Ghawazee

por Sayonara Linhares

Olá meus amigos adoradores das danças do mundo, meu nome é Sayonara Linhares, sou pesquisadora e professora de Danças Ciganas. Feliz 2015 à todos, cheio de muita saúde e muitas Danças, é claro rssss...

Começando nosso ano quero deixar aqui para nosso primeiro contato e estudo um pouco da Dança Cigana que se formatou no Egito que hoje é conhecida por todos como Ghawazee, a qual também faz parte do folclore árabe.

Espero que apreciem e boa leitura, boas pesquisas, bons estudos...


Ghawazee

Nas cidades egípcias, uma dançarina de rua comumente contratadas para festas independente do motivo da festividade é conhecida como ghazia que no plural se pronuncia ghawazee. As ghawazee originais eram ciganas, atualmente, este é um termo genérico que não identifica uma tribo em especial o que acontecia em outras épocas. O papel importante que os ciganos desempenharam na evolução das danças que se diziam profanas foi registrado na língua turca onde os antigos termos que se davam as dançarinas em turco era cengi que deriva de cingene que significa Cigano.

Na língua egípcia, Ghawazee significa "Invasoras de Corações" ou simplesmente "Estrangeiro". É sabido também que os ciganos naquela época vivam na periferia das cidades às margens da sociedade. É que dentro da cultura cigana a sua caminhada pelo mundo chamada de a Primeira Grande Diáspora, onde eles saíram da Índia e se dividiram em dois grandes grupos chamados de:

O grupo Pechen, que se dirigiu à oeste, chegando na Europa através da Turquia e daí chegando a Grécia.

 E o grupo Beni, que se dirigiu ao sul, chegando a Síria, Palestina e Egito. Falaremos sobre esta grande caminhada em outros momentos de nossas postagens.

Mas o grupo Beni foi o grupo de ciganos que foram também para no Egito formando assim a dança que ajudaria a formatar a Dança do Ventre no mundo, isso segundo meus estudos de pesquisa sobre Folclores e Danças Sagradas.

Continuando a história, os ciganos chegaram ao Egito e lá fora se misturando toda a sua carga de cultura de seus países anteriores, como Israel e Índia, com a cultura egípcia, formando assim sua dança única que encantava e roubava corações.

Uma das famílias mais celebres da Dança Ghawazee encontramos a Família Mazin onde "Yousef Maazin, pai de uma das mais famosas ghawazee de hoje em dia, que habitava perto do templo de Luxor, nos lembra que sua tribo era originária da Persa. Ele admitiu que foram expulsos de sua pátria em razão dos roubos que cometiam e de sua má reputação de modo geral. Ele também explicou como encorajavam a vocação artística de seus filhos e filhas a fim de poderem se estabelecer no Egito.”




Uma família de Ghawazee é composta por músicos que são a maioria homens e as mulheres são as bailarinas. A presença destas mulheres na arte, na música e nos costumes é inegável e atravessa os séculos. Os símbolos tatuados na face, nas mãos e nos pés, tinham o sentido de proteção e eram amplamente difundidos no passado, muito mais do que no presente.

No início do século XVIII, com a chegada de Napoleão ao Egito, buscando por uma nova rota para as Índias, deu-se a primeira expedição organizada a esta parte do mundo. As Ghawazee neste momento eram conhecidas como Banat el Baladi.

Durante várias vezes na história, este povo foi perseguido e, nestas fugas, concentraram-se mais nas regiões do Delta do Nilo (baixo Egito, ao Norte) e na região de Saaid (alto Egito, ao Sul). Por isso, existem 2 tipos de dança ghawazee: 

  • a do Norteno baixo Egito, no Delta do Nilo,  - soumboti, mais antigo;
  • a do Sul
    no
     alto Egito, na região de Saaid (próximos a Luxor e Assuan), com influência Saaid.

As Ghawazee do Sul sofrem influência do Saaid, por isso neste tipo de música ghawazee aparecem o rabeb (que é um tipo de violino, de apenas 1 corda) e mismar saaid (que é mais agudo que o mismar balady). As músicas vem nos ritmos malfuf, masmoudi, falahi e saaid (estes ritmos vão se misturando).


Soumboti




Um tipo de dança ghawazee. É da região de Soumboti (Delta do Nilo-Baixo Egito). Segundo Soraia Zaied, bailarina brasileira de renome no Egito, ela é a 'mãe' da dança do ventre, sendo a primeira versão desta, a base da dança que conhecemos hoje. A dança é muito despreocupada com técnica: quadris muito soltos, pernas mais afastadas, joelhos flexionados, braços muito soltos, e a dançarina quase sempre toca os snujs. O pé sempre tem movimentos de “pipocar” alternado. O quadril é o centro deste tipo de dança, com muitos breaks, encaixes e desencaixes, batidas, shimis. 

