[Campo em Cena] Apreciação coreográfica: Analisando suas referências, construindo uma identidade


 por Thaisa Martins

COVEN & Zoe Jakes (EUA) |
Foto por Tori & Yaniv Halfon - The Massive Spectacular

Cada dançarina é única no seu fazer. Por mais que existam passos, músicas, regras, indumentárias e etc que unem a manifestação artística em uma estética, o que cada uma faz com a sua dança é particular e especial. A forma de mover, de ver o mundo, de se expressar através do movimento, enfim, cada pedaço que a constitui enquanto ser humano influenciará diretamente na produção artística. Aprender a apreciar as peculiaridades das dançarinas que te inspiram, pode ser uma ferramenta poderosa para a construção da sua dança. Propomos neste artigo, uma reflexão sobre como e por que desenvolver um trabalho de apreciação coreográfica no Tribal Fusion. 


Estamos chamando de “apreciação coreográfica” a ação de assistir de forma analítica um conjunto de obras coreográficas, com o intuito de investigar pontos que se destacam e que foram fundamentais para a sua experiência estética. Através da análise das obras coreográficas, vai-se construindo um emaranhado de referenciais artísticos que podem servir de pontos de execução e investigações no processo criativo. 


É importante ressaltar que não se trata de um processo analítico que visa copiar/mimetizar/plagiar a obra de uma dançarina, mas sim de uma busca referencial para investigações pessoais. Não compactuamos com a prática, infelizmente ainda comum, de plágio tanto estético quanto intelectual. 


Como utilizar a apreciação coreográfica?

A apreciação coreográfica pode ser direcionada para uma pergunta específica, este tipo de exploração tem como principal fator agregador a compreensão de uma questão que já esteja em andamento no seu trabalho pessoal, as soluções que você encontrará nas obras apreciadas podem ser experimentadas no seu processo de criação.


Exemplo 1: Gostaria de criar uma coreografia que explorasse diferentes pontos espaciais. Quais dançarinas que eu conheço costumam fazer coisas nesse sentido?

Resposta: X e Y.


  • Quais as obras coreográficas das dançarinas X e Y eu mais gostei? 1, 2, 3 e 4.
  • Quais as soluções espaciais que elas adotaram nas obras 1, 2, 3 e 4? Variação de nível e diferentes ângulos na camêra.

    Agora é trazer esses pontos para o seu corpo:
  •  Como você se relaciona com os níveis?
  • Quais partes do corpo você pode variar na sua leitura espacial?
  • Será que não está na hora de buscar dicas de enquadramentos na internet?


Exemplo 2: Quero compreender melhor o que foi o início do Tribal Fusion.


  • Quais foram as principais dançarinas?
  • Qual a diferença entre as coreografias delas?
  • Quais os elementos principais do figurino nas suas apresentações?
  • Como elas se relacionavam com a música?
  • Como os movimentos de Dança do Ventre são usados?
  • Os vídeos são de festivais ou de apresentações menores?
  • As peças eram longas ou curtas?
    Todas essas perguntas são respondidas através de apreciação coreográfica e podem servir de insumo para a criação ou compreensão de uma obra com temática old school (por exemplo).


Essas são algumas das investigações criativas que podem surgir após uma apreciação coreográfica direcionada a uma questão. Note que não se trata de um checklist que será seguido rigorosamente, mas sim de uma ferramenta que se constrói cada vez que é utilizada. Você pode (e deve) retornar nestes mesmos vídeos com outras questões para novas possibilidades de investigação.  


Uma outra potente utilização da apreciação coreográfica é a compreensão do que nos atrai no Tribal Fusion, para então encontrar caminhos de criação que estejam de acordo com a nossa identidade. Por se tratar de uma modalidade de dança que tem uma estética elástica e maleável, muitas coisas são Tribal Fusion e se não sabemos o que realmente gostamos de ver e de fazer, acabamos no “limbo da moda”, seja a estética das “russas alongadas e saradas” , das “old school cheias de kuchi e assuit”, das “experimentais conceituais”, das “Rachels Brices super técnicas”, sejam as Indian Fusion, Rock Fusion, Dark Fusion, Flamenco Fusion, Neo Fusion e etc somos capturadas por um mar de possibilidades e referências.


