[Resenhando-SP] II Fest Vanna Tribal Bellydance

por Maria Badulaques



No último dia 02 de agosto, ocorreu em São Paulo no Espaço Vanna Tribal Bellydance o II Fest VTB. Houve uma grande confraternização começando as 14hs com o círculo de mulheres, sorteio de brindes dos expositores (Maria Badulaques e vários outros presentes) e coroando o encontro, lógico, muita dança.

Aldenira Nascimento, nossa anfitriã, possuída por Iemanjá abriu as mostras de dança com um solo de Tribal Brasil; aliás houve algumas apresentações deste estilo de dança, todas muito interessantes e cheias de energia. Acredito que eventos desta natureza nos permite, além de conhecer outros dançarinos, curtir a TRIBO, realmente apropriar-se do conceito que tanto buscamos: conexão.

Houve Bellymetal (essa modalidade não conhecia, gostei de ver o bellydance com uma pegada power), Bellydance tradicional, ATS®, Tribal Brasil, Dança Circular Sagrada, Tribal Fusion, Dança Cigana e houve até a morte da Frida :/ . Espero que alguém a ressuscite. Tá bem, vou explicar!!! Frida é a coreo (fusão) das meninas Fridicadas (Karina, Monica, Alessandra, Aldenira, Emi, Paula....noossaaa tem muita Fridaaaaaaaaa) e após dançarem em algumas oportunidades resolveram enterrá-la, tadinha! Gostei, vou ver se volta no Halloween, como Frida zumbi kakakaka.

O que chamou minha atenção, além do fato de todos estarem observando a dança dos colegas, foi a vontade de inclusive participar, a Dança Circular Sagrada, por exemplo, é uma modalidade que permite interação, e a focalizadora da Trupe Gira Ballo, Sandra Carvalho, abriu a roda aos presentes para que a conexão fluísse. Assim foi... Dança é libertação, sim! Bellydancers, tribalistas e todos que quiseram, puderam participar da roda e dançar. " Vou ficar mais um pouquinho....só pra ver se acontece alguma coisa nessa tarde de domingo..." No domingo não sei o que rolou, mas no sábado foi pura LUZ.

Como todos sabem, sou entusiasta do ATS®, amo-pratico-recomendo, então me misturei entre Karina e suas parceiras para uma grande roda cheia de snujs tilintando. As meninas são o grupo de alunas que se reúne e estuda com Karina, eu o ingrediente extra, sem ensaios, sem nem saber que iriam turbantar e ainda assim a atmosfera foi: que bom que você veio! Tribo é isso! ATS® é isso!!! Admiração total a essa acolhida...conexão, u-huuuu!!!
Gira Ballo

Brinde(sorteio) pra lá e brinde pra cá, lógicooooooooooooooo que rolou o arabic-sem-preconceito entre eu, Karina e Monica, porque todo peitinho é bem-vindo, essa história do arabic vai longeeee :) Prometo que um dia gravaremos um vídeo e divulgaremos nossa versão do Arabic Orbit.

Assim foi o evento da Vanna Tribal, gostoso, aconchegante e com aroma de quero mais. Suspiro diariamente por uma comunidade tribal integrada com eventos no tempero de congraçamento e união. Os saraus, como de Aldenira fazem este papel....que esse espírito se espalhe para os quadro cantos desse país.

Xeros no suvaco,

Maria Badulaques


Mais fotos do evento:

















[Resenhando - Internacional] Tribal Umrah 2015

por Rafaella Chaves


O festival Tribal Umrah é um festival de dança dedicado ao estilo Tribal inspirado no Tribal Fest®, que acontece todos os anos em Sebastopol- CA, e na Amy Sigil. É considerado um passo artístico na vida dos dançarinos que participam. Umrah significa “peregrinação" em árabe.

O festival ocorreu esse ano de 11 a 18 de julho em Lyon, França na sua 7ª edição, todos os anos até agora organizado por Djeynee, e próximo ano será em Viareggio, Itália que será organizada por Linda Melani e talvez seja a última edição.




Durante a semana ocorreram 3 shows (Opening show, Hafla, Closing show), onde contaram com a participação dos diversos dançarinos de vários lugares da Europa, professores convidados, professores voluntários e demais voluntários que contribuíram para o acontecimento do evento. Também tiveram workshops com: Heather Stants, Ariellah, Violet Scrap, Gina Gruno, Steven Eggers, Colleena Shakti, Cristina Zergarra, Gudrun Herold, Silvia Salamanca e mais alguns outros. Infelizmente, essa essa edição não contou com a participação da Amy Sigil e o UNMATA (Amy quis esse ano se dedicar a passar um pouco mais de tempo com a família, assim como Shelly havia ganhado bebê a pouco tempo).


