou bem a proposta.O tecido de fundo com desenhos geométricos vitorianos, conferiram muita elegância. Depois, o relógio ao fundo foi bem criativo! O relógio era uma peça importante, por remeter a mudança de tempo, estado, ou seja, a mudança de uma bailarina a outra, a mudança de cada estilo, de cada época que elas apresentavam, assim como assistir uma viagem ao tempo. E marcava a hora do lado mais obscuro, negro,sombrio da dança: o espetáculo Carpe Noctem. Em volta do palco havia um tecido...acho que era tule preto, com umas rosas. Casamento perfeito, não? Tudo a ver com a cena gótica e com o tribal fusion. Isso pode fazer referência a tantos contos, estórias,filmes,etc, que nos embalam e caracterizam universo gótico.
INTERVALO
[Destaque] Em alguns momentos do espetáculo havia aparições da Boneca,interpretada por Kyia Sharif, e o boneco Billy, do Jig Saw, do filme Jogos Mortais, interpretado por Jean François, dando uma descontraída e quebrada no espetáculo. Isso foi muito criativo e inesperado,mas conferindo muito dinamismo ao evento. Kyia interpretou muito bem a boneca, personagem já criada no Carpe Noctem I (2011), demosntrando ser um objeto manipulado por Billy/Jig Saw e totalmente pertubada por isso. No início do evento ela fica sentada em uma das extremidades do palco, tornando-se parte do cenário...e ficou lá, paradinha por um bom tempo...acho que mais de cinco apresentações até Billy buscá-la.Coitadinha! rsrs Mas depois ela se vinga dele com um boneco vodu! Muito inusitado, cômico e criativo essa parte! Todo mundo adorou a aparição dos dois personagens durante o show. Parabéns aos dois!
APRESENTAÇÕES
[Destaque] Nível técnico muito bom para todas!!!O evento foi muito forte em questão de técnica! Não houve nenhuma apresentação fraca! Todas muito bem desenvolvidas para o evento. Gostei muito de todas e gostei muito de ver todas com ótimos desempenho!Isso só tem o que engrandecer ao espetáculo, tornando-o forte e memorável. Com certeza todo mundo ficou com gostinho de quero mais \o. E ficou muito difícil dizer quem se destacou mais e tal,pois cada qual com sua técnica, cada qual com seu estilo, adequando perfeita e harmoniosamente a proposta do evento, sem tender ao caricato ou não atender a essência das bailarinas, pois todas fizeram aquilo que são, aquilo que gostam e com o estilo próprio de cada uma dentro do tema proposto.Gostei de tudo no geral hahaha Claro que houveram as que mais me chamaram a atenção,as que mais gostei/identifiquei e tal, mas realmente tudo estava bem nivelado e bem organizado.
Um destaque também para a diversidade de bailarinas de vários estados diferentes do Brasil, divulgando seus trabalhos e estilos, tornando muito rico o espetáculo que apresentou performances de todos os tipo, como vintage, burleca, ATS/ITS, dark/gótico, brasileiro e muito mais, sem sair do tema!!!
*Abaixo meus comentários gerais sobre as danças(saindo os vídeos eu posto junto com os comentários).
Ashmahan Family (RJ) – três alunas do Asmahan, Alish Lisarb, Tahoser Sharif e Eliane, abriram o espetáculo com a música "O Fortuna" de Carmina Burana; bem legal a apresentação, cada uma com um objeto na mão: uma ampulheta, um relógio e um báculo. Muito interessante e coerente com a música.
Aline Muhana e alunas (RJ) - Aline Muhana entrou toda glamurosa, com um tecido que lembrava um casaco de pele preto cobrindo ao colo apenas(desculpa, não sei o nome dessa peça), com um figurino vintage elegante,e...fumando um charuto!! Muito poderosa,não? Suas alunas passeavam e cumprimentavam quando encontravam-na. Nossa! E que performance! Tão sublime! Tão técnica!Seu shimmie e ondulações de barriga eram tão poderosos e imponentes,que todo mundo deve ter ficado igual a mim: de cara no chão.O.O Depois do seu solo, suas duas alunas se juntaram a ela formando um trio, e dançaram elegantemente e com uma coreografia toda bonitinha e com formações de palco muito bem desenvolvidas.
Kilma Farias (PB) - Tão leve,solta e fluída foi sua apresentação! Parecia estar sendo levada pelos ventos de um embalar de sonhos!Sua saia de um tecido tão leve e fino fazia lindos movimentos no ar, lembrando um véu, desenhando e criando formas no espaço vazio durante sua dança.
