A bailarina Kami Liddle (EUA) participou do ensaio fotográfico para a produção do novo álbum do Junk Parlor, intitulado Melusina.
Além disso, Kami também participou criação e tocou percussão de oito faixas do novo CD.O álbum é inspirado nos LP's vintage de dança do ventre,gypsy rumba da década de 60, canções folclóricas do leste da Europa, Maxfield Parrish, Mucha e seu grupo,Gold Star Dance Company .
No dia 26/04/2015 tive o prazer
de assistir ao monólogo Lilith e é com muito prazer que compartilho com vocês
um pouquinho desta linda experiência!
Lilith, poema cênico criado por
Camila Diehl, do Teatro da Transcendência, teve sua estréia no ano de 2004 e
ressurge agora, em 2015, com o convite do Sesc para reapresentação em
comemoração ao mês da mulher.
Na minha opinião, Lilith é um
espetáculo completo, por vários motivos:
1) Traz um texto super poético e
sensível.
2) Conta com uma linda trilha
sonora que combina com o tema abordado, dando uma aura densa e noturna à peça.
3) Traz momentos com canto
lírico, que impressiona o público e enriquece o personagem.
4) Além da excelente
interpretação, a atriz mostra uma grande experiência em dança, uma postura
impecável e um condicionamento físico invejável. A atriz usa técnicas de Butoh,
que torna o personagem mais delicado e profundo.
5) A atriz é linda! Tem um corpo
magro e definido (principalmente ombros e costas), a cabeça raspada e um rosto
delicado. Características estas, que dão ao personagem uma força dual; ora
feminina, ora masculina.
Obs.: Sei que a estética não é
importante para todos e que cada um enxerga a beleza de uma forma diferente. Abordei
a “estética” da personagem por dois motivos: sou uma devota da Beleza e achei
que a estética da atriz ajudou a compor perfeitamente o personagem.
6) O figurino é meio minimalista,
um tanto rendado, em tons pastéis... Os seios nus, como um belo pingente preso
ao peito, vêm para completar o requinte da roupa. O figurino dá um ar
“romântico” à personagem, mostrando um lado sensível e frágil da obscura
Lilith.
7) A forma visceral e sensível
que a atriz encarnou o personagem... Ah, foi de arrepiar!
Um dos maiores motivos de eu ter
ido assistir a esse espetáculo (além do fato de amar arte e me interessar 100%
pelo tema) foi o fato de “Lilith” ser um personagem que vem sendo trabalhado
por mim há certo tempo, em um duo com a amiga Patricia Nardelli. Fiquei muito curiosa quando vi o
anúncio do monólogo e quis ver como uma atriz interpretaria essa personagem tão
complexa. A interpretação é algo incrível!
Um mesmo personagem sendo entendido de várias formas, existindo através de
vários olhares...
A Lilith de Camila, diferente da
minha, traz algo de sensível e frágil e aborda conceitos que envolvem o “perdoar
a si mesma”. A personagem vista através dos olhos de Camila, reflete certa
docilidade e ingenuidade que encantam.
Lilith é uma personagem conhecida
por sua sensualidade e sexualidade à flor da pele. Mas ela sempre me pareceu
“mais bicho” do que “fêmea”. Como se essa sexualidade e sensualidade fosse
muito mais natural e carnal do que imaginamos ou experimentamos sendo mulheres.Essa noção de corporalidade
animal foi bastante abordada e foi aí que a atriz me ganhou, de vez!
Uma coisa é certa: Lilith vive!
Através da Camila, através de mim, através da Patrícia Nardelli, através de
você! Ela espreita a todas nós!
Fragmentos de Lilith:
“Lilith, a Lua Negra.
