Jamille Berbare

Sobre a Autora:
Jamille Berbare é Educadora Física formada pela UNESP - Rio Claro, e Professora de Tribal Fusion. Integrante da Cia. Shaman Tribal como bailarina intérprete criadora. Especializa-se constantemente com bailarinas internacionais importantes na cena tribal atual. Ministra aulas priorizando o estilo Tribal Fusion com ênfase no preparo físico, independência e filosofia do estilo. 

Academicamente estudou sobre Tribal Fusion, produzindo seu Trabalho de Conclusão de Curso - BERBARE, J. O corpo entre “concertos” e “consertos”: um estudo sobre a dança tribal. 2013. 90 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado – Educação Física) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, Rio Claro, 2013. 

Sua formação na dança, se iniciou no ano de 2000, com Dança do Ventre e Hip Hop, e sua real paixão aflorou no seu primeiro curso de Tribal com Sharon Kihara em 2005. Desde então, anualmente faz cursos com nomes importantes do Tribal Fusion. 

 Aprendeu sobre o estilo com as seguintes professoras: 

  • Nacionais: Mariana Quadros, Kilma Farias, Paula Braz, Cibelle Souza, Bia Vasconcellos, Bella Saffe, Karina Leiro, Rebeca Pineiro, Guigo Alves, Gabriela Miranda,  Shaide Halim, Carlos Clark, Nanda Nalja, Nadja El Balady, Carol Schavarovsk.
  • Internacionais: Ariellah Aflafo, Mardi Love, Jill Parker, Lady Fred,  Morgana, Rachel Brice, Samantha Emanuel, Heather Stants, Tjarda van Straten, Mira Betz, Sharon Kihara, Moria Chappell, Petit Jamila.

    Possui formação básica em ATS®, através de cursos com a Sister Studio Mariana Quadros.

      Jamille se dedica para difundir Arte através do Tribal Fusion.




Ficha da Publicação:
Título:O corpo entre "concertos" e "consertos": um estudo sobre a dança tribal
Autor(a):  Jamile Berbare
Ano de publicação: 2013
 Instituição Educacional:  UNESP - Campus Rio Claro
 Área de Atuação: Educação Física
Cidade: Rio Claro
Estado: São Paulo
Referência bibliográfica:
 BERBARE, J. O corpo entre “concertos” e “consertos”: um estudo sobre a dança tribal. 2013. 90 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado – Educação Física) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, Rio Claro, 2013.


Resumo:
Estudamos as relações entre os processos de subjetivação e a vida na  cidade  contemporânea  a  partir  da  análise  da  experiência  de  um  grupo  de dançarinos  que  praticam  a  dança  tribal  em  Rio  Claro.  Descrevemos  a  experiência de uma prática desta  modalidade de dança para demarcarmos os aspectos  estudados  na  perspectiva  de  compreender  se  esta  forma  de manifestação cultural e artística contribui para a “invenção de si” (dos sujeitos), observando  aqueles  que  vivem  em  meio  a  contextos  urbanos.  Identificamos marcas de elementos “disruptivos” que denotam possibilidades de resistência aos dispositivos de achatamento da vida imposto pelas condições materiais de sobrevivência  na  cidade.  Conferimos  o  quanto  a  dança  contribui  para  os processos  de  subjetivação  na  perspectiva  da  produção  de  uma  estética  da existência. Utilizamos a obra de José Gil, “Movimento total: o corpo e a dança” como  referência  nuclear  para  compor  as  categorias  de  análise  de  nossa experiência.. Identificamos na dança tribal os aspectos que  estão relacionados com a dinâmica do desejo e com a potência de criação na vida dos sujeitos aí envolvidos. O corpo entre “concertos” e “consertos” expressa a luta da potência de criação na “escultura de si” contra os dispositivos de poder que atuam em sua interdição.



[Folclore em Foco] A estilização de um traje folclórico

por Melinda James


O traje de cada povo, a forma de usá-lo e as ocasiões demonstram influências culturais importantes. Na roupa, podemos notar a proteção contra o sol, a chuva, o frio, o calor, definindo assim o clima da região.
Os acessórios e trajes preparam a pessoa para o clima, vegetação e solo local, além de demonstrar em seus costumes os padrões de beleza  e a forma que cada povo reage a isso, sendo mais ou menos tradicionalistas e rigorosos em seus decotes (ou na ausência deles).
O estilo do tecido também é fundamental, pois ele torna o visual mais rústico ou mais elitizado, ele pode dar peso ou deixar a dança mais leve.

