[Resenhando-PR] IX Café a Vapor

por Aerith



























No dia 10 de julho de 2016, no AOCA Bar, localizado no Centro de Curitiba-PR, aconteceu a 9ª edição do Café a Vapor, um dos primeiros e tradicionais eventos steampunk do Brasil, realizado pela Loja Paraná do Conselho SteamPunk. 

Este é meu segundo ano participando do evento que, com toda certeza, é um dos meus favoritos e aguardados <3 Para quem ainda não conhece o evento, ele geralmente é  anualmente organizado no mês de julho (sim, então fique ligado no grupo por volta dessa época para não perder a próxima edição, hein! ÒÓ),com diversas atrações, premiação das três melhores caracterizações, coffee break, diversos sorteios e, a cada ano, tem uma figura histórica que é homenageada e toda a temática do evento é voltada para ela (observem os detalhes). Este ano, o homenageado foi o cientista Tesla, conhecido por suas contribuições no campo do electromagnetismo.

Segue a descrição elaborada pelo steamer, membro do Conselho SteamPunk Paraná e um dos organizadores do Café a Vapor, o Russo (vulgo André Felipe Leite):

"Nessa edição, queremos comemorar os 160 anos do nascimento desse cientista incrível, o mestre Nicola Tesla.

De origem sérvia, nasceu em 10 de julho de 1856, mudando-se para os EUA em 1884, onde em parceria mal reconhecida com Thomas Edison, ajudou a desenvolver a niveis "mágicos" a então nascente Ciência Elétrica. Criou dezenas de máquinas de criação, reprodução e ampliação de eletricidade.

Suas máquinas mais conhecidas são a Bobina de Tesla, a Corrente Polifásica, Comunicação Sem Fio (principio de radio transmissão), Automatos de radiocontrole, a Lampada Fluorescente, e o Motor Elétrico compacto


Devido aos problemas de concorrencia contra Thomas Edison, e de má-gestão financeira, esse gênio de inovações foi deixado nas sombras da Ciência, até ser retomado nas ultimas décadas. E é em homanegem a esse brilhante cientista que em 2003 foi batizada a Tesla Motors, empresa automobilistica dedicada a criar carros elétricos a preços acessiveis."

Abaixo segue a programação das atrações desta edição:

























Esse ano, além do Museu Steampunk, também tivemos a presença de participantes expondo seus produtos, entre eles: Gilmara Cruz Ateliê (com produtos voltados à dança tribal), Guiro Luan e Mundo Aya. Além disso, a Loja Paraná trouxe em grande promoção unidades limitadas dos exemplares: " A Corte do Ar", de Stephen Hunt e "Sociedade dos Meninos Gênios", de Lev Ac Rosen.


Museu Steampunk  | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)


Infelizmente, devido a alguns contratempos, só consegui chegar ao evento por volta das 19 horas. Contudo, anteriormente, teve apresentação da tribal dancer, steamer já frequentadora do Café a Vapor e aluna de Gilmara Cruz, Amy Gardien, representando uma boneca steampunk.

Amy Gardien  | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Na sequência, teve apresentação de gaita de foles com o músico Leandro Dias.

Leandro Dias | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)

A partir das 19 horas, tivemos a participação, pela primeira vez na casa, da bailarina Gilmara Cruz com uma sombria performance de dark fusion.




Por volta dàs 19:30, tivemos a cerimônia de entrega das Medalhas da Ordem do Pinheiro para o Irineu Klosovski (criador de todos os troféus desde a segunda edição do Café a Vapor); e para o Beto (dono do AOCA Bar e apoiador do grupo).


Foto de Nelson Alves (Chaos Design )


Este ano a vocalista, Vanessa Rafaelly, que participou da edição anterior como solista de um potente repertório lírico, trouxe a banda Several Eyes, da qual tornou-se vocalista de Heavy Metal, cantando diversas músicas icônicas do metal.

