[Resenhando-RS] Flashmob ATS Worldwide em Caxias do Sul - RS

por Luiza Phantoschmerz & Aline Crippa



Depoimentos:

Após participar do workshop com a Lilian Kawatoko em Caxias do Sul, em julho desse ano, venho praticando seus ensinamentos em aula e procurando agregar novos conhecimentos através de vídeos e pesquisas em geral. Dançar no Flashmob, além de termos a oportunidade de participar do Dia Mundial do Flashmob de ATS, foi uma experiência única e desafiadora!

Uma vez que, no improviso total, foi necessário “organizar” em nossas mentes a atenção total à líder, reconhecendo as senhas para executar corretamente os passos, snujs, sincronia e harmonia!


UFA! Não foi fácil, mas foi muito proveitoso!

Estou ansiosa pelo retorno da nossa querida professora Lilian ao Sul, para darmos continuidade aos estudos e também para renovar a energia e tudo de maravilhoso que o ATS® têm me proporcionado nos últimos meses!” 




Meu primeiro contato com o ATS® na prática foi no workshop ministrado pela Lilian Kawatoko em Caxias do Sul, em Julho. Desde então, fui praticando em aula o que aprendemos no work.

Participar do Flashmob ATS Worldwide foi, além de divertido, muito proveitoso. Serviu de termômetro para testarmos o que aprendemos, principalmente os snujs, que vinham sendo minha maior dificuldade. O próprio fato de encararmos o público mesmo cometendo alguns deslizes e com pouco repertório, deu ainda mais ânimo para querermos aprender cada vez mais.

A cada dia que passa me apaixono mais por esse universo lindo que é o ATS.” (Luiza Phantoschmerz)







Choli

por Anamaria



Hoje vamos falar um pouco do Choli no figurino da dança Tribal.

O Choli é uma parte da vestimenta das mulheres indianas. Parte do traje chamado sári. A palavra ‘sári’ vem do sânscrito e significa 'roupa'. Suas cores são fortes, os tecidos cuidadosamente trabalhados.

O choli é uma blusa curta, geralmente à altura do diafragma, com mangas também curtas (podendo ser também longas ou 3/4), decote médio e costas à mostra. Feito curto e com as costas livres devido ao calor local; usado com a echarpe (chamada dupatta) por cima, cria uma área de circulação de ar que refresca a mulher.

Choli original (frente) 

O choli original indiano pode também ter a parte da frente mais longa, cobrindo o ventre e é considerado por muitos o dote da noiva sendo ricamente bordado para mostrar o quanto ela é desejável e habilidosa. Costuma, inclusive, ser uma peça de decoração e por isso dão mais ênfase ao bordado frontal.


Choli original (costas) 

Um pouquinho de história:

   "A vestimenta mais tradicional indiana, utilizada por mulheres de toda sociedade, das mais humildes até as castas mais altas e mesmo nas representações das divindades, é o sari.

   Essa vestimenta antiga que remonta de 2800 a.C. sofreu diversas modificações com o passar dos anos. Além de poder ser vestida de várias maneiras, também é utilizada de um jeito diferente de acordo com cada região do país. Por ser uma peça única de cinco metros de tecido, e pode chegar até nove metros, ela é enrolada em torno do corpo da sua usuária.

Choli Contemporâneo
   O sari é colocado por cima de uma blusa, de nome choli ou lengha, e de uma saia conhecida como pavada, petticoat ou shaya. Cada região possui seu próprio modo de vestir o sari, e suas respectivas combinações de choli, com manga comprida, gola alta, entre outros.

   Outra vestimenta básica das mulheres indianas é o salwar kamez, que foi introduzido na Índia pelos invasores muçulmanos. Ele consiste em um conjunto de camisa e calças folgadas, com corte tradicional. Normalmente é acompanhado por uma echarpe chamada duppata, que cobre a cabeça do usuário. Em algumas regiões, utiliza-se também um conjunto conhecido como lehenga, composto pelo choli, a duppata e uma saia comprida, muito utilizado em festas e casamentos."

Choli original em museu

( In: ÍNDIA: Os caminhos entre a fé e a modernidade. São Paulo: Editora Escala, 2009, página 78)




Masha Archer (década de 70)
Segundo Carolenna Nericcio, no DVD 2 do FatChance BellyDance, assim como a dança, o figurino é uma coleção de estilos e influências de diferentes tribos e a escolha dos elementos que compõem o figurino do tribal foi feita de forma que as bailarinas ficassem femininas e os movimentos da dança fossem destacados e o uso do choli destaca a linha dos braços (principalmente o de manga ¾) e ajuda a dirigir o foco visual para o ventre da bailarina.

Segundo ela, o choli modificado para a dança foi popularizado pelas bailarinas de dança do ventre nos anos 1970, nos Estados Unidos.

Quando no figurino de Tribal, o choli é mais popularmente usado no American Tribal Style, tendo sido incorporado por este estilo e eventualmente também pelo Tribal Fusion.