A maioria dos adornos e bijuterias são símbolos ancestrais, eles têm um bom motivo para fazer parte do figurino. Também é importante saber a relevância do material que são feitos, alguns lugares se usa mais ouro, outros prata e alguns povos variam o material de acordo com a ocasião.

Traje de cerimônias (foto Wikipédia)

Muitas danças folclóricas têm suas roupas próprias, que já são estilizações de trajes populares para o palco, eles não costumam ser iguais aos trajes reais, mas são desenhados por artistas locais de forma que não descaracterize o povo que está sendo representado.  

Citarei aqui alguns problemas de trajes de folclore no nosso meio, mas não se assustem, eu também cheguei a estes pontos da pior forma: errando, logo, não fiquem tristes caso venham a se identificar com algumas destas questões,  elas  também fazem parte do meu caminho de aprendizado.

Traje de Dança Núbia do Reda Troupe
Traje Núbio do Museu de Aswan

Mulheres Núbias nas ruas da Vila Núbia | Foto de Melinda James

Homens Núbios | Foto de Melinda James

O maior problema é quando a estudante de folclore se inspira nas roupas já estilizadas e insere sua licença poética... Segue abaixo os pensamentos que acontecem durante a elaboração do traje folclórico que acabam nos levando a grandes problemas na caracterização do figurino, você pode se identificar com alguns deles:

"Darei uma apertadinha ali... Posso abrir uma nesga aqui... Vamos aumentar o decote?"
"Vou tirar este sapato usual e colocar um mais alto..."
"Ahhh um tecido com brilho fará o maior efeito..."
"Que tal mais paetê? Posso deixar mais curto pra ficar sexy?"  
"Um tecido transparente não fará mal (afinal coloco meu sutiã)..."
 "Não tenho os adornos originais, então compro algo grande e dourado no centro da cidade e servirá bem..."
"Tenho aqueles colares do outro folclore (com os símbolos de outro povo, mas ninguém vai notar)..."


Como resultado:

  • A representação do clima já se perdeu, em alguns locais só se usa determinados tons por causa do sol.

  • O Nível de conservadorismo será impossível medir nos decotes, nesgas, mangas, altura de saia e modelagens ocidentais.

  • Os símbolos das joias se foram e não representam mais o objetivo principal.

  • A ginga foi embora, pois o salto altera na forma de pisar no chão (geralmente rústico) o que sobrou? Nada

  • A professora ou bailarina ainda visualiza em seu traje claramente a referência estudada e ninguém mais consegue absorver isso, nem mesmo o público consegue sentir a influência folclórica que deveria estar sendo representada. 

Algumas destas alterações até podem ser bem vindas, mas devem ser feitas com muito critério, em alguns folclores podem funcionar e já em outros modificará totalmente a energia da dança em questão. 

Desenho antigo de mulher beduína Egípcia (Foto printerest.com)

O segundo maior problema é a busca desenfreada das “receitas de bolo”. 

Existem as danças que não tem traje específico, mas não quer dizer que se pode usar qualquer coisa, e sim que existem várias opções. Na falta de conhecimento, a profissional necessita criar regras para ela mesma, tentando concluir o estudo sem muita base real e estas regras saem erradas, pois foram criadas por professoras ocidentais e não por conhecedores da cultura de cada povo. 

Dar uma opinião sobre um assunto que te contaram em uma frase é muito fácil, porém, quanto mais detalhes você souber de determinado conflito, mais difícil para você será emitir uma opinião. Isso que acontece com assuntos complexos, logo, criar uma regra em folclore é fácil quando não se conhece muito. O ideal é aprender profundamente as manifestações populares para montar sua performance com cautela, baseada em informações seguras.

Posso citar as ghawazee: existe uma infinidade de trajes que foram utilizados em épocas diferentes e por clãs diferentes; tem que se levar em consideração a localização do clã, a história de peregrinação, a questão temporal, como também as ferramentas acessíveis em cada lugar para confecção de roupas.  O cigano absorve a cultura local e trará para sua arte muitas influências do local onde vive, levando em consideração todas as tradições das áreas circundantes. O estilo do traje ghawazee deve estar de acordo com o estilo de música escolhido, pois os dois juntos devem definir a região do povo que está sendo representado.