Workshop com Gudrun Herold | by Seshat Thot 
Workshop with Silvia Salamanca | by Seshat Thot 

Workshop with Ariellah | by Seshat Thot


O legal do evento é que ocorre em uma semana com diversos workshops com temas bastante interessantes (esse ano, por exemplo, ofereceu um intensivo com a Colleena Shakti), mas também com piquenique e passeios pelos locais onde a edição é sediada, criando uma atmosfera mais aconchegante, aproximando a todos que estejam participando. Ótima oportunidade de conhecer os professores e trocar ideias, fazer amizades…

Ariellah - Open Show | by Seshat Thot 
Ariellah - Open Show | by Seshat Thot 
Open Show | by Seshat Thot 
Steven Eggers - Open Show | by Seshat Thot 

Rafaella Chaves  - Open Show | by Seshat Thot 
Hafla | by Seshat Thot
Durante a semana teve um passeio ao museu de arte contemporânea Abode of Chaos. Algumas dançarinas aproveitaram a oportunidade (e a presença do Neï Mad) para fazer um ensaio fotográfico.

Vídeo da performance de Rafaella Chaves no Tribal Umrah 2015:




Vocês podem conferir, por exemplo, o ensaio da Violet Scrap no link abaixo (como também podem dar uma conferida na página e ver mais do trabalho do Neï Mad):

E aqui também mais algumas fotos do show de encerramento (também pelo Neï Mad):

Fotos do show de abertura (por Seshat Thot):

Para conferir vídeos do evento, acesse o canal do Tribal Umrah no YouTube (também com vídeos dos anos anteriores):
Créditos das fotos: Seshat Thot 



[Papo Gipsy] Ciganos Clãs e sub- grupos

por Sayonara Linhares

Olá amados do blog Aerith, voltei a postar depois de um tempo sem aparecer. Peço desculpas a vocês, mas tive alguns pequenos contratempos. Eu vou tentar compensar minha ausência com conteúdos precisos e preciosos para o Estudo da Cultura e da Dança Cigana.

Hoje vamos saber um pouco mais sobre a Cultura Cigana focando no Clãs Ciganos e seus subgrupos, este tipo de estudo é por demais válido para que possamos entender toda a formatação do contexto de vestimentas e Danças dos ciganos pelo mundo.

Beijokas com amor,


Sayonara Linhares


Com toda a movimentação pelo mundo, os roma foram se adaptando , de acordo com o local de permanência e outras circunstancias vividas ao longo de sua história. Os roma são uma comunidade étnica bem definida, composta por grupos e sub-grupos que têm origem e padrões culturais em comum. Não é fácil fazer uma classificação entre os distintos grupos e sub-grupos.

Há uma lei Romany comum, hoje vários grupos já não mais a seguem, mas reconhecem em seus antepassados a observância de um complexo de leis até pouco tempo atrás.Existem diferentes padrões a serem observados para que possamos estabelecer uma relação entre eles, como a linguagem e o grau de observância do “ Zakono”( lei Romany). Aqui vamos  citar os mais importantes, que são três: Rom, Sinte e Kalon.

Estes grupos eram formados por uma família ou várias famílias, ditas família estendida, ou por ofícios. Seus nomes derivam de suas origens, países, cidades ou mesmo profissões.

  • Sub-clãs – expressam sua origem histórica, isto é, a nacionalidade ou o ofício tradicional. Isto é chamado de “Nátsja”.
  • Já para identificar a descendência, é usado o nome do patriarca, que denominam de “Vitsa”.
  • E o último elemento desta divisão é a família, denominado de “indivíduo”.
Kalon


Grupos ou Clãs ROM
É o maioria deles falam o romani. Hoje, se encontram espalhados por toda a Europa, principalmente a Centro-oriental e, a partir do séc.XIX, também pelas Américas. Antigamente sua concentração era em regiões balcânicas.

Geralmente se organizam por ofícios tradicionais. Se consideram os Roma puros, verdadeiros, observando de maneira mais correta seu Zakono (Lei Romany).Hoje, são os que apresentam melhorem condições financeiras de vida e com maior escolaridade em comparação com os outros grupos.

Este grupo apresenta 23 sub-grupos:

Kalderash
Esta comunidade é a mais numerosa do mundo. Originários da Romênia, se dedicavam ao trabalho de fabricação de caldeirões, mantendo ainda nos dias de hoje seu ofício, fabricando caldeirões, panelas, tachos, etc. Hoje, já encontram espalhados pela Europa e Américas. É grupo que falam o romani mais puro.