Neste sentido, preparar diversas playlists no YouTube com os vídeos das dançarinas que você conhece, e até gosta superficialmente, pode ser a solução para os seus problemas. Saber dizer “Eu respeito a dançarina X por tudo que ela representa, mas o trabalho dela não me move como o da dançarina Y” é de grande importância para encontrar por onde você quer construir a sua dança. E essas escolhas não são eternas, em algum momento você pode se (re)encontrar com uma dançarina que passa a te mover. Assim, o processo contínuo de apreciação coreográfica te ajudará a consumir a arte de forma totalmente consciente e te apontará para caminhos criativos afins com o que você se identifica.


Um último ponto que acreditamos ser relevante em relação a apreciação coreográfica é mais direcionado para pessoas que gostam de compreender como a cena está se desenhando e onde os discursos estão convergindo, ou não. Como teórica da dança de formação, essa é uma pergunta que muito me atrai. Saber como as pessoas estão produzindo suas danças, como os grandes festivais estão selecionando as artistas principais e como as influenciadoras estão se posicionando em cena é uma caminho para compreender para onde vamos com a manifestação artística num tempo futuro.


Como exemplo, o evento Tribal Massive que aconteceu em março de 2020 publicou todas as apresentações que anteriormente seriam chamadas de Tribal Fusion Bellydance, como Fusion Bellydance. Esse nome que ainda não circulava aqui no Brasil, nessa época, com tanta força passou a ser amplamente utilizado pelas profissionais alguns meses após a divulgação dos vídeos (por volta de maio/junho). O favorito no país, até então, era Dança do Ventre do Estilo Tribal que acabou sendo abandonado por muitas das profissionais que seguiram, talvez de forma até inconsciente, o nome definido pelo festival meses antes.


Conclusão  



Buscamos no presente artigo apresentar o conceito de apreciação coreográfica como uma importante ferramenta do campo da Dança para a criação e investigação no Tribal Fusion. Apresentamos 3 principais caminhos para utilização: 1) a investigação de uma pergunta no processo de criação; 2) como aprofundamento do conhecimento estético da manifestação e derivações; 3) como fonte de análise de tendências da cena. 


Nosso intuito ao abrir a discussão é de apresentar uma ferramenta que possa auxiliar tanto na qualidade, quanto na profundidade de suas criações, assim como evidenciar o comprometimento ético em relação ao plágio estético e intelectual. A cada dia, fica mais evidente a importância de ferramentas e metodologias no fazer artístico que possam nos embasar de forma criteriosa e ética.   


Sigamos unidas!        



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Campo em Cena


Thaisa Martins (Rio de Janeiro-RJ) é graduada em Teoria da Dança (UFRJ) e mestranda em Arqueologia (UFRJ) onde pesquisa processos de reconstrução de dança na Índia antiga. É sócia do Medusa Tribal Studio, estúdio de dança dedicado ao Tribal Fusion, suas derivações e origens no RJ,  junto com a dançarina e fisioterapeuta Maya Felipe. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Resenhando-ES] Tribal Fusion, Eventos Online e a Pandemia no Espírito Santo

 por Lua Minguante, membro do grupo Lua Rubra Tribal


Iniciamos o ano de 2020 cheios de esperanças, vontades e planos e não foi diferente para a dança, no Lua Rubra Tribal, ao qual faço parte, estávamos cheias de novos projetos e expectativas para o ano que seguiria, no entanto, a Pandemia pegou todos nós desprevenidos e tivemos que pausar nossos planos para 2020. Entramos em quarentenas e com o passar dos meses sentimos muito falta de viver em arte, dos ensaios, dos palcos, da própria dança em si, sentindo falta da companhia umas das outras também, somada a toda ansiedade gerada pelo instabilidade da vida cotidiana, adaptando às mudanças bruscas diariamente.

 

Finalmente, como um respiro ao meio desse caótico ano, as lives entraram na moda e conseguimos assistir shows ao vivo de muitos dançarinos que admiramos. 


Em agosto, nós do Lua Rubra Tribal completamos 2 anos de existência, e como celebração reunimos talentosos dançarinos que são nossos amigos, aqui do Espírito Santo, e realizamos o show de aniversário em uma live no YouTube, foi um processo novo de viver, um novo tipo de show e arte on-line, uma boa forma de comemorar nosso aniversário, mesmo que à distância. “Celebrando Entre Luas” foi incrível e contamos com participação de dançarinos locais, pessoas amigas e que fazem parte da nossa história: Dhani Pitteri (Tribal Fusion), Rosaira Conrado (Dança contemporânea), Natália Piassi (Dança do Ventre), Desiree Gundim (Stiletto), Sayuki Féus (Voguing), Giselle Ferreira (Flamenco), Nathalia Antunes (Dança do Ventre).