Cibelle Souza (RN) - Parecia uma sereia,uma Ariel,uma princesa! Com o cabelo vermelhão e roupa verde, demonstrando toda sua beleza e esplendor na dança! Tão bela, sutil e elegante.E com muita técnica e desenvoltura!
Paula Braz (SP) - Amei o figurino da Paula Braz, com as costas abertas e um tecido bem solto. Linda dança também!! Muito expressiva, muita desenvoltura e fluidez.
Rebeca Piñeiro (SP) -Rebeca arrasou no charme! Linda de mais com aquele figurino, algo meio burlesco, meio vintage, lembrou-me a personagem Jéssica Rabbit, sensual, charmosa,glamurosa e poderosa,mas tudo de um jeito tão doce e delicado, ou seja, tendendo a elegância, uma mulher intocável por emanar tanto poder, e não a algo vulgar.E isso é super difícil de se trabalhar numa performance do tipo.Luvinhas escuras acima do cotovelo, cabelo louro quase branco, pele de porcelana...uma diva que saiu da década de 50, não? Resumindo o conjunto da obra: charme, elegância, glamour e sensualidade, com muita técnica
Ariellah (EUA) - Nem preciso comentar, né?Super suspeita hehehe Ariellah quebra tudo em todas as suas danças! Fico numa histeria interior quando ela aparece e dança daquele forma tão expressiva, tão profunda; obscura, dançando com muita imponência , força e poder,mas sublime e delicada também. Sem palavras para expressar! Expressão facial e corporal linda e transcedental, técnica forte, marcante e ao mesmo tempo suave e delicada.
Morgana (ESP) – Fiquei muito feliz de poder assistir a Morgana ao vivo, pois elas foi uma das primeiras bailarinas de tribal que conheci e uma das minhas principais referências, influências, inspirações na dança.
Essa apresentação dela é bem famosa no Youtube,apesar de achar que ela mudou algumas coisas....mas a base é a mesma e a ideia também, ela imita lindamente e acrobaticamente uma gatinha. Muita flexibilidade,técnica e criatividade!
Ulan Daban (SP) - Eu amei a apresentação do Ulan Daban!!!Um figurino bem ATS, com direito a turbante, mas bem sério, sóbrio com cores fechadas e escuras. Gostei muito do som forte dos tambores, e como vocês desenvolveram isso na coreografia de ITS. Desenhos muito bonitos e diferentes, tendo um momento em que elas se unem em um círculo, formando vários vórtices! Muito bem elaborado! Um outro ponto que me chamou muito a atenção foram as formações de palco inusitados! Uma delas foi um momento em que o coro da frente/direita fazia movimentos lentos e o de trás/esquerda,movimentos rápidos, isso deu um efeito muito contrastante , pois se esperaria o contrário.
Cia Lunay (PB/PE) – Adorei essa apresentação de Kilma Farias e Cia Lunay! Não sei se foi coisa da minha mente...mas o início me lembrou meio butô(dança-teatro japonesa). Foi bem teatral o início. Depois, em uma fila indiana, movimentavam um véu preso em um coque na cabeça, formando vários desenhos de trás para frente muito bonitos! Gostei muito da técnica, da leveza, sutileza e beleza coreográfica! As meninas da Lunay inserem o tribal brasileiro dançando lindamente, com muitos desenhos coreográficos!
Karina Leiro (PE) – Muita técnica, muita força nos movimentos, técnica, e uma expressão fechada e forte do flamenco. Um perfeito tribal com flamenco, muito vibrante e expressivo! O figurino também remetia a essa fusão, com grandes rosas vermelhas presas acima da cabeça.
Jhade Sharif (RJ) – Figurino lindo! E nem preciso comentar da expressão fatal e natural da Jhade, né? Adorei as músicas, principalmente a primeira, do seriado Game of Thrones. Muita expressividade e força em sua dança.
Rhada Naschpitz (RJ) – Rhada super expressiva em sua dança, com um estilo própria, muito peculiar, sempre fazendo sinal de metal pra levantar a galera dark. Lindo figurino preto e vermelho com os detalhes com caveiras.Expressividade tanto facial quanto corporal, e presença de palco de arrasar! \m/
Bety Damballah (PR) – Bety interpretando um demônio! Arrasou no figurino: forte e agressivo, coerente com a proposta; chifres, correntes cobrindo parte da face, olhos vermelhos com íris invertida, um dos lados do olho havia um cílio enorme e vermelho, e uma linda saia roxa com longa cauda. As músicas foram super bem escolhidas, a primeira foi a que mais gostei, com a música antiga que horas beiravam ao delírio possuidor de um demônio com voz distorcida. E nossa, que empolgação!! Animou geral, levantou a galera mesmo!!