Several Eyes | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Na sequência, tivemos o tão aguardado Concurso de Steamplay! Este ano os steamers vieram bem caracterizados e não estavam para brincadeira não! Um dos pontos que me chamaram bastante a atenção em relação ao evento passado para esta edição foi justamente a maior quantidade de steamplays. Com certeza deve ter sido uma escolha muito difícil para os jurados de selecionar as três melhores produções. Este ano, o prêmio para os três colocados foi duplo: um troféu em forma de uma réplica da Bobina de Tesla confeccionado pelo artífice Irineu Klosowskiuma, cujas cores na armação das bobinas eram diferentes para cada um: azul para o 1 lugar, verde para o 2º lugar e vermelho para o 3º lugar; e um exemplar do livro "No compasso do tempo steampunk"  realizado a partir da tese de doutorado da pesquisadora e também steamer Éverly Pegoraro, ilustrado a partir de fotos dos eventos passados e seus personagens-participantes.

Os Jurados | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)


Então, pausa para os jurados Caroline Marcondes, Anne Caroline e Guiro Luan decidirem entre si os merecedores da premiação! Neste intervalo, tivemos alguns anúncios gerais do evento, como o meu momento propaganda em conjunto com a Gilmara Cruz do II Underworld Fusion Fest, evento voltado para as vertentes mais obscuras da dança tribal fusion.

eu (Aerith) e Gilmara Cruz 
Logo após nossa divulgação sobre o Underworld, foi o momento da minha apresentação. A personagem que quis apresentar esse ano já era algo que queria há muito tempo representar: uma personagem circense. Inspirada na personagem de hq Arlequina ( ou Harley Quinn, no original em inglês) e na cantora Emilie Autumn, eu quis trazer uma performance mais ligada ao estilo dark fusion, que tem uma pegada mais teatral e expressiva na dança. A ideia da personagem, durante a performance, era sua descoberta de ter sido transformada em uma marionete. Durante a apresentação, ela luta por sua liberdade e, em um lúdico lapso, ela se imagina livre... Infelizmente não tenho ainda vídeo disponível, mas se conseguir, atualizo aqui (no vídeo do Canal Steampunk aparece um trechinho ^^).

O Russo e Aerith Asgard (a pessoa que vos escreve \o) | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Cada participante que contribuiu artisticamente ganhou uma medalha de honra ao mérito pelo Russo e também um certificado de participação. Um evento com certeza realizado com muito zelo e preocupação para com todos os envolvidos por seus realizadores.

O grande anuncio foi realizado, e os steamers vencedores foram:

Aya Drevis - 1º lugar | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Sara Michaelis - 2º lugar | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Tatiana Cared - 3º lugar| Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)
Para animar o pessoal, a DJ MissA trouxe um "set list Teslapunk" de muito bom gosto com músicas dark wave, as icônicas músicas das bandas "steampunks", entre outras, estavam entre as mais tocadas da noite.

DJ MisaA | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)

























E próximo do encerramento, eis o momento ( para os steamers mais resistentes que ficaram até o final) mais aguardado da noite: itens sorteados. Abaixo os itens que seriam sorteados pela organização do evento:

Itens sorteados | | Foto de Nelson Alves (Chaos Design Studio)















Os  itens sorteados foram:

- Caderno de anotações customizado por  Mundo Aya;
- Sketchbook encadernado e com quatro tipos de papel: sulfite, gofrata, canson e folha pautada por Renata Kamarowski;
- Minihat customizado por  Mundo Aya;
- Minihat  com detalhe piscante customizado por Luzia Rocha;
- Cartola Steampunk por Guiro Luan;
- Cordão com  pingente em forma de frasco de vidro  por Guiro Luan;
- Goggle em forma de tapa-olho  por Guiro Luan;
- Bracelete de couro por Guiro Luan;
- Carteira de couro por Daniel Doerner;
- Suspensório de couro por Daniel Doerner.

O grande sorteio da noite foi uma viagem de ida e volta para a quarta edição do mais aguardando evento steampunk do Brasil: Steamcon de Paranapiacaba (SP), realizado nos dias 06 e 07 de agosto! E o grande felizardo da noite foi: Thiago Juraski.