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Em setembro, o Studio de Dança Rosaira Conrado, localizado em Jacaraipe-ES, produziu um Sarau Virtual em Comemoração aos 11 anos do studio, foi um sarau riquíssimo cheio de arte, poesia, música e dança, dos mais diversos estilos. O mesmo Studio, Rosaira Conrado, produziu em Outubro, um Sarau Virtual, de Halloween, com as danças mergulhadas dentro desse tema. E finalizaram o ano com um Sarau chamado “E que nunca nos falte dias melhores”.


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A dançarina, professora e coreógrafa de Dança do Ventre, Natália Piassi, é uma grande voz da dança no Espírito Santo e promoveu diversas lives de shows durante o ano de 2020. Em junho, Piassi promoveu "Lives para Despertar" com diversos convidados e temas sobre dança e autocuidado. Em outubro, realizou lives de discussão a respeito do que são as modalidades: Tribal Fusion, Dança do Ventre para Crianças e Yoga.




O Studio Alma Andaluza, que é um estúdio sediado em Vitória-ES, onde oferece diversas modalidades de dança tais como Dança Cigana, Flamenco, Dança do Ventre, Tribal Fusion e mais outros estilos, promoveu, em Dezembro, um Sarau Online cheio de poesia, onde a Dança Cigana e o Flamenco, são os principais estilos do estúdio.


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Nathália Antunes, professora, dançarina e coreógrafa de Dança do Ventre, também capixaba, fez um show online com alunas em seu Instagram em Setembro.




Foi um ano desafiador para cada um de nós, mas a arte pode sempre nos ajudar, não só como escape, mas também para preencher nossas vidas, expressar nossas dores e buscas, ponte para além dos dias difíceis. Agradecemos a comunidade capixaba, por cada live e dança, que encheu nossos olhos em dias pandêmicos.


Todas as lives citadas estão salvas nas mídias sociais.


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Resenhando-ES


Lua Rubra Tribal (Vila Velha-ES) é formado por Sahira Zomerod, KarMir, Aline Yuki e Bruna Benes; foi criado no ano de 2018, seguindo as lunações para formar uma liderança circular. Cada uma representa uma lua: nova, crescente, cheia e minguante, respectivamente. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >>

[No Swag] O Hip Hop é Estilo de Vida!

 por Tica 

Hellou, hellou, hellou, como tem sido a caminhada até aqui? No mínimo instigadora?! Bom, não tem um texto que eu não peça para você retornar ao texto anterior se caso não leu. Então bora lá rapidex e volta aqui, assim a história fica com mais sentido, mas sim sim sabemos que os acontecimentos não são lineares né nom! Next step..

Um jovem rapaz chamado Lance Taylor, conhecido como Afrika Bambaataa, inspirado em Kool Herc, decidiu aventurar-se por essa nova onda, que naquela época não tinha esse entendimento de ser uma corrente, uma filosofia, um estilo, um estilo de vida. Todes curtiam a vibe, as músicas, o jeito de falar, de se vestir, mas não havia o entendimento e conhecimento do que estava sendo construindo e para onde estavam indo. Nessa curtição do momento, onde um dos principais formatos de encontro eram as Block Parties, já dizia o velho ditado “onde há fumaça, há fogo”. 

O Bronx, bairro em que Bambaataa nasceu e foi criado, havia muitas brigas de gangues por disputa de territórios durante as parties, mortes e agressões por todo lado também. Confiante que as brigas entre as gangues, agressões e mortes não levariam a lugar nenhum, ele estimula -principalmente as gangues- a resolverem suas indiferenças através de batalhas de dança. Bom, estas batalhas de dança amenizaram a violência no bairro Bronx e na mesma pegada, Afrika Bambaataa continuou trilhando um caminho de paz e sabedoria, sendo reconhecido como o criador do movimento e desenvolvendo a ONG Zulu Nation. Nos próximos anos, Bambaataa ajuda a “formatar” e divulgar as bases do Hip hop, assim, a comunidade e o mundo começam a entender que o Hip Hop é mais que apenas boa música, mas é um estilo de vida!