A roupa tradicional é uma galabia muito simples, com pouco bordado.

As músicas são folclóricas, também chamadas de soumboti, no ritmo masmoudi (tocado bem mais rápido), falahi ou malfuf tocado rápida.

  
Vestimentas



Esta peça de vestuário folclórico, tem um contexto histórico de cerca de 1000 anos atrás, e era chamada Ghawazee Coats era usado na época vitoriana - final de 1800

A "antiga túnica", nome dado pelos antropólogos, muitas vezes referida como um "beledi vestido" por dançarinos e conhecido também por “galabia”.


Originalmente, era um vestido largo, sem corte, com um simples lenço na cintura que as ghawazees utilizavam em suas atividades diárias. Esse vestido foi popularizado por essas mulheres em suas danças e, como sempre, acabou sofrendo diversas modificações para chegar ao que se tornou atualmente.


  
 Este trage criado por ancestrais dos Banaat Maazin, utilizando contas e franjas , com diversos coloridos.


Acessórios

Os acessórios usados pelas ghawazee para sua dança são:

  •  Snujs: Entre as ghawazee os snujs são tocados improvisadamente enquanto elas dançam. O toque mais utilizado no acompanhamento da música é o “galope”, podendo utilizar a raiz do ritmo que esta sendo tocado para criar improvisações e floreios.


  •  Pandeiro Arabe (Daff): As ghawazee realizam alguns movimentos da dança em enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo. Realiza também batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, tornozelo para marcar as partes mais forte da música, normalmente se faz batidas no pandeiro apenas nos acentos mais fortes da música, e nos outros momentos utiliza-se como elemento decorativo


  •  Bastão: Através de alguns vídeos observamos dançarinas ghawazee usando o bastão em suas apresentações, elas o utilizam de forma alegre e para mostrar suas habilidades com este acessório, podendo dançar em grupos passando o bastão e equilibrando junto ao corpo, como mostra no vídeo das irmãs Maazin.

Ritmos

Os ritmos que compõe a músicalidade das Ghawazee são o Falahi, Malfuf, Baladi, Maksoun, Said.



Espero que vocês gostem deste pequeno texto e que inspirem vocês ao estudo desta dança linda e de raiz.

 Até a próxima


FONTES:


Serpent of the Nile – Women and Dance in the Arab World  por Wendy Buonaventura -  Versão 1998 publicada por Interlink Publishing Group INC – New York. Versões anteriores 1989 e 1994 publicado por Saqi Books – Londres.





[Resenhando-SC] II Mosaico Cultural – expansão das ideias e troca de movimentos

por Tribo Mosaico

O Mosaico Cultural é um evento idealizado, promovido e realizado pela Tribo Mosaico para o compartilhamento de nossas criações. Em sua segunda edição, realizada no dia 06 de dezembro de 2014, decidimos abrir as portas para outras bailarinas maravilhosas e assim, possibilitar a troca de experiências, conhecimentos e belezas!

O dia iniciou com 4 horas de estudos teórico e prático no workshop “Bases do ATS® (American Tribal Style)” ministrado pela bailarina do estilo: Rebeca Piñeiro. A Rebeca é uma Sister Studio FCBD® (Fat Chance Belly Dance) e proprietária da Escola Campos da Tribos, localizada em São Paulo. No work aumentamos nossa consciência nas elegantes posturas do ATS®, seja aguardando a entrada para dançar, seja no momento da dança. Seguimos com correções de movimentos e passos novos do repertório lento, desvendando em nós mesmas forte leveza dos movimentos sinuosos. Com bastante alegria, encaramos um introdução do repertório rápido com toques de snujs e passos básicos. Fechamos com a interação da dança em grupo, nos desafiando na liderança e como seguidoras. O work foi uma palhinha que nos deixou com “gostinho de quero mais” …. e mais teremos! Já estamos nos organizando para a próxima edição!


Após a conclusão do work, descansamos um pouco para a grande noite da I Mostra de Danças Populares e Fusões de Danças de Florianóplis. Essa mostra nasce da percepção da Tribo ao participar de festivais de danças da região, os quais não contemplam nossas criações de fusões com o mesmo entendimento que nós. Assim, criamos a oportunidade de mostrarmos à Ilha o que os grupos e bailarinas de fusões de dança, em especial, da Fusão Tribal (“Tribal Fusion”) estão criando. Nesta edição, tivemos a 18 apresentações de danças contemplando os mais variados estilos, desde a dança do ventre clássica, passando pela Fusão Tribal, e outras fusões de danças. Assim, participaram grupos amadores, professoras de dança e bailarinas profissionais e, em especial, tivemos a graciosidade da Rebeca Piñeiro nos mostrando a fusão tribal, a qual faz suas fusões a partir dos repertórios de movimentos do ATS®.