Encerrando esta resenha deixo aqui a cobertura realizada pela Renata Kamarowski (membro do Conselho Steampunk da Loja PR) para O Canal Steampunk da Débora Puppet, mostrando um pouco de tudo que aconteceu no IX Café a Vapor:


Ah! E se lembram que na resenha anterior eu comentei que a equipe do  Câmera Off  estava gravando um documentário sobre a cena steampunk brasileira? Então! O lançamento oficial do documentário "O Mundo Retro Futurista do Steampunk " foi na IV Steamcon e você pode conferir o vídeo logo abaixo. [início do momento propaganda] E eu apareço no vídeo em 01:13 minutos e por volta dos 34:52 minutos. Gratidão por poder fazer parte deste projeto especial! [final do momento propaganda] Super indico para quem ainda não conhece steampunk e ficou bem curioso a respeito:





Aguardamos ansiosos para 2017, pois o Café a Vapor completará uma década de existência! Siiim! O que será que nossos steamers da Loja Paraná estarão aprontando para esta grandiosa celebração? Então não deixem de seguir o grupo e sondar principalmente por volta de junho/julho quando é costumeiro organizarem o evento. "Fogo na caldeira, steamers!" Avante à décima edição!

Informações Gerais:
Loja Paraná do Conselho SteamPunk:
Grupo | Site |

Fotógrafo:
Nelson Alves (Chaos Design Studio)
|Facebook|

Steamcon de Paranapiacaba:
| Fan Page | Site|

Débora Puppet - Canal Steampunk:
|Fan Page | Youtube |



Leia a resenha da 8ª edição>>



[STS] Sawadee Krap e Bem-vindos!

por Satory Brier



Fala comigo galera! Meu nome é Satory Brier e temos uma nova coluna aqui no blog!

Então irei começar o primeiro post falando quem sou o que trarei para vocês e o que é o STS (Street Tribal Style) ou ETR (estilo tribal de rua no português brasileiro).

Primeiramente, prazer a todos. Através do convite da Aerith, a partir de hoje estou aqui para compartilhar aprendizados, trocas, momentos e tudo o que puder absorver e retribuir. Agradecimento imenso!

Falando de mim

Sou Belo Horizontino (MG, Brasil), 22 anos (até dia 04 terça-feira haha), Budista Nichiren, Dançarino, Lutador, Professor e Terapeuta Holístico.

Danço profissionalmente desde 2011 e tenho minha especialidade nas danças urbanas e no STS.

Sobre o que trarei para vocês

Nada menos do que tudo sobre o STS gente! O estilo, suas bases, filosofia, estrutura, pilares, e muito mais!

Também trarei coisas sobre as danças urbanas, as danças africanas, as influências que elas recebem do que o nosso mundo oferece e sobre culturas e história. Ou seja, em demasiados momentos irei trazer alguns temas bem diferenciados. Okay? Okay!

Mas o que é o STS?

Galerinha, o STS, ou Street tribal style, é uma nova ramificação da dança tribal. Em outras palavras é um novo estilo de dança. Para explicar isso vou pegar um pouco da introdução desta coluna:

“Em 2015 Satory começou a estudar o Tribal e suas influências como o Tribal Fusion, Tribal Brasil (com a linda da Kilma Farias) e como base o ATS®. Ele percebeu que no tribal fusion vários dançarinos abusavam muito de isolamentos e movimentos das danças urbanas. Porém vários dos movimentos urbanos eram vagos e sujos. Muito dos dançarinos de tribal não eram de danças urbanas e apenas usava um movimento ou outro dentro do tribal pronunciando como Tribal Fusion. Satory como dançarino professor e pesquisador das danças urbanas desde 2011 viu a oportunidade de poder fundir sua dança à cultura Tribal de uma forma que as movimentações urbanas dentro do tribal não seriam vagas. Com o intuito de valorizar as danças urbanas tanto quanto o tribal podendo trabalhar as duas danças juntas com pleno conhecimento e habilidade. Com as características dos dois estilos, fundamentos e bases o estilo foi criado. Devido a isso, o STS é uma nova linha dentro da área do tribal como o Dark Fusion, o Tribal Fusion e o Tribal Brasil. Ele dá continuidade a árvore do tribal possibilitando um novo estilo, mas mantendo a essência e cultura. Dentro do estilo é trabalhado não apenas a dança em técnica (corpo), mas também em mente e espírito. A dança como um todo é diferencial e potente.”


E esse é o STS! Entenderam gente? Ótimo!