   


Referências:

http://www.zulunation.com/


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No Swag com a Tica


Tica (Curitiba-PR) é proprietária da Mov n' Art, atua como personal de treinamento funcional, condicionamento físico para bailarinos e aulas de Hip-Hop na linha de femme style. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Índia em Dia] Tribhanga - Dança Indiana, Dialética e Netflix

por Raphael Lopes



Olá pessoal, Namaskar! ^^

Primeiramente espero encontrar cada um de vocês em saúde e alegria neste novo ano que se inicia justamente após um período que vem sendo tão angustiante para a sociedade, e para nós, bailarinos e professores isolados do palco e salas de aula presenciais. Sabemos e aprendemos no fazer arte, uma forma de ao se adaptar às novas realidades, encontrar formas de resistirmos e nos reinventarmos.
 
Nesse cenário surgiram oficinas, lives, workshops, cursos e aulas em formato online, o que sem sombra de dúvida trouxe um mar de novos conhecimentos para aqueles que decidiram se ocupar nesse intervalo em consumir e aproveitar as novas trocas surgidas. Foi nesse interim, por exemplo, que surgiu o FADINB (Fórum a Dança Indiana No Brasil) que abriu espaço para a dialética na dança - a oportunidade de discutir e conhecer novos argumentos, tirando a dança das nossas caixinhas de certezas e abrindo por meio da discussão, uma nova forma de contextualizar a dança produzida e ofertada.


E justamente contemplando toda essa discussão, a Netflix nos presenteou com um filme muito peculiar da diretora Renuka Shahane: Tribhanga - Tedhi Medhi Crazy. O filme, muito embora com o nome direcionando claramente a famosa postura da dança Odissi, está longe de ser um filme de dança, mas sim um enredo que aborda a vida de uma bailarina e seus dramas familiares.

O filme narra a história de três gerações de uma mesma família: Nayantara (Tanvi Azmi), uma aclamada escritora e mãe da bailarina Anuradha (Kajol). Logo nos primeiros minutos do filme, vemos a bailarina fumando um cigarro minutos antes de entrar em cena, trazendo a baila a discussão sobre as eternas superstições que cercam com uma aura de eterno misticismo e pureza das bailarinas. Infelizmente a diretora não se arriscou ir por esse lado, uma vez que a crítica ao conservadorismo ainda seja algo muito tímido entre os bailarinos e gurus mais conservadores. Por fim, temos Mithali Palkar que interpreta Masha, a filha de Anuradha, que decide seguir um caminho diferente da mãe e da avó...


O filme narra a história de três mulheres, mães solteiras, em suas lutas diárias, os traumas do abuso por parte de uma sociedade machista, até encontrarem na doença de sua matriarca o ápice das resoluções dos sonhos e papéis de cada uma. Dessa forma, o filme (que poderia sim ter sido enriquecido com cenas de dança) traça um paralelo entre as personalidades das personagens e as poses esculturais da dança Odissi. Anuradha, a bailarina, é o próprio Tribhanga - a postura com tripla flexão (cabeça, torso e pernas). Sua mãe Nayantara é a postura Abhanga, onde o corpo é levemente inclinado à esquerda, sinalizando sua própria inclinaçao sutil às artes. Masha assim se torna Samabhanga, a postura "simples", de pé e de frente a vida comum... Tribhanga claramente se refere as três mulheres, numa dança familiar explorado nesse filme que estreeou na Netflix no dia 15 de Janeiro (2021).

Mais do que um filme de dança, Tribhanga nos traz reflexões valorosas sobre a vida, tomando a poesia em ver lado lado as vicissitudes o bailar da vida. Vale a pena assistir esse filme, e lembrar que devemos, antes de mais nada, trazer a dança para as nossas vidas para além dos palcos.



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Índia Em - Dia


Raphael Lopes (São Paulo-SP) é bailarino de dança clássica indiana Odissi e tem levado à dança aos cenários dos Festivais e Encontros nacionais defendendo seu caráter sagrado, conscientizando as novas gerações a buscar um aprofundamento tradicional evitando a macula à essa refinada e sofisticada forma de arte. Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Corpo & Dança] Conhecendo a tão famosa Coluna Vertebral

 por Raissa Medeiros

A coluna é uma estrutura que forma o eixo do corpo, sendo constituída por ossos denominados vértebras. Entre as vértebras existem discos intervertebrais que impedem que haja uma sobrecarga sobre as mesmas, absorvendo o aumento da pressão intervertebral e permitindo uma maior mobilidade da coluna vertebral. Podemos observar também que na coluna há presença de curvaturas que ajudam na manutenção do equilíbrio e da postura ereta.

Esta estrutura possui como principais funções: 

  • sustentação do corpo;
  • mantenimento da flexibilidade das movimentações de tronco;
  • proteção da medula espinhal (composto de células nervosas, localizada no canal interno das vértebras, fazendo parte do Sistema Nervoso Central).