Surrendra & Anamaria - Fusion
No blog da Aline Oliveira encontrei a seguinte informação:

"Este tipo de blusa é utilizada pelas mulheres indianas e paquistanesas como complemento do sári. É feito tradicionalmente com um pedaço de tecido excedente que vem junto ao sari quando adquirido no comércio. A modelagem é bem ajustada, com mangas curtas e decote raso.

O modelo de choli utilizado para dança tribal foi adaptado para tecidos com boa elasticidade, para facilitar os movimentos durante a performance. Existem diversos modelos no mercado com variações nas mangas (curta, média, longa, vazada, etc.) tecidos (veludo, lycra, cotton, malhas-fantasia), decotes (princesa, em v, em U) e cores.

O choli é considerado elemento base da vestimenta do ATS, assim como as calças bufantes."




Choli rebuscado com tribal fusion:

ATS® Maria Fomina


Vídeo:






Performance do Dia: Hölle Carogne - Cornibus Ad Inferni


Hölle Carogne (RS) é uma bailarina que me encantada pelas suas propostas irreverentes. Nesta performance ela dança com chifres em sua cabeça, com um visual bem dark, puxando para uma linha mais pagan.

Adoro sua expressividade e sua carga obscura, sem ser nem um pouco caricato, pois ela interpreta a personagem como esta fosse parte de si mesma. 

Gostei muito da escolha dos movimentos, da interpretação em conjunto com as nuances da música e, claro, de toda sua expressividade e carga obscura.

E vejam! Mesmo com uma proposta inusitada, que choca o público por ser exótico, ela conseguiu o 3º lugar na categoria Composição Livre - Solo Avançado do Festival  Brasil Vem Dançar 2014. =D Muito merecido! Yeep!

Maria Badulaques (SP) - Resenhando

Coordenação Região Sudeste - Núcleo SP:

"Que aconteceria se, em vez de apenas construirmos nossa vida, tivéssemos a loucura ou sabedoria de dança-la?" (Garaudy)

Inspirada na sabedoria do Rauuuul, me vejo num mote transformador, abandonando paulatinamente o figurino da advogada litigante para assumir o repleto de personalidade que povoa o universo tribal.

"´É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa METAMORFOOOSE AMBULANTE..."

É assim que me sinto, aberta as mudanças, inspirada por tudo que me diz respeito, fascinada por um estilo de dança que conheci em 2012 e simplesmente mudou minha vida. Ia e vinha do bellydance desde meus 18 anos, jazz, sapateado, ballet, até que me achei no Tribal (ATS®)...foi identificação instantânea! Daí para cair de coração no Tribal Brasil, Dança Circular, Odissi e Flamenco, como forma de me aproximar das origens foi um pulo. 

Como gosto de dizer: é ATS® nas veias do pulsante, baby! 

Descobri as Tribos que me habitam, o dark-metal (rock and rooooolll), as cantigas de ninar com danças de roda, o folclore de nossa pátria e ensino a minha filha a magia de se identificar no passo-junta-passo e finalizar no taxeem. iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiih

*No vídeo selecionado, três gerações da minha família; eu, minha mãe (Sandra Carvalho) e minha filha (Marina)...nos ninando, na coreografia Retratos, da bailarina Siomara Kronbauer, nada mais Tribal!

Vamo que vamo
Xeros no pulsante
Maria Badulaques.



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*No vídeo selecionado, três gerações da minha família; eu, minha mãe (Sandra Carvalho) e minha filha (Marina)...nos ninando, na coreografia Retratos, da bailarina Siomara Kronbauer, nada mais Tribal!

Artigos

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Performance do Dia: Surrendra e Anamaria - Up Up Fest 2014


Lindo dueto de Anamaria Marques e Surrendra (MG) no Up Up Fest 2014Muito sincronismo e cumplicidade. Apresentação bem alicerçada no ATS®, tanto na escolha de passos quanto no figurino adaptado para o fusion. Os movimentos são suaves e graciosos, com muita fluidez. É muito gostoso de assistir.  O que mais gostei desse vídeo é que você não precisa fazer piruetas, movimentos bruscos e quebrados para impressionar ;) Se você tiver uma boa técnica e sensibilidade para "ouvir a música" você pode fazer uma linda apresentação com movimentos simples. E fica limpo, harmonioso e lindo de se assistir *---*

[Papo Gipsy] Último Post

por Adriana Chayéra




Olá galera! 

Venho anunciar através desse post o meu desligamento do blog. Acredito que nessa vida tudo tem um ciclo, como a própria vida, e o que importa mesmo, é o progresso das coisas. Quando aceitei participar desse blog, fiquei muitíssimo feliz em dividir um espaço com tantos profissionais da dança, e ter um espaço onde poderia mostrar as minhas ideias, compartilhar pensamentos e até teorias.

Foi realmente uma experiência muito boa. Porém cheguei a conclusão de que está um pouco complicado para mim dar continuidade, pois estou bastante focada em outras áreas da minha vida, embora minha relação com a dança esteja firme e forte, mas eu sei que a pessoa que escolhi para tomar posse do Papo Gipsy irá trazer um conteúdo maravilhoso de informações para todos.