NOVIDADE!
UP UP FEST Encontro Tribal em Minas Gerais 2016

Galerinha linda que já está tendo a paciência de ler este texto até agora (risos). Em novembro nos dias 12 e 13, haverá o Up Up Fest Encontro tribal em Minas Gerais 2016. Onde haverá workshops, estandes e o up up show. Estamos na 3ª edição sendo que nos outros anos tivemos grande nomes e profissionais do tribal no Brasil como a Rebecca Piñeiro, Surrendra BellyDance, Kilma Farias e outros. E este ano iremos contar nos workshops com presenças de grandes profissionais novamente. São elas: Joline Andrade, Thalita Menezes e Mariana Razzi. E adivinha quem vai estar no evento também ministrando um workshop sobre o Street Tribal Style? É galera! Vou estar lá também colado pra passar pela PRIMEIRA VEZ um pouco do meu estilo pra vocês! Então bora colar e dançar bastante! Espero vocês com o maior prazer. Mais informações entre no www.upupfest.com.br ou na página do facebook: Up Up fest encontro tribal em minas gerais.
Algumas observações:
  • O STS ainda está em desenvolvimento, e não tenho pressa para finalizar. Porém o que eu postar aqui no blog é oficial e confirmado okay?
  • Se quiserem ver um pouco do STS em ação assista aos meus vídeos kaminari e bogan que está na minha página do youtube www.youtube.com/user/brendobrier
  • O STS, Street tribal style, também pode ser nomeado como ETR, estilo tribal de rua, que é na língua portuguesa do nosso querido Brasil. Mas oficialmente STS
  • Todo mês trarei notícias e novidades aqui no blog.
  • Aproveitando pra dar o meu marketing (óbvio haha) Siga no instagram @satorybrier e no facebook www.facebook.com/satorybrier

·         Acho que no momento é isso. Haha

Resumindo...



É isso galera! Espero que tenham gostado do texto e este mês ainda se der certo trarei algo para vocês.

Estou muito feliz de estar aqui podendo mostrar meu trabalho e espero poder dar algo para vocês de bom.

Grande abraço e como saudamos no muay thai,

Sawadee Krap!

STS - Street Tribal Style (Estilo tribal de Rua ) por Satory Brier


STS - Street Tribal Style
Satory Brier, Belo Horizonte-MG, Brasil

Sobre a Coluna:

Na coluna irei falar do estilo STS ( Street Tribal Style ) e também sobre as influências que ele sofre como as danças urbanas, a filosofia budista, cultura hip hop, etc.


O STS ( Street Tribal Style ) é um estilo criado pelo dançarino e professor Brendo "Satory" Brier.

Em 2015, Satory começou a estudar o Tribal e suas influências como o Tribal Fusion, Tribal Brasil e sua referência e como base o ATS®. Ele percebeu que no tribal fusion os dançarinos abusavam muito de isolamentos e movimentos das danças urbanas. Porém vários dos movimentos urbanos eram vagos e sujos. Muito dos dançarinos de tribal não eram de danças urbanas e apenas usava um movimento ou outro dentro do tribal pronunciando como Tribal Fusion. Satory como dançarino, professor e pesquisador das danças urbanas desde 2011 viu a oportunidade de poder fundir sua dança à cultura do Tribal de uma forma que as movimentações urbanas dentro do tribal não seriam vagas. Com o intuito de valorizar as danças urbanas tanto quanto o tribal podendo trabalhar as duas danças juntas com  pleno conhecimento e habilidade. Com a características dos dois estilos, fundamentos e bases o estilo foi criado.

Com a linha do tribal voltada totalmente para o ATS®, Satory aproveitou para se inspirar no estilo e na sua criadora Carolena Nericcio.  Devido a isso, o TS é uma nova linha dentro da área do tribal como o Dark Fusion, o Tribal Fusion e o Tribal Brasil. Ele dá continuidade a árvore do tribal possibilitando um novo estilo mas mantendo a essência e cultura.


Dentro do estilo é trabalhado não apenas a dança em técnica (corpo), mas também em mente e espírito. A dança como um todo é diferencial e potente. 

Sobre o Autor:


Satory Brier é bailarino, professor, coreógrafo, arte-educador pesquisador e terapeuta holístico é belo horizontino (Brasil ) e profissional da dança desde 2011.