Deusa-demônio da noite que assombra as almas desesperadas, as almas sedentas de
luz. É a lucidez das trevas que me instiga a decifrar Lilith. Lilith é o mundo
obscuro, o inconsciente, o mistério. Lilith sou eu. Escrevo num fluxo, num
sonho, é ela quem fala no meu ouvido, balbucia frases, palavras soltas, geme,
pede clemência, implora perdão, solta uivos e berros, vira fogo, afunda-se na
água, tropeça na terra, toca o ar. Minha Lilith, meu céu, meu inferno. Os
elementos que ela traz consigo, seus símbolos, estão nas raízes do texto e na
estruturação da própria personagem. A noite. A lua. O vento. As asas. O cão. A
coruja. Escrevo sem regras, sem preconceitos, sem maldade alguma. Lilith
vive... E conta a sua história. Mulher, fêmea, cheiro de fêmea. É também a
busca do masculino, do encaixe perfeito que leva à redenção. Mas Lilith, dona
de sua própria clausura, não consegue se libertar de sentimentos negativos
devastadores. A coruja de grandes olhos não consegue enxergar a si mesma. Ela
não sabe que a completude do ser está na alma daquela que se perdoa.” Camila
Diehl
“Na busca pela corporeidade de
Lilith, o arquétipo da mulher indomada, a expressividade do gesto, a
musicalidade dos movimentos e o desenho corporal eram importantes para a
construção dramatúrgica da cena. Para isso, a desconstrução corporal foi
fundamental, permitindo novas possibilidades na construção expressiva da
personagem. A identificação da figura mitológica de Lilith com aspectos
primitivos e selvagens, somadas às informações como a beleza, a magia, a
sexualidade e o poder nos deram os subsídios necessários para a expressividade
corporal, necessária a personagem Lilith, na construção poética da cena.” Elid
Bittencourt
Ficha Técnica:
Texto e interpretação: Camila
Diehl
Direção: Elid Bittencourt
Música Original: Variações Sobre
a Noite – Luciano Leite Barbosa
O grupo Nomadic Tribal (SP) divulgou recentemente seu novo ensaio fotográfico, marcando a entrada de Mariana Maia no grupo. O ensaio foi muito bem produzido e você pode acompanhá-lo através da sua fan page.
A Revista Shimmie lança seus desenhos de dança do ventre para colorir, totalizando 30 ilustrações acompanhadas de duas presilhas para facilitar a mobilidade do usuário.
Para saber mais informações ou compra do produto, clique aqui.
No Tribal Fest® 15,Jeremiah Soto lançou seu mais novo álbum do Solace, The Ghosts of Ruin, marcando o 20º aniversário do projeto.
O cd duplo com embalagem deluxe é uma versão limitada de 250 cópias, totalizando 24 faixas inéditas. Em breve será lançado também uma versão deluxe de 17 faixas para baixar.
Para saber mais informações sobre o álbum, acesse:
A Revista Shimmie está disponibilizando em seu canal do Youtube as apresentações do SIX - O Espelho de uma Bailarina, espetáculo em turnê nos anos de 2013 e 2014 com o elenco de bailarinas conceituadas da dança do ventre brasileira, entre elas, nossa tribalista Kilma Farias (PB).
Sobre o Espetáculo:
O que é SIX?
SIX é um espetáculo inédito, que fala da trajetória de uma bailarina, dividida por fases que vão desde a fascinação até a concretização deste sonho que é brilhar nos palcos. Fonte: SIX Fan Page
Abaixo, algumas das apresentações com participação de Kilma Farias:
Dia 26 de abril vários “Deuses”
se reuniram em um Sarau em sua reverência, projeto da dançarina Bete Medeiros,
do Espaço de Danças e Vivências Bete Medeiros, o Sarau Dançando com as Deusas
está em sua segunda edição e contou com fusões marcantes.
O sentimento coletivo demanda por
eventos onde todos são tratados com a mesma importância, geralmente Saraus tem
esse formato, o que auxilia muito na sensação de união e conexão.
Independentemente da caminhada de cada um, respeitar e apoiar uns aos outros é
o que nos torna uma tribo e esses componentes estavam inseridos na atmosfera do
evento, animado pelos gritinhos motivacionais de Bete: “lindaaa”,
“divooo”...”lilililili”...
Como dançarina o que mais me
atrai na dinâmica dos Saraus é que podemos ver e ser visto, por todos, não há camarins onde nos
recolhemos a camada mais intrínseca; estar participando ativamente do evento,
enquanto ele se desenvolve eis a química que agrega os pulsantes.
Foram representadas várias Deusas
em fusões com base no bellydance, tribal, flamenco, danças gregas, dança
clássica japonesa e um Deus, trazido pelo dançarino Marcelo Justino.