É dividida em: Cervical, Torácica, Lombar, Sacral e Coccígea.

Sendo a primeira composta por 7 vértebras, a segunda por 12, a terceira por 5 e a quarta e quinta fundidas sendo 5 sacrais e 4 coccígeas.

Como disse anteriormente, a Coluna Vertebral possui curvaturas fisiológicas extremamente importantes sendo elas: cifose e lordose.

  • A cifose é encontrada nas regiões torácica e sacral;
  • a lordose é percebida na cervical e lombar.

Coluna Vertebral Vista Posterior e Lateral


 

Cinesiologia e Dança

Além de todas funções acima citadas, a coluna vertebral é muito importante também na execução de muitos dos movimentos que realizamos com o tronco.

Flexão Lateral de Tronco = Cambret Lateral

Hiperextensão de Tronco = Cambret Posterior


Rotação Baixa de Tronco = Egyptian  |
 Rotação Alta de Tronco = Ângulo de Performance

 

Todos estes movimentos demandam muito da mobilidade dessa estrutura e precisam muito de nossa atenção. Trouxe mais algumas outras movimentações que vale muito a pena redobrar os cuidados:

  • rotações repentinas e sucessivas de tronco;
  • mudanças bruscas de direção;
  • flexões  de tronco.

  

Cuidados

Para manter a saúde da coluna vertebral e prolongar a nossa expectativa de vida da dança é necessário ter uma rotina de cuidados básicos, como:

1) Se aquecer e alongar antes e após a atividade física, respectivamente.

2) Não se esqueça de sempre prestar muita atenção na sua postura. Lembre-se que a postura reta NÃO EXISTE. Respeite suas curvaturas.

3) Não ultrapasse seus limites, mantenha em sua rotina momentos para descanso e em caso de dor ou qualquer incômodo, procure um profissional da saúde especializado para te orientar da melhor forma.

 

Em nosso corpo mora a nossa arte. Lembre sempre de cuidar desta casa.

 

Nos vemos em breve! 

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Corpo & Dança: Um olhar sob nosso Palácio Industrial


Raissa Medeiros (Belo Horizonte-MG)Graduanda em Fisioterapia, é bailarina, professora, coreógrafa  e pesquisadora  em Dança do Ventre, Fusões Tribais e Danças Comerciais ,sendo o primeiro, desde 2006.  Clique aqui para ler mais post dessa coluna! >> 

[Organizando a Tribo] Novo Ano, e agora?

 por Isadora Oliveira


Eii bailarinx! Como está a organização da vida por ai?

 

Já estamos em 2021 e precisamos começar esse ano com o pé dançando, certo? Por isso, hoje vamos pensar um pouco na estrutura para a organização da vida e do seu corpo que dança.  

Dançar e se manter produtivx em um momento tão caótico nos fez mudar a nossa relação com x nossx bailairinx, precisamos repensar essa situação para esse ano que acabou de chegar. Assim, vamos por etapas, estruturando cada parte da nossa rotina e trazendo para ela o movimento necessário. 


Fonte: https://www.centraldancadoventre.com.br/publicacoes/divulguese/119/como-ser-artista-e-empreendedora-na-danca/17537 

 

Saiba o que você tem que fazer no dia / semana!

Já falamos disso por aqui, mas estruturar o seu dia com compromissos fixos e metas diárias é primordial para manter suas responsabilidades sob o seu controle. Divida o dia em horas, e verá o quanto um tempo bem administrado é valioso. Com isso, a probabilidade de enxergar livre algumas horas na sua semana aparece. 

 

Crie rotina

Algo que ajuda muito na organização da vida profissional e pessoal é a rotina. Manter as tarefas sempre dentro do seu cronograma de metas, cumprindo horário e intensidade é ideal para um resultado satisfatório. Separar um momento específico para a dança e o corpo é um passo importantíssimo, contudo o que fazer se esse espaço não existe na sua rotina atarefada? Crie ele 

Dentro das possibilidades do seu dia e, principalmente, da sua semana, encontre momentos que você possa mesclar as atividades ou diluir a intensidade. Vamos lá um exemplo, assim que acordar ainda na cama, você pode se alongar certo? Crie a rotina de todos os dias de manhã se alongar. Você condicionará aos poucos o seu corpo a receber aqueles movimentos e logo ele responderá melhor quando você precisar dele para dançar. 