Teve sua formação inicial através do Programa Valores de Minas em 2011 e logo em seguida, no ano de 2012, concluiu o módulo de Capacitação e Especialização Artística também através do Programa. Em sua formação artística possui experiências na dança de salão, jazz, ballet, dança contemporânea, dança afro, danças orientais e especializou-se nos estudos das Danças Urbanas fazendo vários cursos intensivos com pioneiros do estilo como Popin Pete (Popping), Gemini Lockiano (Locking) e Lauren Courtellemont (Dancehall).
Atualmente cursa Licenciatura em dança na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é um ZIN (ZUMBA INSTRUCTOR NETWORK) e dentro das Danças Urbanas, Satory focou seus estudos no estilo House Dance, fazendo aulas com vários professores brasileiros e internacionais, como Leandro Belilo (Diretor da Cia. Fusion de Danças Urbanas – Belo Horizonte), Nene Ds (Made In Brazil - São Paulo), Eszteca Noya (Amsterdam – Holanda), Marjorie Smarth (uma das pioneiras do House Dance - EUA) e tem sua formação com Edson Guiu (pioneiro do House Dance no Brasil).
Participou de eventos de grande porte como o FIH2 em Curitiba, Festival Nacional de Três Rios e H2K (Hip Hop Kemp) no Rio de Janeiro e atuou em Grupos e Companhias especializadas nas danças urbanas como Cia. Friendship, Anjos de Rua e Contraste.
Além das danças urbanas especializa também no Tribal e ATS®( American Tribal Style). Estilo de dança do ventre ocidental onde abrange várias vertentes e influências de outras danças como flamenco, dança cigana e a dança indiana. Fez aulas com as maiores profissionais do Brasil como Kilma Farias ( Tribal Brasil ) e Joline Andrade ( Tribal Fusion ) e agora desenvolve um estilo próprio denominado STS ( Street Tribal Style ) onde mescla as danças urbanas com o tribal possuindo características próprias.
É Terapeuta Holístico ( A terapia holística é aquela que segue os princípios do holismo que significa todo ou inteiro. Ou seja: trata o ser humano como um todo onde predominantemente se busca o equilíbrio corpóreo, psíquico, energético e social. ) tendo sua especialidade no REIKI e na Massoterapia.

Atualmente Satory faz atendimentos, ministra aulas e workshops, e atua como dançarino profissional.

[Entrando na Roda] Acessórios no ATS®

por Aline Muhana

Olá pessoal! 

No nosso Entrando na Roda desse mês vamos falar sobre a utilização de acessórios no American Tribal Style®.

Espadas, cestos, véus, saias , leques e até pandeiros tem aparecido nas apresentações de ATS® em dezenas de vídeos, provenientes dos mais diversos países. Afinal, como conjugar a técnica do ATS® com a utilização de um objeto em sua dança?

É necessário levar em consideração diversos pontos relevantes da sua performance: a música será rápida ou lenta? Você gostaria de tocar snujs e segurar o objeto? Como entrar com este acessório em cena? Qual a natureza deste objeto?

Depois de responder a todas estas perguntas ( e certamente outras ainda surgirão), é necessário descobrir até que ponto o objeto será incorporado na técnica do ATS.  Eu, Aline Muhana,  gosto de classificar em 3 níveis de Modificações:

    Nivel 1 – Objetos em equilíbrio

(Basicamente espadas e cestos). Neste nível de Modificação a interferência na técnica é mínima. O objeto estará a maior parte do tempo  equilibrado sobre a cabeça, portanto o máximo de mudanças necessárias para manter-se fiel à técnica seria modificar a altura dos braços quando necessário. Como as mãos ficarão livres por boa parte do tempo é possível até mesmo tocar os snujs (quando possível e apropriado).