O elenco do Sarau
contou com as presenças dos dançarinos:
1- Lia Penteado - representando Baubo e Afrodith
2- Adriana Giacomini - representando Eostre
3- Elenice Madeira - representando Amaterasu
4- Rebeca Bayeh - representando
Atarsamain e Nehalennia
5- Grupo Giro Ballo (Sandra Carvalho, Maria Badulaues, Wendy
Lepinsk e Virginia Fuentes) - representando
Dindymene
6- Lais Glaser - representando Daena e Moiras
7- Rosana Borini - representando Iris
8- Lola Almeida - representando Temperança
9- Gisleine Rede - representando Coré
10- Neli Freitas - representando Bastet
11- Beatriz Pivotto - representando Moiras
12 - Claudia Generoso - representando Moiras
13- Luciana Araújo - representando Beltia
14 - Maria Badulaques - epresentando Gaya
15- Marcelo Justino - representando Horus
16- Helo Fernandes - representando Persefone
17- Bete Medeiros - representando Mãe Divina
18- Giuliana Malatesta - representando Iansa e Oxum
19- Isabella Guedes -
representando Iansa e Oxum
Público e dançarinos promoveram
aquilo que se espera de um evento artístico, interação. Ouvi de Carolena
Nericcio (FCBD®) que sabemos que tal música funciona quando subimos no palco e as
pessoas se conectam, este foi o espírito da noite: conexão.
Além das apresentações
individuais, duetos e grupos, houve a benção inicial puxada por nossa anfitriã ;e houve a dança de transformação e cura,
pegando a energia do universo trazendo para
os chacras e devolvendo para a terra focalizada por Sandra Carvalho
- Gira Ballo Dança Circular.
Nas palavras de Bete Medeiros: “O Projeto Dançando com as Deusas Nasceu em 2003 quando entrei em contato com o
livro "Oráculo das Deusas", e dele brotou o espetáculo
"Celebrando as Deusas em 2004" .Desde então, a concepção foi sendo
amadurecida e o projeto tomou forma em 2014 com o Sarau Dançando com as Deusas
I. Um dos objetivos desse projeto que envolve tanto os Sarais, como os Círculo
de Mulheres, é propor às mulheres dançantes (ou não), através da pesquisa e
posteriormente com sua dança, reviver, relembrar e, para algumas, descobrir que
todas nós viemos de uma Deusa-mãe ou Grande Deusa. Que houve uma época em que
as mulheres eram detentoras do “seu poder”. A intenção é que através da dança,
música, dos elementos lúdicos e, principalmente, a pesquisa, cada convidada possa
(re)integrar essa “Deusa” que pulsa dentro de cada mulher. Que cada “mulher
Dançante” percorra sua própria jornada para (re)encontrá-la e que a
dança/música/licença poética sejam mais alguns de tantos instrumentos e
veículos para percorrer essa jornada. O intuito é que, ao fazer tal pesquisa, esse véu que encobre esse “mundo das Deusas” fosse sendo retirado ou desvendado
e que aquele “vazio” fosse sendo preenchido de forma lenta e apreciativa. De
tal forma que a própria Deusa/deidade escolhida para ser dançada ou
homenageada, fizesse sua parte de inspirar a Mulher Dançante e “agir” nela e na
sua dança, podendo assim a Mulher dançante fazer (re) descobertas de si, de sua
dança, de suas capacidades criativas, físicas e por que não, espirituais também.”
“Foi levado ao grupo várias
opções de Deusas para serem homenageadas, assim que foram apresentadas, indicando a qual panteão pertenciam, todas nos encantaram, no entanto, o
papel de Dindymene caiu em espiral no
centro da roda, assim entendemos que ela tinha nos escolhido. Tão forte
presença nos fez levar uma dança ao encontro e reverência a nós mesmas e a todo
universo. Dançando com as Deusas em sua
segunda edição reafirmou em cada uma o resgate do sagrado feminino incorporando
a própria Deusa, lembrando que todas as Deusas são A DEUSA. Agradecemos a nossa
diva Bete Medeiros por mais esse encontro.” (Sandra Carvalho – Gira Ballo)
“O processo de criação dessa dança foi ao mesmo tempo fluida e complexa. A
deusa foi escolhida após pesquisa, e gostei muito de seu significado.
Naturalmente, as ideias foram surgindo (como para dançar no sarau passado). Ao ouvir
a música já sabia que seria aquela, apesar de terem aparecido outras canções, acabei escolhendo pela primeira opção. Entretanto,
foi um processo complexo, principalmente a coreografia. Eu tinha a noção dos passos e sequências que gostaria de executar, mas não conseguia unir tudo.