Se você é donx de casa, pai/ mãe, empresárix e bailarinx e esse momento matinal simplesmente não existe, dilua aquilo que você faria em um tempo concentrado. Enquanto espera o arroz ficar pronto ou frita um ovo, por que não alongar a meia ponta ou até treinar um shimmie!?

Ser bailarinx é viver dançando em tempo integral, escolha viver no seu mundo de forma dançante. Mesmo que por pouco tempo não deixe de fazer/praticar, logo logo vira rotina. 

 

 

Defina seu foco! 

Por que você está dançando? Para aprimorar a técnica, para manter o corpo sempre em movimento, para relaxar... Está preparando um show específico ou treinando aquela movimentação que parece impossível? 

Se você não tem 10 minutos diários para parar e ter um encontro com x sxu bailarinx, planeje um ou dois dias na semana de 20 a 30 minutos de qualidade, que possam te aproximar do seu objetivo. 

 

Exemplo__________________________________

 

Objetivo: Montar um Mejance para uma competição online 

⏱ Tempo livre: 30 - 40  min,  2x na semana 

📌 Prazo: Um mês → 4 semanas 

 

SEGUNDA - 14:00 - 14:30 

QUINTA - 21:00 -21:40

Mapear a música 

Montar o 1º minuto 

Passar 3x o 1º minuto + montar mais 30s 

Ensaiar o que está pronto 

Estruturar mais 1 min 

Ensaiar o que está pronto 

Montar mais 1 min 

Ensaiar o que está pronto 

 

Trabalhe com os prazos que você tem, com os objetivos que você deseja e com as possibilidades de fazer acontecer. Ser bailarinx exige além de tudo muito foco e determinação. 

 

Pense em qual bailarinx você quer se tornar!

Ter em mente até onde você quer chegar com  sua arte é sempre importante. Mesmo que a sua caminhada na dança esteja se iniciando, estabeleça pequenas metas, tenha algumas referências e se inspire em quem você admira. Nos movimentar fica mais fácil quando temos objetivos claros e a organização vai te ajudar a alcançá-los. 

 

 Pense com quem você quer estudar.

Se você não frequenta aulas regulares por algum motivo, esse é um momento excelente para conhecer o trabalho de outros profissionais. Minha sugestão é: aposte em workshops e cursos de curta/ média duração e mescle suas aulas entre teóricas e práticas.


Quando estudamos teoria, nos conectamos às raízes e trazemos para a nossa dança a maturidade de saber o que estamos dançando. 

 Nas aulas práticas existe a oportunidade de aprimoramento e dedicação corporal.

 

Caso tenha alguma questão financeira que impeça a sua regularidade em aulas de turma ou particulares, pesquise os workshops que o mercado está apresentando e analise o valor de cada um com a possibilidade de realizá-los. Tenha sempre os seus objetivos alinhados com as aulas que você participa. 

O primeiro passo para conquistar o que deseja é sair do lugar. Não deixe a falta de planejamento te atrapalhar. Deixo aqui, mais uma vez como dica, o uso do Google Agenda

📌Segue link de dicas de ‘Como personalizar a sua Agenda Google’: https://support.google.com/a/users/answer/9282728?hl=pt-BR 

 

Caso prefira a agenda de papel, aposte naquelas que te permite visualizar bem as semanas de cada mês, contendo sempre espaço suficiente para anotações. Caso não goste de planejamentos diários, os semanais são muito eficientes. No primeiro texto desta coluna você encontrará algumas outras dicas para a organização dos seus planos. 

 


📌Se não pode comprar uma agenda, faça a sua! Segue link com alguns ‘Modelos e Opções de Agenda’ : https://pt.smartsheet.com/best-excel-schedule-templates 

 

Muito foco, determinação e organização para esse ano que acabou de chegar. Torne o que você deseja realidade, começando pela sua agenda. 

 

Bailarinxs, tenham uma ótima e organizada semana!


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Organizando a Tribo

Isadora Oliveira (Belo Horizonte-MG) é bailarina semi-profissional, estudante e mobilizadora social. Com 19 anos de idade, graduanda em Bacharel em Direito e amante da Cultura Árabe Oriental, tem uma vasta experiência em organização grupal (apesar da idade), são aproximadamente 10 anos de trabalho e serviços sociais voluntários. É integrante da equipe VIDES Brasil (Voluntariado Internacional de Desenvolvimento e Educação Social) e está à frente da Iniciativa da Nova Geração das Danças Árabes Orientais no Brasil.  Clique aqui para ler mais posts desa coluna! >>



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