   Nível 2 – Incorporando os objetos aos movimentos

Neste próximo estágio a Modificação é mais intensa, dispensando o uso dos snujs, pois o objeto estará em mãos praticamente  todo o tempo. O desafio neste estágio é incorporar totalmente o objeto às movimentações do ATS® fazendo Modificações mínimas nos movimentos, porém incorporando  o objeto em movimento quando for necessário. (Por exemplo, segurar a saia durante os “calibrated spins” ou fazer a movimentação completa de um “propeller turn” com a espada nas mãos)


   Nível 3 – Criando movimentos específicos para cada acessório  

Ao chegar neste nível novos movimentos serão criados para melhor demonstrar  toda a potencialidade do acessório, mas sempre respeitando os limites dos Movement Dialects (passos que são criados em conformidade com a estética, técnica  e a corporeidade do ATS®). Neste ponto um novo vocabulário de movimentações pode ser criado  e executado por uma instrutora ou um grupo, como uma linguagem particular destas pessoas.




     Existem instrutoras e companhias de dança que inclusive já gravaram DVDs didáticos com suas próprias interpretações sobre o uso de acessórios, todos eles com a aprovação de Carolena Nericcio-Bohlman.

Alguns deles seguem abaixo: 

Terri Alred, Dawn Ruckert e Super Beth:
ATS with Props DVD: Veil, Fan and Basket

Davina Tribal Collective: ATS with an Edge  (descontinuado)

Krisztina Naz-Clark
Work that skirt: Instructional 2 DVD Set

Lembrando que qualquer pessoa ou grupo  pode criar seu próprio vocabulário, o uso dessas técnicas é totalmente opcional.

Particularmente gosto de apresentar os  acessórios para minhas alunas em aulas especiais e workshops, abertos inclusive a praticantes de outras danças.

Dúvidas, sugestões ou idéias? Escreva aqui pra gente nos comentários!

Grande beijo e até o próximo Entrando na Roda!


[Flamenco] Flamenco e ATS - O Egyptian Sevillana

por Karina Leiro



O Egyptian Sevillana se inspira na Sevillana (se pronuncia Sevilhana), dança originaria da baixa Andaluzia (região ao sul da Espanha), derivada de um tipo de canção espanhola chamada Seguidillas manchegas, típica das atuais comunidades autônomas de origem castelhana (Castilla-La Mancha, Comunidad de Madrid e o sul de Castilla y León (provincias de Segovia, Ávila y Burgos) e adaptadas à cidade de Sevilla. As sevillanas podem ser vistas na Feira de Sevilla, nas romarias, ou em locais onde se reúna um grupo de pessoas, até mesmo na balada, em bares e boates. A sevillana é originalmente dançada aos pares, geralmente homem e mulher, mas é recorrente ver duas mulheres dançando. É possível variar as formações principalmente quando a sevillana é levada para o palco, variando entre pares, círculos, blocos, filas, etc.

As sevilhanas habitam a tênue linha entre o folclore andaluz e o flamenco e trazem em si a essência popular junto com a expressividade do flamenco.

As sevillanas tem 4 coplas, denominadas segundo a ordem em que são dançadas; a primeira a segunda, a terceira e a quarta. Do ponto de vista da dança, as coplas podem ser explicadas como quatro pequenas danças dentro de uma mesma música e a estas quatro danças em conjunto, chamamos sevillanas.

As sevillanas variam segundo as suas origens ou ao local onde são cantadas e dançadas: as rocieras são cantadas nas romarias da Virgem del Rocio; as de feria são cantadas nas feiras e festividades populares; as corraleras são as dos “currais” ou pátios das casas da vizinhança, onde eram dançadas antigamente.

Do ponto de vista da dança, existem muitas versões diferentes de sevillanas, os passos podemos variar de uma para a outra, além do espaço para improviso. Sendo a estrutura musical das coplas sempre a mesma no que diz respeito à métrica, qualquer das versões da dança vai caber nas coplas de qualquer música de sevillanas, independente do seu canto ou melodia. Apesar das diferenças entre as versões, há recorrências em todas elas que permitem identificar qual das coplas está sendo dançada. Por exemplo, a terceira copla é a do sapateado, a segunda é a da roda, etc. Passos como paseos, remates e passadas são comuns a todas as coplas e versões.

O Egyptian Sevillana foi provavelmente inspirado nas passadas, passo presentes nas 4 coplas (porém mais repetido na primeira) onde o par troca de lugar. As pessoas dançando uma de frente para a outra, trocam de lugar entre si, de maneira em que uma vai ocupar o lugar da outra e então voltam a ficar de frente na posição inversa à que estavam anteriormente.