Como saldo, só alegria! Ficamos muito felizes e satisfeitas com o resultado e as trocas que pudemos realizar nesse dia que foi único e lindamente agraciado pela presença de cada um! Em breve, anunciaremos a próxima edição com muito mais novidades!

Bia Carneiro

Rebeca Piñeiro

Rebeca Piñeiro & Cintia Vilanova

Cintia Vilanova ( Tribo Mosaico)

Tribo Mosaico- Hula Havaiana

Tribo Mosaico - Juli

TriboMosaico - Lis


Nossos contatos:



[Resenhando-SP] 3º TribalNic Fusion

por Fairuza





"Sobre as apresentações?! Uma mais cativante que a outra.Houveram apresentações engraçadas, teatrais, animadas, inspiradoras, divertidas, de tudo um pouco. As bailarinas conversaram, apoiaram umas às outras, isso é o que faz o encontro TribalNic Fusion ser o que é!

PARABÉNS À TODAS as lindas que dançaram este ano! Foi simplesmente LINDO! Ficamos emocionadas por tê-las conosco e por assisti-las.


Agradecemos de coração a participação de todas/os!" 
(Tribe TribalNic)


" Ser madrinha da 3a Edição do Tribalnic foi uma sensação única e de extrema responsabilidade. Por que o Tribalnic é uma família que prega a união e a igualdade entre as bailarinas. Todas são lindas  tem a sua beleza e técnica peculiar. E eu fui escolhida a ser representante desse ideal. Foi uma festa muito bonita, de celebração a vida é acolhimento ao próximo. Tiveram muitas participações, danças lindas, cada qual com sua identidade. Dançamos em contato direto com a terra, situação essa q nos traz mais em contato com o ideal do tribal de troca de energia. E após as apresentações, rolou um piquenique e confraternização de todas. Parabéns a todas as participantes que abrilhantarsm o evento e em especial a organização, que foram umas lindas e fofas. Parabéns por essa iniciativa é que venha o 4o Tribanic. Yeppppppp"
(Fairuza)



Vídeos da Madrinha Fairusa e a Trupe Tribal Turquesa 




  



  













Make-Off por Patrícia Sonoda


Make-Off
Patrícia Sonoda - Niterói-RJ, Brasil

Sobre a Coluna:

Trarei aqui pro blog dicas, tutoriais e tudo relacionado à maquiagem e que seja interessante para o mundo da Dança Tribal.

Sobre a Autora:



Me chamo Patrícia Sonoda, tenho 22 anos e sou artista 2D numa produtora de jogos no estado do Rio de Janeiro. Meu contato com a dança veio através da minha irmã (e também dona do blog rs). Apesar de ser só uma apreciadora da dança, ela muito me inspira em minhas ilustrações. Uma das minhas paixões mais "recentes" é a maquiagem, o que me fez pesquisar muito sobre marcas e novidades do mundo dos cosméticos. Espero expor aqui um pouco do que eu sei sobre maquiagem e que pode ser útil a todos os leitores. :)

Artigos
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Etapa 2: Pré-Votação - Destaques Tribais 2014

Olá pessoal!


Este ano o DestaquesTribais estará disponível no blogger através do pop-up ao lado ou, se preferir, através do link abaixo:




OBS: É necesário logar na sua conta do google para votar.


Informações:


Lililililiiii!

Destaque Nacional ATS/ ITS 2014 - Categorias Ilustrativas

Indicações da Etapa 1, Sugestão do Público, da enquete Destaques Tribais 2014

Legenda:
[IA]= Indicação da Autora


Melíade Tribal (SP) - Festival Shimmie 2014




Nomadic Tribal (SP) - Campo das tribos VI



Pashmina Tribal (SP) - Campo das Tribos VI



Sis Tribal (RS) - Summer Bellydance [IA]



TiNTi ATS® (SP) - Campo das Tribos VI [IA]




Valkírias Tribal (PE) - Caravana Tribal Nordeste 2014 [IA]




Zaman Tribal (RJ) - SUAD 2014 [IA]





Etapa 2 (Pré-Votação)  e Etapa 3 (Votação) após o dia 17/02

>

Destaque Grupo Nacional 2014 - Categorias Ilustrativas

Indicações da Etapa 1, Sugestão do Público, da enquete Destaques Tribais 2014


Cia Exotique (DF) - Campo das Tribos VI




Cia Lunay (PB) - Etno Tribes Festival




Melíade Tribal (SP) - Festival Shimmie 2014




Nomadic Tribal (SP) 






Pashmina Tribal (SP) - Campo das Tribos VI




Shaman Tribal Co.  (RN)  - "Filhas de Gaya"






Trupe Mandhala (BA) - "Volante Tribal"





Etapa 2 (Pré-Votação)  e Etapa 3 (Votação) após o dia 17/02

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