Matchuaia
Originários da antiga Iugoslávia, chegaram ao Brasil no fim do séc.XVII.

Horanano
Originários da Turquia, dedicam-se a criação de cavalos, o que fazem com maestria. Chegaram ao Brasil fins do séc.XVIII, depois dos Kalon.

Merchkara ou Ursari
Originários da Romênia, dedicaram-se aos espetáculos com ursos, tornando-se excelentes domesticadores e treinadores de ursos.

Balanara
Originários da Eslováquia, dedicam-se aos trabalhos com madeira, como cochos, colheres de madeira, etc.

Bergistka
Habitam as bordas polonesas-eslovacas da região montanhosa, são excelentes músicos e ferreiros.

Bosha ou Bosch
Originários da Armênia.

Ambrelara
Originários da Eslováquia, dedicam-se ao conserto de guarda-chuvas.

Asurara
Originários da Eslováquia, dedicam-se ao comércio de jóias em geral.

Aurari
São da Romênia, viviam do ouro, mas hoje se dedicam a artefatos de madeira.

Romungro
Originários da Hungria.

Kalderash


Chuxni
Originários da Rússia, dedicam-se a fabricação de peneiras.

Druckara
Originários da Eslováquia, e vivem grudados em troncos de árvores colhendo e vendendo avelãs(druckara, em esloveno, significa tronco de árvore)

Djambaza
Originários da região da Turquia e Balcãs, dedicam-se ao comércio de cavalos.

Fandari
Originários da Rússia, exerciam atividades militares
.
Gharbilband
Pertencentes a casta homônima da Índia e viviam da fabricação e comércio de peneiras. Quando estavam na Europa, se instalaram na Romênia e Hungria.

Ghurbat-Lovara
De quase toda a região balcânica, são excelentes negociantes de cavalos, hoje se encontram dispersos pela Europa e Américas.

Lambanci
Grupo já extinto, mas serviam como oficiais do exército de Hapsburg Imperial, usados como kuruz (como eram chamados os húngaros rebeldes), participaram da insurreição feudal. Eram originalmente membros do clã Bergitska.

Patavara
Perambulavam pelo leste europeu, e ainda hoje se dedicam em recolher roupas velhas para revender (patavara, em romani, significa trapos)

Seliyeri
Originários do Irã, ainda vivem da fabricação e comércio de caldeirões e pentes.

Servika
Originários da Sérvia, se auto-denominam "Machuaia" ( nome da cidade de Machuaia, na Sérvia).

Xoraxane
Pronúncia (rorarranê) – são os que professam a religião islâmica.

Grupo ou Clã Sinte
Seus sub-grupos , geralmente, referem-se ao seu assentamento histórico. São bastante numerosos, originários do norte da Alemanha, ainda vivendo na Itália e França, e em pequenos grupos na Áustria, Rep. Tcheca, Eslovênia e outros países do leste europeu.
Falam o romani-sintó. Na França, são denominados de "Manoush".Eles também se auto-denominam de "Sinte-Gachekanes".

Seus sub-clãs são:

Bohémiens
São originários da Tchecoslováquia, e mais tarde foram habitar regiões da França.

Burgenland
Originários da Áustria, em sua maioria se dedicam a profissão de ferreiros e músicos.

Estrekarja
Originários da Alemanha.

Lombardos
Originários da Lombardia, deram início as atividades circenses. Foi com este clã que membros de outros clãs originaram os ciganos do clã Boyashas, que são os artistas circenses.

Piemontakeri
A maioria ainda vive no norte da Itália, se auto-denominam "Sinte-Piemontekari".

Manoush
A maioria, atualmente, vive no sul da França e se auto-demoninam "Sinte-Vashtike".

Grupo ou Clã Kalon ou Calé
Também são conhecidos como ciganos ibéricos. São ciganos que fixaram residência na Espanha e Portugal, onde sofreram duras e severas perseguições, pois são dois países profundamente católicos e conservadores, não aceitando, assim, os costumes ciganos. Foram proibidos de falarem seu idioma, onde criaram seu próprio dialeto; não podiam realizar suas festas e cerimonias. Sofreram degredo para as colônias dos países em que viviam.

Kalon



[Resenhando-RJ] Gothla Brasil 2015 | Visão do Público

por Melissa Souza



Gothla é um festival internacional de fusões dark e teatrais da dança tribal e do ventre com edições na Inglaterra, EUA, Espanha, Itália, Argentina e Brasil. Neste mês, tivemos a 3ª edição do evento no Brasil, que acontece bianualmente no Rio de Janeiro, organizado por Jhade Sharif.