Estilos de trajes ghawazee Maazin e clãs antigos
(Fotos Gieldserpent, printerest.com e Wikipédia)

(Foto Farida Fahmy)




O terceiro e último problema que precisamos ficar atentas é investir em um traje folclórico como investimos em trajes de Dança do Ventre. 

Criou-se um conceito de que a roupa folclórica tem que ser mais barata, talvez pela ausência de bordados ou por ser menos comercial, porém, conseguir um modelo perfeito com as bijuterias e acessórios de acordo, necessita do mesmo tipo de investimento, você não pode reaproveitar tudo que tem no armário e achar que está fazendo uma roupa típica, pode até conseguir em alguns casos, mas em algum momento isso te trará problemas, pois cada povo tem suas peculiaridades. 

Então, o que fazer?

  • Começar a estudar a cultura antes da dança, para conseguir expressar a cultura no palco. Você precisa saber o que é importante realmente nesta região, quais as prioridades do povo, precisa conhecer a roupa local verdadeira, que é usada hoje e as que foram usadas no decorrer dos tempos. Sua performance folclórica deve seguir uma lógica temporal e cultural.
  • Fotografe ou pesquise fotos no Google dos trajes usados no decorrer das décadas do povo em questão, estude as variações de traje de acordo com o poder aquisitivo, trace um paralelo entre as roupas folclóricas usuais; se pergunte como a roupa evoluiu para as roupas de palco que você conhece, exclua os trajes que você não obtiver as respostas.

Tenho certeza que após uma pesquisa profunda você chegará a um lugar mais seguro dentro dos seus estudos.

Ouled Nails (Filhos de Nails, ciganas Argelianas) | (Foto www.pinterest.com)


[Notícia Tribal] Leidi Kitai Fit



























O atelier Leidi Kitai (BA) lançou sua nova linha de roupas para dança tribal. A idéia é inovadora, pois trabalha com o tema fitness.

Abaixo você pode conferir o catálogo virtual do atelier com as peças confeccionadas para essa linha.



Informações:

[Notícia Tribal] Nomadic Tribal no Venga Venga - Tv Cultura

Matéria sobre a festa Venga Venga, com participação do Nomadic Tribal (SP), no programa Metrópolis da TV Cultura. Conheça mais sobre esta festa cultural que tem o propósito de englobar diversos movimentos étnicos e artísticos.

[Notícia Tribal] Novo Ensaio Fotográfico de Lukas Oliver


Recentemente o bailarino Lukas Oliver (SP) divulgou seu novo ensaio fotográfico, cuja temática é "Origens", reverenciando as raízes da dança tribal. A composição fotográfica é muito rica de elementos. Eu adorei a maquiagem e os adornos, os quais tornaram a proposta do bailarino ainda mais impactante, remetendo a imagem ritualística de um xamã.

Para acompanhar mais fotos do ensaio, acompanhe a sua fan page!


Abaixo, um vídeo promocional do ensaio:


|Site| Facebook|

Produção e Maquiagem:  
Gabriel Weng Maravalli


[Notícia Tribal] Pinterest:Old School Tribal Style Bellydance Timeline

Olá pessoal!

Recentemente eu criei um painel no Pinterest com fotos antigas da cena tribal americana, desde Jamila, Masha, Carolena e o FCBD ®, como as precursoras e principais ícones do tribal fusion. Ainda está em construção(talvez constantemente em construção rsrs =P), mas espero que apreciem =) 

Eu gosto muito dessas fotos antigas, pois nos fazem refletir sobre a história do Tribal,mostrando o quão rica e imponente ela é! Olhar tais fotos nos aproxima (um pouquinho) dos passos realizados por nossas queridas bailarinas para a construção de nossa tão amada dança tribal. Então, compartilho com vocês todas fotos que encontrar pela internet e que nos faça mergulhar ou imergir nessa História emocionante.



VII Festival Campo das Tribos

por Raphael Lopes



Olá Leitores,

Na nossa última postagem falávamos sobre as influências hindus na dança Tribal contemporânea, com a promessa de apontar esses elementos em dançarinas mais específicas (como a Zoe Jakes). Mas com a vinda de Caroleena Nericcio Bohlman ao Brasil para a certificação de dezenas de bailarinas e uma apresentação pocket ao lado de Megha Gavin no sétimo Festival Campo das Tribos (encabeçados pela Rebeca Piñeiro) me obrigam a pedir licença e permissão para uma pausa, e falar um pouco sobre tudo o que vi e ouvi desse evento tão marcante para a história da dança aqui no Brasil.