Iman Najla (ARG) – Eu ainda não conhecia o seu trabalho. Ela é bem inserida na cena gótica, tanto nas escolhas das músicas, quanto nos movimentos. Achei bem estruturada a apresentação.
Templária e Jhade Sharif (RJ) – Gostei bastante dessa apresentação! Boa coordenação e movimentação de palco bem variada. Uma coreografia bem forte, com grito de luta, que conferiu bastante força a apresentação e com movimentos bem diversos. O final foi bem singelo,um cumprimento de artes marciais pelo fim da apresentação e ao mesmo tempo uma forma de saudação a mestra Morgana que estava por vir.
Morgana (ESP) – Essa apresentação foi PERFEITA! Queria poder vê-la um milhão de vezes!*.* Com certeza Morgana ganhou o público do Gothla Brasil, sendo aplaudida de pé! E espero que ela retorne o mais breve possível!!! Muito acrobática, com movimentos de kung fu(kati) e karatê(kata) no início da performnace. Morgana lembrava uma andarilha samurai com um chapéu oriental sobre a cabeça, tapando seus olhos. Logo depois, ela tira o chapéu e o coloca no braço, transformado-o em escudo! E mais uma surpresinha: ela tira uma adaga(supostamente estaria no chapéu?) e agita a mesma que se transforma em uma espada!!! Assim, ela começa a fazer movimentos de luta com a espada com tamanha destreza e agilidade. E no final o público estava totalmente em êxtase.
OBS: Uma sugestão a organização-tentar na próxima vez que ela retorne ao Rio, ou colocá-la por último ou colocar um intervalo, como o da boneca e o boneco do Jogos Mortais, porque quase todo mundo ainda ficou meio sob o efeito da apresentação dela, por ser algo totalmente diferente e inusitado, comentando sobre a mesma por pelo menos uns 5 minutos...e acho que isso tira a atenção das próximas que dançariam depois dela.
Gabriela Miranda (RS) – Gabi é sempre tão linda de se ver! Adoro suas apresentações com um jeitinho que só ela sabe dançar! Lindos movimentos variados, lindos braços e muita expressividade.Apresentação envolvente!
Karine Xavier (RJ) - Karine foi tão suave em sua performance! Parecia estar nas nuvens, flutuando e sonhando entre um giro e outro. Muita influencia do ballet e muita dramaticidade! Ela usou um par de leques com plumas vermelhas, vibrando-o perfeitamente junto com a música. O final foi tão lindo! Ela tira uma fita vermelho do peito, como se estivesse sangrando,e dança seu sofrimento e dor até o final.
Ariellah, Rhada Naschpitz e Jhade Sharif – Muito épico esse trio! Vai ficar na memória! Ariellah começou solando e no meio da apresentação uma surpresa: Jhade Sharif e Rhada Naschpitz se juntam a ela! As três dançam com toda sua expressividade e teatralidade! Isso foi perfeito!
Tribo Mozuna (RJ) – Com um ATS bem fundamentado e sempre imponente. Gostei bastante da primeira música, em estilo medieval. Depois dale snujs!Essa parte também é minha favorita, pois torna bem dinâmica a apresentação e festiva.
Cia Shaman (RN /SP) – O final para mim foi bem bonito! A união das duas Cia Shamans do Rio Grande do Norte e São Paulo em um só evento! Tantas mulheres lindas e elegantes de branco dançando juntas e emanando tamanho poder! Lindos desenhos coreográficos e desenvoltura na dança num grupo com tamanha proporção!
Outras considerações: O evento foi muito bom em todos os detalhes! Começando pelo pessoal do staff super atencioso; a variedade de acessórios e expositores, tanto de tribal fusion, como de moda alternativa e espadas e adagas;demonstra profissionalismo em ter um termo de uso da imagem dos bailarinos envolvidos,além da filmagem e fotografia profissional; camisas lindas de brinde para seus participantes; ideias bem criativas para entreter seus convidados, como o passeio pelo Rio de Janeiro e a festa do Goth Box(que eu não fui em ambos, mas super aprovo as idéias); além do melhor clima de festa, companheirismo dessa tribo.
Parabéns as organizadoras Jhade Sharif e Rhada Naschpitz por cada detalhe do evento!!! E vocês, o que acharam do evento???