No Flamenco:



No ATS:






[Tribal Brasil] Tribal Brasil na cidade

por Kilma Farias

Karine Neves - Porto Alegre-RS
“Trago comigo uma bagagem de lembranças históricas, que posso alimentar por meio de conversas ou de leituras – mas esta é uma memória tomada de empréstimo, que não é a minha.” (HALBWACHS, 2003, p. 72)

Partindo do pensamento do historiador Halbwachs, faço um paralelo com a bagagem de memórias que adquirimos no Tribal ao assistirmos vídeos de bailarinas da Índia, Estados Unidos, Japão, Egito, etc., ou ao lermos sobre danças étnicas diversas do mundo, apreciarmos fotografias, etc. Trata-se de uma bagagem de memória tomada de empréstimo quando não estivemos nesses lugares vivenciando dada realidade, mas que acessamos nas nossas composições em dança.
Juliana Garcia - João Pessoa-PB

“[...] uma memória [...] que não é a minha.” E que faz com que nosso produto final em dança chegue ao palco como se também não fosse nosso. Porque falta a nossa memória vivida. Somos feitos de tempo e espaço, e das lembranças que, de modo consciente ou inconsciente, essa relação gera em cada um de nós.

O caminho que percorremos de casa ao trabalho, o supermercado que frequentamos, a praia, o cinema, a sala de aula, nossa casa, nossa rua, as viagens que fizemos, as pessoas com quem cruzamos diariamente ou uma única vez na vida, tudo isso faz parte da nossa memória vivida – colabora para o que cada um de nós é hoje. E nos modifica. É na relação com os espaços que as experiências acontecem e as múltiplas identidades dão lugar à coletividade, a uma visão de mundo, um ethos.

Nesse sentido, um dos pontos que tenho abordado no Curso de Formação em Tribal Brasil é a relação da bailarina com sua cidade, com o conceito de lugar e suas implicações afetivas trazidas pela memória. Essa ação tem o intuito de trazer à tona uma memória corporificada, que confira verdade à dança – porque vem plena de vivências do dia-a-dia.

Dayeah Khalil - Guarujá - SP

Em uma das atividades desenvolvidas, peço para que a aluna aproveite um momento de caminhada rotineira para observar o mundo que a rodeia, o “lá fora”: os sons, aromas, formas, cores. Apenas observar o ambiente que anda influenciando-a, muitas vezes de modo inconsciente. E partir daí essa vivência é registrada no “diário de bordo” do curso – uma espécie de diário onde a bailarina registra de modo artístico, livre ou sistematizado, através de poesia, desenho, pintura, colagem, texto, fotografias, suas experiências ao longo do curso, suas relações com o que estão descobrindo, etc.

E a partir disso compõe-se uma pequena partitura em dança que passa a ser registrada em vídeo, de modo livre – seja videodança, videoarte, documental, videoclipe, etc. E, nesse fazer, podemos apreciar as diferences nuances e impressões que a cidade nos provoca e o quanto ela modifica nossa dança. Não precisamos deixar de fora tudo o que nos influencia no nosso cotidiano para dançar Tribal. Às vezes ficamos tão maravilhados com a alteridade, com o que nos é exótico – o que vem da Índia, Egito, etc. – que calamos nossas beleza, riquezas e singularidades: nossa brasilidade.

Selecionei algumas atividades das alunas do Curso de Formação para compartilhar nesse post e faço um convite a você também. Da próxima vez que sair na rua, observe os relevos, construções, pessoas, aromas, formas, relações, afetividades. Traduza em palavras, imagem, desenhos ou pintura a sua percepção, como esse mundo vivido por você te afeta. E, num segundo momento, traduza para o corpo, para o movimento, buscando as relações com o seu fazer Tribal. Se puder viver essa experiência em um lugar da sua cidade que signifique para você, melhor ainda. E se resolver registrar em vídeo, compartilha comigo. Vou adorar conhecer um pouco mais sobre o Brasil que você vive e sua relação com a cidade.

Karine Neves – Rio Grande do Sul:




Juliana Garcia – Paraíba:




Dayeah Khalil – São Paulo:








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