 Eu acredito que ter a oportunidade de ver novos pensamentos e um riquíssimo acervo teórico será muito bom para todos também. Então quero deixar claro que, apesar de ter assumido o meu nome “ Adriana Melo” e de ter deixado de usar o meu nome artístico Chayéra, e de estar me desligando do blog, eu não estou me desligando da dança. Pelo contrário, nossa relação está mais consistente, e eu diria até que passou de um paixão fulminante para um amor mais pleno e centrado.

A pessoa que convidei e aceitou dar continuidade ao Papo Gipsy é a querida e conceituada bailarina Sayonara Linhares. Uma pessoa admirável, que apesar de nunca ter visto pessoalmente, me passa só coisas boas toda vez que temos contato no mundo  virtual. Sempre muito disponível, atenciosa e estudiosa dessa cultura da Dança Cigana. Uma das profissionais que admiro bastante aqui no Brasil, e sei que deixei o blog em ótimas mãos. Vou deixar que ela mesma fale mais sobre ela e sobre o seu trabalho com a Dança, quando ela vir se apresentar aqui no blog para vocês.


Gostaria de agradecer a vocês por terem compartilhado comigo esse momentos virtuais. Gostaria de agradecer a queria Aerith por ter me convidado para fazer parte dessa turma, a querida amiga Renata Silva ( Surrendra ), por ter me indicado, e além de agradecer, dar boas-vindas a querida Sayonara Linhares que está chegando por aqui. Desejo à todos vocês tudo de muito bom! Um ótimo 2015 e muita Dança sempre!!! 


Coreografias, Snujs e solos no ATS®

por Lilian Kawatoko | Nomadic Tribal




Coreografar faz sentido?

Entre as características principais do American Tribal Style®, está o improviso coletivo sincronizado por meio de senhas e combinações de passos pré-estabelecidos. O sistema foi desenvolvido porque as oportunidades de performance do FCBD® eram grande parte improvisadas. Não havia jeito ou necessidade de coreografar porque o espaço para dançar mudava no último minuto e as dançarinas não tinham qualquer informação sobre os locais que iriam dançar (http://fcbd.com/about/ ).

No formato de apresentação há sempre um líder que utiliza sinais para se comunicar com os outros e a dança é tão sincronizada que o público sequer percebe que se trata de um improviso, e é exatamente esta a magia do ATS®, por isso uma coreografia neste estilo parece não fazer sentido e surgem muitas dúvidas sobre o que é ou não permitido.

Cerca de 10% da apresentação normalmente pode ser coreografada, não que precise, mas você pode usar disso para fazer uma entrada diferente; ou uma formação interessante em determinado momento da música; ou até mesmo combinar um final perfeito e explosivo. No geral, se não for em ocasiões como estas a essência e aquela adrenalina que faz a diferença no estilo pode se perder.

Se você tem um grupo, alunos, amigos é normal que fique nervoso e sinta vontade de combinar algumas coisas. Se você dança com uma pessoa que tem restrições e sabe disso também é normal que você combine o que vocês podem fazer para que ninguém se machuque. Enfim, na maioria das vezes somente vocês irão saber e o público não vai perceber ou se desinteressar pela sua performance, porém se as pessoas que estão assistindo estão percebendo uma coreografia e ela não fica perfeita, tem algo errado e com certeza sua performance perderá um pouco do entusiasmo e pode ficar parecendo mal feita, afinal de contas, a melhor reação do público é quando você conta que o ATS® não é uma coreografia.

Vídeo 1: FCBD com parte da formação coreografada


  

Eu sempre preciso tocar snujs?

Os snujs são como uma extensão do nosso braço no ATS®. Ele nos dá ritmo e energia; e mesmo nos lentos nos proporciona um floreio mais bonito.

Quando dançamos acompanhadas de um coro, a maior responsabilidade de tocar é dele, pois é o momento onde não estamos com dificuldade para tocar e podemos ajudar a formação principal que já tem o intuito de puxar a atenção do público para ela; ou quando estamos em um dueto com uma música muito enérgica, entre tocar errado e parar, é melhor parar.

Salvo alguns casos sempre tocamos snujs.


Vídeo 2: Kristine e Kae, dançando uma música bem acelerada, sem snujs.





Eu posso solar no ATS®?


Segundo Carolena, em sua aula de General Skills em São Francisco, é permitido fazer um solo por 8% do tempo de apresentação, com ou sem coro, mas como seria maçante usar os movimentos simples de ATS® para manter a atenção do público, seria mais desejável que se fizesse um solo de Tribal Fusion.

Se você está apresentando o estilo a pessoas que nunca viram, viajando sem seu grupo, combinou com o grupo todo de cada uma fazer um pequeno solo ou alguma ocasião especial é compreensível que se faça um solo, mas se esse não for o caso, fica realmente estranho, pois contradiz toda a filosofia do estilo, cujas principais características são a interação e o fluxo de energia entre os integrantes, o espírito de tribo que trabalha valores como generosidade, poder de decisão e humildade, sem que o atrativo principal seja a sensualidade.

O American Tribal Style® é uma dança de espírito coletivo, onde abrimos mão do nosso ego para compartilhar a dança e a magia com o outro.


Vídeo 3: Solo Kristine Adams







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