Situado no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, o Colégio Marista possui uma ótima infraestrutura: anfiteatro, sala de dança espaçosa, três camarins e banheiros - tudo bem acessível. O equipamento audiovisual deixou um pouco a desejar, devido às limitações por haver uma única caixa de som.

Open Stage: Natália Espinosa | Foto de Natália Espinosa

O evento contou com uma feira de artigos tribais (Dark Fair), três dias de workshops com dançarinas brasileiras e internacionais, mostra de dança (Open.Stage) e o espetáculo Carpe Noctem “De Profundis” (título análogo á obra de Oscar Wilde) com convidadas especiais e alunas das organizadoras do evento.

No geral, as performances foram ótimas, dosando bem o número de profissionais e alunas no palco para que não ficasse tão cansativo. Decoração planejada, efeitos de fumaça e luz enriqueceram o palco, mas o que o pessoal gostou mesmo foram as intervenções em vídeos curtos que criaram um ar de suspense com ótimas referências.

A abertura do espetáculo se deu com uma performance teatral de Jhade Sharif e Rhada Naschpitz, com destaque para a presença de um elemento cênico, um espelho oval emoldurado. Um ponto positivo é que não houve grandes pausas entre uma apresentação e outra, o show seguiu num só fôlego.


Ariellah | Foto de Morena Santos

As americanas Raphaella, Lady Fred, e April Rose encantaram o fôlego do público com suas performances, mas a grande estrela da noite foi Ariellah, não há dúvidas. Com seu estilo peculiar de dançar, a maneira como transmite um sentimentalismo ao público e sua rica expressividade, ela usou diferentes músicas para compor sua apresentação.

A grade de dançarinas brasileiras também merecem destaque, o repertório de apresentações foi bem diversificado. Houve ótimos duos e trios, como de Gabriela Miranda e Yoli Mendes. Algumas professoras compuseram coreografias junto com suas alunas, como Jhade Sharif, que embalou a noite com uma música de Rammstein.

Yoli Mendez & Gabriela Miranda | Foto de Gabriela Miranda
















[Notícia Tribal] Odalisca, uma Ova! por Fernanda Lira
























Recentemente, a bailarina Fernanda Lira (SP) publicou o artigo intitulado "Odalisca, uma ova!" pela Arte Revista.

Você pode ler o artigo na íntegra , clicando aqui.

[Notícia Tribal] Heart com participação de Jennifer Faust

Fonte: Heart: An APM/Faust Film Fan Page


Em julho, foi lançado o curta-metragem Heart produzido pela bailarina Jennifer Faust (EUA) em conjunto com Frank Hernandez e Atom Phly Media. O curta contou com música composta por  Adien Lewis, estrelado por Inder Mundi, Jennifer Faust e Darren Holmquist.




Informações:

| Fan Page | Youtube |

[Notícia Tribal] InFusion Atelier no Desfile Moda & Atitude

Fonte: InFusion Atelier Fan Page

No dia 15 de agosto, a bailarina Anamaria Marques (MG) e o InFusion Atelier representaram o estilo tribal na 14ª edição do  Desfile Moda & Atitude  produzido por Mattos Niltonbh.

Anamaria realizou a concepção e produção dos figurinos e dos adereços, sendo três peças produzidas em parceria. Para visualizar as fotografias do desfile, clique aqui.

InFusion no Moda & Atitude
Desfile Moda & Atitude dia 15/08/2015 - 14ª edição. Produtor Mattos Niltonbh. Alunos do curso de modelo fotográfico e manequim em parceria com o Núcleo de Danças Dunyah Zaidam. Muito feliz pelo nosso ateliê na passarela!Obrigada a todos!!Vídeo cedido pela modelo Sandy Amaral.
Posted by InFusion Atelier on Segunda, 17 de agosto de 2015

Informações:
Coordenação:
Geral Mattos Niltonbh
Produção:
Kleuber Kleuber Araújo
Maquiagem:
Stefenson Manasses, Márcio Sá Emiliano Almeida Moreira
Cabelo:

Mario Araujo Marques
Direção de imprensa e fotografia:
 Marcos Januario

| InFusion Atelier| Anamaria Marques |









[Notícia Tribal] Dança tribal no Festival de Inverno em Campina Grande - PB na TV Paraíba


Fonte: Festival de Inverno em Campina Grande Fan Page















A TV Paraíba, filiada da Rede Globo, através do JPB, transmitiu cenas do Festival de Inverno em Campina Grande (PB). Desta forma, no dia 15 de agosto, divulgou a dança tribal através da Cia Ônix Tribal, dirigida por Andreza Rodrigues.