O Festival anunciado com grande pompa no final da sexta edição no ano passado causou um grande alvoroço no meio tribal. Muitas bailarinas iniciaram suas economias para participar dos cursos oferecidos e algumas professoras já certificadas com o título de Sister Studio ofereceram cursos preparatórios para as futuras Sisters; e registro aqui também o surgimento do projeto Pilares do Tribal (encabeçado pela Maria Badulaques) organizado como um diário (blog) onde entrevistas, videos e muitas matérias bem interessantes eram postadas diariamente numa contagem regressiva à vinda de Mamma C. 


General Skills pela primeira vez no Brasil, foto oficial da fanpage do FatChanceBellyDance

Essa expectativa era tão tátil entre as bailarinas que posso afirmar que o Festival começou assim que o sexto terminou. Não se falou em outra coisa ao longo de todo o ano!!! Acho importante frisar esse frison, porque ele ajudará a compor minha crítica como um todo ao projeto.

O Festival começou com os cursos General Skills iniciados ao longo da semana, e as redes sociais foram bombardeadas por declarações emocionadas das meninas que estavam tendo contato com a visionária bailarina que arrematou o ATS® e o tornou tão impactante e fundamental para o Tribal. No final de semana chegou o tão aguardado Show, que foi dividido entre os horários de Mostra e o Show de Gala. Esse ano em específico essa divisão criou uma celeuma mais clara entre as bailarinas. 

Shows de mostra costumam ter um público reduzido e, independente do nível apresentado, existe um preconceito de que o show de mostra seja menor em qualidade. O que é muito complicado de afirmar, uma vez que cada número provoque um efeito diferente na opinião de quem o assiste. Não existe unanimidade quanto à qualidade de um Show, de modo que a mostra acaba sendo uma forma de um número maior de participantes mostrarem seus trabalhos. É como uma vitrine, de onde surgem muitas pérolas. Vide o próprio Guigo Alves e sua Cia Exotique, que participaram dos shows de mostra do Festival Campo das Tribos e, em pouco tempo, chegaram a apresentar o mesmo e dançar no Show de Gala.
A Sister Studio Natália Espinosa, Maria Badulaques, Emi Victoria, em o Coletivo Amora no Show de Mostras

Algumas críticas foram mais ácidas, principalmente apontando números do Show de Gala como tendo sido inferiores a números das mostras. Galera, o Festival Campo das Tribos não é um festival competitivo, e esse tipo de crítica pode dissolver muito mais do que agregar o espírito de tribo. Lembrem-se sempre que no final das contas é a opinião da organizadora do evento que vai pesar nessa seletiva. Geralmente por afinidade, proximidade profissional, para algum tipo de promoção, ou até mesmo para agregar valor ao evento: não importa os motivos que a organização utilize para essa divisão, mas é preciso respeitar toda forma de arte que for levada ao palco. 

Acredito que de repente uma organização mais inclusiva gerasse uma reação muito mais positiva num geral, mas essa é a minha opinião, assim como a de outras pessoas com quem pude conversar. Mas verdade seja dita, quem quiser algo diferente assim o faça!!! Esse é o formato do Festival, sempre foi assim. 


Mariana Quadros, primeira Sister Studio brasileira


O Show teve um pequeno contratempo com a equipe de iluminação e palco, mas nada que tenha prejudicado diretamente o show. A iluminação do próprio teatro (embora menos diversificada) esteve a nossa disposição, mas foi uma perda não termos o recurso da máquina de fumaça e do telão como era esperado. Sem maiores atrasos, e sob a euforia de uma platéia ansiosa, o show foi belamente introduzido com um número rico. Música ao vivo e um seleto número de bailarinas escolhidas por Rebeca Piñeiro dançando números "improvisados", ambientando em pleno Teatro Madre Cabrini todo o clima de festa das feiras tribais à la Bal Anat. Vale registrar que o primeiro solo ter sido o de Mariana Quadros foi uma bela homenagem à nossa primeira Sister Studio tupiniquim rs.