Poucos dias antes do evento que as coisas fluíram, acho que rolou uma conexão
com a Deusa, e surgiu uma proposta mais dramática/ teatral que foi a minha
parte preferida na apresentação. Criar e dançar entre amigas é algo delicioso e
muito construtivo. Eu e as meninas tivemos longas conversas via WhatsApp e nos
encontramos algumas vezes. O mais interessante durante todo o processo é como
foi algo democrático, participativo e cada detalhe tem um pouquinho de cada uma
de nós. Após a escolha da música, a coreografia foi surgindo e o mais gostoso ao
apresentá-la foi se divertir; como foi! Muito boa vibração, dançamos com as
Moiras! A princípio fiquei em dúvida sobre o que viria a ser o Sarau, uma vez
que a proposta mudou um pouco e trouxe novas pessoas, de fora o círculo de
dança que convivemos. Mas, ao final do evento, tenho que dizer que foi um
experiência ótima, mulheres lindas, numa vibração muito boa e que dançaram
muito! O mais interessante foi o contato com outros "estilos" de dança
e com criações tão únicas e inspiradoras! Obrigada pela oportunidade e pelo carinho de sempre! ” (Lais Glaser – Daena e Moiras)
“Este Sarau foi um marco importantíssimo na minha jornada como
bailarina-artista. Minha
esperança na arte e na energia colaborativa das pessoas foi reanimada.
Todas as pessoas estavam se ajudando e se respeitando e o evento já valeria a
pena apenas por isso. Mas não foi só isso, dançar foi uma experiência
transcendental. Nunca me senti tão à vontade e livre no palco para me expressar,
para ser eu mesma, sem medo de me entregar e sem medo de ser julgada. O exercício de trabalhar as deusas foi
extremamente lúdico e criativo, e importante para despertar em cada uma das
pessoas participantes faces ocultas de si mesma. Assistir aos demais
participantes foi totalmente inspirador e emocionante. Sinto-me totalmente
alimentada e energizada, e satisfeita por ter contribuído para que o evento
fosse tão gostoso e leve. Gratidão por tudo que pude vivenciar e ainda estou
vivenciando como eco do que se passou domingo."
(Rebeca Bayeh - Atarsamain e Nehalennia)
“Adorei participar do 2º Sarau, o clima estava muito agradável e
mágico. Conforme eu comentei com você
nos corredores, eu tive uma sensação muito agradável de muita paz na
coreografia da Neli, Bastet, deusa dos gatos.
As meninas e o menino novamente encorporaram as Deusas e Deuses. Meu pai se encantou, achou o evento muito profissional.” (Luciana
Araujo - dançou como a Deusa Beltia)
“Foi muito especial dançar com
Amaterasu, pois pude honrar meus antepassados e especificamente minha mãe
(inclusive o quimono que vesti na apresentação foi costurado por minha mãe para o meu casamento). Não tive muito tempo para desenvolver a coreografia, mas, incrivelmente, em dois dias que me dediquei a isso, os passos fluíram. Mas o
preparo, é claro, iniciou bem antes, ouvindo muito a música escolhida (que
segundo minha filha parecia uma música japonesa, embora fosse árabe) e
assistindo a vídeos de dançarinas japonesas (o que foi muito bom para me
reconectar à cultura japonesa). Na apresentação, como sempre deu um friozinho
na barriga, mas senti leveza e muita alegria em estar no Sarau e compartilhar
meus sentimentos através da dança. Onde é possível termos uma oportunidade como
essa? Só nos Saraus da Bete! Meus convidados elogiaram muito o evento, da dança
à organização. Obrigada, Bete! Deus a ilumine sempre! " (Elenice Madeira -
Amaterasu)
“Foi uma experiência muito
gratificante participar do II Sarau Dançando com as Deusas. A energia de todos
ali presentes proporcionou a cada uma de nós um momento único, de gratidão e de
reafirmação ao amor pela dança e pela arte. Agradecemos a oportunidade de participar
desse evento e desejamos que essa energia, que foi criada durante o Sarau,
mantenha-se viva dentro de cada um que participou daquela noite. Parabéns pelo
lindo evento, Bete.” (Isabella Guedes - dançou como Iansã e Oxum)
“Eu adorei participar. Você e seu
evento foram muito acolhedores, assim como as pessoas que dançaram. Foi muito
bom dançar, trazer a deusa do renascimento pra todos. Adorei tudo e me senti
muito feliz! Pretendo sim estar no próximo!! Grata e Beijos.” (Adriana Giacomini -
Eostre)
“Gaya me escolheu e aceitei
honrada seu convite! Música, figurino, expressão cênica...Tudo foi idealizado
com a intenção de trazer Gaya ao palco e honrá-la. A natureza é onde tiramos forças para tudo, nos recompomos
e reequilibramos; liberdade, eis o presente que me foi ofertado.”
(Maria
Badulaques - Gaya)
O
Sarau deixa saudade, contudo, nova data já foi agendada para nos
reencontrarmos com nossa essência e componentes divinos.