Para assistir a matéria, clique aqui.

Informações:
Cia Ônix Tribal
| Fan Page | Site |

[Perdido na Tradução] Episódio 2: "Afundar ou Nadar "

por Raphaella Peting





 Note: The English version of this text is below this post.


Vamos fazer uma pequena viagem ao passado, vamos? Embora não inteiramente agradável, eu prometo que vai ser breve. Agora, feche os olhos e imagine-se na sua adolescência. É o fim do verão e você está se preparando para seu primeiro dia de escola. Você está tão nervoso que você já escolheu o seu “look” do primeiro dia há alguns dias atrás. Em um esforço para canalizar essa energia nervosa em algo positivo, você continua a fazer alterações nele a cada 5 minutos, enquanto tenta ignorar o pensamento inoportuno persistente de se as outras crianças vão "gostar" de você e quão difícil vai ser para conhecer novos amigos . Todos nos lembramos vividamente; esse sentimento no fundo do seu estômago e com aquele friozinho na barriga.  Embora esse sentimento tenha desaparecido há muitos anos para mim, parece que era certo de retornar.

Eu estou feliz em dizer que na hora em que o ensino médio chegou, eu tinha superado esse aborrecimento anual que decorre da obsessão doentia de pessoas agradáveis. Eu matei mais aulas do que eu assisti e passei mais tempo no meu trabalho ganhando dinheiro do que desperdiçando com o que eu tinha considerado encontros sociais inúteis. Se você estava a referir-se ao paradigma clássico dos estereótipos do ensino médio, eu seria classificada como a "skater chick" também conhecida como a “skatista” . Passei a maior parte do meu tempo livre ajudando meu namorado na época a instalar acessórios em carros ou no parque de skate com os "burnouts" e os "freaks". Embora, eu prefiro referir a eles como os "entusiastas de ervas" e os "excêntricos". Passei mais tempo fora da escola do que nela na época que meu último ano tinha chegado. Na verdade, você não pode encontrar o meu rosto no Anuário Senior porque eu decidi que pegar um turno extra no trabalho naquele dia foi mais importante do que ter minha foto tirada. No entanto, se você queria me encontrar na escola, você sempre podia encontrar-me na detenção.  Não era que eu tenha recebido notas ruins. Na verdade, foi muito pelo contrário. Isto, obviamente, enfureceu os meus professores. Quando o delinquente que mata aula regularmente passa seus exames com excelentes notas, isso tende a enfurecê-los. Parece que eles não gostavam muito da idéia de uma garota de 17 anos de idade provando a insignificância de suas aulas chatas, recebendo altas pontuações em exames simplesmente lendo o livro. Mas estou divagando. Você vê, parte da razão que eu estava faltando na sala de aula tanto foi por causa do assédio moral grave que sofri a partir do momento que eu tinha 5 anos de idade até a graduação do ensino médio.  Parece que todos esses anos de bullying criou uma anti-social, pessimista, irritada, fora do sistema que não queria nenhuma associação com as festas e funções da escola de qualquer tipo e mal podia esperar para sair da cidade. E embora eu não podia me relacionar com a maioria dos meus colegas de classe, eu exibia um traço comum do típico adolescente irritado; eu achava que sabia tudo.

Agora, vamos continuar com o nosso exercício de visualização e avançar uns poucos anos. Imagine-se em seus primeiros 20 anos, entrando lentamente na idade adulta. Você tem uma mudança drástica na sua percepção da realidade como a sua mentalidade muda rapidamente da sensação de que é mais inteligente do que todos os chamados "adultos" em sua vida para a realização sóbria de que quanto mais velhos ficamos, menos sabemos.  Isto é rapidamente seguido por algumas lições de vida difíceis, cada uma acompanhada pela frase comicamente lamentável, "Merda! Minha mãe estava certa.". Logo a seguir é a realização da importância do networking e a capacidade de não só criar relações pessoais, mas mantê-las também.  Nos tornamos claramente conscientes do papel proeminente que estas competências desempenham em todos os aspectos de nossa vida adulta como nos tornamos mais conscientes de nossa dependência dessa estrutura entrelaçada de relações na sociedade como um organismo funcionando . Não importa sua área de especialização, fazer conexões e criar relações é vital para o crescimento bem sucedido de qualquer negócio, incluindo o negócio de Dança do Ventre.

