Que lugar lindo e inspirador. Dá pra entender porque os hippies se reuniam no Golden Gate Park para curtir e dançar. Esse parque fica no final de uma rua que parece a Paulista, cheia de lojas, muitas bijus e brechós incríveis (tortura chinesa para mim). Só pouca coisa é realmente acessível para nosso bolso (obrigada real).
Meu marido ama Lp's (sabe, records?), então fui a caça. Saímos andando da Rua Venice até o Haights (onde morava a Janis Joplin). Gente, é só subida, parece Olinda - só que pior. Quase 1h de caminhada por conta das subidas...sobe ,sobe, sobe....e no caminho as lindas Paint Ladies (casas com três cores, estilo sobrado...são o cartão de visita da cidade).
Lembrei de algo, no caminho ao Haights vimos uma rua com belíssimas paint ladies que ficam de frente para um parque belíssimo, então todos tiraram fotos dali e pegavam elas como paisagem de fundo. Alguns foram para as calçadas tirar fotos e havia uma casal de chineses subindo as escadas de uma dessas casas para um enquadramento melhor, nisto passa um carro com uma mulher esbravejando: "Saiam da casa que não lhe pertence!" (é...sem comentários).
Essa cidade é totalmente diferente de outras, como Miami por exemplo. Shopping? Não vi um. Para comprar legos pro meus filhos precisei ir em San Pablo (no caminho para o Studio de Suhaila que fica nessa outra cidade). O lance de San Francisco com certeza não são as compras, até porque é uma cidade cara para os residentes, mas onde você encontra mercados (cooperativas) orgânicas, com tinta de cabelo e tudo mais no esquema do natural (caro pra burro). Uma banana quase 5 reais (assombrei)!
Ficamos no esquema Airbnb a 10 minutos de caminhada do Stúdio do FatChance Bellydance®. Friozinho gostoso de dia e incomodo a noite. Essa época do ano é inverno, mas San Francisco não é das cidades mais frias, como Mineapólis (nevando, achei que ia morrer de frio). A casa era incrível (uma paint ladie), bem confortável e com café da manhã incluso nos custou 140us por 5 diárias para cada uma das 4 pessoas, mas há um hotel (bem xexelento kkk) do lado do Studio FCBD® que pode ser uma opção também.
O mais importante dessa viagem não foram as poucas compras que fiz, mas realizar que há muito o que estudar, que sou totalmente iniciante na compreensão, percepção e assimilação e se quiser que isso se incorpore definitivamente em minha vida o único caminho é continuar me dedicando, estudando e mantendo em mente "só sei que nada sei".
Fiz um total de 16h de intensivo com Carolena e Kristine no Studio do FCBD® e mais 30h de cursos no ATS Homecoming. Estas aulas foram um divisor de água na minha experiência em dança, contribuíram muito na forma como vejo o ATS®, que já não é a mesma de quando saí do Brasil.
Para finalizar, a comunidade americana dá um suporte emocional incrível aos companheiros, pelo menos quem esteve no evento. Houve grupos onde o som parou, a espada caiu e a comunidade seguiu aplaudindo e incentivando, inclusive nos dias depois. Afinal, sabemos como é tenso subir no palco e dançar para uma plateia de experts; o erro era encarado como algo natural, afinal é improviso, gente. Not a big deal! E o quanto você se conecta com a plateia, isso sim foi valorizado.
Com certeza eu volto em 2017!
Simbora?
Xeros
Mais algumas fotos da viagem: