[Resenhando-SP] Vozes da África

por Maria Badulaques



Foi o evento organizado pelo estúdio Fallahi Bellydance, Tribal Fusion e ATS, comandado pela Beth e seus filhos Paula, Kcal e Bruno Fallahi. Ocorrido no último dia 19 de outubro no Terraço Vinhedo, em Vinhedo-SP contou com participação especial de todos envolvidos, todos foram tratados como Gala. 

Clã Fallahi
Quando nos apaixonamos pelo Tribal (sim porque este estilo não se dança, se vive, é algo uterino, encanta e causa dependência, todos são iguais, não há uma estrela brilhando no céu, mas toda uma constelação), há unicidade, sintonia e sincronia entre os presentes; ouvimos vozes, tambores, cheiros (nooooossa, piadinha de bastidores - época de seca, racionamento...) das Tribos Africanas e neste sentimento coletivizado se produziu uma sensação compartilhada em uníssono: emoção.

Nossa anfitriã
Olhos marejados, sentimento de tribo no ar, lembrei das experiências que não vivi do Bal Anat, mas de tanto ler e ver, me senti(sinto) parte daquilo tudo. Os Fallahi proporcionaram essa sensação aos presentes, volta as origens e em retribuição o universo compartilhou um sensacional vento lateral que parecia dizer:"Tamo junto!"

Abertura do evento: todos somos um!
As apresentações que se sucederam descontraidamente, no melhor estilo "minha hora é agora", "tou na vibe", trouxeram a baila Fusões incríveis trabalhadas na proposta do evento. Só sabe deste sentimento de Tribo quem já encontrou a sua, fato insofismável. E todos presentes, uniram-se formando uma grande Tribo Africana, fusionando ritmos, estilos e mantendo a conexão das almas e pulsantes. Figurinos marcantes e criativos hipnotizaram pelas formas distintas de abordar o tema proposto: simbora turbantaaar.

Encerramento -  Mulheres de Punjab
O Vozes me deixou com a garganta embargada!!! Ao olhar os amigos dançantes, o público que nos prestigiava com sua presença e emoção, era nítido o pulsar; gerações ali representadas, nada mais emocionante do que dividir o palco com nossos sucessores e antecessores. 

União das tribos!
Destaco o trabalho de cada bailarino presente!!! Ora, se todos foram gala, quem soy yo para destacar um do outro, como dizia Ulpiano "tratar igualmente os iguais" e que permaneça a mensagem subliminar do evento: UNIÃO DOS POVOS.

União de todas as tribos
É isso aí! Dança e mais dança nas veias do pulsante!!! Fusion, ATS, Odissi, Flamenco, Circular, Bellydance...o importante é dançar!


Super xeros e vamo que vamo, até o próximo evento.


Confira abaixo mais fotos e vídeos do evento:

Abertura:




Gira Ballo em Retratos:


Retratos - Gerações em cena!



Kcal Fallahi:




Grupo Ubuntu:








Marcelo Justino:









Dalilah Galchin:









Trupe Gira Ballo:

Marina da Trupe Gira Ballo



Paula Fallahi e Lais:




   



Gil e Li:




    


Tribo Papa:


Paula Pereira


   
TelKa Ma:









Encerramento - Mulheres de Punjab:

Tribo Fallahi


  

Fotos por Gustavo Cenaque









[Resenhando-RS] Celebração a Dionísio com Dança Tribal

por Hölle Carogne



No dia 03/10 participei de um evento muito interessante, realizado pela sacerdotisa Janinne Herrlein. O Ritual à Grande Mãe e Celebração a Dionísio comemorou os 23 anos da iniciação de Janinne no caminho da espiritualidade e ao mesmo tempo celebrou o dia consagrado a Dionísio, deus do prazer, das artes, da felicidade, da fertilidade e da prosperidade.

O ritual aconteceu no Kashai, espaço especializado em gerar equilíbrio e saúde em todos os níveis, por meio de formação terapêutica, técnicas diferenciadas, palestras vivenciais e remédios vibracionais.


O ambiente estava todo decorado com velas e pétalas de rosas vermelhas. O fogo crepitava em um caldeirão bem no centro do salão, deixando o clima muito aconchegante.
Levei para o evento a coreografia “Cornibus Ad Inferni”, que traz a tona o arquétipo obscuro da psique humana.

O músico Tales Melati, iniciou o ritual tocando gaita de fole e, assim, convidando as pessoas a entrarem no salão.


Fiquei escondida em uma sala até o fim do ritual, pois a ideia era “impressionar” quem ainda não conhecia o tribal e a proposta dessa coreografia.


Ao entrar no salão, circulei entre as pessoas encarando-as e então comecei a dançar.
Haviam pessoas em toda a minha volta, e para que todos pudessem acompanhar melhor a dança, tive que improvisar de maneira que fosse possível interagir com todo o grupo.


Depois da minha apresentação, dançou a bailarina Roberta Campos. Não conhecia o trabalho dela, e posso afirmar que fiquei extremamente impressionada e admirada.
Ela estava toda de branco, e dançou ao som de percussão, realizada por Duda Cunha.
Na minha leitura/interpretação, ela apresentou uma fusão, onde percebi traços de dança oriental, flamenco e adivinhem? Dança afro! Pra que mais tribal que isso? Movimentação incrível, expressão suave, aura transcendental. Belíssima bailarina.