Se o seu interesse é unicamente no desempenho e treinamento do aspecto desta forma de arte elegante, ou você deseja prosseguir na dança do ventre como um negócio viável com o propósito de iniciar o seu próprio estúdio ou construção de sua imagem em uma marca, na esperança de ganhar reconhecimento global como um instrutor e coreógrafo altamente solicitado , o seu sucesso dependerá inevitavelmente da conexão que você estabelece com seus pares e a força desse relacionamento. Não importa quão anti-social você é ou quão aterrorizante o pensamento de colocar-se lá fora ao risco de encontrar um pelotão de fuzilamento dos críticos possa parecer, você precisa resistir ao impulso de rastejar dentro de um buraco. Apenas tome uma respiração profunda e faça. Você será feliz por ter feito.

Como você pode imaginar, quando uma pessoa não aprende esta habilidade quando criança, pode ser incrivelmente difícil de conseguir quando adulto. E para a minha introvertida, socialmente ansiosa bunda, esse foi o caso! Isto foi especialmente evidente em um novo ambiente e mais ainda em um ambiente de sala de aula. Então, com isso em mente, você pode imaginar a diversão que se segue neste conto dolorosamente embaraçoso da minha primeira tentativa de contato humano com outras formas de vida da dança do ventre neste novo planeta através de minha primeira aula de dança do ventre aqui no Brasil.

Antes começarmos, voltamos à nossa última aventura. No último episódio, tivemos altos e baixos choques culturais e a busca incansável de encontrar um novo estúdio. Agora que eu finalmente encontrei um novo templo de dança e acesso à comunidade de dança do ventre aqui no Brasil, era hora de pular com os dois pés.  Era a hora “H” e eu tinha duas escolhas: nadar ou afundar?








Felizmente, tive a honra de assistir minha primeira aula e encontro com o mundo de dança do ventre aqui com uma das instrutoras mais talentosas e simpáticas no Rio de Janeiro. Ela é uma linda dançarina e amiga, e alguém que eu admiro muito. Ela tinha muita paciência, era gentil e era tão engraçada, ao ponto que qualquer pessoa se sentiria imediatamente bem-vinda já nos primeiros minutos. Ela também é uma excelente comunicadora em relação à linguagem corporal e ritmo das demonstrações de combos, e eu poderia seguir quase todas as instruções sem problemas.  E lembre-se, eu falava virtualmente nada de português naquele momento. Eu falava só três frases; sendo duas delas  - "Desculpa!" e "Onde está o banheiro?".

Apesar de eu querer passar desapercebida, e apenas mais um rosto no grupo, isso não durou por muito tempo. De qualquer forma, enquanto tentava subjugar os nervos antes do início da aula, de uma distância, ouvi uma voz me chamando.  E era alguém falando em inglês! Por causa do período difícil de transição no país, que ainda encarava, eu estava tão feliz em ouvir uma pessoa que eu poderia realmente entender, e era como se fosse anjos cantando! Eu estava tão emocionado para comunicar genuinamente com um outro humano, além do meu marido, pela primeira vez em mais de um mês, que eu estava falando em um ritmo acelerado! Eu provavelmente contei para essa menina tudo sobre mim em menos de 2 minutos. Minha alegria rapidamente se transformou em preocupação, porque eu tinha certeza que eu provavelmente assustei a menina.

Depois de um pouco de alongamento, eu fui capaz de acalmar meus nervos. Até uns 15 minutos da aula, se tornou claro - através das fofocas entre as outras dançarinas - que eu não era uma típica gringa aqui para uma aula experimental durante as férias, mas sim, uma instrutora dos EUA. Mesmo tentando minimizar a situação um pouco, eu ainda sentia como uma formiga sob a microscópio; suando profusamente e tentando escapar sem ser percebida.   A última coisa que eu queria era chamar a atenção para mim mesma, mas eu estava para receber uma surpresa. Parece que algumas delas estavam tão curiosas sobre mim, que, depois de um tempo, elas se aproximaram e fizeram um pedido um pouco estranho para aquele momento.  Basicamente se resumia em saber “o que você pode fazer?”. Então, no final da aula, elas colocaram uma música que eu nunca tinha ouvido antes, me jogaram um véu, e foi basicamente um momento de “vale tudo”, com elas sentadas no chão para ver o que eu posso fazer.  Felizmente, a improvisação é o meu forte! Não é só isso, mas eu sempre tive como prioridade para ir às aulas sempre bem preparada, em ambos os sub-gêneros de dança do ventre, o American Cabaret e Tribal Fusion.