Daí em diante os Shows seguiram sem apresentação, o que sempre vejo como uma grande deficiência. Um festival desse calibre, assim como qualquer atividade cultural apresentada ao grande público necessita de um mestre de cerimônias que saiba não apenas introduzir os bailarinos e números apresentados de forma fluída, mas, acima de tudo, interagir com o público para que exista uma conexão entre palco e platéia. A impressão que tive em alguns momentos era estar assistindo um filme num grande telão, fora a curiosidade em saber o nome dessa ou daquela bailarina desconhecida que estava em cena. Acho que nesse ponto é importante lembrar que qualquer Festival precisa de uma direção artística, que consiga costurar tantos números tão únicos e especiais a favor de um tema, e prender de forma estética a elegância do evento para quem o assiste.

Raphael Lopes - Show de Gala
O modelo de agrupamento do grande número de convidadas dos números de ATS® dançando até quatro músicas seguidas se tornou cansativo para o público, e mais uma vez a falta de apresentação fez com que algumas bailarinas conhecidas passassem batidas pelo público. Nesse ponto houve uma redução considerável da animação da platéia, que apesar da importância do evento também não lotava a platéia... Talvez pelo preço do convite, ou pela falta de outras mídias de divulgação que não apenas as redes sociais, o evento acabou ficando mais uma vez restrito aos familiares e conhecidos das bailarinas que se apresentavam. Um Festival desse porte merecia uma cobertura mais ampla, uma nota junto aos órgãos de imprensa, e um convite à algumas personalidades da dança a nível acadêmico para contemplarem esse momento tão único, em que Rebeca Piñeiro assinava seu nome definitivamente na história do Tribal como pioneira.

Os bastidores do evento era um misto de camaradagem sempre presentes em eventos de tribal, pois geralmente são nesses momento que reencontramos amigos tão queridos, mas que moram em outras regiões. Existia uma tensão no ar, principalmente quanto a cruzarmos com Carolena pelos corredores, mas infelizmente não tivemos acesso à ela. A equipe de produção do evento as mantiveram isoladas (e isso é entendível), e eu me pergunto se elas puderam prestigiar o Show que estava acontecendo...


Raphael Lopes e Nomadic nos bastidores do Teatro Madre Cabrini

O dueto de Megha Gavin e Carolena Nericcio levantou a platéia, e reduziu a distância entre os admiradores da arte e sua idealizadora. Particularmente eu esperava um número mais explosivo, mas a emoção era tamanha que certamente todos aqueles que assistiram aquele show irão se lembrar sempre com um sorriso estampado no rosto. Com a presença de Kelsey Suedmeyer e Rebeca Piñeiro, as quatro dançaram um número onde era visível toda a emoção da organizadora do evento. Sinto apenas que o show poderia ter uma carga mais Tribal se mais bailarinas tivessem o privilégio de dividirem o palco com a Mãe do Tribal. 

Com o encerramento o público parecia esperar que Carolena retornasse ao palco, e trocasse algumas palavras... mas assim que todos os convidados do Show de Gala voltaram ao palco seguidas por Rebeca, as cortinas se fecharam sem muitas delongas. Espero que minha visão aqui partilhada não soe como uma crítica pesada, mas apenas um relato de quem participou de um Show gestado por um ano, e que esperava, assim como as demais bailarinas e públicos, um "algo" a mais. Rebeca terá sempre seu espaço no cenário da dança, conquistados por sua visão arrojada de mercado, mas é uma opinião geral de que é preciso uma direção mais clara em seus Festivais.

Kelsey Suedmeyer
Para todas as meninas que participaram dos cursos de General Skills e Teacher Training existia uma névoa de encantamento provocadas pela convivência direta ao longo de uma semana com a Mãe do Tribal, mas essa magia ficou inacessível para quem apenas assistiu ou participou dos shows. Espero com muita apreensão que todas as novas certificadas possam polissemizar o estilo Tribal, criar novas oportunidades de estudo, novos festivais, novas idéias.


Um grande viva ao Campo das Tribos que uniu a tantas pessoas nessa conquista, mas acima de tudo: que ele possa ter plantado a sementinha de vida nova e próspera na dança tribal no Brasil.

Rebeca Piñeiro e Pashmina Tribal com Carolena Nericcio
Confio e torço por todas as novas Sisters, a Força está com vocês rs.

Um grande beijo, e até a próxima!!!

Namaskar



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