Depois das apresentações de dança todos fizeram pedidos para o elemento fogo e agradeceram. Após a finalização do ritual, teve show da Janinne Herrlein e Banda, comidinhas deliciosas e drinks. Foi tudo muito interessante. O evento estava lindo.



Fiquei imensamente feliz com a receptividade e identificação do público com a proposta do meu trabalho.

As fotos foram feitas pelo artista Alen Ross.


Seguem os contatos dos artistas envolvidos:

Janinne Herrlein, Bruxa (Sacerdotiza na Bruxaria) e Reiki Master, terapeuta em florais, massoterapia, aromaterapia e taróloga. / Janinne Herrlein e Banda:
51. 30197472 / 96730710

Bailarina Roberta Campos:  
51. 99854448

Fotógrafo Alen Ross:
51. 82447059

Músico Tales Melati:

Bailarina Hölle Carogne:




Pentaphobe

por Geisiane de Araújo

Biografia:

É o apelido de Keili Olsen, um australiano que produz musicas de estilo Experimental Ambient, Experimental Techno e Techno. Na verdade, a partir de 2003, sua música foi utilizada em algumas performances da Rachel Brice (além de participar das imagens de capa de seus albúns). Suas músicas também estão repletas de peças rajadas de patternless e, muitas vezes, batidas industriais dando uma sonoridade especial na música.

Gênero: 
Down-tempo, Experimental, IDM, Tribal Industrial, Electronic, Noise

Site oficial:

Pentaphobe – Sawdust (2007)

1.Victim To the Charms Of Radio
2. Kitten Pig
3. Unknown Hand
4. Things In Jars
5. Fleecing Punters
6. Right In the Eyeball
7. Dawn In the City
8. The Cover Of Night
9. Delicate Perceptions
10. For Madmen Only
11. Eternal Child's Play
12. Penta Planta
13. Poke Mi Inna Noggin
14. Contemptuos Sniff
15. Snow My Burning Jowl
16. Droney Peterson
17. Walk Tame Throu Mi Desert
18. Jerk Like An Old Raven






Pentaphobe - A Tribal Metamorphosis (2005)


1. Teltar Apredun
2. Same High
3. So Do Cerebral
4. I Cash Radii
5. Miss Moody
6. Sahan
7. Cybelle (Just the Dark Bits - Edit)
8. Intermittante
9. Cafe Abuse Tone
10.
Bit Sector Shaft
11. Kronunspruche 2D











Algumas performances com  Pentaphobe:

Música :  Pentaphobe - Kitten Pig



Música : Pentaphone- Teltar apredum



Música: Pentaphobe – Someeye





Notícia Tribal: Matéria sobre Tribal Fusion no Acre pelo Zappeando

Conheçam mais o trabalho realizado em Rio Branco, no Acre, pela professora e bailarina Janis Goldbard . A matéria saiu no programa Zappeando da Rede Amazônica, filiada da Rede Globo.

Clique na imagem acima para assistir ao vídeo

Conhecendo este corpo que dança - Pé e sua estrutura funcional

por Thalita Menezes


Em uma linda noite de primavera, na sala de aula da UFMG, assisti a um vídeo com a temática: "O que é dança?".

O vídeo mostrava várias pessoas em diversos ambientes, bailarinos e não bailarinos respondendo a pergunta “O que é Dança?”. “Arte de mover o corpo”; “Descontração, alegria”, “Capacidade de expressar sentimentos através de movimentos”, “Possibilidade de relacionar-se com os outros”, “Movimento cadenciado”, “Discurso do corpo em formas” foram algumas respostas.


Diante de diversos conceitos refleti a cerca das coincidências e a que mais me implicou foi o MOVIMENTO como característica marcante quando se fala em dança.

Toda e qualquer ação corporal é originária do trabalho conjunto de estruturas ósseas, musculares e articulares. Para o bailarino, conhecer o corpo que dança é extremamente importante para o desenvolvimento de sua técnica e estética, tratamento e prevenção de lesões e potencialização de movimentos mais criativos e uma expressão mais verdadeira.

Contudo, antes de focar em um corpo expressivo, enérgico, fluido, criativo é importante conhecermos sua estrutura básica: os pés, base de nosso equilíbrio, base de nossa dança.



OS PÉS



O pé humano se caracteriza como uma complexa estrutura que atua como suporte do corpo, recebe e distribuição de cargas, sendo indispensável para a locomoção e estabilidade corporal.

Anatomia do pé



O pé ou região do pé é a parte distal do membro inferior, que contem 26 ossos. O esqueleto do pé é formado por 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges. O pé e seus ossos podem ser divididos em três partes anatômicas e funcionais:

  • A parte posterior do pé (retropé): tálus e calcâneo.
  • A parte média do pé (mediopé): navicular, cuboide e cuneiformes.
  • A parte anterior do pé (antepé): metatarsais e falanges

A parte/região do pé que toca o solo é a planta ou região plantar. A parte voltada para cima é o dorso do pé ou região dorsal do pé. A parte da planta do pé subjacente ao calcâneo é o calcanhar ou região calcânea, e a parte da planta subjacente às cabeças dos dois metatarsais mediais é a bola do pé.