Em defesa delas, eu tenho certeza que foi um gesto divertido e carinhoso, e como uma tentativa de me dar às bem-vindas ao grupo, além de uma oportunidade de satisfazer sua curiosidade em relação a certas diferenças estilísticas. Mas, sendo a pessoa extremamente tímida socialmente que eu sou, eu estava morrendo de medo desde o início.  No entanto, eu estava no “território” delas, e não queria ofendê-las em recusando seu pedido.  Além disso, eu nunca recuso um novo desafio. Elas provavelmente também não perceberam que eu estava desconfortável porque eu normalmente sorrio bastante quando estou inquieta sobre algo. Entenda também que, em um cenário de performance, ou se eu sou a instrutora, eu sempre procuro iluminar a pista de dança! Mas quando eu estou na classe de outro instrutor, eu prefiro ser mais como uma mosca na parede.

Em retrospecto, porém, essa foi a melhor maneira possível de ter sido desdobrado. Sempre quando me sinto atolada por sentimentos de ansiedade, medo ou depressão, dança ajuda a me libertar. E me perder dentro da música, na frente de todos esses novos rostos, novas irmãs de dança, não só criou uma fundação mais forte, mas me abriu - a partir do interior - para receber novas experiências, e silenciar o medo e hesitação que uma vez tinha coberto minha mente.

A improvisação é a chave para desvendar essa parte da minha alma, que se conecta ao universo, e, para esse breve momento no tempo ... EU ESTOU VIVO. EU ESTOU LIVRE. EU ESTOU!!!



Episode 2: “Sink or Swim”


Let’s take a little trip down memory lane, shall we? Though not a pleasant one, I do promise it will be brief.  Now, close your eyes and imagine yourself back in your adolescents. It’s the end of summer and you are about to start your first day of school.  You’re so nervous that you’ve already selected your “first day” outfit a few days ago.  In an attempt to channel that nervous energy into something positive, you continue to make changes to it about every 5 minutes while trying to ignore the persistent unwelcome thought of if the other kids are going to “like” you and how hard it’s going to be to make new friends.  We all remember it vividly; that feeling in the pit of your stomach like you just swallowed a handful of butterflies for breakfast.  Though that feeling had disappeared many years ago for me, it seems it was due for a come back.

I’m happy to say that by the time high school rolled around, I had outgrown that annual annoyance stemming from the unhealthy obsession of people pleasing.  I skipped more class than I attended and spent more time at my job earning money than wasting it at what I had deemed pointless social gatherings.  If you were to refer to the classic paradigm of high school stereotypes I would be classified as the “skater chick”.  I spent most of my free time helping my boyfriend at the time install body kits on cars or at the skate park with the “burnouts” and the “freaks”.   Though, I prefer to refer to them as the “herbal enthusiasts” and the “eccentrics”.  I spent more time out of school than in it by the time my senior year had arrived.  In fact, you can’t even find my face in the Senior Yearbook as I decided that picking up an extra shift at work that day was more important than getting my picture taken.  However, if you did want to track me down at school, you could always find me in detention.  It wasn’t that I received bad grades.  In fact, it was quite the reverse.  This of course pissed my teachers off to no end.  When the delinquent who skips class on a regular basis passes her exams with flying colors, this tends to ruffle some feathers. It seems they’re not very fond of a 17-year-old proving the insignificance of their boring lectures by receiving high scores on exams simply by reading the book.  But I digress.  You see, part of the reason I was MIA from the classroom so much was because of the severe bullying I had endured from the time I was 5-years-old until high school graduation.   It seems all those years of being bullied created an anti-social, pessimistic, angry, social pariah who wanted nothing to do with pep rallies or school functions of any kind and couldn’t wait to get the hell out of dodge.  And though I couldn’t relate to most of my fellow classmates, I did exhibit one common trait of the quintessential angry teenager; I thought I knew everything. 

Now, let’s continue with our visualization exercise and fast-forward a couple of years.  Imagine yourself in your early 20s, slowly entering adulthood.  You experience a drastic change in your perception of reality as your mindset quickly changes from the feeling that you’re smarter than all of the so-called “adults” in your life to the sobering realization that the older we get, the less we know.   This is soon followed by a few hard life lessons, each accompanied by the comically regrettable phrase,  “Crap!  Mom was right.”  Soon to follow is the realization of the importance of networking and the ability to not only create personal relationships, but maintain them as well.  We become distinctly aware of the prominent role these skills play in every aspect of our adult lives as we becoming increasingly mindful of our dependence on this interwoven framework of relationships in society as a working organism.  No matter your field of expertise, making connections and creating relationships is vital to the successful growth of any business, including the business of Belly Dance.