Planos de referência

Na figura que se apresenta a seguir, mostram-se os três tipos de pés (pé raso, pé de arco normal e pé cavo) 




Para uma análise dos movimentos do pé, vamos definir os seguintes planos de referência. Como veremos, estes planos são importantes para definir os principais movimentos do pé.

·       Plano frontal: é o plano que separa a parte anterior do pé da parte posterior. Este plano passa sensivelmente pelo tornozelo.

·       Plano sagital: é o plano que divide a parte medial (parte interna do pé) da parte lateral (parte externa do pé). Este plano passa pelo eixo do pé.

·       Plano transversal: é o plano que divide a parte superior da parte inferior do pé.






Movimentos básicos do pé

Existem seis tipos de movimentos básicos do pé. Estes movimentos desenvolvem-se num único plano e são os seguintes:

·       Abdução
·       Adução
·       Inversão
·       Eversão
·       Flexão dorsal
·       Flexão plantar
·       Pronação
·       Supinação (ou sub-pronação)


Passamos a descrever todos estes tipos básicos e mais complexos de movimentos dos pés.

  • Abdução e Adução:
Abdução: movimento que ocorre no plano transversal quando o pé roda lateralmente para fora. Os eixos de rotação situam-se nos planos frontal e sagital.

Adução: movimento que ocorre no plano transversal quando o pé roda lateralmente para dentro. Os eixos de rotação situam-se nos planos frontal e sagital.





  • Inversão e Eversão
Inversão: movimento do plano frontal, com rotação dos calcâneos para dentro e para cima. Os eixos de rotação situam-se nos planos transversal e sagital.

Eversão: movimento do plano frontal, com rotação dos calcâneos para fora e para cima. Os eixos de rotação situam-se nos planos transversal e sagital.





  • Flexão Dorsal e Flexão Plantar
Flexão dorsal: movimento do plano sagital, quando o pé se move para cima (na direcção da tíbia). Os eixos de rotação situam-se nos planos frontal e transversal.

Flexão plantar: movimento do plano sagital, quando o pé se move para o solo. Os eixos de rotação situam-se nos planos frontal e transversal.





  • Pronação

    É um movimento do pé que envolve três planos de movimento:
Abdução;
Eversão;
Flexão dorsal.





É um movimento de rotação interna excessivo, criado durante o ciclo biomecânico. Este movimento origina uma elevada pressão e tensão nos músculos, tendões e ligamentos. Durante a execução deste movimento, o pé é capaz de absorver choques e de se adaptar ao tipo de terreno e suas irregularidades (terreno plano, subidas, descidas, duro, macio, irregular, etc.).


  • Supinação (ou Sub-pronação)
    É um movimento do pé que envolve três planos de movimento:
Adução;
Inversão;
Flexão plantar.




Movimento de rigidez excessiva no ciclo biomecânico, em que o pé não consegue rodar suficientemente para dentro de forma a distribuir as forças pelas arcadas, criando muita tensão no membro inferior. Durante a execução deste movimento, a estrutura do pé é capaz de estabilizar-se, elevar-se e propulsionar o corpo.

A figura seguinte mostra o posicionamento do pé nas situações de pronaçãonormal e de supinação.



Abaixo segue um vídeo de Ivaldo Bertazzo que ilustra algumas estruturas ósseas do pé e a importância de conhecer e senti-los como processo de uma reeducação postural.




Um ato mecânico, aparentemente simples, pode ser tão complexo, que envolve articulações, músculos, centro de gravidade, equilíbrio, sistema nervoso central e periférico, vida psicológica e emocional. 

Estudar o corpo que dança sempre foi uma das minhas paixões, pois além de propiciar o autoconhecimento amplia o potencial criativo e expressivo do ser dançante. Os estudos de anatomia me fizeram enxergar a base de todo o processo de cada movimento que realizo enquanto danço. A partir disso passei a trazer mais significado para cada deslocamento, olhar, tremido, ondulação, salto... Enfim, cada gesto, por menor que seja.

“Explorar todas as possibilidades, decidir que partes do meu corpo devem ser ativadas, quais devem ser inibidas. Prá onde devo direcionar cada parte, errar, acertar, repetir, ir clareando o percurso do movimento. Até que a ação seja construída. Eu coordeno a respiração, garanto a ausência de esforço, vou me sentindo bem e satisfeita com a qualidade da ação que descrevo. Posso então lapidar ainda mais, descobrir como suavizar mais, como fazer este movimento com uma qualidade que me encha de prazer. E sentir que me aproprio da minha ação."

(Por Mathilda Yakhni, especialista no Método Feldenkrais, disponível em http://www.geocities.com/metodofeldenkrais)


Fontes:

Documentário O que é dança? Parte 1.avi.flv: https://www.youtube.com/watch?v=8vgzmxfzjuE



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