Whether your interest lay solely in the performance and training aspect of the art form, or you want to pursue belly dance as a viable business for either the purpose of starting your own studio or building your image into a brand in the hopes of gaining global recognition as a highly sought-after Instructor and Choreographer, your success becomes dependent on the connection you establish with you’re peers and the strength of that relationship.  It doesn’t matter how anti-social you are or how terrifying the thought of putting yourself out there at the risk of encountering a firing squad of critics may seem, you must resist the urge to crawl inside a hole.  Just suck it up.  You’ll be glad you did.

As you can imagine, when one does not learn this skill as a child, it can be one hell of a hill to climb as an adult.  And for my introverted, socially anxious behind, that was the case!  This was especially apparent in a new environment and even more so in a class setting.  So, with that in mind, you can imagine the amusement that ensues in this painfully awkward tale of my first attempt at human contact with other belly dance life forms on this new planet (outer space joke) via my first belly dance class here in Brazil.  

Before we begin, let’s recap a little.  In the last episode we went through the ups and downs of culture shock and the never-ending scavenger hunt of finding a new studio.  Now that I had finally found a new dance haven and portal to the belly dance community here in Brazil, it was time to jump in with both feet.  It was go time and I had two choices: sink or swim?


Luckily, I was fortunate enough to have my first class and encounter with the belly dance scene in Brazil with one of the most talented instructors in Rio de Janeiro whom I not only consider a beautiful dancer, but a friend as well.  She is so patient, kind and funny that one would instantly feel welcome within the first few minutes of entering her class.  She was also an excellent communicator in regards to body language and tempo in relation to combo demonstrations to the point where I could follow along almost every step of the way.  And mind you, I spoke virtually no Portuguese at that time.  I think I knew all of three phrases.  Two of which included, “Sorry!” and “Where’s the bathroom?”

Though I was hoping to go unnoticed and remain just another face in the crowd, that didn’t last for long.   I was the pink elephant in the room.  Hell, I might as well have walked in with a marching band.  Anyway, in the midst of trying to shake off the nerves before class started, I heard a voice call out to me in the distance.  And it was speaking English!  As I was still in that rough part of my transition period, I was so over joyed to hear a voice that I could actually comprehend, it was like angels singing!  I was so thrilled to be communicating with another human being other than my husband for the first time in over a month, that I was talking a mile a minute! My joy quickly turned into concern, as I was sure I probably scared the girl away.

After some stretching, I managed to shake off some of the nerves.  That is until about 15 minutes or so into the class when it became quite apparent that word had spread throughout the room that I wasn’t your typical gringa checking out the class while on vacation, but an Instructor from the US.  Though I tried to downplay it, I felt like an ant under the magnifying glass; sweating profusely and trying to escape without being noticed.  The last thing I wanted was to call attention to myself.  Boy, was I in for a surprise. It seems that some of them were so curious about me that, after a while, they approached me with what I thought at the time was an odd request that basically boiled down to “let’s see what you can do”.  So, towards the end of the class, they put on a song I had never heard before, threw me a veil and it was basically a let’s see what you got moment as they sat down on the studio floor to watch.  Luckily, improvisation is my forte! Not only that, but I make it a priority to ALWAYS come with my a-game in both sub genres of belly dance, both American Cabaret and Tribal Fusion.

Now in their defense, I’m sure it was a fun and loving gesture as an attempt to welcome me to the group as well as an opportunity to satisfy their curiosity in regards to certain stylistic differences.  But, being the PAINFULLY SHY and socially awkward person that I am, I was mortified at first.  However, I was on their turf and didn’t want to offend them by turning the request down.  Plus, I never back down from a dare.   Also, they probably couldn’t tell I was uncomfortable, as I tend to smile whenever I’m uneasy about something.  Now don’t get me wrong, in a performance setting or if I’m the instructor, I’m all about lighting up the dance floor!  But when I’m in another instructor’s class, I much rather prefer to be a fly on the wall.

In retrospect, though, that was the best way that could have possibly unfolded.  Whenever I’m feeling bogged down by feelings of anxiety, fear or depression, dance helps me break free.  And losing myself in the music in front of all of these new faces, new dance sisters, not only created a stronger foundation, but opened me up from the inside to receive new experiences and silence the fear and hesitation which had once staked it’s claim. 

Improvisation is the key to unlocking that part of my soul which plugs into the universe, and for that brief moments in time… I AM ALIVE.  I AM FREE.  I AM.




















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